Testemunhas de Jeová, uma seita Perigosa?

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miguel arcanjo
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Re: Testemunhas de Jeová, uma seita Perigosa?

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miguel arcanjo
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Re: Testemunhas de Jeová, uma seita Perigosa?

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miguel arcanjo escreveu:Imagem
Vejam também o tópico:
"COMBATENDO O CONTROLE DA MENTE DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ"
http://extestemunhasdejeova.net/forum/v ... 11&t=12268
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miguel arcanjo
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Re: Testemunhas de Jeová, uma seita Perigosa?

Mensagem não lida por miguel arcanjo »

e-book: O IMPÉRIO DAS SEITAS (INCLUSIVE TESTEMUNHAS DE JEOVÁ)

http://extestemunhasdejeova.net/forum/v ... 18&t=12056
Literatura imperdível para aqueles que pretendem examinar as religiões normativas e seus derivados (seitas),
entre elas as Testemunhas de Jeová.

Russell processou um jornal americano (The Brooklyn Daily Eagle) por calúnia no caso do “Trigo Milagroso”, bem como um pastor batista – J. Ross – por difamação, sendo que Russell PERDEU AMBOS OS PROCESSOS NA JUSTIÇA.
Fonte: O Império das Seitas, Walter Martin (1985)
mari
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Re: Testemunhas de Jeová, uma seita Perigosa?

Mensagem não lida por mari »

Não há duvida alguma que as TESTEMUNHAS DE Jeová, são sim uma seita!!!
Por sinal mto perigosa, quem soofre mais são os própios adeptos, mais pensam que tudo ali é normal..pois foram cegados...a sociedade tb é passa por certo tipo de sofrimento, pq é constantemente discriminalizada e vitima de mtooo preconceito pelos adeptos da seita...além de serem mto acediados pelos membros da seita há tb entrar para a mesma...
Mais com tdo...o pior dos sentimentos de impotência...decepção...ao mesmo tempo raiva...são de pessoas como muitos aqui no forum...inclusive eu...por ter descoberto toda essa "mentira inventada pelos da cupula da seita" e ficar assim meio que presa...pq tem pessoas que eu amo que fazem parte da seita, e não acredita não pode nem ouvir falar nada contra a seita...mesmo que seja verdade...não querem nem raciocinar a respeito...
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miguel arcanjo
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Re: Testemunhas de Jeová, uma seita Perigosa?

Mensagem não lida por miguel arcanjo »

http://extestemunhasdejeova.net/forum/v ... 11&t=12658


Você está "sob a influência" de um Culto Destrutivo e seu Sistema de Crenças?



1. Será que o seu grupo desencoraja a dúvidas, críticas ou idéias que diferem de seu sistema de crença?
SIM( ) NÃO( )

2. Você tende a questionar ou racionalizar o que o seu grupo faz, mesmo quando ele vai contra o seu senso do certo e errado?
SIM( ) NÃO( )

3. Você muitas vezes se sente exausto das atividades em grupo e as reuniões longas e seus projetos?
SIM( ) NÃO( )

4. Será que o seu grupo tem suas próprias palavras únicas, clichês, slogans, cantos, orações e frases doutrinárias que reforçam o ponto de vista do grupo?
SIM( ) NÃO( )

5. Dúvidas são vistas como uma falta de fé, dedicação, empenho ou deslealdade?
SIM( ) NÃO( )

6. Ter "seus próprios pensamentos" pode torná-lo "o inimigo" do grupo?
SIM( ) NÃO( )

7. Você costuma encontrar-se fazendo mais e mais coisas no grupo por causa da pressão exercida pelos colegas do grupo?
SIM( ) NÃO( )

8. O seu grupo tende a humilhar publicamente ou criticar os membros?
SIM( ) NÃO( )

9. Será que o seu grupo tem um sistema de castigos e recompensas por comportamento?
SIM( ) NÃO( )

10. Paranóia de grupo: O seu grupo obsessivamente acha que outros grupos ou pessoas com crenças diferentes devem ser evitados?
SIM( ) NÃO( )

11. Será que a perspectiva de deixar o seu grupo parece assustador e difícil?
SIM( ) NÃO( )

12. Você sente a necessidade de vivenciar segredos?
SIM( ) NÃO( )

13. Já lhe disseram que alguma coisa ruim pode acontecer se você sair do grupo?
SIM( ) NÃO( )

14. O seu grupo / sistema de crença acha que eles têm / são a única verdade ou a mais elevado ou ter a solução para os problemas do mundo?
SIM( ) NÃO( )

