Estive em 1975

[Geração]

Se lerem com atenção o que escrevi, não lerão o que querem entender.
Vítimas de vítimas, querendo lançar culpa e se eximirem de suas próprias decisões e conclusões.
Eu também estava lá e sabia que era uma febre nas interpretações que faziam e nas afirmações que faziam, mas minha família teve uma atitude de pesquisar na raiz e se apegar às Escrituras. Por isso, quem permite que seus anseios aceitem tudo que se fala, é alguém que realmente lê o que quer entender e ser guiado por outros que estão na mesma situação.
Me desculpem a franqueza, não estou procurando culpados. Quem os busca quer aliviar sua consciência de que também errou por não ter tido a competência de questionar e se apegar às Escrituras ao invés de aos seus anseios.

O que foi escrito no Km citado, nós também lemos, e não concordamos com o que foi dito, entendemos que estavam todos cometendo um equívoco. Lemos, entendemos, e não permitimos que a fala nos conduzisse ao mesmo erro deles. Entendemos que estavam elogiando as ações dos que demonstravam uma fé no fim próximo. Isso subjetivaria muitos a pensarem igual. Nós não pensamos, porque não entendemos o que queríamos entender de acordo com os anseios (o fim em 1975).

Já que não tínhamos tal anseio do fim vir em 1975, não entendemos o que queríamos entender.

Se há culpa são de todos que quiseram interpretar que o fim viria em 1975, seja quem pesquisou e entendeu que assim era e ensinou, como também os que aceitaram o que lhes disseram sem se aprofundarem, pois no fundo também queriam o mesmo.

[Moonwalker]

Se lerem com atenção o que escrevi, não lerão o que querem entender.
Vítimas de vítimas, querendo lançar culpa e se eximirem de suas próprias decisões e conclusões.
Eu também estava lá e sabia que era uma febre nas interpretações que faziam e nas afirmações que faziam, mas minha família teve uma atitude de pesquisar na raiz e se apegar às Escrituras. Por isso, quem permite que seus anseios aceitem tudo que se fala, é alguém que realmente lê o que quer entender e ser guiado por outros que estão na mesma situação.
Me desculpem a franqueza, não estou procurando culpados. Quem os busca quer aliviar sua consciência de que também errou por não ter tido a competência de questionar e se apegar às Escrituras ao invés de aos seus anseios.

O que foi escrito no Km citado, nós também lemos, e não concordamos com o que foi dito, entendemos que estavam todos cometendo um equívoco. Lemos, entendemos, e não permitimos que a fala nos conduzisse ao mesmo erro deles. Entendemos que estavam elogiando as ações dos que demonstravam uma fé no fim próximo. Isso subjetivaria muitos a pensarem igual. Nós não pensamos, porque não entendemos o que queríamos entender de acordo com os anseios (o fim em 1975).

Já que não tínhamos tal anseio do fim vir em 1975, não entendemos o que queríamos entender.

Se há culpa são de todos que quiseram interpretar que o fim viria em 1975, seja quem pesquisou e entendeu que assim era e ensinou, como também os que aceitaram o que lhes disseram sem se aprofundarem, pois no fundo também queriam o mesmo.

O que dizer ? Parabens p vc cara por ser um ser tão iluminado tão inteligente que não se deixou cair na manipulação de palavras. Infelismente o se perfil e caso é a excessão em meio a um mar de pessoas que tomariam veneno se a organização mandasse como os seguidores de Jim Jones. os lideres religiosos sabem que a maioria os seguira.

Infelismente o tempo esta passando e quem era adulto em 75 e presenciou os acontecimentos ( os que compoem a geração de 75, rsss) estão caminhando para o fim da vida. Seria importantissimo um esforço mundial de gravação de depoimentos sobre a verdade deste episodio, para que a Torre não possa , dentro de alguns poucos anos, negar tudo. É uma ultima chance de colher depoimentos de testemunhas oculares de um evento historico muito importante.

[Galileu]

O Corpo governante da época atraves de seu representante, Frederick Franz, que mais tarde se tornaria presidente da Torre , divulga pelo mundo que o fim vem em 1975 e voce vem aqui dizer que a culpa e de quem acreditou nesta farsa????

Foi exatamente isso que Franz fez , colocou a culpa do fim nao ter vindo nos " irmaos"!

Meu amigo faça o favor , não pense que aqui há idiotas !

Seu pai foi punido por nao acreditar nem defender uma farsa criada pelo C.G da epoca e voce agora diz que os que acreditaram na farsa é que sao culpados por obedecer o Escravo fiel e hipocrita??

Faça-me o favor para com isso!

Vamos isentar também o pai da mentira !!!

