Tradução do Novo Mundo (TNM) Qual é a sua opinião sobre ela?

Debates e discussões acerca das crenças, doutrinas e a história das Testemunhas de Jeová.
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israel
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Re: Tradução do Novo Mundo (TNM) Qual é a sua opinião sobre ela?

Mensagem não lida por israel »

Sentinela na Torre escreveu:Up!

O CG mantém oculto o nome dos tradutores da TNM, por qual motivo? Se é errado revelar tais nomes então os escritores dela não deveriam está ocultos também?
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Filosofo
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Re: Tradução do Novo Mundo (TNM) Qual é a sua opinião sobre ela?

Mensagem não lida por Filosofo »

Dando um up nesse tópico que é bem interessante até para mim que não sou cristão.

Aqui em casa tem a Novo Mundo (que foi ganha de presente... advinha qual o intuito das TJs que deram? :twisted: ), tem a Almeida, tem a King James, e online tem todas outras.

Realmente essa tradução de João 1:1 na Novo Mundo é bem estranha, parece realmente tendenciosa para ajudar a doutrina torreana.

Por mais eu considere Jesus outra pessoa diferente de Jeová (pelo meu entendimento), alterar um versículo me parece tendencioso.
"Seria Deus desejoso de prevenir o mal mas incapaz? Portanto não é omnipotente. Seria ele capaz, mas sem desejo? Então é malévolo. Seria ele tanto capaz quanto desejoso? Então por que há o mal?"
- Epicuro
rajader
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Re: Tradução do Novo Mundo (TNM) Qual é a sua opinião sobre ela?

Mensagem não lida por rajader »

A verdade da TNM é obvia, senão vejamos:
Nas Escrituras originais temos o Antigo Testamento como uma promessa para nós pessoas, sermos salvas. O Novo Testamento é o cumprimento dessa promessa, pois como o próprio nome diz - testamento é uma herança de alguém para uma ou mais pessoas. Para que se efetive o benefício do testamento para os herdeiros é necessário que aquele detentor dos bens morra, não é verdade? Isso aconteceu em Jesus. O Novo Testamento enaltece Jesus e seu ato de nos salvar. Jesus, no Novo Testamento é o persogen principal, mas a TNM conseguiu, com a sua tosca tradução reverter a situação verdadeira, fazendo com que Jesus esteja em 2º, 3º plano - eles conseguiram transformar Jesus em coadjuvante. Revelação cap. 22 diz que quem alterar a Palavra dará conta deste ato. Alguém aí quer fazer parte deste grupo?
Bereano
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Re: Tradução do Novo Mundo (TNM) Qual é a sua opinião sobre ela?

Mensagem não lida por Bereano »

TJ Curioso escreveu:Com respeito a estas críticas, gostaria de fazer o papel de "advogado do Diabo", porque na realidade, acredito que estas críticas baseiam-se mais na teologia pessoal dos intervenientes do que nas próprias regras gramaticais às quais apelam como base para criticar a TNM.

Senão vejamos:

DR. J.R.MANTEY (Citado nas página 1158 e 1159 da Tradução Interlinear do Reino, edição de 1969) - "Uma tradução chocante. Obsoleta e incorreta. Não é nem erudito nem razoável traduzir João 1:1 'a Palavra era um deus'."

Verdade? Então o que podemos dizer do que escreveu o trinitariano Murray J. Harris?

"Accordingly, from the point of view of grammar alone,[QEOS HN hO LOGOS]could be rendered "the Word was a god,...." -Jesus As God, 1992, p.60.

Afinal, quem demonstra ser “nem erudito nem razoável”? Infelizmente, o Dr. J. R. Mantey. É óbvio que Harris rejeita esta tradução de João 1:1, mas não por causa da gramática ou erudição, mas por causa do que ele acredita ser a teologia de João. Assim, com esta crítica tão severa, Dr. Mantey demonstrou falta de razoabilidade, e principalmente faltou à verdade.

DR. BRUCE M. METZGER da universidade de Princeton (Professor de Língua e Literatura do Novo Testamento) - "Uma tradução horripilante... errônea... perniciosa...repreensível. Se as Testemunhas de Jeová levam essa tradução a sério, elas são politeístas".

Com que base ele afirmou isto? Ele escreveu: “"As a matter of solid fact, however, such a rendering[re"and the Word was a god" in the NWT]is a frightful mistranslation. It overlooks entirely an established rule of Greek grammar which necessitates the rendering "...and the Word was God."