15. São as idéias de seu líder (ES) ou sistema de crenças consideradas acima de qualquer suspeita ou sagrados?
SIM( ) NÃO( )

16. Você segue um sistema individual ou crença particular que exige obediência incondicional e lealdade?
SIM( ) NÃO( )

17. Os membros de seu grupo se sentem especialmente escolhidos, superiores, exclusivos, sendo uma elite?
SIM( ) NÃO( )

18. Você sente a necessidade de salvar ou converter outros para o seu sistema de crença ou ideologia?
SIM( ) NÃO( )

19. É o seu grupo secreto para estranhos, sobre seu funcionamento interno, ensinamentos, atividades ou crenças?
SIM( ) NÃO( )

20. O seu grupo procura igualar pureza e bondade de estar em seu grupo, e impureza ou mal para aqueles que estão fora do seu grupo?
SIM( ) NÃO( )

21. Você coloca a missão do seu grupo ou agenda acima de seus próprios objetivos e ideais?
Os interesses do seu grupo vêm antes de seus próprios interesses?
SIM( ) NÃO( )

22. Você se encontra com a mentalidade - pensando em “NÓS VS ELES” NÓS – CONTRA – ELES ?
SIM( ) NÃO( )

23. O seu grupo / sistema tem um inimigo claro lá fora?
SIM( ) NÃO( )

24. Você vê cada vez menos sua família e amigos que não pertencem ao seu grupo ou que não aceitam o sistema do grupo e crenças?
SIM( ) NÃO( )

25. Será que o seu grupo usa freqüentes depoimentos públicos, confissões, ou partilhas que reforçam a missão do grupo ou agenda?
SIM( ) NÃO( )

26. É a comunicação dentro e fora de seu grupo controlado ou censurado de qualquer maneira?
SIM( ) NÃO( )

27. Será que o seu grupo abandona, critica, evita, ou humilham os indivíduos que o grupo?
SIM( ) NÃO( )

28. Os membros buscam aprovação ou permissão do (s) líder (res) do grupo para fazerem escolhas na vida pessoal?
SIM( ) NÃO( )

29. Você se sente pressionado a participar de reuniões, eventos, palestras e seminários?
E você se sente culpado por não comparecer?
SIM( ) NÃO( )

30. Você se sente pressionado a dar uma parte de sua renda para o grupo, ou gastar dinheiro em cursos, livros ou projetos especiais?
SIM( ) NÃO( )

31. São as necessidades financeiras do grupo mais importantes do que a sua situação econômica e seu próprio bem-estar?
SIM( ) NÃO( )

32. O seu grupo discrimina alguém em relação a gênero, raça, crença ou orientação sexual?
SIM( ) NÃO( )

33. Será que o seu grupo tem uma estrutura totalitária: um rigoroso, controle de cima para baixo centralizado?
SIM( ) NÃO( )

34. Você quer saber se você está uma seita ou culto destrutivo?
SIM( ) NÃO( )

35. Você tem dificuldade de formar novas amizades e relacionamentos íntimos?
SIM( ) NÃO( )

36. Você tem baixa auto-estima, auto-imagem carente, pobre ou perda de identidade?
SIM( ) NÃO( )

37. Você tem dificuldade em tomar decisões e escolhas simples?
SIM( ) NÃO( )

38. Você costuma se sentir deprimido, ansioso e nervoso?
SIM( ) NÃO( )

39. Você se sente isolado, solitário, culpado, cínico?
SIM( ) NÃO( )

40. Você se sente que está agora crescendo, tornando-se um adulto maduro?
SIM( ) NÃO( )

41. Você tem dificuldades de memória de curto prazo?
SIM( ) NÃO( )

42. Você sente que você não tem nada mais para acreditar?
SIM( ) NÃO( )

43. Você costuma sentir raiva e ódio para com o grupo?
SIM( ) NÃO( )

44. Você tem pesadelos ou sonhos desagradáveis?
SIM( ) NÃO( )

45. Você acha que é difícil ou impossível de acabar com as práticas mentais do grupo e outros rituais?
SIM( ) NÃO( )

ATENÇÃO
Este questionário não tem número cientificamente predeterminado de respostas "SIM"
para indicar um grupo (SEITA ou CULTO) DESTRUTIVOS.