[Caronte Vitalzole]

Ninguém pode provar que o Armagedom NÃO chegará amanhã!

Ninguém pode provar que o Armagedom NÃO chegará amanhã, assim como antes de 1975, NENHUMA Testemunha de Jeová podia provar que o Armagedom NÃO chegaria em 1975. Muitas discussões se encerravam assim: "Prove na Bíblia que a Nova Ordem não chegará em 1975!". Ou seja, viva como se fosse morrer hoje, um dia você acerta...
Do ponto de vista da seita, e por mais contraditório que pareça, negar que o Armagedom chegaria em algum dia de 1975 era admitir que a pessoa sabia a data que “ ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente o Pai.”

Em 1975 toda TJ esperava o fim. Alguns felizmente foram mais sensatos que os outros. Já em 1973 havia pessoas abandonando escola, emprego e fazendo mudanças radicais na vida que normalmente levaram a decepções e arrependimento. Outros eram rotulados como fracos por até mesmo construírem ou reformarem um imóvel.
Toda TJ estava errada, sem exceção. Mesmo os raros que sabiam do erro, continuaram a se associar, não tiveram a coragem de romper com a religião ANTES de 1975. Era conveniente ser TJ em 1975: se estivessem certos estariam na Nova Ordem ainda naquele ano, se estivessem errados bastava esperar um pouco mais que o Armagedom chegaria uma hora ou outra.
Era necessário (continuar) ser TJ DEPOIS de 1975: quem acreditou no Organização não queria dar o braço a torcer que estava errado, que sua religião errou. Não, não era "decepção" nem "erro", era falta de fé abandonar o barco e ouvir comentários sobre a intenção, afinal ninguém se batizara impondo uma data limite para a chegada do Armagedom.
Ninguém quis admitir o erro e TODOS preferiram adotar uma desculpa.

[Lourisvaldo Santana]

Depois de lançado o livro Vida Eterna - na Liberdade dos Filhos de Deus, em 1966, ficou claro que a data de 1975 foi posta mais como uma certeza do que com uma possibilidade. Isso não é novidade para muitos que pesquisam esse assunto, mas vale a pena reler algumas declarações:

Será que o dia de descanso de Deus decorre paralelamente ao tempo em que o homem tem estado na terra, desde sua criação? Parece que sim [...] Em que ano, então, terminariam os primeiros 6.000 anos do dia de descanso de Deus? No ano de 1975. Isto é digno de nota, especialmente em vista de que os “últimos dias” começaram em 1914, e que os fatos físicos de nossos dias, em cumprimento da profecia, marcam esta como a última geração deste mundo iníquo. Por conseguinte, podemos esperar que o futuro imediato esteja cheio de eventos emocionantes para aqueles que depositam sua fé em Deus e em suas promessas. Isto significa que dentro de relativamente poucos anos testemunharemos o cumprimento das profecias restantes que têm que ver com o “tempo do fim” (Despertai! de 22 de abril de 1967, página 20, conforme citada em Crise de Consciência, página 250; os sublinhados de Raymond Franz foram substituídos pelos meus).

O futuro imediato com certeza estará repleto de eventos climáticos, pois este velho sistema se aproxima de seu fim completo. Dentro de alguns anos, no máximo, as partes finais da profecia bíblica relativas a estes “últimos dias” terão cumprimento, resultando na libertação da humanidade sobrevivente para o glorioso reino milenar de Cristo. Que dias difíceis, mas, ao mesmo tempo, que dias grandiosos estão bem à frente! (A Sentinela de 1º de novembro de 1968, página 660, conforme citada em Crise de Consciência, página 251).

O fato de que já se passaram quase cinqüenta e cinco anos do período chamado de ‘últimos dias’ é altamente significativo. Quer dizer que restam apenas alguns anos, no máximo, antes de o corrupto sistema de coisas que domina a terra ser destruído por Deus (Despertai! de 22 de abril de 1969, página 13, conforme citada em Crise de Consciência, página 251).

Mais recentemente, pesquisadores sérios da Bíblia Sagrada verificaram novamente a sua cronologia. Segundo os seus cálculos, os seis milênios da vida da humanidade na terra terminariam nos meados da década de mil novecentos e setenta. Portanto, o sétimo milênio a partir da criação do homem por Jeová Deus começaria em menos de dez anos [...] A fim de que o Senhor Jesus Cristo seja ‘Senhor até do Sábado’, seu reinado de mil anos terá de ser o sétimo de uma série de períodos de mil anos ou milênios. (Mateus 12:8, Al) Seria assim um reinado sabático (A Paz de Mil Anos que se Avizinha, páginas 25 e 26 do livro, conforme citado em Crise de Consciência, página 252).

