O que a Bíblia tem a nos ensinar?

Um exame crítico sobre as mais diversas publicações da Associação Torre de Vigia, que engloba revistas, livros, folhetos etc.
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Fé em Jeová
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Re: O que a Bíblia tem a nos ensinar?

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Diálogo 11-L

Enquanto brinca com seu irmão Felipe, Henrique tem uma crise de fortes dores!

Segunda-feira
13:58 H.

H – Henrique
F – Felipe
M – Maria
S - Sandro


H – Ai, ai! “Tá” doendo! (chorando)
F – Vou chamar a mãe!
F – Manhê!!! Mãe! Mãe!
M – O que foi? O que aconteceu?
F – Mãe, eu e o Rique “tava” brincando ali fora e ele começou a chorar e a gritar de dor! Nós estávamos brincando! Não fiz nada pra ele... Ele começou a chorar de dor sozinho. De verdade mãe, não fui eu!
M – Henrique! Henrique meu filho! O que aconteceu?!
H – Ai, ai... “tá doendo”... aqui, “tá doendo”... (chorando)
F – Dessa vez eu não joguei brinquedo no Rique.
M – Tudo bem Felipe! Seu irmão está “dodói”! Pegue o celular lá dentro! Vou ligar para o seu pai.
H – Ai mãe... a dor voltou e é forte! (chorando)
M – Eu sei meu filho, vamos dar um jeito. Fique calmo, a mamãe está aqui!
F – Aqui mãe!
M – (discando número) Ai, meu Deus... ai meu Deus! Atende Sandro!
S – Oi querida! Aconteceu alguma coisa?
M – Onde você está?
S – Na casa do Semir explicando sobre a desistência ao trabalho do senhor Jairo! Mas, o que houve?
M – O Henrique está com muita dor! Preciso que venha logo! Urgente! Ele está chorando muito! Temos que levá-lo para o hospital.
S – Vou falar para o Semir e iremos até aí de carro, e levaremos o Henrique para o P.A.
M – Rápido!
S – (desligando)
H – Ai mãe!
M – Calma filho! O pai já está a caminho.
F – Rique! Segure minha mão, eu quero te ajudar! Pode apertar ela pra passar a dor!
H – Aiiii... que pontada!!
F – Mãe! Eu posso pegar um pouco da dor do Rique pra mim, assim ele não vai ficar sofrendo e vai aguentar mais a agulhada que está fazendo ele chorar!? Posso mãe!
M – (derramando lágrimas) Meu filho! EU não sei! Queria pegar a dor dele só pra mim! (chorando)
F – Mãe! O Rique vai ficar bem, por que eu amo ele! Eu não aguento ver ele assim! Eu amo ele e sei que isso vai passar... pois eu amo ele “né?”
M – (chorando) Eu também amo ele! E amo você! Vai dar tudo certo sim filho!
H – (chorando e soluçando) Mãe o pai vai demorar? Quero ir no médico!
M – Daqui a pouco ele estará aqui! Felipe pegue minha carteira em cima da estante, a chave do portão e a carteira do Henrique com os documentos dele que está na gaveta da cômoda.
F - “Tô” indo mãe!
M – Filho, filho! Tudo vai passar! Vai ficar tudo bem!
H – (chorando) Sim!
S – Cheguei querida!
M – Ah! Que ótimo! Vamos levá-lo para o carro!
S – Sim! Deixa que eu o carrego!
F – Aqui mãe! Tudo o que pediu!
M – Vamos para o hospital!
jpsouzamatos
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Re: O que a Bíblia tem a nos ensinar?

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Seria essa dor na barriga? Seria fome?
Spoiler!
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Re: O que a Bíblia tem a nos ensinar?

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Diálogo 11-M

No Hospital, Maria conversa com o médico.

Segunda-feira
14:20 H.