Aqui a regra de gramática a que se referia é a conhecida “regra de Colwell”. Mas o erudito Harris, já citado acima afirmou, volto a citar: "Accordingly, from the point of view of grammar alone,[theos en ho logos]could be rendered "the Word was a god."

Mas a regra de Colwell não pode ser usada como regra dogmática, mas apenas uma tendência geral. Note a seguinte citação:
"So that while the canon[Colwell's rule]may reflect a general tendency it is not absolute by any means; after all, it takes no account of relative clauses of proper nouns like that in[ho theos agape estin,"the God love is." -1 John 4:8]. Moreover, he[Colwell]is the first to admit the lack of objectivity in his method of counting: he professes to include only definite nouns among his anarthrous predicates and the degree of definiteness is extremely difficult to assess".-A Grammar of New Testament Greek, James Hope Moulton, Nigel Turner, Vol.III, Syntax, 1963, p.1.

Assim Metzger usa, melhor, abusa da regra de Colwell de forma errada. De facto a Comissão de Tradução do Novo Mundo rejeitou a regra de Colwell, em João 1:1, mas não de forma errada. O que levou Metzger a usar a regra de Colwell de forma cega, foi a sua visão teológica, e não qualquer regra gramatical.

DR. SAMUEL J. MIKILASKI, de Zurique, Suiça - "Esta construção anartra (usada sem o artigo) não significa que o artigo indefinido 'a' significa em inglês. TRaduzir a frase 'a Palavra era [um] deus' é monstruoso".

Se é “monstruoso” traduzir João 1:1 como “e a Palavra era um deus” como Mikilaski encarou o que disse C. H. Dodd:
"If a translation were a matter of substituting words, a possible translation of [QEOS EN hO LOGOS]; would be, "The Word was a god". As a word-for-word translation it cannot be faulted, and to pagan Greeks who heard early Christian language,[QEOS EN hO LOGOS]might have seemed a perfectly sensible statement, in that sense["signifying one of a class of beings regarded as divine"-Dodd, ibed).....The reason why it is unacceptable is that it runs counter to the current of Johannine thought, and indeed of Christian thought as a whole."-Technical Papers for The Bible Translator, Vol 28, No.1, January 1977.

É claro que Dodd rejeita a tradução que diz que a Palavra era “um deus”. Mas não é por causa da construção gramatical do grego. É a sua opinião sobre o que ele pensou que era a “teologia de João” e o “pensamento cristão”, a sua visão teológica de Cristo e não a gramática do grego.
As Testemunhas de Jeová não partilham esta opinião trinitária do que o Evangelho de João e o resto da Bíblia afirmam sobre a pessoa e a natureza de Deus e seu Filho.

DR. CHARLES L.FEINBENG de Portland, Oregon: "Os tradutores das Testemunhas de Jeová evidenciam uma ignorância abissal dos princípios básicos da gramática do Grego na sua tradução errônea de João 1:1".

Contudo, Dr. Jason BeDuhn (da Universidade de Arizona) em relação ao apêndice da Kingdom Interlinear que dá a razão para a TNM favorecer a tradução de João 1: como dizendo que a Palavra não era “DEUS” mas “um deus”, afirmou: "In fact the KIT[Appendix 2A, p.1139]explanation is perfectly correct according to the best scholarship done on this subject.."

E os acima citados, Murray J. Harris, C. H. Dodd e J. Beduhn colocam seriamente em questão esta afirmação. Será que esta afirmação de Charles Feinberg é baseada no seu entendimento dea gramática grega usada por João 1:1? Não posso dizer, apenas por esta breve citação sua. Se é então lamento a sua falta de exatidão gramatical. É apenas uma opinião sem provas e acima de tudo gramaticalmente inexata.

DR. JAMES L. BOYER de Winona Lake, Indiana: "Nunca ouvi falar, nem li sobre algum erudito em Grego que concordasse com a interpretação desse versículo conforme insistida pelas Testemunhas de Jeová... Nunca encontrei um deles que tivesse qualquer conhecimento da língua grega".

Bem, se calhar ele não anda muito atento àquilo que os eruditos em grego têm escrito e falado sobre o assunto. Deveria ouvir e ler mais.

