O que é ser laico? O que é o laicismo?

Filosofia, Sociologia, Antropologia, Psicologia...Como as Ciências Humanas podem ajudar a compreender o comportamento do ser humano frente ao transcendente, ao sagrado?
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pascoalnaib
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O que é ser laico? O que é o laicismo?

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Achei interessante a frase de Jerry num outro post e coloco aqui para nossas análises:
O Brasil precisa aprender a ser um país laico!
O que é o laicismo? O que é ser laico?
O Brasil em sua constituição afirma ser laico?
Quem é laico nesse país?
Os políticos estão interessados nisso?
A educação é que deve promover o laicismo?
O laicismo é uma doutrina filosófica que defende e promove a separação do Estado das igrejas e comunidades religiosas, assim como a neutralidade do Estado em matéria religiosa. Não deve ser confundida com o ateísmo de Estado.

Os valores primaciais do laicismo são a liberdade de consciência, a igualdade entre cidadãos em matéria religiosa, e a origem humana e democraticamente estabelecida das leis do Estado.
A palavra laico é um adjetivo que significa uma atitude crítica e separadora da interferência da religião organizada na vida pública das sociedades contemporâneas. Politicamente podemos dividir os países em duas categorias, os laicos e não laicos, em que nos países politicamente laicos a religião não interfere directamente na política, como é o caso dos países ocidentais em geral. Países não laicos são teocráticos, e a religião tem papel ativo na política e até mesmo constituição, como é o caso do Irão e do Vaticano, entre outros.
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pascoalnaib
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Re: O que é ser laico? O que é o laicismo?

Mensagem não lida por pascoalnaib »

Jerry postou também esse texto de José Saramago e o laicismo:
Laicismo

By José Saramago

Anda acesa a questão do laicismo, a meu ver em termos não muito claros, porquanto parece querer ignorar-se a questão fundamental que subjaz ao debate: crer ou não crer na existência de um deus que, não só terá criado o universo e portanto a espécie humana, como virá a ser, no fim dos tempos, o juiz dos nossos cometimentos na terra, premiando as boas acções com a admissão num paraíso em que os eleitos contemplarão a face do Senhor durante toda a eternidade, enquanto, também por toda a eternidade, os culpados de acções más arderão no inextinguível fogo do inferno. Esse juízo final não será fácil, nem para deus nem para os que vão ter de prestar contas, pois não se conhece um único caso de alguém que, em vida, tenha cometido exclusivamente boas acções ou más acções. O próprio do homem é a inconstância nos propósitos e nos actos, sempre a contradizerem-se de uma hora para a outra. No meio de tudo isto, o laicismo aparece-me mais como uma posição política determinada mas prudente que como a emanação de uma convicção profunda da não existência de deus e portanto da impertinência lógica das instituições e dos instrumentos que pretendem impor o contrário à consciência da gente. Discute-se o laicismo porque, no fundo, se teme discutir o ateísmo. O interessante do caso, porém, é que a Igreja Católica, na sua velha tradição de fazer o mal e a caramunha, anda por aí a queixar-se de ser vítima de um suposto laicismo “agressivo”, nova categoria que lhe permite insurgir-se contra o todo fingindo atacar apenas a parte. A duplicidade sempre foi inseparável das tácticas e das estratégias diplomáticas e doutrinais da cúria romana.

Seria de agradecer que a Igreja Católica Apostólica Romana deixasse de meter-se naquilo que não lhe diz respeito, isto é, a vida civil e a vida privada das pessoas. Não devemos, porém, surpreender-nos. À Igreja Católica importa pouco ou nada o destino das almas, o seu objectivo sempre foi controlar os corpos, e o laicismo é a primeira porta por onde começam a escapar-lhe esses corpos, e de caminho os espíritos, já que uns não vão sem os outros aonde quer que seja. A questão do laicismo não passa, portanto, de uma primeira escaramuça. A autêntica confrontação chegará quando finalmente se opuserem crença e descrença, indo esta à luta com o seu verdadeiro nome: ateísmo. O mais são jogos de palavras.

Fonte: http://caderno.josesaramago.org/
Aqui me permita também colocar uma crítica desse texto feita num Blog e aí não tenho o nome da pessoa, mas sua idéia é algo que também compactuo:
Na sua crónica de hoje no Diário de Notícias, José Saramago discorre sobre o “laicismo”. Tal como noutras ocasiões, nas entrelinhas deste texto percebe-se que o escritor defende que o Estado deve ignorar as confissões religiosas. É algo bem diferente de uma laicidade inclusiva, onde o Estado coopera com as confissões religiosas, tal como coopera com tantos outros agentes sociais.