No entanto, responder "SIM" a alguma das perguntas acima,
significa que você pode precisar examinar seu grupo e sua influência em sua vida nessas áreas.
Todos os documentos deste site são copyright de 1998 por John D. Goldhammer e Prometheus Books.

http://testemunha.orgfree.com/religiao.htm
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miguel arcanjo
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Re: Testemunhas de Jeová, uma seita Perigosa?

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http://extestemunhasdejeova.net/forum/v ... 11&t=12268

COMBATENDO O CONTROLE DA MENTE DOS CULTOS (SEITAS)
Steven Hassan

GUIA para :
PROTEGER, RESGATAR E RECUPERAR dos Cultos e Seitas Destrutivos



"Esta tendência de sujeitar as idéias e sentimentos a um padrão de
comportamento parece, pelo menos, explicar por que quando alguém
aponta os claros erros nos ensinos e normas da organização, a maioria
das Testemunhas se recusa a admiti-los ou nega sua importância."
Ray Franz cita esse livro Em Busca da Liberdade Cristã pag 691-692

Ao descrever o processo comumente usado no controle da mente,
uma fonte afirma:

Outro aspecto-chave do controle da mente envolve treinar os
membros para bloquear toda informação que seja crítica do grupo.
Os mecanismos de defesa típicos da pessoa são torcidos de modo a
defender sua nova identidade [religiosa] contra sua velha identidade
anterior.


NEGAÇÃO
A primeira linha de defesa inclui a negação (“O que você diz
de modo algum está acontecendo”),

RACIONALIZAÇÃO
a racionalização (“Isto está
acontecendo por um bom motivo”),

JUSTIFICAÇÃO
a justificação (“Isto está
acontecendo por que tem de ser assim”)

SONHO IMPOSSÍVEL
e o sonho impossível (“Eu
gostaria que [a crença] fosse verdade, portanto talvez realmente o
seja”).

...Se a informação transmitida... é interpretada como um ataque ao
líder, à doutrina ou ao grupo, ergue-se uma muralha hostil.

Os membros são treinados para não acreditar em quaisquer críticas....
A lealdade e a devoção são de todas as emoções as mais
respeitadas...
Não se permite às pessoas conversar umas com as outras
sobre críticas ao líder, à doutrina ou à organização.

Os membros devem espionar uns aos outros e denunciar atividades ou comentários
impróprios com respeito aos líderes.
E o mais importante, ensinam as
pessoas a evitar contatos com ex-membros ou críticos.


LAVAGEM CEREBRAL
http://super.abril.com.br/ciencia/lavag ... 6672.shtml
Em 1974, Patty Hearst, herdeira de um império de comunicação, morava na Califórnia, cursava faculdade e preparava seu casamento. Até que, numa bela noite, a patricinha foi sequestrada por um grupo paramilitar esquerdista chamado Exército Simbionês de Libertação e dois meses depois reapareceu, armada com um rifle e uniformizada, assaltando um banco ao lado do bando. Durante um ano e meio participou de várias ações, atacando mais dois bancos, roubando lojas e fugindo da polícia. Ninguém entendeu nada: o que transformou aquela garota rica de 19 anos em uma guerrilheira urbana? Quando finalmente foi capturada pela polícia, Patty explicou: tinha sido submetida a uma lavagem cerebral. Foram 57 dias trancada em um armário, sofrendo maus-tratos físicos e psicológicos. Teve gente que duvidou da explicação, achando que se tratava de desculpa esfarrapada. Mas, por outro lado, o que explicaria uma mudança tão radical?

Apesar de não existir consenso sobre até que ponto é possível substituir convicções e comportamentos, não faltam estudos sobre o processo de lavagem cerebral. O termo passou a ser usado no Ocidente durante a Guerra da Coreia (1950-53), para descrever o comportamento de soldados americanos que, após um período capturados, voltavam defendendo os ideais comunistas dos inimigos China e Coreia do Norte. Aparentemente, não era teatro. Os soldados tinham "virado a casaca", exibindo atitudes incompatíveis com as de antes.

Muitos daqueles prisioneiros haviam sofrido torturas físicas que tornaram sua mente vulnerável; com outros, o processo foi menos óbvio e mais sutil, envolvendo a vítima sem que ela se desse conta. Seja qual for a estratégia, é essencial o elemento-surpresa.