H – Henrique
M – Maria
JG – Jorge
S – Sandro


H – Ai, mãe! (chorando)
M – Doutor, o que é?
JG – Apendicite! Inflamação no apêndice! Tudo indica. O que me contou e também pela dor no lado direito do abdômen que diagnosticamos, faz-nos crer ser apendicite.
M – Mas doutor como vai ser tratada essa inflamação?
JG – Vou solicitar os exames! Terá de ser urgente, pois ele poderá precisar de uma cirurgia!
M – Mas doutor, onde vou fazer estes exames no meu filho?
JG – Vou ser sincero para a senhora, se puder pagá-los será muito melhor! O resultado sai mais rápido e logo poderá me trazer!
M – Tudo bem! Nós vamos pagar! Quero que meu filho seja tratado logo! Mas e depois?
JG – Tenho um consultório na rua Lamert, número 206. Atendo lá também. Se fizer os exames ainda hoje, poderá me encontrar lá. Não cobrarei pela consulta! Garanto que será mais agilizado o processo!
M – Sim! Iremos lá! Vou fazer todos os exames nele e o levaremos lá. E se ele precisar de uma cirurgia?
JG – Eu encaminharei para os melhores cirurgiões com bons preços! Vai dar tudo certo “mãe”! Seu filho ficará ótimo! Enquanto isso, poderá dar um remédio para aliviar a dor que vou receitar aqui!

Maria sai da sala do médico e comenta a situação com Sandro.

M – Sandro! É apendicite!
S – Oh! Não!
M – Temos de fazer todos esses exames!
S – Mas se formos para o posto de saúde isso vai demorar uns dois dias!
M – Vamos pagar esses exames!
S – Sim! Falei com meu irmão Semir e ele disse que se precisar ele paga e depois acertamos com ele... nem que seja cheque ou cartão de crédito...
M – Ai que ótimo! Precisaremos mesmo!
S – Vamos! O Semir está lá em baixo nos esperando!

Após realizarem todos os exames, Maria vai até o consultório do doutor Jorge.
17:49 H.

M – Licença doutor!
JG – Sim, pode entrar!
M – Aqui doutor! Estão os exames que realizamos no Henrique!
JG – Ah sim! Deu o remédio para dor?
M – Sim doutor!
JG – Isso aliviará a dor que está perturbando o pequeno Henrique! Não é mesmo garotão? Vamos lá! Os exames... É... apendicite mesmo! Olha, “mãe”, esse tipo de inflamação tem de ser tratada, pois sua piora poderá ser algo comprometedor a saúde e integridade dele. Por isso, sugiro que o Henrique fique essa noite em observação!
M – Sim! Tudo bem!
JG – A apendicite é algo comum nessa idade dos 10 aos 20 anos! Devido a obstrução da luz do apêndice; uma proliferação dos folículos linfoides, pequenos agrupamentos linfáticos cheios de glóbulos brancos, que se localizam na abertura do órgão. A dor começa por causa do quadro infeccioso desta pequena região. Dores leves começam e em questão de horas gradualmente avançam e se iniciam de modo agudo!
M – É, foi deste modo que o Henrique começou. Com dores leves, até que hoje a dor estava muito forte!
JG – O quadro é acompanhado de febre, enjoo, vômitos e até perda de apetite.
M – O que causa isso?
JG – Vários fatores. Por exemplo, pode ser algo genético, ou a entrada de fezes no apêndice; infecções virais ou bacterianas podem inflamar os gânglios linfáticos e estes pressionarem o apêndice; ou também o traumatismo direto no apêndice, causando sua ruptura ou impedindo o fluxo de sangue no local. Por isso, o Henrique ficará em observação.
M – Então está bem doutor!
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Re: O que a Bíblia tem a nos ensinar?

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Fé em Jeová escreveu:O que a Bíblia tem a nos ensinar?
- Diálogo de um Cristão com uma Testemunha de Jeová -

Estou escrevendo um livro, com este tema. Então, resolvi colocar alguns capítulos aqui, para que o pessoal possa estar a par de minhas idéias para este meu novo projeto. Acredito que logo termino ele.
Em parceria com 4jehovah.org e Clube dos autores, empreendi neste meu intuito de fazer um compêndio com uma conversa entre um cristão e uma testemunha de Jeová.
A seguir colocarei o conteúdo desta obra, conforme eu for editando e organizando-a.

Agradeço a todos!


