Abenildo escreveu:No mais, estamos nesse exato momento, discutindo esse assunto na moderação e estamos preparando um tópico que trata desses detalhes importantes. Gostaria de informar que ninguém está acima de nenhum termo de uso, eu mesmo já levei meus "puxões de orelha".
Um grande abraço a todos.
A resposta que me vem à mente a estas indagações, (que talvez sejam de retórica e formuladas com o objetivo de nos fazer refletir, é de que "depende da forma como os argumentos são expostos, da saudável discussão de pontos de vista, ao invés dos ataques àqueles que mesmo diante de bons argumentos se recusam a abandomar seu modo de pensar. Assim como um teísta não deve tachar um ateu de desamoroso, de cruel, de seja lá o que for, um ateu não deveria tachar um "fiel de qualquer tipo" de medroso de perder a fé, de mente fechada, de seja lá o que for, adicionando gracinhas aos comentários de seu oponente no debate. O tom de respeito deve imperar e o limite é a compreensão de que o que havia de ser dito para expressar um ponto de vista foi dito e o que vai além disso "é do iníquo", se é que você me entende...Fox Mulder escreveu:Como bem citado pelo Abenildo, os limites entre proselitismo e informação e entre o preconceito e a crítica devem estar bem definidos. Sei que existem membros do Forum praticantes do espiritismo. O que deve ser analisado é: seu eu demonstrar argumentos e provas científicas que corroborem para provar a não existência de uma alma imortal, por exemplo, estaria implicitamente defendendo a tese de que a doutrina espírita está errada ou não possui seu valor, visto que, sem uma alma ou espírito, conceitos como vida após a morte e reencarnação não teriam fundamentação. Entretanto, até que ponto o simples fato de eu citar estas evidências, contribuiria para que eu estivesse infringindo a liberdade de religião de um praticante do espiritismo? Até que ponto eu estaria sendo intolerante? Seria isso considerado proselitismo e uma apologia à não-crença no espiritismo? Estaria eu sendo preconceituoso? Atacaria, mesmo que indiretamente o praticante da crença, ao invés da crença em si? Estaria eu desprotegendo os direitos dos indivíduos e, principalmente das minorias, neste caso os praticantes da doutrina espírita, que devem ser garantidos em uma sociedade democrática?
Esta sua frase resume muito bem o ponto que você levantou:
Parabéns.Fox Mulder escreveu:O que não devemos nunca é confundir liberdade com libertinagem, que é o uso da liberdade sem o bom senso. O mesmo se aplica à liberdade de expresão.
E quanto a este outro comentário:
Sou grato a você por esse raciocinio cristalino, que me fez refletir e lembrar que eu mesmo cometi excessos aqui, um ontem ao chamar o Ademar46 de cego em relação à Torre de Vigia, a quem aproveito para pedir desculpas.Fox Mulder escreveu:Desta forma, pegando como exemplo até mesmo as Testemunhas de Jeová, as mesmas praticam o proselitismo, pois consideram-se a única religião verdadeira e trabalham assiduamente em fazer novos prosélitos, ou membros, por fazê-los adotar uma nova doutrina ou idéia. Sendo que, o contrário também seria verdadeiro. Discutirmos e apontarmos aqui no Forum falhas nas doutrinas das Testemunhas de Jeová é uma coisa válida e salutar. Agora tentar obrigar a alguém, seja membro do Forum ou não, que é Testemunha de Jeová a aceitar a idéia de que a única opção correta e inteligente é deixar de sê-lo, da mesma maneira estaríamos praticando proselitismo, pois estaríamos tentando converter o indivíduo a uma nova doutrina ou idéia. A decisão é pessoal, e o mesmo deverá tomá-la de acordo com as informação que obteu a respeito de suas crenças. Caso o mesmo decida ainda permanecer dentro da organização religiosa Testemunhas de Jeová, sua decisão deverá ser respeitada. Chamá-lo de mentalmente pouco desenvolvido, ou de mente fechada por continuar a ser Testemunha de Jeová, seria, indiretamente, proselitismo e também preconceito. Cada um sabe o que é o melhor para si e existem pessoas que se sentem bem e felizes por serem Testemunhas de Jeová.
Muito obrigado.