GuinevereM escreveu:Gente, eu vou admitir q sou muito fã desses tópicos do kooboo, sempre rendem muita conversa. Normalmente , me sinto como a Cinderela, nao tenho nem vocabulário para participar. Mas estou aprendendo e vou tentar contribuir com algo.
Nao entendo muito. Mas procuro ne atualizar sobre esses tipo assunto.
Quanto ao turbante. Acho válido discutir a questão da cultura em si. O turbante, as tranças nao são apenas acessórios, mas representam a resistência de um povo. Recentemente vi um video de uma moça que faz essas tranças explicar que as escravas escondiam arroz, que roubavam dos patroes, nas tranças das filhas para q pudessem plantar e ter o q comer. Acredito que seria mais interessante se antes de usar tais acessórios as pessoas se informassem da importância q ele tem, o significado. Claro q chegar em alguem e dizer q ela nao pode usar é demais, mas acho q a pessoa saber seria legal. Talvez até usando como homenagem.
Acho q o saran usou o exemplo da fantasia de índio. Tbm ja vi vídeos de ativistas indios explicando que se fantasiar de indio é desrespeitoso, pq aquilo não é uma fantasia, nao é pintar o rosto, aquilo é a realidade de um povo. Fora q a imagem dx indix normalmente é hipersexualizada.
Quanto a religião, acredito q se Jesus viesse pra terra hoje, ele realmente ficaria decepcionado com a maneira como deturparam a mensagem dele.
Concordo em parte com você Guineverem.
E interessantíssimo seu ponto de vista.
Existem de fato alguns símbolos culturais que, excepcionalmente, possuem um significado sagrado. São símbolos ritualísticos que, em certa medida devem ser respeitados sob pena de ser considerado seu uso indevido como uma afronta.
Gosto de estudar sobre sociedades secretas e criminosas e já li sobre a sociedade Vory V Zakoni, ou Código de Ladrões, máfia russa bastante influente que faz uso ritualístico de tatuagens para designar os membros do alto escalão.
A tatuagem de estrela, aposta nos ombros, designa um general do crime e lhe impõe respeito e autoridade, em especial nas prisões.
Até o ganho de tais tatuagens passa por um ritual onde o futuro general passa pelo escrutínio dos chefões. Caso aprovado, o "soldado" receberá aqueles símbolos, que correspondem a uma medalha militar.
A apropriação indevida das tatuagens de um "ladrão legítimo" poderia ser punida com a morte, ou o prisioneiro seria forçado a removê-los-se "com uma faca, lixa, um caco de vidro ou um pedaço de tijolo".
E existem vários outros exemplos não só em sociedades crimimosas como, ainda, religiosas, que consideram um sacrilégio o uso indevido do símbolo sob pena de ser considerado desrespeito àquela crença.
Exemplo disso é o santo daime.
Mas isso tudo também perpassa pela análise da intenção de quem o faz, se para fins de pesquisa, artístico ou cultural.
Portanto, acredito que para tudo haja uma exceção, o que, contudo, não pode ser radicalizado, devendo-se considerar sempre a intenção de quem se "apropria" de certo bem cultural.
Achei muito pertinente sua colocação.