DR. WALTER MARTIN - "A tradução 'um deus' ao invés de 'Deus' é errônea e não tem apoio em nenhuma boa erudição do Grego, antiga ou contemporânea, e é uma tradução rejeitada por todos os reconhecidos eruditos da língua grega, muitos dos quais nem mesmo são cristãos, e dos quais não pode se afirmar honestamente serem preconceituosos a favor da versão sustentada pelos ortodoxos".

Citar Walter Martin neste caso, não resulta muito bem. Parece que o seu estudo de grego não parece ser muito profundo. Lembra-se da citação do Dr. BeDunh que realmente estuda e ensina grego? Apesar de não ser Testemunha de Jeová afirmou que "In fact the KIT[Appendix 2A, p.1139]explanation is perfectly correct according to the best scholarship done on this subject.."

DR. WILLIAM BARCLAY da Universidade de Glasgow, Escocia - "A distorção deliberada da verdade por esta seita é vista nas suas traduções do Novo Testamento. João 1:1 é traduzido "a Palavra era [um] deus', uma tradução que é gramaticalmente impossível. É abundantemente claro que uma seita que pode traduzir o Novo Testamento assim é intelectualmente desonesta".

Gramaticalmente impossível? Contudo, eruditos como Murray J. Harris, C. H. Dodd e J. BeDuhn e outros que poderiam ser citados afirmam que é gramaticalmente possível.

Outro erudito que afirmou o mesmo foi o Rev. J. W. Wenham no seu bem-conhecido The Elements of New Testament Greek, escreveu numa nota de rodapé: "In ancient manuscripts which did not differentiate between capital and small letters, there would be no way of distinguishing between Qeos('God') and qeos('god'). Therefore as far as grammar alone is concerned, such a sentence could be printed: qeos estin o' Logos, which would mean either , 'The Word is a god', or, 'The Word is the god'."(footnote 2, page 35, Cambridge University Press, 1987 reprint.)

Wenham escreveu ainda: "The interpretation of John 1:1 will depend upon whether or not the writer is held to believe in only one God or in more than one god."
As Testemunhas de Jeová, acreditam que João poderia ter afirmado que a Palavra “era um deus”, porque no Antigo Testamento, até mesmo os anjos são chamados de “deuses”. Sim, João como judeu acreditava em “mais do que um deus”, em seres divinos, muito superiores aos humanos, que estavam diante de Deus e o serviam na Sua Corte Celestial (Veja Salmo 8:5; 82:1; 138:1).

Mas, assim como João, temos que adorar o único DEUS verdadeiro, ou aquele a quem se deve adorar. Mas a Palavra não era este único Deus verdadeiro (“hO QEOS”, literalmente “o D/deus”) conforme João nos informa, pois a Palavra estava COM O DEUS. Esta tradução de João 1:1 está assim de acordo com o contexto que informa que a Palavra estava com O Deus, distinta deste, mas ainda assim da sua semelhança: divina, um deus.

O que é mais interessante, é que Barclay, 20 anos após esta declaração, dizendo "a Palavra era [um] deus', uma tradução que é gramaticalmente impossível afirmou exatamente o contrário.

No seu livro 'William Barclay-Ever Yours," editado por C.L.Rawlings(Dunbar 1985), pag. 205, após fazer alusão à tradução comum (conforme encontrada na Versão Rei Jaime), ele afirmou: "You could translate, so far as the Greek goes: 'the Word was a God';.."

Afinal era gramaticalmente possível!!!

Esta contradição/correção de si mesmo indica quem foi “intelectualmente desonesto” nos anos 1950.

DR. F.F.BRUCE da Universidade de Manchester, Inglaterra: "Os gramáticos amadores arianos fzem muito alarde da omissão do artigo definido com 'Deus' na oração 'e a Palavra era Deus'. Esse tipo de omissão é comum com nomes numa construção predicativa... 'um deus' seria totalmente indefensável" (O falecido Dr. Barclay e o Dr. Bruce são geralmente considerados os principais eruditos em Grego da Grã-Bretanha. Ambos publicaram traduções do Novo Testemento).

Totalmente indefensável? Parece, pelo que já vimos por outros comentários que isto não realmente assim.

James White no seu livro “The Forgotten Trinity”, cap. 4, lidando com o sentido e tradução de João 1:1 como “um deus”, cita F.F. Bruce como dizendo: "It is no more sadly true than in the acquisition of Greek that "a little learning is a dangerous thing." Sem dúvida. Mas ter muito conhecimento, também pode levar a grandes enganos. E foi o que Bruce fez ao dizer estas palavras.