O texto de hoje tem a novidade: Saramago reduz o conceito de laicismo a uma espécie de combate escatológico entre a Igreja Católica e o Ateísmo. Para um velho combatente comunista, esta é uma curiosa visão profética.
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Pássaro
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Re: O que é ser laico? O que é o laicismo?

Mensagem não lida por Pássaro »

O Brasil avacalha conceitos e formas com o seu chamado "jeitinho", muitas religiões tiveram a sua forma "abrasileirada" para poder sobreviver por aqui, todo mundo na hora da briga puxa a brasa pra sua sardinha. Hoje ninguém sabe o que é religião e o que é politica, o que se vê é o velho "clientelismo" em ação!
O barco da torre tá afundando?
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Re: O que é ser laico? O que é o laicismo?

Mensagem não lida por MontMor »

Bom, ateu é que o Estado brasileiro não é... vejamos o preâmbulo de nossa constituição:
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promu lgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil.
Agora, o que acho que é um resquício da época em que Estado e Igreja se confundiam é a presença de capelas em prédios da administração pública (por exemplo, trabalhei num hospital que possuía uma capela) ou a presença de imagens, crucifixos ou qualquer outro objeto relacionado a religião nesses locais.

Não acho normal um crucifixo afixado na parede dum fórum, hospital, gabinete, etc...
Ao meu ver é misturar EStado-Religião.
"Não tá morto quem peleia!!!"
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dr.horrormentes
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Re: O que é ser laico? O que é o laicismo?

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Achei o texto abaixo interessante, o que acham?

A LAICIDADE COMO PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA LIBERDADE ESPIRITUAL E DA IGUALDADE
por Henri Peña-Ruiz (*)

Alguns homens crêem em Deus. Outros não. A liberdade pressupõe o carácter facultativo da religião ou do ateísmo. Por isso se usará aqui o termo genérico «opção espiritual», que não favorece nem uma nem a outra versão da espiritualidade. A igualdade pressupõe a neutralidade confessional do Estado e das instituições públicas, para que todos, crentes e não crentes, possam ser tratados sem privilégio nem estigmatização. Assim se alcança a maior justiça no tratamento das diversas opções espirituais. A separação do Estado e de qualquer igreja não significa luta contra a religião, mas sim, simplesmente, vocação para a universalidade, e ao que é comum a todos os homens para lá das suas diferenças. As diferenças não são negadas, mas podem sim viver-se e assumir-se livremente na esfera privada, quer se expresse a nível individual ou a nível colectivo (a confusão entre dimensão colectiva e carácter juridicamente público é um sofisma, pois confunde o que é comum a certos homens e o que é de todos).

Liberdade, igualdade, universalidade e por fim autonomia de juízo de cada cidadão, fundada na instrução laica: tais são os valores e os princípios essenciais da laicidade. Assim se responde claramente às perguntas básicas da filosofia política. Como unir os diversos crentes e os ateus sem que nenhum seja favorecido ou desprezado devido à sua opção espiritual? E que consequências para o sistema escolar? Estas duas perguntas servirão de fio condutor para recordar o sentido e o valor do ideal de laicidade, tratando de repelir alguns mal-entendidos que turvam a sua compreensão. Antes de tudo devem precisar-se aqui questões de terminologia, pois as palavras não são inocentes. Trata-se de saber se é preferível falar de liberdade religiosa ou de liberdade espiritual. Qual é o conceito mais adequado? O de liberdade religiosa parece ambíguo. Seria melhor falar de liberdade de ter ou não ter uma religião, e de expressar livremente essa opção espiritual. Pois a liberdade não é em si mesma religiosa ou ateia: é a faculdade de escolher sem coacção uma determinada versão da espiritualidade. Por isso é mais adequado falar de liberdade espiritual. Essa liberdade espiritual faz parte da esfera privada, ou seja, juridicamente independente e livre de toda a intervenção do poder temporal. Privado não se confunde com individual, já que inclui a dimensão colectiva das associações religiosas ou filosóficas formadas por pessoas que escolhem a mesma opção espiritual. Portanto não se pode admitir o sofisma antilaico dos que reclamam um reconhecimento público das religiões, no plano jurídico, com o pretexto do seu carácter colectivo.