Em vista do curto período de tempo que resta, desejamos fazer isso [intensificar o serviço de visita aos lares] tão amiúde quanto as circunstâncias o permitam. Apenas pensem, irmãos, restam menos de noventa meses até que se completem os 6.000 anos da existência do homem na terra (Ministério do Reino de maio de 1968, página 4, conforme citado em Crise de Consciência, página 255).

Receberam-se notícias a respeito de irmãos que venderam sua casa e propriedade e que planejam passar o resto dos seus dias neste velho sistema de coisas empenhados no serviço de pioneiro. Este é certamente, um modo excelente de passar o pouco tempo que resta antes de findar o mundo iníquo. — 1 João 2:17 (Ministério do Reino de julho de 1974, páginas 3 e 4, conforme citado em Crise de Consciência, página 255).

É verdade que em nenhum desses relatos há a afirmação taxativa de que o fim viria em 1975, mas todas as declarações permitem concluir exatamente isso. Além disso, conta-se que superintendentes, em suas visitas às congregações, punham essa data como sendo uma certeza absoluta. O fato de a organização não ter sido explícita nesse sentido permitiu a seus líderes acusar que o erro foi dos seguidores, que leram nas suas palavras mais do que elas realmente diziam. Mas não podemos presumir que a organização é assim tão inocente.

Cada um de nós que fomos Testemunhas sabemos o conceito que a Torre de Vigia tem do voto. A Testemunha de Jeová não pode ir à urna e escolher um candidato. Em países onde comparecer à urna é uma obrigação, espera-se que a Testemunha, em sua consciência, decida o que fazer para corresponder à posição política da Torre de Vigia. Em meu livro, fui absolutamente claro em dizer que em nenhuma literatura da Torre se pode ler uma exigência de que as Testemunhas de Jeová anulem o voto, mas toda Testemunha de Jeová que votar em um ou outro candidato e deixar que isso se torne de conhecimento público, ela será irremediavelmente chamada a dar explicações; e se ela ao menos não for convincente em fingir arrependimento, certamente será considerada excluída como Testemunha,. com todas as consequências de que já conhecemos. Então vejam: não se diz explicitamente que a Testemunha deve anular o voto, mas espera-se que ela entenda exatamente isso. E sabemos muito bem porque a Torre de Vigia não é explícita em exigir que as Testemunhas anulem o voto. Se algum dia algum governo convocar um membro do Corpo Governante para dar explicações sobre isso, ele, com legitimidade, poderá dizer que o CG nunca exigiu isso das Testemunhas de Jeová.

Essa é a mesma postura adotada com relação a 1975. Ter-se poupado a ser explícito deu aos líderes a legitimidade para se isentarem de culpa perante os fiéis e dizer que eles é que leram nas palavras mais do que elas diziam. Mas ainda assim, na literatura pós 1975, depois que se notava uma clara desaceleração no aumento de Testemunhas, a própria Torre de Vigia viu a necessidade de reconhecer, ao menos de forma parcial, a sua culpa quanto à data.

*** jv cap. 28 pp. 632-633 Provas e peneiramento internos ***
Mais tarde, durante os anos de 1935 a 1944, uma revisão do esquema geral da cronologia bíblica revelou que uma má tradução de Atos 13:19, 20 na King James Version, junto com certos outros fatores, causara um erro de mais de um século na cronologia. Isto mais tarde levou ao conceito — às vezes declarado como possibilidade, às vezes mais firmemente — que visto que o sétimo milênio da história humana começaria em 1975, os eventos associados com o início do Reinado Milenar de Cristo poderiam começar a ocorrer então. Eram corretas as crenças das Testemunhas de Jeová nesses assuntos? Elas certamente não erraram em crer que Deus sem falta faria o que prometera. Mas alguns de seus cálculos[quem fez os cálculos?] de tempo e as expectativas que ligavam a estes causaram sérios desapontamentos. Depois de 1925, a assistência às reuniões caiu drasticamente em algumas congregações na França e na Suíça. De novo, em 1975, houve desapontamento quando as expectativas sobre o início do Milênio não se concretizaram. Em resultado, alguns se afastaram da organização. Outros, porque tentaram subverter a fé de associados, foram desassociados. Sem dúvida, o desapontamento com relação à data era um fator, mas, em alguns casos, as raízes eram mais profundas.