DR. ERNEST C. COLWELL da Universidade de Chicago: "Um nominativo definido no predicado tem o artigo quando segue o verbo; não tem o artigo quando precede o verbo... essa declaração não pode ser considerada como estranha no prólogo do evangelho que alcança seu clímax na confissão de Tomé: 'Senhor meu e Deus meu' - João 20:28".

"Colwell's rule has been abandoned [in connection with John 1:1 at least,] by those who know their Greek."-Professor BeDuhn.
Lá se vai mais uma citação desmoronando.

DR. J.JOHNSON da Universidade do Estado da Califórnia, em Long Beach: "Não há justificativa para traduzir THEOS EN HO LOGOS como 'a Palavra era um deus'. Não há paralelo sintático com Atos 28:6 onde há declaração em discurso indireto; em João 1:1 é direto...e eu não sou nem cristão, nem trinitariano".

Mas Actos 28:4 é um paralelo sintático. J. BeDuhn diz sobre Actos 28:4 como paralelo de João 1:1: "Acts 28:4, which is a perfect choice, and shows how this qualitative sense for the anarthrous predicate nominative before the verb works."

DR. EUGENE A. NIDA, chefe do Departamento de TRadução da Sociedade Bíblica Americana: "Com relação a João 1:1, há, claro, uma complicação, simplesmente porque a Tradução do Novo Mundo foi aparentemente feita por pessoas que não levaram a sério a sintaxe do Grego" [Responsável pela Good News Bible - a comissão trabalhou sob sua direção].

Pelo que afirma o Prof. J. BeDuhn isto não é verdade. Nem outros eruditos concordam apesar de serem trinitaristas, e de não concordarem com esta tradução por razões teológicas, mas não gramaticais.

DR. B.F.WESTCOTT (cujo texto do NT grego - não a parte em inglês - é usado na Tradução Interlinear do Reino): "O predicado (Deus) encontra-se na posição inicial enfaticamente, como em João 4:24. É necessariamente sem o artigo... Nenhuma idéia de inferioridade de natureza é sugerida por esta forma de expressão, que simplesmente afirma a verdadeira deidade da Palavra... na terceira cláusula declara-se que 'a Palavra' é 'Deus', e assim incluída na unidade da Divindade".

Esta declaração de Wescott, baseia-se no seu entendimento de João 1:1, segundo a perspectiva trinitarista. Citar alguém que interpreta o texto, que vai para além da simples tradução, não contribui muito.

DR. J.J. GRIESBACH (cujo texto do NT - mas não na parte em inglês - é usado na The Emphatic Diaglott): "Tão numerosos e claros são os argumentos e testemunhos das Escrituras em favor da verdadeira Deidade de Cristo, que dificilmente posso imaginar como, sob a admissão da autoridade Divina da Escritura, e com referência à regras imparciais de interpretação, essa doutrina pode ser colocada em dúvida por algum homem. Especialmente a passagem João 1:1-3, é tão clara e tão superior a toda objeção, que por nenhum esforço ousado quer de comentaristas ou de críticos pode ser arrancada das mãos dos defensores da verdade".

Mais uma vez, é citada a interpretação de um erudito segundo a perspectiva trinitarista. É o mesmo que citar um membro de um partido político, para defender esse mesmo partido.
William Loader afirma, segundo a perspectiva gramatical e não interpretativa, que afinal é o que deveríamos debater aqui:

"The Word was a god," The other two translations["God" and "divine"]fit the context more smoothly at one level. Yet their evaluation cannot take place without our making assumptions about the author's wider frame of reference. In particular it is unlikely, given his context within the Christian community and it's roots in Judaism, that he would mean that there is more than one God....It is true on the more natural reading of the text, that there are two beings here: God and a second who was theos but this second is related to God in a manner which shows that God is the absolute over and against which the second is defined. They are not presented as two equal gods."

Portanto, segundo a perspectiva estritamente gramatical, em João 1:1, a TNM está perfeitamente dentro das regras gramaticais e segundo o próprio contexto, quer imediato, quer das Escrituras Sagradas como um todo.