Apresentação:

Este trabalho tem como finalidade ser um diálogo respeitoso com aqueles que defendem as crenças das Testemunhas de Jeová. Da mesma forma que elas vêm às nossas portas para expor suas convicções de maneira respeitosa, esta publicação também o fará.
Em modo de um diálogo entre duas pessoas com nomes fictícios, apresentaremos o ponto principal das crenças das Testemunhas e o modo de combatê-las usando a Bíblia – instrumento pelo qual as próprias Testemunhas de Jeová creem e lutam pelas suas convicções. Com perguntas intrigantes e respostas abalizadas nas Escrituras, esta publicação fará o possível para desmontar um falso raciocínio e construir um verdadeiro pensamento em uma base sólida.
Serão divididos por assuntos e doutrinas, e em cada diálogo trataremos sobre um ensino. O livro de estudo usado pelas Testemunhas de Jeová, intitulado “O que a Bíblia realmente ensina?” será a base para analisarmos as doutrinas centrais desta denominação.
João Marcos – um pioneiro regular* habilitado entre as Testemunhas publicadoras e Pedro – um cristão dedicado às Escrituras, serão representados neste cenário de diálogo sobre ensinos bíblicos e não-bíblicos.
Preste atenção como os pensamentos e raciocínios são desenvolvidos, pois o ajudará a entender como se está construído os ensinos das Testemunhas de Jeová. Acompanhe como João Marcos tentará usar seus argumentos tirados de publicações e de pensamentos 'circulares' dentre as mentes das Testemunhas.
Acompanhe em sua Bíblia a medida que Pedro for respondendo cada questão suscitada por João Marcos. Livre-se de conceitos já estabelecidos e viva o diálogo destes dois personagens. A medida que for se familiarizando com os argumentos convincentes de Pedro, entenderá qual é a verdadeira base da crença das Testemunhas de Jeová. Verá que a Bíblia, nada mais é do que simplesmente um detalhe para apoiar suas doutrinas, onde texto é colocado fora do contexto e se torna um pretexto para um ensino errôneo.
Durante a narrativa, serão expostos cenas dramáticas e de ação nas vidas de João Marcos e Pedro.
Com as mentes bem abertas, Bíblia na mão e pensamentos voltados à narrativa, se prepare para acompanhar o caminho de João Marcos até o serviço de campo – trabalho de pregação de casa em casa. Onde ele encontrará Pedro que se tornará um condutor ao que às Escrituras realmente dizem.
João Marcos; Pedro; duas pessoas com pensamentos e convicções tão distintas, mas que se encontrarão para detalhar a doutrina mais coerente!
Para aqueles que lerão esta publicação, permitam que ao adentrar na narrativa você possa colocar-se no lugar de João Marcos e de Pedro e avaliar as explicações dadas por ambos.
No mais, que este escrito possa o ajudar a ver claramente o que a Bíblia ensina para nós, sem alterá-la ou tirá-la de seu contexto. Deus abençoe sua leitura e que seja de sobremodo deleitosa.

O Editor.
____________
* Pregador e instrutor de tempo integral das Testemunhas de Jeová. Usualmente possuindo uma cota de horas, preestabelecidas, a serem realizadas durante o mês, e concluídas durante um ano.
Muito legal essa iniciativa. A Torre precisa de um banho do "sola scriptura".
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Re: O que a Bíblia tem a nos ensinar?

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Aos que acompanham esse tópico, poderão ouvir o áudio dramatizado dos diálogos do livro no blog: http://oqbtne.blogspot.com.br
Não esqueçam de comentar no tópico sobre o audiolivro (Aqui: http://extestemunhasdejeova.net/forum/v ... 11&t=14773) e divulgar!!! :D1
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Re: O que a Bíblia tem a nos ensinar?

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Diálogo 11-N

O médico comunica a Maria a necessidade da cirurgia em Henrique.

Terça-feira
7:15 H.