Isso porque somos programados para reagir imediatamente a estímulos intensos: quando um ladrão pula na sua frente ou um carro vai em sua direção, o cérebro não perde tempo com análises. O caso nem passa pelo córtex pré-frontal, responsável pelo raciocínio complexo; vai direto para áreas cerebrais menos evoluídas, que decidem rapidamente o que fazer. Ou seja, quem quiser provocar novas crenças e comportamentos em alguém precisa criar situações que exijam reações automáticas, pois nelas o processo consciente é desativado.


Não é força, é jeito
Existem duas maneiras de deixar o sujeito estressado, frágil, cansado e, consequentemente, mais aberto a novas ideias. A primeira é a lavagem cerebral forçada, em que isso é alcançado com tortura, privação de sono e jejum. O segundo método, mais comum, é o induzido, em que a vítima é envolvida em um "intensivão". Pessoas que se dizem manipuladas por igrejas e cultos religiosos descrevem um programa intenso de atividades, palestras, celebrações e tarefas como distribuir panfletos, limpar o chão, fazer comida. Imersa nessa rotina, que geralmente prevê poucas horas de sono, a vítima fica tão cansada que literalmente não tem tempo para pensar sobre o que está acontecendo.

É a mesma técnica, por exemplo, daquele vendedor tagarela que o deixa confuso e faz com que você compre uma coisa de que não precisa, só para se livrar do chato. Em alguns casos, antes de iniciar o processo a pessoa já está fragilizada por alguma outra situação. "O fim de um relacionamento, um divórcio, a morte de alguém querido, até se formar na escola ou mudar de emprego pode tornar uma pessoa vulnerável, uma vez que tira o indivíduo de seu equilíbrio", explica o psicólogo americano Steve Hassan, que passou 5 anos como membro do culto conhecido como Igreja da Unificação, dos seguidores do reverendo Moon - também conhecidos como moonies. Ainda ativa, inclusive no Brasil, a seita ficou famosa justamente por seus métodos de recrutamento e acusações de lavagem cerebral.

"Eu tinha me separado de uma garota e, pouco tempo depois, fui abordado por 3 mulheres. Elas não falaram que eram de uma religião, que acreditavam que o reverendo Moon era o Messias, nada disso. Só falaram que faziam parte de um grupo de amigos espalhado pelo mundo e me convidaram para ir a um jantar grátis", explica Hassan. "A partir daí, foi um processo gradual. Ir lá e conhecer os amigos delas foi um passo. Voltar e jantar, outro passo. Ir a uma palestra, voltar no dia seguinte, mais um passo. Durante esse tempo, eles perguntavam várias coisas bem detalhadas sobre mim, e eu dava, voluntariamente, informações muito pessoais, sem perceber que estava entregando as ferramentas para que me manipulassem." Hoje, Hassan faz palestras de conscientização e presta consultoria a pessoas em situação similar à por que ele passou.

Ele chama a atenção para o fato de que, quando esse processo começa, a vítima não fica sabendo para onde está sendo levada nem quais crenças e comportamentos vai adotar no final. Mas, para que essas novas convicções sejam estabelecidas, entra em ação a segunda arma usada para tirar o córtex pré-frontal do caminho: emoções fortes.


Emoção embutida
"Quando algo provoca uma reação emocional, o cérebro se mobiliza para lidar com ela, destinando poucos recursos a reflexões", explica Kathleen Taylor, neurologista da Universidade Oxford, em seu livro Brainswashing - The Science of Thought Control ("Lavagem Cerebral - A Ciência do Controle Mental", sem tradução para o português). É exatamente nessa hora que a emoção pode ser ligada a uma ideia.

Durante a Guerra Fria, por exemplo, tanto capitalistas quanto comunistas se valiam de uma paranoia intensa e generalizada para vender conceitos vagos, difíceis tanto de definir quanto de contestar - "liberdade," "Estado," "inimigo". São ideias fortes, amplas o suficiente para você associar às emoções que quiser e que forem mais convenientes à manipulação.

Por isso se diz que a ideia é "engatada" à sensação: sempre que aquele assunto vier à tona, a sensação vem a reboque, num processo conhecido como reflexo condicionado. É o que acontece em um culto daqueles bem intensos, em que a pessoa dança, canta, grita, inunda o corpo de endorfina. Inconscientemente, a sensação de bem-estar passa a ser associada àquela religião.