A verdade é que por cada erudito que a Torre cita a favor da sua Tradução do Novo Mundo (TNM), existem umas boas dezenas ou mais que sustentam a tese contrária, desfavorável ao modo peculiar e não-ortodoxo como a Sociedade traduz textos como Jo. 1.1, Cl. 2:9, Rm. 9:5, Hb. 1.8 e outros.
Se o autor do Evangelho segundo João quisesse significar que o Verbo era um 'deus secundário' ou um 'semi-deus' teria empregue o termo adequado no grego que é "theios".
O argumento segundo o qual a maioria dos eruditos, reconhecidos geralmente como tal pela comunidade académica, rejeita a TNM por causa do seu apego à parcialidade do tradicionalismo religioso, bem poderia ser utilizado contra a Sociedade, porque é exatamente aquilo que ela faz.Aliás, nem sequer é sério, porque há eruditos independentes, não filiados em nenhuma denominação religiosa, e que defendem as traduções tradicionais.
Parece que ultimamente descobriram a pólvora com um tal Prof. DeBuhn, que tem o Mestrado em Estudos Teológicos pela Universidade de Harvard.O seu grau académico corresponde a um nível intermédio de competência no grego.Mas DeBuhn não é considerado um perito em línguas bíblicas, já que possui apenas o PhD que lhe foi atribuído pela Universidade de Indiana em Estudos Religiosos Comparados.E não é visto pela comunidade erudita como um perito no Grego bíblico.
Para um resumo da posição dos eruditos mais conhecidos e reconhecidos sobre Jo. 1:1 aqui vos deixo este link:

http://www.forananswer.org/Top_JW/Schol ... htm#BeDuhn
Bereano
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Re: Tradução do Novo Mundo (TNM) Qual é a sua opinião sobre ela?

Mensagem não lida por Bereano »

Bereano escreveu:
TJ Curioso escreveu:Com respeito a estas críticas, gostaria de fazer o papel de "advogado do Diabo", porque na realidade, acredito que estas críticas baseiam-se mais na teologia pessoal dos intervenientes do que nas próprias regras gramaticais às quais apelam como base para criticar a TNM.

Senão vejamos:

DR. J.R.MANTEY (Citado nas página 1158 e 1159 da Tradução Interlinear do Reino, edição de 1969) - "Uma tradução chocante. Obsoleta e incorreta. Não é nem erudito nem razoável traduzir João 1:1 'a Palavra era um deus'."

Verdade? Então o que podemos dizer do que escreveu o trinitariano Murray J. Harris?

"Accordingly, from the point of view of grammar alone,[QEOS HN hO LOGOS]could be rendered "the Word was a god,...." -Jesus As God, 1992, p.60.

Afinal, quem demonstra ser “nem erudito nem razoável”? Infelizmente, o Dr. J. R. Mantey. É óbvio que Harris rejeita esta tradução de João 1:1, mas não por causa da gramática ou erudição, mas por causa do que ele acredita ser a teologia de João. Assim, com esta crítica tão severa, Dr. Mantey demonstrou falta de razoabilidade, e principalmente faltou à verdade.

DR. BRUCE M. METZGER da universidade de Princeton (Professor de Língua e Literatura do Novo Testamento) - "Uma tradução horripilante... errônea... perniciosa...repreensível. Se as Testemunhas de Jeová levam essa tradução a sério, elas são politeístas".

Com que base ele afirmou isto? Ele escreveu: “"As a matter of solid fact, however, such a rendering[re"and the Word was a god" in the NWT]is a frightful mistranslation. It overlooks entirely an established rule of Greek grammar which necessitates the rendering "...and the Word was God."

Aqui a regra de gramática a que se referia é a conhecida “regra de Colwell”. Mas o erudito Harris, já citado acima afirmou, volto a citar: "Accordingly, from the point of view of grammar alone,[theos en ho logos]could be rendered "the Word was a god."

Mas a regra de Colwell não pode ser usada como regra dogmática, mas apenas uma tendência geral. Note a seguinte citação:
"So that while the canon[Colwell's rule]may reflect a general tendency it is not absolute by any means; after all, it takes no account of relative clauses of proper nouns like that in[ho theos agape estin,"the God love is." -1 John 4:8]. Moreover, he[Colwell]is the first to admit the lack of objectivity in his method of counting: he professes to include only definite nouns among his anarthrous predicates and the degree of definiteness is extremely difficult to assess".-A Grammar of New Testament Greek, James Hope Moulton, Nigel Turner, Vol.III, Syntax, 1963, p.1.

Assim Metzger usa, melhor, abusa da regra de Colwell de forma errada. De facto a Comissão de Tradução do Novo Mundo rejeitou a regra de Colwell, em João 1:1, mas não de forma errada. O que levou Metzger a usar a regra de Colwell de forma cega, foi a sua visão teológica, e não qualquer regra gramatical.

