Apresentação [OvelhaSemPastor]

[OvelhaSEMpastor]

Oi! Espero que todos estejam bem!
Vou contar minha história resumidamente, pq tenho muita coisa pra contar, mas não quero que fique maçante pra quem lê.
Quando eu nasci meus pais eram estudantes fervorosos. Quando eu era bebê, meu pai se batizou e quando tinha 5 anos minha mãe também se batizou (detalhe que ela era umbandista antes). Acho que eles são apegados a religião por conta de terem perdido meu irmão mais velho antes de nascer e se basearem na promessa da ressurreição pra revê-lo e yadayadayada. Minha infância foi um inferno, não por causa da religião em si, mas como minha mãe (creio que seja narcisista) usava a religião pra me punir. Explico: tudo era errado, tudo JEOVÁ não gostava e por isso eu apanhava muitas vezes, inclusive ela se gabava na roda de irmãos que eu ainda bem pequena, nem falava direito ainda, não parava quieta na reunião e ela me levou pra sala b, que era no porão da igreja (vou falar igreja pq falo assim para meus poucos amigos entenderem), e me deu várias palmadas pra eu ficar quieta. Depois disso eu fui a menina exemplar, aprendi a ler com 5 anos pra ser publicadora, preparava minhas reuniões, comentava, fiz parte em assembléia sobre ser uma jovem exemplar (tinha 7 anos). Mas em casa sofria agressão física e emocional. Mas pelo menos na igreja eu tinha o carinho que eu não tinha em casa, eu pensava. Meus dois irmãos mais novos passaram por coisas similares, mas com menos cobranças, pois são homens né?
Depois venho a adolescência e foi outro inferno, teve pressão pro batismo, me batizei com 15 anos. E desde lá, eu fiquei inconformada com várias coisas. Por exemplo, minha família sempre viveu na miséria, mas os anciãos e suas esposas sempre estavam bem arrumados e visivelmente bem alimentados. Depois chegou a hora de eu cursar um curso técnico, pedi dinheiro pra comprar o material já usado e meu pai não me deu (ou não quis me dar, só Deus sabe) e eu não fui estudar por vergonha. Daí fiz magistério e comecei a faculdade e foi outro inferno. Então inconscientemente decidi que pra sair de casa nas minhas condições, só casando, e vcs sabem né? Na igreja lá, só querem meninas belas, recatadas e do lar. Então casei com um rapaz que conheci na internet, passei por aquele papelão que eles chamam de comissão judicativa e apesar de não ter cometido nenhum pecado me repreenderam e tiraram os privilégios de servo do meu pai (engraçado que não tiraram os privilégios dele quando eu apareci com as pernas roxas 1 mês antes né). Depois disso casei e parei de ir as reuniões. Foram 11 anos casada, não foi ruim, mas a motivação foi errada. Casei pra fugir de casa e de uma seita. E quando me separei pra onde voltei? Sim, pra casa dos meus pais e pra seita. Foram quase 9 meses, fazendo tudo certo, e mesmo fazendo tudo certo as cobranças eram altas, e eu doente pela bipolaridade achava que se eu ganhasse meu privilégio de ser publicadora sairia da depressão. Mas os anciãos me travaram, disseram que eu tinha que me divorciar antes e depois me dariam o privilégio de novo. Enquanto isso, eu vendo as coisas "erradas" acontecerem e ninguém fazer nada, pq os envolvidos tinham as costas quentes.
E em casa, vivendo com a mãe narcisista, enquanto eu tava fazendo tudo certo(trabalhando, chegando em casa na hora certa, limpando a casa e indo nas reuniões) tava tudo bem. Mas sempre tinha uma palavra amarga e de desprezo. E eu já não aguentava mais. O sonho dela era que eu casasse de novo (queria se livrar de mim? Pois conseguiu, e eu não precisei casar) com alguém bem forte espiritualmente. Como? Se os caras de 30, 40 só querem as irmãzinhas de 20?
Quando comecei a trabalhar longe de casa e chegar atrasada nas reuniões, as cobranças começaram, a invasão de privacidade e todo o modus operandi que quem tem mãe narcisista já passou. E eu, só queria me curar. Quando fui procurar terapia foi a gota d'água pra ela. Uma tia minha que não é TJ conversou comigo pq sabia o que ia acontecer se eu ficasse mais tempo na casa da minha mãe de tão adoecida que eu tava.
Concluindo, eu saí de casa, depois de uma longa conversa com meus pais (gravei essa última conversa pra ter certeza que eu não tava louca e mandei pra minha tia) que eu estava tão cheia de remédios que eu mal falava. Não mandei minha carta de dissociação, nem fui desassociada (dei motivos pra isso) mas ajo como tal. Me encho de nojo quando passo pelos ancião e pioneiros no carrinho e me olham com pena pq ninguém teve pena de mim quando eu tava em casa apanhando ou no fundo do poço na depressão.
Agradeço muito esse espaço de desabafo, vcs me deram coragem pra continuar firme na minha decisão!