Outro exemplo: um prisioneiro de guerra, depois de enfrentar tortura e jejum, é levado para tomar banho quente e fazer uma refeição enquanto escuta alguém descrevendo as maravilhas da doutrina comunista. Com a repetição do método, ele inconscientemente passará a associar comunismo a bem-estar. Se você se lembrou do filme Laranja Mecânica (1971), clássico do diretor Stanley Kubrick, acertou na mosca.

Na história, o personagem principal é um adolescente ultraviolento que se diverte torturando e estuprando por aí. Após ser preso, ele se oferece para um tratamento experimental que promete torná-lo um ser totalmente desprovido de violência.

O tratamento consiste em submetê-lo a sensações físicas desagradáveis (náuseas muito intensas) e a imagens violentas ao mesmo tempo, forçando seu inconsciente a associar as duas coisas. No final, o personagem passa a sofrer sensações físicas insuportáveis toda vez que tem contato com ideias ou situações violentas. (O irônico efeito colateral é que o jovem também fica condicionado a vomitar quando ouve a 9ª Sinfonia de Beethoven, trilha sonora usada nos filmes da prisão.)

Esse processo não pode ser considerado lavagem cerebral, pois não muda as convicções do indivíduo. Mas é um exemplo extremo de como podemos ser condicionados a fazer relações inconscientes de sensações com ideias.


Sob controle
Conquistado, o "cerebralmente lavado" se torna cada vez mais envolvido e dependente. O psiquiatra americano Robert P. Lifton, professor de universidades como Harvard e Yale, analisou esse processo, que ele chama de Reforma do Pensamento, e descreveu suas principais características (ver quadro Lavagem em 8 Passos). Todas - contatos controlados, jargão específico, dogmas incontestáveis etc. - que buscam criar um antagonismo claro: um mundo dividido entre "nós" e "eles".

Segundo Hassan, a pessoa envolvida com esse tipo de grupo se vê aos poucos dominada por medos paralisantes que chegam ao ponto de impedir que ela questione a situação. "Os cultos de controle da mente passam a seus membros a sensação de que, se eles saírem do grupo, coisas terríveis vão acontecer. Para quem está observando de fora, parece que essas pessoas estão felizes. Acontece que, na verdade, elas são orientadas a sorrir o tempo todo. Não é uma experiência positiva perder seu livre-arbítrio, apagar sua identidade, viver com medo e com culpa."

Vítimas de controle da mente aprendem a reprimir pensamentos "errados", como dúvidas ou críticas ao grupo, e por isso é difícil que elas questionem sua situação. Quando lida com pessoas nesse estado, Steve Hassan costuma agir de forma indireta, perguntando, por exemplo, opiniões a respeito de outro grupo. Ele mesmo só saiu da Igreja da Unificação porque sofreu um acidente e teve que ser internado em um hospital. Seus pais aproveitaram a chance para fazer com que ele (contra sua vontade) conversasse com ex-membros do culto. "Aos poucos fui entendendo que tinha sido enganado", lembra.

Se a história de Hassan parece muito fora da sua realidade, há um exemplo mais próximo de como é possível modificar uma pessoa a ponto de fazê-la agir contra seus instintos e convicções. Kathleen Taylor cita um sistema capaz de "transformar cidadãos - ensinados desde a infância que matar é errado - em agentes capazes de matar": as Forças Armadas. O processo de formação militar segue quase à risca as etapas descritas no modelo de Lifton, empregando rotina exaustiva, pressão psicológica, regras e punições rígidas e, claro, definição de um inimigo. Isso chega ao extremo no treinamento de terroristas islâmicos, à la Al Qaeda, em que os ensinamentos militar e religioso se combinam para formar indivíduos dispostos a dar a vida em nome de uma causa.

Mas não são apenas grupos militares e religiosos que usam essas técnicas. "Alguns cultos de negócios são casos típicos de controle da mente", diz Hassan, se referindo àqueles esquemas com hierarquia em formato de pirâmide em que para crescer é preciso comprar uma série de produtos e convencer outras pessoas a participar. "As pessoas se envolvem achando que vão ficar ricas e muitas vezes acabam perdendo todo seu dinheiro e arruinando a própria família, sem conseguir se desvencilhar."

Para o psicólogo, embora o controle da mente seja geralmente realizado por grupos, ele também pode acontecer de forma individual. Ele compara relacionamentos amorosos abusivos, em que a pessoa, influenciada pelo parceiro, passa a ter atitudes incompatíveis com as anteriores. "Esses relacionamentos podem incluir drogas, agressões físicas e isolamento da família e dos amigos. Às vezes o apaixonado simplesmente desaparece sem dar notícias", diz Hassan.