M – Maria
JG – Jorge
S – Sandro


M – Doutor! Tem algum parecer?
JG – Sim! O seu filho Henrique necessitará de uma pequena cirurgia! Temos um leito disponível agora a tarde e a equipe cirúrgica já está prontamente a espera. Houve um aumento nas dores abdominais no Henrique e a glândula parece estar inchando a cada minuto, intrometendo-se à melhora dele. Os medicamentos tem tido bons resultados em diminuir as contrações agudas que ele estava sentindo, porém, com a inflamação do apêndice, ele tem se queixado de várias “agulhadas” na região em que se localiza a enfermidade. Os exames mostram a necessidade da retirada desta glândula atualmente nociva.
M – Sim doutor! Eu estava esperando isso! Mas o Henrique vai ficar bem?!
JG – O Henrique vai reagir bem! É um menino de boa saúde, forte e reagirá à incisão com sucesso! É uma cirurgia rápida e não muito complicada! Vou chamar a equipe cirúrgica; poderá tirar suas dúvidas com eles, que lhe darão garantias do sucesso da cirurgia de Henrique!
M – Sim doutor! Vou chamar meu marido e conversaremos com eles!
JG – OK! Irei chamá-los!
M – (no telefone) Sandro!
S – Oi querida!
M – Sobe aqui no segundo andar! O Henrique vai precisar passar por uma cirurgia a fim de tirar o apêndice. E a equipe cirúrgica vai conversar conosco, para tirar nossas dúvidas e falar como será a cirurgia dele.
S – Estou indo aí!

Após conversarem com a equipe médica que se encarregará da cirurgia, fica estabelecido o horário às 11 horas para o início da operação em Henrique. Os custos desta cirurgia foi repassado à Sandro e Maria, que prontamente concordaram em pagar. Sandro, o pai, vai com Semir, seu irmão, até o banco para a retirada do dinheiro que pagará o preço da operação e afins. Na saída do banco encontra Calebe, o ancião de seu Salão do Reino.

CLB – Calebe
S – Sandro


CLB – Olá irmão Sandro! Como está?
S – Estou com pressa!
CLB – E a família do irmão?
S – Ah, irmão! O Henrique vai ter de passar por uma cirurgia, está com apendicite!
CLB – Você comunicou os anciãos?
S – Pra que?
CLB – Para que fiquem de prontidão, caso aconteça algo e os médicos tentem transfundir sangue! O Henrique tem o cartão de recusa às transfusões para filhos menores?
S – Não!
CLB – Sandro! O que está em jogo é a sua lealdade a Jeová! Se ele necessitar de transfusão de sangue quem terá de responder será você diante de Jeová Deus! Ligue para o irmão Aníbal que saberá te informar melhor sobre os irmãos da COLIH.*
S – Tudo bem!

Chegando no hospital, Sandro conta a Maria sobre ter encontrado Calebe na saída do banco!

S – … ele me disse que tenho que ligar para o irmão Aníbal que sabe informar sobre as COLIH!
M – Ai Sandro! Quer dizer que ele nem perguntou se o Henrique estava bem? Onde seria a cirurgia? Ou mesmo como iríamos fazer?
S – (balançando a cabeça) Não! Não perguntou! Na verdade só quis saber sobre o cartão de recusa de sangue e... e... se eu tinha dito algo sobre não aceitarmos transfusões!
M – Olha Sandro, sei que não é hora de estarmos tocando nesse assunto, mas... não acha que a maioria dos irmãos da dianteira não querem saber sobre nosso bem-estar, mas sim se estamos ou não seguindo o que a Associação nos orienta! Com todos estes ocorridos dos últimos 40 dias em nossas vidas, me fez pensar se vale à pena nos abdicarmos tanto à nossa religião!
S – O que é isso Maria?! Não fale assim! Não fale da “Verdade” como se fosse mais uma religião!
M – Ah Sandro! Você ainda vai colocar a mão na sua consciência e vai ver que seguir as regrinhas imposta pelas publicações só está nos atrasando!
S – Maria! Maria! Acho que o nervosismo quanto à operação do Henrique te fez “perder a cabeça”!
M – Não é isso! Não é!
S – Vou acertar o valor da cirurgia com a moça da recepção!

JG – Maria! Sandro! O Henrique vai entrar para a sala de cirurgia! Já está sob efeito da anestesia!
M – Tudo bem doutor!

____________________
* Comissão de Ligação com Hospitais (COLIH); grupo de líderes dentre às Testemunhas de Jeová que defendem o direito de recusa às transfusões de sangue em membros pacientes nos hospitais. Ficam encarregados da parte burocrática quanto à recusar uma transfusão. São como elo entre médico e paciente.
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Re: O que a Bíblia tem a nos ensinar?

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Diálogo 11-O

Sandro medita sobre sua situação!

Terça-feira
12:18 H.