DR. SAMUEL J. MIKILASKI, de Zurique, Suiça - "Esta construção anartra (usada sem o artigo) não significa que o artigo indefinido 'a' significa em inglês. TRaduzir a frase 'a Palavra era [um] deus' é monstruoso".

Se é “monstruoso” traduzir João 1:1 como “e a Palavra era um deus” como Mikilaski encarou o que disse C. H. Dodd:
"If a translation were a matter of substituting words, a possible translation of [QEOS EN hO LOGOS]; would be, "The Word was a god". As a word-for-word translation it cannot be faulted, and to pagan Greeks who heard early Christian language,[QEOS EN hO LOGOS]might have seemed a perfectly sensible statement, in that sense["signifying one of a class of beings regarded as divine"-Dodd, ibed).....The reason why it is unacceptable is that it runs counter to the current of Johannine thought, and indeed of Christian thought as a whole."-Technical Papers for The Bible Translator, Vol 28, No.1, January 1977.

É claro que Dodd rejeita a tradução que diz que a Palavra era “um deus”. Mas não é por causa da construção gramatical do grego. É a sua opinião sobre o que ele pensou que era a “teologia de João” e o “pensamento cristão”, a sua visão teológica de Cristo e não a gramática do grego.
As Testemunhas de Jeová não partilham esta opinião trinitária do que o Evangelho de João e o resto da Bíblia afirmam sobre a pessoa e a natureza de Deus e seu Filho.

DR. CHARLES L.FEINBENG de Portland, Oregon: "Os tradutores das Testemunhas de Jeová evidenciam uma ignorância abissal dos princípios básicos da gramática do Grego na sua tradução errônea de João 1:1".

Contudo, Dr. Jason BeDuhn (da Universidade de Arizona) em relação ao apêndice da Kingdom Interlinear que dá a razão para a TNM favorecer a tradução de João 1: como dizendo que a Palavra não era “DEUS” mas “um deus”, afirmou: "In fact the KIT[Appendix 2A, p.1139]explanation is perfectly correct according to the best scholarship done on this subject.."

E os acima citados, Murray J. Harris, C. H. Dodd e J. Beduhn colocam seriamente em questão esta afirmação. Será que esta afirmação de Charles Feinberg é baseada no seu entendimento dea gramática grega usada por João 1:1? Não posso dizer, apenas por esta breve citação sua. Se é então lamento a sua falta de exatidão gramatical. É apenas uma opinião sem provas e acima de tudo gramaticalmente inexata.

DR. JAMES L. BOYER de Winona Lake, Indiana: "Nunca ouvi falar, nem li sobre algum erudito em Grego que concordasse com a interpretação desse versículo conforme insistida pelas Testemunhas de Jeová... Nunca encontrei um deles que tivesse qualquer conhecimento da língua grega".

Bem, se calhar ele não anda muito atento àquilo que os eruditos em grego têm escrito e falado sobre o assunto. Deveria ouvir e ler mais.

DR. WALTER MARTIN - "A tradução 'um deus' ao invés de 'Deus' é errônea e não tem apoio em nenhuma boa erudição do Grego, antiga ou contemporânea, e é uma tradução rejeitada por todos os reconhecidos eruditos da língua grega, muitos dos quais nem mesmo são cristãos, e dos quais não pode se afirmar honestamente serem preconceituosos a favor da versão sustentada pelos ortodoxos".

Citar Walter Martin neste caso, não resulta muito bem. Parece que o seu estudo de grego não parece ser muito profundo. Lembra-se da citação do Dr. BeDunh que realmente estuda e ensina grego? Apesar de não ser Testemunha de Jeová afirmou que "In fact the KIT[Appendix 2A, p.1139]explanation is perfectly correct according to the best scholarship done on this subject.."

DR. WILLIAM BARCLAY da Universidade de Glasgow, Escocia - "A distorção deliberada da verdade por esta seita é vista nas suas traduções do Novo Testamento. João 1:1 é traduzido "a Palavra era [um] deus', uma tradução que é gramaticalmente impossível. É abundantemente claro que uma seita que pode traduzir o Novo Testamento assim é intelectualmente desonesta".

Gramaticalmente impossível? Contudo, eruditos como Murray J. Harris, C. H. Dodd e J. BeDuhn e outros que poderiam ser citados afirmam que é gramaticalmente possível.

