Já levou alguma surra por pregar ou por não querer pregar?

Depoimentos de ex-testemunhas de Jeová, cartas de dissociação e depoimentos sobre a vida pós Torre de Vigia. Aqui fala mais alto a sinceridade, o sentimento e muitas vezes os relatos nos impressionam pela falta de algo que mais as Testemunhas de Jeová dizem praticar: o amor ao próximo!
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KOSTA
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Re: Já levou alguma surra por pregar ou por não querer pregar?

Mensagem não lida por KOSTA »

Culpem a torre e não vossas mães! Amigos, vossos relatos só provam o ke todos sabemos: esta religião é uma fábrica de insensibilidade.

Simplesmente horrivel ler tudo isso. A intenção delas pode set boa mas nada justifica tanta porrada.

Por aqui bater em publico ou no salão.é mal visto. Tem fedelho nas reunioes mas kem leva surra psicologica sao os pais. Os anciaos dao sempre a dica excepto se o filho for deles. Afinal de contas um policial nunca multa a si proprio, né?
NÃO TEMAS AQUELES QUE BUSCAM PELA VERDADE, MAS TEME ANTES OS QUE AFIRMAM TEREM A VERDADE
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BrunoBernardes
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Re: Já levou alguma surra por pregar ou por não querer pregar?

Mensagem não lida por BrunoBernardes »

Imaginar que minha filha esta crescendo nessa loucura, nesse amor a uma organização.

Em pensar que já ouvi conselho de uma mulher dizendo que levava almofada e segurava o filho sentado na almofada, sem deixar ele sair.

Imagino minha filha nessas condições de ser levada ao banheiro, simplesmente por que a mãe ou a avó quer replicar o que receberam.

Se arrependimento matasse, eu seria o homem mais morto do mundo.

Desejaria ter morrido ao ter contato com essa organização.
Quer viver? Sepulte toda a literatura, apague os jargões (visto que é um gancho psíquico), junte tudo, enterre e escreva na lápide: Aqui Jaz Sentinelas e Despertais! O passado é uma roupa que não nos serve mais. Hipócrita$ Programadore$ Linguí$tico$.
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Caronte Vitalzole
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Re: Já levou alguma surra por pregar ou por não querer pregar?

Mensagem não lida por Caronte Vitalzole »

Uma das diferenças entre eu e as Testemunhas de Jeová é que eu, enquanto era TJ, lia as publicações da Torre. Num ímpeto de ser "zeloso", eu li TODAS as edições antigas da Sentinela de 1960 em diante . Também li TODOS os anuários em português, mas isto é uma outra história...(Ah! Eu nasci em 1969, isto também é outra história mas é relevante para o entendimento do meu testemunho).
Pois bem, fora o trauma que crianças desenvolvem devido às ilustrações dos livros, há muitas outras coisas bizarras igualmente traumáticas nas publicações da seita. Uma delas é o artigo da revista "A Sentinela" 1/12/76 p. 712 intitulado: ‘Como mudas de oliveiras ao redor da minha mesa’ que conta a vida de Porfirio Caicedo, TJ de Tolima, Colômbia.

Podemos aprender muito sobre educação teocrática neste artigo:
DE ACORDO com o critério expresso no Salmo cento e vinte e oito, da Bíblia, versículos três e quatro, sou um homem muito abençoado. Diz ali: “Tua esposa será como uma videira frutífera, nas partes mais recônditas da tua casa. Teus filhos serão como mudas de oliveiras ao redor da tua mesa. Eis que assim será abençoado o varão vigoroso que teme a Jeová.”
Acontece que sou pai de dezoito filhos.
Ah betelitas...
O VALOR DA VIGILÂNCIA
Há tanta insegurança e tão pouco respeito pela pessoa dos outros, hoje em dia, que sempre me senti justificado em proteger especialmente minhas filhas. (...)
O perigo sendo menor no caso dos rapazes, eles tiveram mais liberdades do que as moças.
Machismo?
DESCANSO PARA A MINHA ALMA
Quando há uma desobediência deliberada, a vara literal, quando corretamente aplicada, produz maravilhas nos filhos.
Vara literal. Quem nunca?
Lembro-me duma forma de punição que funcionou bem com Horácio, meu quinto filho, quando a vara literal não surtiu efeito. Ele tinha uns oito anos de idade. Insistia demais em associar-se com meninos indesejáveis da vizinhança. De modo que lhe mandei vestir um dos vestidos de sua irmã. Não se atrevendo a ser visto assim, ficou em casa e não saiu.
Não vou comentar nada...
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Assim que chegaram lá, meu sogro sabia que estavam sendo punidos. Foi motivo de alegria para ele pôr seus netos a trabalhar.
Trabalho compulsório é uma excelente forma de punir...
EDUCAÇÃO E INSTRUÇÃO SECULAR
Eu temia que, se provesse educação superior a alguns deles, talvez ficassem orgulhosos e quisessem mandar nos seus irmãos menos instruídos. Para evitar esta possibilidade, não providenciei para ninguém o que não podia providenciar para todos.
A Sociedade Torre de Vigia agradece.

Agora a parte que mais me tocou:
Neste respeito, lembro-me dum incidente envolvendo meu segundo filho, Raul, quando ele tinha uns dezessete anos. Certo domingo de manhã eu lhe disse: “Pois bem, meu filho, vamos ao serviço.” Ele respondeu: “Não, eu não vou.” Surpreso, perguntei-lhe: “E por que não?” “Porque não é obrigatório”, respondeu ele. Eu repliquei: “É verdade que não é obrigatório. Muito bem.” Não falei mais nada sobre isso a Raul. Nem lhe falei nada sobre ir comigo, no domingo seguinte. Tampouco fiquei irado, nem carrancudo com ele. Não sei o que ele sentiu no íntimo, mas, no domingo seguinte, de novo saiu quietamente ao serviço, sem dizer nada.
Eu tentei fazer isso mas não deu certo. Meu pai usou uma vara literal: o cinto de couro.
"Com alguns bons amigos bebendo de bem com a vida
De uma América a outra consigo passar num segundo"
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