S – Sandro

S – Ó Deus! Ó Deus! Agora estou mais do que endividado e não tenho de onde tirar dinheiro! Aquele serviço dos bancos do senhor Jairo seria uma saída para nós. Mas veio aquele artigo na A Sentinela e me fez forçosamente desistir do trabalho que estava já “engatilhado”; como é difícil! Estou eu agora, nesta situação! Tendo de pedir dinheiro emprestado para meu irmão Semir, que eu tanto já o ignorei e critiquei. Lembro-me daquela vez em que o Henrique estava para completar 4 anos e Semir fez uma festa surpresa para ele! Me lembro como se fosse hoje! O Henrique ficou feliz e seus olhos brilhavam ao contemplar aqueles balões e bexigas coloridas. O bolo era de chocolate que a Márcia, minha cunhada tinha feito. Naquele momento fiquei muito bravo! Muito mesmo! Xinguei o Semir na frente de todos! Ele já havia estudado a Bíblia com o irmão Hélio, ancião de nosso Salão. Deveria saber que é totalmente errado fazer festas de aniversário! Jeová detesta isso! Mas... Semir nunca aceitou algumas coisas dentro da Organização. Logo ele desistiu de seu estudo! Começou a me falar coisas que... que eu fiquei meio chocado! Surpreso, seria a palavra certa. Me disse que nossa Organização estava errada em suas interpretações e que por muitas vezes proferiu falsas profecias que deram esperanças infundadas à milhões de pessoas. Divulgava ensinos incoerentes e os mudava constantemente! Naquele dia, ouvindo isso sair da boca de meu irmão Semir, eu surtei e falei muitas coisas pra ele. Confesso! Confesso que até o ofendi! Cortei minha relação com ele, pois ele estava a desejar minha saída da Organização! Eu disse que ele estava pesquisando coisas apóstatas sobre o povo de Jeová e eu não toleraria isso. Eu exclamei: “Nunca me procure! Você quer semear ideias satânicas e apóstatas em minha mente!” E olha como o mundo dá voltas... Fui eu quem o procurei! Ele me ajudou e está fazendo com prazer! No carro, expliquei a ele o porquê eu havia desistido do serviço para o senhor Jairo. Ele, por um instante ficou quieto, mas depois disse que 'achava aquilo um absurdo, pois eu apenas estaria prestando um serviço, fazendo meu ofício! Eu sou marceneiro e faço produtos de madeira, quem os compra faz o que bem entende!' Relutei; mas no fundo, no fundo, eu concordava com o raciocínio dele. Mas e o que a Organização orientou? Ficará de lado? A minha esposa Maria, já está desiludida e discordando de muita coisa! Temo que ela esteja com ideias apóstatas; ou seria ideias coerentes?! Não sei! Apenas entendo que muitas vezes eu me confundo mais ainda com todos esses ocorridos! Ah! (suspirando) Seria assim tão errado aceitar a oferta de serviço do senhor Jairo?! Jeová encararia como pecado? A orientação do “escravo fiel e discreto” não estaria exagerada?! Ah, como é difícil! Eu até poderia dizer que toda essa situação é um teste ou prova de Jeová, para ver se seguirei o que a Organização me orientou. Mas não posso me esquecer de que o ensino da Organização é que “Jeová não prova a ninguém!”* Como então isso seria uma prova?! Outro dia mesmo, no serviço de campo, encontrei um senhor que me disse que estava passando por alguns problemas e ele não iria desistir pois aquilo era um teste à fé dele, uma provação que ele iria vencer e provar sua fidelidade a Deus e ao Acusador, referindo-se a Satanás. Naquele momento, em pensamento, critiquei as afirmações deste senhor e prontamente lhe mostrei o texto de Tiago 1:13 e em seguida o parágrafo 7 no capítulo 1 do livro “Bíblia ensina”: “Instrutores religiosos às vezes levam as pessoas a pensar que Deus é insensível. Como assim? Em casos de tragédia, por exemplo, eles dizem que essa é a vontade de Deus. Na realidade, tais instrutores culpam a Deus pelas coisas ruins que acontecem.” Eu disse a ele: “Esses problemas que o senhor está enfrentando não é uma prova ou teste de Deus! Deus – Jeová Deus, não iria fazer isso! O texto que lemos diz que Deus não prova a ninguém!” Falei isso ao senhor que nos atendeu, pois aprendi isso como “verdade”! E eis aqui eu, passando por diversos problemas... Se isso não é um teste de Deus à minha fé, é o quê?! E se for algo para refinar minha fé, significa que Jeová prova alguém, sim! E o ensino da Organização, como fica? Ah! Cada vez mais me confundo! E o irmão Calebe? Se preocupou mesmo apenas com a questão do sangue! Deveria perguntar pelo Henrique, ou se estávamos precisando de algo... alguma coisa prática! É... eu não quis encarar seriamente o que a Maria me disse, mas é a pura verdade! Por fim, com a correria nem liguei para o irmão Aníbal. Mas... Mas e agora? Será que aceito fazer o serviço para o senhor Jairo?!