A liberdade consiste na possibilidade de escolher as referências espirituais, o que implica dispôr delas, e não ser, em princípio, por elas totalmente condicionado. A partir deste ponto de vista, a escola laica deve diversificar as referências ao mesmo tempo que as estuda com distância: não se trata de destruir um ambiente espiritual familiar, mas sim de alargar os horizontes.
Princípios: o ideal de laicidade

Conceber um Estado laico, é fundamentar a lei sobre o que é comum a todos os homens, ou seja o interesse comum. O laos, em grego, é o povo na sua unidade, sem privilégios de alguns sobre os demais. O que exclui qualquer dominação fundada num credo imposto a todos por alguns. Pode chamar-se clericalismo à tendência para estabelecer um poder temporal, com dominação da esfera pública, com o pretexto da dimensão colectiva da religião. O «anticlericalismo» atribuído à laicidade não permite defini-la, pois é somente uma consequência negativa do princípio positivo que constitui a sua essência: unir a todos pelo que ultrapassa cada um deles: a liberdade e a autonomia de juízo que a fortalece. Se um clero se opõe concretamente a tal exigência, o anticlericalismo é apenas a resposta a tal oposição. Em caso algum se deve confundir laicidade com hostilidade à religião.

A laicidade é a devolução da potência pública a todos, sem distinção. Repousa sobre dois princípios essenciais: liberdade radical de consciência, e igualdade, em todos os pontos de vista, dos cidadãos: jurídica, simbólica e espiritual. A República laica é de todos, e não apenas dos crentes ou dos ateus. Por isso deve ser confessionalmente neutra. Por isso também não se afirma no mesmo plano do que as diversas opções espirituais, pois é o que permite fundamentar a sua justa coexistência. Neste aspecto, a laicidade transcende as diversas opções espirituais, recordando aos homens que a humanidade é una, antes de dividir-se em crenças. Assim, é também um princípio de fraternidade.

Deve notar-se que esta neutralidade não significa que o Estado laico esteja vazio de valores, pois assenta numa escolha ético-filosófica de princípios. Fundados nos direitos mais universais do ser humano, liberdade e igualdade, permitem uma união verdadeira que não impede as diferenças, mas sim que organiza a convivência fraterna entre os homens, capazes de as viverem com distância suficiente para não serem por elas alienados. A laicidade promove o que une os homens antes de valorizar o que os divide.

Este tipo de fundamentação já não privilegia um particularismo, e por isso mesmo permite que convivam num quadro jurídico comum os particularismos, proporcionando um espaço de diálogo mas também valores e linguagem comuns que inscrevem qualquer debate num ambiente e num horizonte de autêntica intercompreensão. O perigo não é a expressão das diferenças, mas sim a alienação pela diferença, pois esta pode resultar numa masmorra onde se esquece a humanidade dos outros.

Também não se pode reduzir o Estado laico a um mero quadro jurídico, pois deve promover o que fortalece em cada futuro cidadão a liberdade de consciência. Esta não é apenas a independência face a todo o tipo de tutela, mas sim mais radical e positivamente a autonomia, ou seja a faculdade de dar-se a si mesmo os seus pensamentos e as suas leis (recordemos o texto de Kant: «O que é o iluminismo?»). Tal faculdade corresponde ao nível individual à soberania democrática do nível colectivo.

A autonomia constroi-se numa escola laica, o que não significa anti-religiosa, mas, simplesmente, livre de todo o grupo de pressão («lóbi»), quer seja religioso, ideológico, ou económico. Os objectivos desta escola, vê-lo-emos, são cultivar o gosto pela verdade e pela justiça, e um racionalismo crítico que não se deve reduzir a um cienticismo cego aos sentimentos. Lucidez face a toda a captação ideológica, usando da suspeição crítica, mas não um relativismo cego, que deixe os homens sem motivos para resistir ou admirar.

Laicidade não significa um relativismo que com o pretexto da tolerância tudo admite e tudo considera igual. Entre o racismo e o reconhecimento da igual dignidade de todos os povos, não há tolerância que valha: há que escolher o seu campo, o que já se chamou mais acima «escolha ético-filosófica». Poderia dizer-se que a neutralidade do Estado laico ao nível das opções espirituais tem por base esta escolha.

República laica e religiões

A laicidade não é hostilidade à religião como opção espiritual particular, mas sim a afirmação de um Estado de carácter universal, no qual todos se possam reconhecer (em França, a alegoria da República, Marianne). É incompatível com qualquer privilégio temporal ou espiritual conferido a uma opção religiosa particular, quer seja religiosa ou ateia. A polémica contra o laicismo dos partidários de um privilégio público das religiões assenta frequentemente na má fé. Deve-se à confusão entre hostilidade à religião enquanto postura espiritual, e rejeição do clericalismo enquanto vontade de dominação temporal. Atribui ao ideal laico o que não é dele. Este ideal é positivo, e não reactivo: cuida e põe em destaque o que é comum a todos os homens, para lá das suas diferenças. E por isso conduz à rejeição do clericalismo, mas não da religião.