Mente blindada
Para a escritora Kathleen Taylor, a principal arma para evitar manipulações é, basicamente, "parar e pensar nas coisas". Sem se deixar levar pela afobação, fica fácil resistir tanto ao discurso nacionalista de um político quanto ao papo emocional de um pregador religioso.

Segundo Denise Winn, autora do livro The Manipulated Mind ("A Mente Manipulada", sem versão brasileira), um olhar bem-humorado sobre as coisas é útil para escapar da associação emocional exagerada, peça-chave da lavagem cerebral. "O humor ajuda você a ter perspectiva e sacar quem não tem. Desconfie de líderes, vendedores e experts que não conseguem rir de si próprios", diz a jornalista.

Outro ponto importante é não subestimar a influência que o meio e a autoridade podem ter sobre nós, já medidos em experimentos clássicos de psicologia social. A necessidade de ser aceito em um grupo leva muitas vezes ao "efeito rebanho", identificado na década de 1950 pelo psicólogo americano Solomon Asch e muito antes por quem inventou a expressão "maria-vai-com-as-outras".

Asch fazia uma experiência bem simples: reunia um grupo de pessoas e mostrava a elas um cartão com uma série de linhas de comprimentos bem diferentes. Depois, fazia perguntas óbvias, como pedir que identificassem qual a linha mais longa. Todas as pessoas na sala, menos uma, tinham sido orientadas para escolher a mesma resposta - claramente errada. Surpreendentemente, 1 em cada 3 vítimas da "pegadinha" concordava com o grupo, mesmo sabendo que estava escolhendo a opção incorreta.

Em 1963, o psicólogo Stanley Milgram conduziu um experimento para medir autoridade. Universitários eram instruídos a aplicar choques elétricos cada vez mais fortes em um "voluntário" (na verdade um ator) toda vez que ele errasse a resposta a uma pergunta. O estudante era orientado por um pesquisador (outro ator), que dizia para que ele continuasse, independentemente do "sofrimento" da suposta cobaia - que, claro, estava apenas fingindo levar choques.

Quantas pessoas chegariam ao ponto de aplicar os choques poderosos, correndo o risco de matar o "voluntário"? Cerca de 1 ou 2%, imaginou Milgram. Resultado: dois terços dos estudantes levaram a experiência até o fim, obedecendo às ordens do "pesquisador" - a figura de autoridade prevista no esquema de lavagem cerebral de Lifton. O compromisso (a concordância em participar do experimento) aumentava gradualmente (choques cada vez mais fortes), envolvendo a vítima cada vez mais na situação, e tornando a saída (desistir e mandar o pesquisador para o inferno) cada vez mais difícil.

Outro fator que Kathleen Taylor cita em seu livro é que, quanto mais redes cognitivas o cérebro de uma pessoa tiver - mais associações, ideias, opiniões, informações, experiências -, menos manipulável ela se torna. Desenvolver a criatividade, pensar sobre a vida, questionar o que é escutado e lido, aprender coisas novas, estudar as relações entre assuntos aparentemente não relacionados, tudo isso deixa o cérebro mais resistente a manipulações. Isso não significa apenas resistir a casos extremos de controle da mente mas também enxergar com senso crítico o horário eleitoral, as conversas de bar, as mensagens publicitárias e, por que não, tudo o que sai na mídia.

Claro, isso não significa que você precisa ter um pé atrás com toda opinião que for diferente da sua. Ser persuadido e mudar de ideia não tem problema nenhum. "Nossa vida social está construída sobre o controle psicológico que as pessoas têm sobre as outras. A todo momento influências externas fazem com que mudemos nossa atitude, dos aspectos mais banais aos mais sérios", exemplifica o professor Cesar Ades, pesquisador do assunto na Universidade Católica de Goiânia. "Uma conversa com alguém que admiramos ou que tem autoridade sobre nós pode mudar de verdade nossas crenças."

O importante é saber que nossa mente não está pronta e acabada, mas permanentemente em obras. Entender que somos influenciáveis e que nossa identidade é mutante nos torna mais espertos para avaliar uma tentativa de persuasão - com o córtex pré-frontal, por favor.
Tribos e tribunais
Cada grupo tem sua técnica para recrutar e controlar os membros

Militares
A ideia de que existe um inimigo a ser derrotado (muitas vezes imaginário) e o respeito absoluto às ordens (muitas vezes absurdas) são incutidos em todo recruta desde o primeiro dia de treinamento.