_______________________
* A Sentinela 15/08/2004 página 21; § 19.
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Re: O que a Bíblia tem a nos ensinar?

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Diálogo 11-P

Henrique se recupera de sua cirurgia, que foi um sucesso, enquanto Maria e Sandro esperam o médica dar alta ao seu filho.

Terça-feira
18:01 H.

S – Sandro
M – Maria


S – Sabe querida, eu estava raciocinando comigo mesmo, será que eu não deveria aceitar o serviço proposto pelo senhor Jairo?
M – Ah! Sandro! Eu pensei a mesma coisa!
S – Eu comecei a me lembrar de coisas que ocorreram conosco e ver algumas incoerências.
M – Você, vendo incoerências?
S – Sim! Meditei esse tempo em nossa real situação!
M – Até que enfim! Sabe Sandro, eu estava refletindo sobre essa rejeição sua quanto ao serviço do senhor Jairo, e cheguei a algumas conclusões.
S – Que conclusões?!
M – Pense por um momento: Você rejeitou o serviço, pois a Organização orientou, certo?
S – Sim! Certo!
M – Se a Organização orientou a rejeição por meio daquele estudo de A Sentinela, e aceitamos a orientação, é por que cremos que ela está falando e fazendo o que Jeová se agrada, correto?
S – Isso! Correto!
M – Se realizar algum serviço para uma outra religião é promover a adoração falsa, não devemos contribuir em nada para o estabelecimento de outra denominação.
S – É... foi a ideia que o artigo de A Sentinela transmitiu a nós.
M – Se ao prestar serviço, um encanador, pintor ou marceneiro contribuirá para o sucesso e propagação da religião falsa, segundo a orientação do “escravo fiel e discreto”; o que diremos se acaso você construir um lindo alojamento, com o esforço árduo de sua esposa e filhos, e depois vender a uma religião que fará dali seu local de adoração?! Pense: toda a família junta contribuiu para embelezar a construção, desdobrando-se a fim de fazer uma ótima edificação no imóvel; foi gasto os recursos e energias para possuírem uma boa propriedade. Após todo o esforço, você vende para uma denominação fazer um templo religioso. Se segundo a Organização, pintar uma igreja é promover a falsa adoração, quanto mais vender uma propriedade para fins religiosos?!
S – Tem sentido!
M – Se lembra daquele Salão do Reino que foi vendido para uma Associação Espírita? E o Salão de Assembleia onde assistimos nossa primeira Assembleia no Rio de Janeiro, em Santa Cruz da Serra? Foi vendido para uma igreja evangélica!
S – Sim, em Duque de Caxias!
M – Então! Orientar alguém a não prestar serviço para outra religião não pode, mas vender um imóvel próprio para a “adoração falsa” pode?! Afinal, os Salões não são construídos com nossos recursos? Construímos e posteriormente Babilônia usufrui?! E se não tem nada demais vender um imóvel para uso de outra religião, logo, não há problema em vender os bancos que você mesmo fabricará! Percebeu a incoerência? A Organização orienta de um modo, mas ela mesma age de outro!
S – Sim é claro! Bem coerente! Por que a Organização pode vender os prédios que “ela” faz para a Babilônia e eu não poderei vender os bancos para o mesmo uso e fins?
M – É isso que estou falando! Veja que são dois pesos e duas medidas! Como eu disse, se não há problemas em vender algo para o uso da religião falsa, como o caso de imóveis, não há nenhum problema em vender imóveis construídos ao senhor Jairo. Se é Jeová quem guia a Organização para dar as orientações sobre todos os aspectos por meio das publicações, por que Ele não guiaria as decisões e atos realizados pela Organização? Alguma coisa está errada aí!
S – Verdade! Se o que a Organização faz no ramo imobiliário em vender propriedades às demais religiões não é algo que desagrada a Jeová, por que eu, um simples marceneiro deveria evitar fazer bancos para a igreja do senhor Jairo?! Gostei! Muito, muito coerente!
M – Então Sandro, desconsidere o que A Sentinela disse e ligue amanhã para o senhor Jairo. Como seu irmão Semir disse: 'Tivemos uma oportunidade de tirar a “corda do pescoço” e nos livrarmos de nossas dívidas, mas rejeitamos por causa do que os homens disseram!' Você viu que seguimos um mandamento humano, pois a própria Organização não segue o que ensina... por que?!? Por que envolveu dinheiro, compra e venda!
S – Não acha que está criticando demais a Organização?
M – Foi por achar que eu iria criticar demais e afrontar a Jeová, expondo fatos sobre a Organização foi que suportei chegar nessa situação! Agora chega! Temos de levantar a cabeça e levar a vida adiante! Temos muitas contas para pagar, nosso filho para cuidas e ajeitar a nossa vida.
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Re: O que a Bíblia tem a nos ensinar?