*** jv cap. 8 p. 104 Declarando sem cessar as boas novas (1942-1975) ***
No congresso realizado em Baltimore, Maryland, F. W. Franz deu o discurso concludente. Ele começou por dizer: “Pouco antes de eu subir à tribuna, um jovem se aproximou de mim e disse: ‘Diga-me, que significa esse 1975?’” O irmão Franz mencionou muitas perguntas feitas sobre se a matéria no novo livro queria dizer que em 1975 o Armagedom teria terminado, e Satanás estaria amarrado. Ele disse, em síntese: ‘Pode ser. Mas não estamos dizendo isso. Todas as coisas são possíveis a Deus. Mas não estamos dizendo isso. E que ninguém seja específico ao falar sobre o que irá acontecer a partir de agora até 1975. Mas, prezados irmãos, a grande questão é: o tempo é curto. O tempo está-se esgotando, não resta dúvida sobre isso.’ Nos anos que se seguiram a 1966, muitas Testemunhas de Jeová agiram em harmonia com o espírito do conselho dado. Todavia, outras declarações foram publicadas sobre esse assunto, e algumas foram provavelmente mais taxativas do que seria aconselhável. Isso foi reconhecido em A Sentinela de 15 de setembro de 1980 (página 17). Mas as Testemunhas de Jeová foram também acauteladas no sentido de se concentrarem principalmente em fazer a vontade de Jeová e não ficarem excessivamente preocupadas com datas e expectativas de pronta salvação.

*** w80 15/9 p. 17 par. 5 A escolha do melhor modo de vida ***
Nos tempos modernos, tal avidez, embora elogiável em si mesma, tem levado a tentativas de fixar datas para a desejada libertação do sofrimento e das dificuldades, que são o quinhão das pessoas em toda a terra. Quando foi publicado o livro Vida Eterna — na Liberdade dos Filhos de Deus e seus comentários sobre quão apropriado seria se o reinado milenar de Cristo fosse paralelo ao sétimo milênio da existência do homem, criou-se muita expectativa sobre o ano de 1975. Fizeram-se naquele tempo, e depois, declarações que enfatizavam que se tratava apenas de uma possibilidade. Infelizmente, porém, ao lado de tal informação acauteladora, publicaram-se outras declarações que davam a entender que tal cumprimento da esperança até aquele ano era mais uma probabilidade do que mera possibilidade. Lamenta-se que estas últimas declarações, pelo visto, tenham ofuscado as acauteladoras e tenham contribuído para o aumento duma expectativa já criada.

A mesma revista acrescenta:

*** w80 15/9 pp. 17-18 par. 6 A escolha do melhor modo de vida ***
A Sentinela, no seu número de 15 de janeiro de 1977, comentou que não era aconselhável fixarmos a vista em determinada data, dizendo: “Caso alguém tenha ficado desapontado, por não seguir este raciocínio, deve agora concentrar-se em reajustar seu ponto de vista, por não ter sido a palavra de Deus que falhou ou o enganou e lhe causou desapontamento, mas, sim, seu próprio entendimento baseado em premissas erradas.” Ao dizer “alguém”, A Sentinela incluiu todos os desapontados entre as Testemunhas de Jeová, portanto, inclusive os que tinham que ver com a publicação da informação que contribuiu para criar as esperanças que giravam em torno daquela data.

Diante disso, diante do reconhecimento da própria Torre de Vigia de que seus editores, eles próprios também equivocados, escreveram que 1975 estava mais para uma certeza do que para uma possibilidade, creio que não é de bom tom dizer que os fiéis que acreditaram em 1975 leram na literatura mais do que ela realmente dizia. Tomem por exemplo o caso do voto. Nenhum de nós ler na literatura que é exigido que se anule o voto, mas é isso que entendemos, e sabemos que ninguém está lendo mais que do que a Torre de Vigia quer que leiamos.

É verdade que nem todos acreditaram em 1975; eu já li vários casos de Testemunhas que deixaram a organização pouco antes daquela data, e quem o fez está de parabéns por ter "visto" além do óbvio; mas deixar de acreditar numa mentira não significa encontrar a verdade. Um exemplo claro disso é o caso das milhares ou dos milhões de Testemunhas que não levaram a sério as palavras sobre 1975, mas continuaram na organização porque continuaram acreditando que tinham a verdade, o que tira quase todo o mérito de terem visto, pelo menos uma doutrina, além do óbvio.

[Galileu]

Muito bom Valdo !

Um abraço

[BrunoBernardes]

UP

[Um_jovem_confuso]

Ler todas essas histórias foi de grande ajuda para mim! Muito obrigado!

[feliciapink]

dando UP e subindo esse tópico pq acho de grande importância, os relatos.

[DianaP]

Ótimo tópico!
Engraçado é que conheço algumas poucas pessoas que já eram tjs e adultas nesta época e uma dessas certa vez me disse que a organização nunca falou que o fim viria em 1975, que isso veio da cabeça das pessoas e que as que abandonaram depois foi porque não era fieis.