Página 1 de 4

Ensino religioso: deve ser ministrado nas salas de aula?

Enviado: 02 Set 2009 11:48
por Nanda Lima
Ensino religioso em escolas públicas pode gerar discriminação, avalia professor


O ensino religioso que aborda uma doutrina específica pode gerar discriminação dentro das salas de aula, segundo o sociólogo da Unesp (Universidade Estadual Paulista), José Vaidergorn. “O ensino religioso identificado com uma religião não é democrático, pode ser considerado discriminatório”, disse em entrevista à Agência Brasil.

Segundo Vaidegorn, o ensino voltado para uma determinada religião pode constranger os alunos que não compartilham dessas ideias. O professor ressalta ainda a possibilidade de que, dependendo da maneira que forem ministradas, as aulas de religião podem incentivar a intolerância entre os estudantes. “Em vez da educação fazer o seu papel formador, o seu papel de suprir, dentro das suas condições, as necessidades de formação da população ela passa a ser também um campo de disputa política e doutrinária.”

As aulas de religião estão previstas na Constituição de 1988. No entanto, um acordo entre o governo brasileiro e o Vaticano, em tramitação no Congresso Nacional, estabelece o ensino católico e de outras doutrinas.

O presidente da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), Roberto Leão, contesta a justificativa apresentada na lei de que o ensino religioso é necessário para a formação do cidadão. “Não podemos considerar que a questão ética, a questão moral, o valores sejam privilégios das religiões”, ressaltou. A presença do elemento religioso não faz sentido na educação pública e voltada para todos os cidadãos brasileiros, segundo ele. ” A escola é pública, e a questão da fé é uma coisa íntima de cada um de nós”.

Ele indicou a impossibilidade de todos os tipos de crença estarem representados no sistema de ensino religioso. Segundo ele, religiões minoritárias, como os cultos de origem afro, não teriam estrutura para estarem presentes em todos os pontos do país.

Além disso, as pessoas que não têm religião estariam completamente excluídas desse tipo de ensino, como destacou o presidente da Atea (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos), Daniel Sottomaior. “Mesmo que você conseguisse dar um ensino religioso equilibradamente entre todos os credos você ia deixar em desvantagem os arreligiosos e os ateus.”

Sottomaior vê com preocupação a possibilidade de a fé se confundir com os conhecimentos transmitidos pelo sistema educacional.”Como o aluno pode distinguir entre a confiabilidade dos conteúdos das aulas de geografia e matemática e o conteúdo das aulas de religião?”

Para o presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Geraldo Lyrio Rocha, a religião é parte importante no processo educacional. “Uma educação integral envolve também o aspecto da dimensão religiosa ao lado das outras dimensões da vida humana”, afirmou.


Retirado do site ceticismo.net.

Particularmente, acho incoerente, em um país laico, que aulas de religião (leia-se sobre o Cristianismo) sejam ministradas em escolas públicas.
O que os foristas acham?

Re: Ensino religioso: deve ser ministrado nas salas de aula?

Enviado: 02 Set 2009 11:52
por wesleywws
Embora hoje o ensino religioso seja facultativo, acredito ser inviável, visto a diversificação religiosoa que existe hoje em dia.

Não concordo que seja algo viável e essencial a ninguém!

Re: Ensino religioso: deve ser ministrado nas salas de aula?

Enviado: 02 Set 2009 12:00
por zero à esquerda
Eu já achava ridículo Educação Moral e Cívica (idéia da direita) e OSPB (idéia da esquerda). Imagina esse tipo de doutrinação. Qualquer tipo de lavagem cerebral é absurda, ainda mais se for promovida dentro dos muros da escola.

Re: Ensino religioso: deve ser ministrado nas salas de aula?

Enviado: 02 Set 2009 12:00
por Rogério
Bem:

A Única aula de religião que deveria ser ministrada nas escolas, na minha visão, seria uma que abordassem as todas sem ninguém puxar "a brasa para a sua sardinha" ou evitar a pregação compulsória (algo meio impossível no âmbito de religiões que pregam).

Ja tive o desprazer de debater com o tal Daniel no Orkut, infelizmente não sei se era um Fake ou não mas ele foi muito simplório nas abordagens.

Quanto a questão das pessoas serem atéias ou arreligiosas elas terão de conviver com religiões e religiosos e ambos o Bispo e o Daniel ambos puxaram "brasas para as suas sardinhas".

Resultado final: Não deve-se ensinar religião nas escolas na minha opinião, no máximo incluir uma cadeira relevante nas aulas de história.

Gasshô :7

Re: Ensino religioso: deve ser ministrado nas salas de aula?

Enviado: 02 Set 2009 13:07
por dr.horrormentes
Rogério escreveu: Ja tive o desprazer de debater com o tal Daniel no Orkut, infelizmente não sei se era um Fake ou não mas ele foi muito simplório nas abordagens.

Quanto a questão das pessoas serem atéias ou arreligiosas elas terão de conviver com religiões e religiosos e ambos o Bispo e o Daniel ambos puxaram "brasas para as suas sardinhas".
Seria o Daniel Sottomaior?

Re: Ensino religioso: deve ser ministrado nas salas de aula?

Enviado: 02 Set 2009 13:22
por Rogério
dr.horrormentes escreveu:
Rogério escreveu: Ja tive o desprazer de debater com o tal Daniel no Orkut, infelizmente não sei se era um Fake ou não mas ele foi muito simplório nas abordagens.