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Diálogo 11-Q

Maria chega em sua casa com as crianças e vai preparar algo para o jantar. Enquanto isso, Sandro vai ao mercado junto ao seu irmão Semir. Ao chegar em casa, Sandro ajuda sua esposa na cozinha; enquanto isso conversam...

Terça-feira
19:50 H.

S – Sandro
M – Maria


S – Quer que eu pique a cenoura?
M – Sim! Descasque ela e pique em pedaços pequenos!
S – Querida?!
M – Sim! Diga!
S – Aquela conversa que tivemos me fez pensar...
M – Sobre?!
S – Aquele assunto me fez raciocinar melhor! Eu pensei seriamente, e aceitei algo que estava difícil para eu aceitar de coração... Eu sempre repeti, e repeti, um famoso jargão usado pela maioria na Organização... “A Organização é perfeita, composta por pessoas imperfeitas!” Mas agora, vendo bem... Ah! (suspirando) É difícil! Ainda tenho um certo receio em falar isso... Mas; A Organização não é perfeita!
M – Nunca imaginei que falasse algo semelhante!
S – Isso é ruim?! Ou...
M – Eu sempre tive esse pensamento! Mas se eu manifestasse isso, talvez... você não entenderia.
S – Agora vi. Vi que essa declaração não é real, mas fantasiosa!
M – O que o fez chegar a essa conclusão?
S – Pense: O que é a Organização? São as pessoas? São os prédios e imóveis? Ou é a corporação por trás de todas nossas atividades?
M – Ao meu ver é a corporação! Ou seria melhor dizermos: A Associação Torre de Vigia!
S – Não são as pessoas! Por que? Porque as pessoas não fazem nada sem ter como auxílio o material providenciado pela Associação. Nenhuma família Testemunha de Jeová vai na casa de outra família também Testemunha, apenas para ler a Bíblia ou orar. Mas, uma família se reúne com outra para preparar o estudo de A Sentinela. Em um Salão do Reino as reuniões só acontecem pois há matéria redigida e preparada sendo fornecida pela Associação! Se cessassem todas, digo, todas as matérias escritas pela Associação Torre de Vigia, até mesmo as antigas, não haveria reunião. E mesmo que houvesse, seria algo rápido e instantâneo; pois até mesmo as orações feitas no Salão são algo superficiais e de proferimento rápido e mecânico. Tudo! Tudo, gira em torno da Associação. As nossas decisões são tomadas de acordo com o que a Organização ensina, certo?!
M – Sim, certo!
S – E se a Organização não for perfeita?! Logo, nossas decisões seriam tomadas de modo desacertado. Nossos atos seriam errôneos! Se a Organização é perfeita, por que necessita sempre de reparos feitos nas crenças? Antigos conceitos são abandonados e novos são adotados, porque isso se a Organização é perfeita? Algo perfeito é algo completo, sem a necessidade de reparos ou consertos!
M – Exato!
S – A Organização é a corporação que rege tudo em nossa religião!
M – Pode me explicar esse raciocínio?
S – Para entender melhor, tome esse exemplo: O que é uma empresa? São os funcionários? São os prédios que levam a marca empresarial? Ou é a corporação que rege o que é feito e o que não é feito?
M – Sim entendi! É a corporação!
S – Assim! A Organização é a corporação que nos rege!
M – Onde quer chegar?
S – Se a Organização é a corporação, e foi a corporação Torre de Vigia que redigiu o artigo sobre não contribuir com nosso trabalho às outras religiões, ao passo que ela mesmo fez o contrário, ao vender um Salão de Assembleias para uma outra igreja*, devemos presumir que ela errou ao dizer algo e fazer outro! Se errou, ela não é perfeita, se não é perfeita é imperfeita como nós, e portanto nada têm de melhor!
M – E se não é perfeita, devemos desconfiar de suas palavras!
S – E se nós como Testemunhas de Jeová dependemos inteiramente da Associação Torre de Vigia para obtermos alguma orientação, como ficará nossa vida se estamos depositando nossa fé numa Organização imperfeita, e pior, que diz algo e faz outro?!? E se ela não é perfeita, iremos desconfiar de cada instrução dada, logo deixaremos de crer nela como canal de Jeová.
M – Entendo o ponto onde quer chegar! A Organização dita, mas não segue! E ainda coloca “panos quentes” em seus atos contrários! Acho que ficar filtrando o que vem de Jeová por parte da Organização e o que não vem é algo que não consigo fazer. Pra mim é oito ou oitenta!
S – Está pensando em sair da Organização?!
M – Acho que vou ficar inativa por enquanto... acho que já vi muita incoerência por estes tempos! Antigamente, eu até tinha medo de virar apóstata, como diz a Organização àqueles que discordam de seus ensinos; mas hoje não receio mais!
S – Nunca imaginei ouvir isso sair de sua boca!
M – Estou sendo sincera querido! Apenas sincera! Sem medo de represálias. Acho que essa brecha foi boa para mim... me deu um senso de liberdade de expressão! Não sei explicar! Algo que me fez bem! Expressar o que penso.
S – Estou sentindo o mesmo! Que engraçado! É... quanto ao trabalho do senhor Jairo é algo que farei e não terei nenhum remorso!