[Daenerys]

[Spaceman]

Seja bem vinda!!

Sinto muito pelo que aconteceu com você, com certeza viver com uma mãe assim não é fácil.

[Bauhaus]

Olá! Seja muito bem vinda!

Essas dores a gente ainda leva um tempo pra curar. Pq o trabalho de controle mental é tão, tão intenso, que merecem um cuidado especial. Na medida do possível, continue com teus tratamentos. Desabafe. Converse aqui conosco.

Mas, as coisas vão se ajeitando. Tem coisas q são rápidas, tem coisas q demoram.

Quando vc falou q te levaram para a sala b, no "porão" achei q era uma metáfora rs. Mas ficava num porão mesmo. Taí um belo apelido pra sala b.

No mais, agora vc é dona da tua vida. Seja muito feliz!

[Tyrrhena]

[publiciotario]

Welcome, teacher.

[SeekAndDestroy]

Spoiler!

Oi! Espero que todos estejam bem!
Vou contar minha história resumidamente, pq tenho muita coisa pra contar, mas não quero que fique maçante pra quem lê.
Quando eu nasci meus pais eram estudantes fervorosos. Quando eu era bebê, meu pai se batizou e quando tinha 5 anos minha mãe também se batizou (detalhe que ela era umbandista antes). Acho que eles são apegados a religião por conta de terem perdido meu irmão mais velho antes de nascer e se basearem na promessa da ressurreição pra revê-lo e yadayadayada. Minha infância foi um inferno, não por causa da religião em si, mas como minha mãe (creio que seja narcisista) usava a religião pra me punir. Explico: tudo era errado, tudo JEOVÁ não gostava e por isso eu apanhava muitas vezes, inclusive ela se gabava na roda de irmãos que eu ainda bem pequena, nem falava direito ainda, não parava quieta na reunião e ela me levou pra sala b, que era no porão da igreja (vou falar igreja pq falo assim para meus poucos amigos entenderem), e me deu várias palmadas pra eu ficar quieta. Depois disso eu fui a menina exemplar, aprendi a ler com 5 anos pra ser publicadora, preparava minhas reuniões, comentava, fiz parte em assembléia sobre ser uma jovem exemplar (tinha 7 anos). Mas em casa sofria agressão física e emocional. Mas pelo menos na igreja eu tinha o carinho que eu não tinha em casa, eu pensava. Meus dois irmãos mais novos passaram por coisas similares, mas com menos cobranças, pois são homens né?
Depois venho a adolescência e foi outro inferno, teve pressão pro batismo, me batizei com 15 anos. E desde lá, eu fiquei inconformada com várias coisas. Por exemplo, minha família sempre viveu na miséria, mas os anciãos e suas esposas sempre estavam bem arrumados e visivelmente bem alimentados. Depois chegou a hora de eu cursar um curso técnico, pedi dinheiro pra comprar o material já usado e meu pai não me deu (ou não quis me dar, só Deus sabe) e eu não fui estudar por vergonha. Daí fiz magistério e comecei a faculdade e foi outro inferno. Então inconscientemente decidi que pra sair de casa nas minhas condições, só casando, e vcs sabem né? Na igreja lá, só querem meninas belas, recatadas e do lar. Então casei com um rapaz que conheci na internet, passei por aquele papelão que eles chamam de comissão judicativa e apesar de não ter cometido nenhum pecado me repreenderam e tiraram os privilégios de servo do meu pai (engraçado que não tiraram os privilégios dele quando eu apareci com as pernas roxas 1 mês antes né). Depois disso casei e parei de ir as reuniões. Foram 11 anos casada, não foi ruim, mas a motivação foi errada. Casei pra fugir de casa e de uma seita. E quando me separei pra onde voltei? Sim, pra casa dos meus pais e pra seita. Foram quase 9 meses, fazendo tudo certo, e mesmo fazendo tudo certo as cobranças eram altas, e eu doente pela bipolaridade achava que se eu ganhasse meu privilégio de ser publicadora sairia da depressão. Mas os anciãos me travaram, disseram que eu tinha que me divorciar antes e depois me dariam o privilégio de novo. Enquanto isso, eu vendo as coisas "erradas" acontecerem e ninguém fazer nada, pq os envolvidos tinham as costas quentes.
E em casa, vivendo com a mãe narcisista, enquanto eu tava fazendo tudo certo(trabalhando, chegando em casa na hora certa, limpando a casa e indo nas reuniões) tava tudo bem. Mas sempre tinha uma palavra amarga e de desprezo. E eu já não aguentava mais. O sonho dela era que eu casasse de novo (queria se livrar de mim? Pois conseguiu, e eu não precisei casar) com alguém bem forte espiritualmente. Como? Se os caras de 30, 40 só querem as irmãzinhas de 20?
Quando comecei a trabalhar longe de casa e chegar atrasada nas reuniões, as cobranças começaram, a invasão de privacidade e todo o modus operandi que quem tem mãe narcisista já passou. E eu, só queria me curar. Quando fui procurar terapia foi a gota d'água pra ela. Uma tia minha que não é TJ conversou comigo pq sabia o que ia acontecer se eu ficasse mais tempo na casa da minha mãe de tão adoecida que eu tava.
Concluindo, eu saí de casa, depois de uma longa conversa com meus pais (gravei essa última conversa pra ter certeza que eu não tava louca e mandei pra minha tia) que eu estava tão cheia de remédios que eu mal falava. Não mandei minha carta de dissociação, nem fui desassociada (dei motivos pra isso) mas ajo como tal. Me encho de nojo quando passo pelos ancião e pioneiros no carrinho e me olham com pena pq ninguém teve pena de mim quando eu tava em casa apanhando ou no fundo do poço na depressão.
Agradeço muito esse espaço de desabafo, vcs me deram coragem pra continuar firme na minha decisão!