Quanto a questão das pessoas serem atéias ou arreligiosas elas terão de conviver com religiões e religiosos e ambos o Bispo e o Daniel ambos puxaram "brasas para as suas sardinhas".
Seria o Daniel Sottomaior?
Este mesmo, numa das minhas contas do orkut havia entrado na comunidade: Contra o Preconceito aos Ateus e eu e o Daniel trocamos uma ou duas postagens referente a questão do ateu poder participar de comemorações religiosas. O autor do tópico estava com "dor na consciência" de ser convidado para batizar uma criança e queria saber as opiniões: Eu comentei que se um ateu é livre e ele poderia fazer isso sem problemas, podendo inclusive, ao não aceitar o convite apenas por não ser ateu causar algum tipo de desconforto emocional para quem estava convidando. O tal Daniel pirou dizendo que os sentimento dos ateus não são levados em consideração e o exemplo que eu dei (de eu ser budista e ir num terreiro de umbanda) era um incentivo a prática da superstição.
Havia um 3º ateu nesta história debatendo que depois de ter dado um "pedalaço" nos argumentos do tal Daniel, o mesmo sumiu e não deu maiores contra-argumentos.

Acredito que era um fake.

Flws! :7

Re: Ensino religioso: deve ser ministrado nas salas de aula?

Enviado: 02 Set 2009 14:35
por ELZA ARROIO
Queridos colegas foristras, não sei quantos de voces tem filhos ou filhos adolecentes. Tambem não sei quantos de voces já ouviram que quando crescem a preocupação com filhos dobra. E mais ainda sei que a maioria de voces passaram a juventude presos dentro da seita TJ, mas na minha opinião como mãe de 7 filhos e de todas as idades eu posso lhes informar o quanto é importante para o jovem ter noção de DEUS , ou seja do ABSOLUTO, pois hj tudo é permitido , tudo é relativo. Estudei em colegio católico, meus filhos estudaram em colegio Adventista, tiveram aulas de religião assim como tive na minha época e sinceramente saber sobre o CRIADOR, falar sobre o amor , não importa qual vertente é importante para a formação do caracter do ser humano. OS COLEGIOS PÚBLICOS SÃO A PORTA DE ENTRADA PARA AS DROGAS, E NOSSAS CASAS ESTAÕ SENDO NOSSA PRÓPRIA PRISÃO....

Re: Ensino religioso: deve ser ministrado nas salas de aula?

Enviado: 02 Set 2009 15:02
por zero à esquerda
Cara Elza,
Como mãe de um pré-adolescente, sei bem do que você está falando.
Mas não importa se o colégio é católico, adventista, presbiteriano ou público. As drogas estão ao alcance das crianças até mesmo ali na esquina. Pela internet, a garotada compra de tudo (inclusive drogas sintéticas, remédios de uso controlado).
O papel da escola é formar academicamente. O papel da família é dar bases à formação do caráter. Infelizmente, muita gente pensa que é papel da escola impor limites às crianças (no meu tempo de aluna do "primário", até bater era permitido ao professor desde que na reunião de pais fosse dada a autorização). Por isso querem justificar o caos nas escolas públicas.
Antigamente, o pai que não mandasse o filho à escola era intimado pelo juizado de menores. Hoje, em muitos municípios brasileiros, os pais só mandam a criança para a escola mediante um suborninho sem-vergonha chamado Bolsa Família.
Quem estão sucateadas são as famílias, compostas por pais excessivamente liberais e filhos cada vez mais sem limite!

Re: Ensino religioso: deve ser ministrado nas salas de aula?

Enviado: 02 Set 2009 15:21
por ELZA ARROIO
Minha linda por isso mesmo, o que faremos?????A ronda escolar foi colocada para inibir o foco das drogas nas portas das escolas.A Lucia minha empregada está limpando o meu quarta enqto estou teclando e ela que mora na periferia , está me dizendo que a ronda escolar bate revista frequentemente, pois o ponto preferido dos traficantes é o portão dos colegio públicos. Quando o jovem compra a droga pela internet ele já é fregues e já está viciado .O ser humano é um diamante bruto a ser lapidado, por isso sou totalmente a favor do ensino religioso nas escolas, pois muitos jovens nunca ouviram falar de amor, de caridade, de ética e de DEUS em seus lares. Este é o testemunho que a minha empregada Lucia está dando para vc, pq já viveu este tipo de situação na familia....

Re: Ensino religioso: deve ser ministrado nas salas de aula?

Enviado: 02 Set 2009 16:28
por Discípulo de Cristo
Nanda Lima escreveu:[
]Particularmente, acho incoerente, em um país laico, que aulas de religião (leia-se sobre o Cristianismo) sejam ministradas em escolas públicas.
O que os foristas acham?
[/color]

Também acho icoerente. O ensino religioso poderia ser subustuído por uma matéria tipo RELAÇÕES HUMANAS, por meio da qual fossem ensinados princípios e valores universais que se encontram tanto nas religiões como fora delas. Porém, isso não impediria que o ensino religioso continuasse, porém como uma parte do ensino de HISTÓRIA, pois o que hoje é uma espécie de proselitismo estudantil, poderia continuar na escola como algo mais histórico e sujeito a crítica, e não como mera imposição filosófica.