___________________________
* A Torre de Vigia também vendeu o conjunto de prédios que formavam o Betel da Nova Zelândia (filial) a Igreja Elim daquela nação. Ao fazer tal transação comercial, a sede das Testemunhas de Jeová se justificaram dizendo ser apenas um “negócio” de compra e venda, ação normal no ramo imobiliário. Porém, se esqueceram das claras orientações que eles mesmos publicaram em não ter nenhum contato comercial/material ou espiritual com as “demais religiões falsas”. – Livro: Está próxima a Salvação do Homem da Aflição Mundial; página 168, §16; A Sentinela 15/05/1989 página 3, §2.
Veja as fotos em:
http://www.stuff.co.nz/auckland/local-n ... -Elim-buys
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Fé em Jeová
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Re: O que a Bíblia tem a nos ensinar?

Mensagem não lida por Fé em Jeová »

Diálogo 11-R

Sandro liga para Jairo e após isso faz todos os preparativos para se empenhar rapidamente no serviço da elaboração e construção dos bancos.

Quarta-feira
10:20 H.

S – Sandro
J – Jairo


S – Alô?! Jairo?
J – Oi Sandro! Como está?
S – Estou bem! (desconcertado) Liguei para falar com o senhor que irei fazer os bancos...
J – Oh! Que ótimo! Que ótima notícia!
S – Estou me programando para que eu possa entregar todo o projeto do modo como o senhor imaginou!
J – Se é assim, poderíamos ir amanhã comprar a matéria-prima, que tal?
S – Sim! Pode ser.
J – Aí podemos combinar direito como faremos com entrega e qual o prazo que me dará!
S – Tudo bem! Obrigado senhor Jairo por me entender!
J – Que é isso, Sandro! Falei que gostei de você. Como prometi, darei uma parte do valor total para que possa lhe auxiliar em algo.
S – Muito obrigado, senhor Jairo!
J – Que nada! Podemos marcar a compra da matéria-prima para amanhã as 9:30 h?
S – Combinado!
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