Outro erudito que afirmou o mesmo foi o Rev. J. W. Wenham no seu bem-conhecido The Elements of New Testament Greek, escreveu numa nota de rodapé: "In ancient manuscripts which did not differentiate between capital and small letters, there would be no way of distinguishing between Qeos('God') and qeos('god'). Therefore as far as grammar alone is concerned, such a sentence could be printed: qeos estin o' Logos, which would mean either , 'The Word is a god', or, 'The Word is the god'."(footnote 2, page 35, Cambridge University Press, 1987 reprint.)

Wenham escreveu ainda: "The interpretation of John 1:1 will depend upon whether or not the writer is held to believe in only one God or in more than one god."
As Testemunhas de Jeová, acreditam que João poderia ter afirmado que a Palavra “era um deus”, porque no Antigo Testamento, até mesmo os anjos são chamados de “deuses”. Sim, João como judeu acreditava em “mais do que um deus”, em seres divinos, muito superiores aos humanos, que estavam diante de Deus e o serviam na Sua Corte Celestial (Veja Salmo 8:5; 82:1; 138:1).

Mas, assim como João, temos que adorar o único DEUS verdadeiro, ou aquele a quem se deve adorar. Mas a Palavra não era este único Deus verdadeiro (“hO QEOS”, literalmente “o D/deus”) conforme João nos informa, pois a Palavra estava COM O DEUS. Esta tradução de João 1:1 está assim de acordo com o contexto que informa que a Palavra estava com O Deus, distinta deste, mas ainda assim da sua semelhança: divina, um deus.

O que é mais interessante, é que Barclay, 20 anos após esta declaração, dizendo "a Palavra era [um] deus', uma tradução que é gramaticalmente impossível afirmou exatamente o contrário.

No seu livro 'William Barclay-Ever Yours," editado por C.L.Rawlings(Dunbar 1985), pag. 205, após fazer alusão à tradução comum (conforme encontrada na Versão Rei Jaime), ele afirmou: "You could translate, so far as the Greek goes: 'the Word was a God';.."

Afinal era gramaticalmente possível!!!

Esta contradição/correção de si mesmo indica quem foi “intelectualmente desonesto” nos anos 1950.

DR. F.F.BRUCE da Universidade de Manchester, Inglaterra: "Os gramáticos amadores arianos fzem muito alarde da omissão do artigo definido com 'Deus' na oração 'e a Palavra era Deus'. Esse tipo de omissão é comum com nomes numa construção predicativa... 'um deus' seria totalmente indefensável" (O falecido Dr. Barclay e o Dr. Bruce são geralmente considerados os principais eruditos em Grego da Grã-Bretanha. Ambos publicaram traduções do Novo Testemento).

Totalmente indefensável? Parece, pelo que já vimos por outros comentários que isto não realmente assim.

James White no seu livro “The Forgotten Trinity”, cap. 4, lidando com o sentido e tradução de João 1:1 como “um deus”, cita F.F. Bruce como dizendo: "It is no more sadly true than in the acquisition of Greek that "a little learning is a dangerous thing." Sem dúvida. Mas ter muito conhecimento, também pode levar a grandes enganos. E foi o que Bruce fez ao dizer estas palavras.

DR. ERNEST C. COLWELL da Universidade de Chicago: "Um nominativo definido no predicado tem o artigo quando segue o verbo; não tem o artigo quando precede o verbo... essa declaração não pode ser considerada como estranha no prólogo do evangelho que alcança seu clímax na confissão de Tomé: 'Senhor meu e Deus meu' - João 20:28".

"Colwell's rule has been abandoned [in connection with John 1:1 at least,] by those who know their Greek."-Professor BeDuhn.
Lá se vai mais uma citação desmoronando.

DR. J.JOHNSON da Universidade do Estado da Califórnia, em Long Beach: "Não há justificativa para traduzir THEOS EN HO LOGOS como 'a Palavra era um deus'. Não há paralelo sintático com Atos 28:6 onde há declaração em discurso indireto; em João 1:1 é direto...e eu não sou nem cristão, nem trinitariano".

Mas Actos 28:4 é um paralelo sintático. J. BeDuhn diz sobre Actos 28:4 como paralelo de João 1:1: "Acts 28:4, which is a perfect choice, and shows how this qualitative sense for the anarthrous predicate nominative before the verb works."