Caramba que história! Seja bem vinda!

Ainda bem que vc “acordou” em relação a essa seita. Espero que suas decisões de agora em diante beneficiem positivamente sua saúde mental e bem estar. Você merece ser feliz e aproveitar sua vida da melhor forma. Viva! Seja livre! Seja feliz!

Nenhum de nós podemos mudar nosso passado, mas podemos agir diferente em nosso presente e alterar nosso futuro.

[JonSnow]

Seja bem vinda!

Caramba que história em.

Sinto muito pelo que passou em sua vida dentro da Torre.

Sim os primeiros meses ou até anos quando saímos são difíceis, mas com o passar do tempo não há arrependimentos, então desejo forças a você para conseguir continuar lidando com tudo isso.

Um abraço

[YukimuraSanada]

Olá, seja bem vinda...
Realmente, história de vida atribulada!
Eu saí depois de 15 anos! Claro, perdi parte da família... Tentei ser readmitido 2 vezes (dentro de 1 ano, e depois de se passarem uns 20) mas não fui aceito... Agora, com "as novas luzes," se eu pedisse, acho que em 3 meses estaria de volta ao redil, kkk Estão precisando de mão de obra volun-otária grátis e mais $$$ dos contribuintes! Por isso tudo está sendo "facilitado"...
Sinta-se acolhida aqui. Te entendemos!

[OvelhaSEMpastor]

Obrigada pela acolhida! Eu ainda não fui desassociada e nem desassociada. Como mulher, que já esteve em uma comissão judicativa, não quero ser questionada sobre minha vida pessoal por esses velhos babões. Sobre as "novas luzes", claramente se renderam, pois deve doído no bolso do CG. Independente das novas luzes ou não, eu não quero contato com eles. Me dói passar pelo meu pai no carrinho e não poder dar um oi. Mas de resto, quero mais que continuem nas sombras.