Políticos
Populistas pegam um sentimento disseminado e intenso - "judeus são um vírus na Alemanha", "comunistas comem criancinhas" - para insuflar as massas e conquistar o poder.

Religiosos
O processo começa leve, quase recreativo, e vai aumentando de intensidade. No fim, você está convertido e dependente. Até pensamentos "errados" são passíveis de punição.

Picaretas
Nos "cultos de negócios" você é muito especial e fará parte do plano perfeito: quanto mais você compra, mais você vende e, em pouco tempo, todos estarão ricos. Quando a euforia passa, sobram só as dívidas.

Lavagem em 8 passos
As principais características do controle da mente

Controle de pensamento
Não é permitido ler material ou falar com pessoas que tenham ideias contrárias às do grupo. Em alguns casos, a vítima é geograficamente isolada da família e dos amigos.

Hierarquia rígida
São criados modos uniformizados de agir e pensar, desenvolvidos para parecer espontâneos. A vítima é convencida da autoridade absoluta e do caráter especial - às vezes, sobrenatural - do líder.

Mundo dividido
O mundo é divido entre "bons" (o grupo) e "maus" (todo o resto). Não existe meio-termo. É preciso se policiar para agir de acordo com o padrão de comportamento "ideal".

Delação premiada
Qualquer atitude errada, ainda que cometida em pensamento, deve ser reportada ao líder. Também se deve delatar os erros alheios. Isso acaba com o senso de privacidade e fortalece o líder.

Verdade verdadeira
O grupo explica o mundo com regras próprias, vistas como cientificamente verdadeiras e inquestionáveis. A vítima acredita que sua doutrina é a única que oferece respostas válidas.

Código secreto
O grupo cria termos próprios para se referir à realidade, muitas vezes incompreensíveis para as pessoas de fora. Uma linguagem muito específica ajuda a controlar os pensamentos e as ideias.

Meu mundo e nada mais
O grupo passa a ser a coisa mais importante - se bobear, a única. Nenhum compromisso, plano ou sonho fora daquele ambiente é justificável.

Ninguém Sai
A vítima se sente presa, pois não pode imaginar uma vida completa e feliz fora do grupo. Isso pode ser usado por políticos e militares para justificar execuções.

Para saber mais
Brainswashing - The Science of Thought Control
Kathleen Taylor, Oxford University Press, 2006.
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miguel arcanjo
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Re: Testemunhas de Jeová, uma seita Perigosa?

Mensagem não lida por miguel arcanjo »

http://www.testemunha.com.br/conteudo.asp?cod=39

Os Ensinamentos das Testemunhas de Jeová - uma Ameaça ao Tecido Sócio-Familiar?

Copyright © 2000 Adaptado por Cid Miranda

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miguel arcanjo
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Re: Testemunhas de Jeová, uma seita Perigosa?

Mensagem não lida por miguel arcanjo »

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Carlos Felipe
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Re: Testemunhas de Jeová, uma seita Perigosa?

Mensagem não lida por Carlos Felipe »

Testemunhas de Jeová não são apenas uma seita muito perigosa, como, também, uma das mais desonestas que existem hoje. Uma religião ao molde norte-americano de ser, francamente falando.

http://corior.blogspot.com/2006/02/cart ... corpo.html
''Somos feitos de carne, mas temos de viver como se fôssemos de ferro.'' - Sigmund Freud
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Re: Testemunhas de Jeová, uma seita Perigosa?

Mensagem não lida por cristian144 »

Seita perigosa apenas para quem segue tudinho, tudinho com todo o rigor. Tem muita gente assim? Boa parte dos Testemunhas de Jeová brasileiros vão levando tudo no banho maria. Por isso aqui em Pindorama a "Obra do Reino" ainda cresce. Ao menos os Testemunhas que conheci estavam mais para fariseus hipócritas, cúmplices das mentiradas do Corpo Governante e esporadicamente cruéis ( quase sempre por uma questão de auto-afirmação) do que para fanáticos perigosos. Mas isso em toda igreja/seita/religião tem um pouco/muito/bastante, depende do lugar, momento, personalidades e blá,blá,blá. Cansei. :roll:
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