DR. EUGENE A. NIDA, chefe do Departamento de TRadução da Sociedade Bíblica Americana: "Com relação a João 1:1, há, claro, uma complicação, simplesmente porque a Tradução do Novo Mundo foi aparentemente feita por pessoas que não levaram a sério a sintaxe do Grego" [Responsável pela Good News Bible - a comissão trabalhou sob sua direção].

Pelo que afirma o Prof. J. BeDuhn isto não é verdade. Nem outros eruditos concordam apesar de serem trinitaristas, e de não concordarem com esta tradução por razões teológicas, mas não gramaticais.

DR. B.F.WESTCOTT (cujo texto do NT grego - não a parte em inglês - é usado na Tradução Interlinear do Reino): "O predicado (Deus) encontra-se na posição inicial enfaticamente, como em João 4:24. É necessariamente sem o artigo... Nenhuma idéia de inferioridade de natureza é sugerida por esta forma de expressão, que simplesmente afirma a verdadeira deidade da Palavra... na terceira cláusula declara-se que 'a Palavra' é 'Deus', e assim incluída na unidade da Divindade".

Esta declaração de Wescott, baseia-se no seu entendimento de João 1:1, segundo a perspectiva trinitarista. Citar alguém que interpreta o texto, que vai para além da simples tradução, não contribui muito.

DR. J.J. GRIESBACH (cujo texto do NT - mas não na parte em inglês - é usado na The Emphatic Diaglott): "Tão numerosos e claros são os argumentos e testemunhos das Escrituras em favor da verdadeira Deidade de Cristo, que dificilmente posso imaginar como, sob a admissão da autoridade Divina da Escritura, e com referência à regras imparciais de interpretação, essa doutrina pode ser colocada em dúvida por algum homem. Especialmente a passagem João 1:1-3, é tão clara e tão superior a toda objeção, que por nenhum esforço ousado quer de comentaristas ou de críticos pode ser arrancada das mãos dos defensores da verdade".

Mais uma vez, é citada a interpretação de um erudito segundo a perspectiva trinitarista. É o mesmo que citar um membro de um partido político, para defender esse mesmo partido.
William Loader afirma, segundo a perspectiva gramatical e não interpretativa, que afinal é o que deveríamos debater aqui:

"The Word was a god," The other two translations["God" and "divine"]fit the context more smoothly at one level. Yet their evaluation cannot take place without our making assumptions about the author's wider frame of reference. In particular it is unlikely, given his context within the Christian community and it's roots in Judaism, that he would mean that there is more than one God....It is true on the more natural reading of the text, that there are two beings here: God and a second who was theos but this second is related to God in a manner which shows that God is the absolute over and against which the second is defined. They are not presented as two equal gods."

Portanto, segundo a perspectiva estritamente gramatical, em João 1:1, a TNM está perfeitamente dentro das regras gramaticais e segundo o próprio contexto, quer imediato, quer das Escrituras Sagradas como um todo.

A verdade é que por cada erudito que a Torre cita a favor da sua Tradução do Novo Mundo (TNM), existem umas boas dezenas ou mais que sustentam a tese contrária, desfavorável ao modo peculiar e não-ortodoxo como a Sociedade traduz textos como Jo. 1.1, Cl. 2:9, Rm. 9:5, Hb. 1.8 e outros.
Se o autor do Evangelho segundo João quisesse significar que o Verbo era um 'deus secundário' ou um 'semi-deus' teria empregue o termo adequado no grego que é "theios".
O argumento segundo o qual a maioria dos eruditos, reconhecidos geralmente como tal pela comunidade académica, rejeita a TNM por causa do seu apego à parcialidade do tradicionalismo religioso, bem poderia ser utilizado contra a Sociedade, porque é exatamente aquilo que ela faz.Aliás, nem sequer é sério, porque há eruditos independentes, não filiados em nenhuma denominação religiosa, e que defendem as traduções tradicionais.
Parece que ultimamente descobriram a pólvora com um tal Prof. BeDuhn, que tem o Mestrado em Estudos Teológicos pela Universidade de Harvard.O seu grau académico corresponde a um nível intermédio de competência no grego.Mas BeDuhn não é considerado um perito em línguas bíblicas, já que possui apenas o PhD que lhe foi atribuído pela Universidade de Indiana em Estudos Religiosos Comparados.E não é visto pela comunidade erudita como um perito no Grego bíblico.
Para um resumo da posição dos eruditos mais conhecidos e reconhecidos sobre Jo. 1:1 aqui vos deixo este link:

http://www.forananswer.org/Top_JW/Schol ... htm#BeDuhn
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