Na França, marcada por guerras de religião e por uma dominação clerical muito forte de uma religião, a lei de 1905 de separação do Estado e das igrejas foi acolhida como uma verdadeira libertação, e um progresso autêntico da igualdade, tanto para as religiões dominadas como para os livres pensadores. Alguns políticos que levaram a cabo esta separação eram eles próprios crentes, mas não confundiam a dominação temporal com a postura espiritual. Deve notar-se que nos países anglo-saxónicos, os católicos, dominados pelos protestantes, são favoráveis à laicidade e os protestantes não: situação contrária à dos países sob dominação católica onde muitos protestantes lhe são favoráveis… Deve meditar-se nesta observação.

Finalmente, não é paradoxal o facto evidente de que é nos países laicos que as religiões são mais livres, disfrutando simultaneamente da igualdade de estatuto e da liberdade de desenvolvimento com a única condição de que respeitem, como o farão também as espiritualidades de inspiração ateia, a neutralidade confessional da esfera pública, garantia de que desempenhará o seu papel próprio de cuidar do bem comum, ou seja o que une a todos, e não apenas a alguns.

(*) Filósofo, «maître de conférences» no Institut d’études politiques de Paris.

Tradução de Ricardo Alves a partir do original castelhano «La laicidad como principio fundamental de libertad espiritual y de igualdad» (conferência dada em Madrid em 18 de Novembro de 2000)

http://www.laicidade.org/documentacao/t ... undamental
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Re: O que é ser laico? O que é o laicismo?

Mensagem não lida por pascoalnaib »

Excelente texto dr.horrormentes...já estou salvando ele em minha pasta pessoal. :4

É um texto grande, mas que merece ser lido e discutido em detalhes, pois muitas questões mostram realmente a profundidade de querer que um país seja laico e como atingir tal objetivo.

Do primeiro parágrafo vale destacar:
A igualdade pressupõe a neutralidade confessional do Estado e das instituições públicas, para que todos, crentes e não crentes, possam ser tratados sem privilégio nem estigmatização.
A separação do Estado e de qualquer igreja não significa luta contra a religião, mas sim, simplesmente, vocação para a universalidade, e ao que é comum a todos os homens para lá das suas diferenças. As diferenças não são negadas, mas podem sim viver-se e assumir-se livremente na esfera privada, quer se expresse a nível individual ou a nível colectivo.
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Re: O que é ser laico? O que é o laicismo?

Mensagem não lida por JOSÉ FACCIOLI JR »

Em tese o Brasil é laico, permite a manifestação de fé de todos os tipos.
Na prática não é, porque existem escolas que querem ensinar a religião dominante daquela escola e de seus instrutores.
Portanto, laico mesmo, é cada um ser e todos ser indiferentes a qualquer tipo de religião.
O que não pode haver é brecha para religiões oportunistas e perigosas.
"Quando nós adotamos cegamente uma religião, um sistema político, um dogma literário, nós nos tornamos autômatos, paramos de crescer" - Anaïs Nin (1914-1977)

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Re: O que é ser laico? O que é o laicismo?

Mensagem não lida por dr.horrormentes »

Na entrada de Sorocaba tem essa placa e em Itu se não me engano também tem uma, e fica bem na entrada daqui, o que acham dessa situação? No meu ponto de vista isto é contra a lei, daqui a pouco todas crenças vão exigir uma placa igual é terão seu direito atendido, já que existe essa, ai já viu, né?

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Re: O que é ser laico? O que é o laicismo?

Mensagem não lida por pascoalnaib »

dr.horrormentes você está totalmente certo...isso é misturar religiosidade com o Estado laico.
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AGNOSTICO
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Re: O que é ser laico? O que é o laicismo?

Mensagem não lida por AGNOSTICO »

Na escola publica em que estudei quando criança hera-mos obrigados a rezar o pai nosso e cantar musicas catolicas de frente para uma imagem de nossa senhora, e entoar o hino nacional todas as manhas antes de ir para sala de aula, lembro que meus pais falavam sempre com minhas professoras e diretoras a respeito da minha posição como testemunha de jeová e pediam que eu ficasse de fora , o que sempre era um problema por que sempre rolavam piadinhas por parte de colegas e até professores .
"O pensamento sobrenatural no adulto é o resíduo dos erros conceituais da infancia que não foram devidamente eliminados".
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