fernando escreveu:Mas tudo isto ainda não tem sido suficiente para dar um real sentido a vida, afinal, daqui a apenas 100 anos, ninguém que respira no planeta terra estará mais vivo, nenhum empresario bem sucedido, nenhum jogador de futebol famoso atualmente, nenhum cientista, ator, cantor, religioso, ateu, pai, filho, sobrinho, neto, todos estarão mortos. Se não nascesse mais ninguém, o mundo se tornaria um deserto em apenas 100 anos, nosso presente é uma mera fantasia momentânea. A brevidade da vida, mortes estupidas, frustrações etc, parecem não conciliar bem com as coisas boas que a vida proporciona junto com sua complexidade. As pessoas não aceitam este fato e buscam algo mais. As vezes me pergunto; Sera que faltou pouco para que tudo fosse quase perfeito ou faltou pouco para que tudo fosse um caos? De qualquer forma, o que nos resta a fazer é tentar viver da melhor maneira possível, pois se no final da vida isto for tudo o que há, que seja.
Fernando, vi um filme certa vez, onde uma garota se aproxima de um policial, por quem está apaixonada, e lhe pergunta: "Onde estaremos daqui a cem anos?" Ele entende o sentido de sua pergunta; esta cena nunca saiu de minha mente. Pouca gente capta esse sentido, a maioria vive como
highlander, achando que é indestrutível; vive como se não fizesse diferença. Quando tinha aulas de filosofia com Saja, ele às vezes perguntava ao iniciar a aula: "O que você está fazendo com a única vida que tem?" Certa vez alguém questionou a pergunta de Saja, e ele argumentou, com propriedade, que independente de haver ou não reencarnação, alguém só seria "aquela pessoa" com suas características físicas, seu DNA, filho(a) daqueles pais, etc, nessa vida, sua única vida. Foi um grande privilégio ter convivido com Saja, uma aula de vida.
Saja, um beijo no coração...