Hã? Como assim “criminoso”?Dementador escreveu:Eu acredito que o combate a quem critica o Olavo de Carvalho é ainda mais patológico, aliás, chega beirar o criminoso.hobbit escreveu:kkkkk O anti-olavismo é um fenômeno sociológico, e patológico, à parte.
Bem que você disse “anti-olavo”, porque esse movimento é justamente contra “uma pessoa” e não contra suas ideias e suas obras. É como se alguém quisesse te desqualificar pelo teu passado TJ.Curiosamente os adoradores do Olavo de Carvalho atacam os críticos do filósofo como membros de uma seita, da mesma forma que as Testemunhas de Jeová atacam a dissidência: de uma maneira burra e cega.
Desculpe mas cair no mesmo engodo de adorar seres humanos duas vezes na mesma vida é a mais alta das burrices. Se ser "anti-olavo" é uma doença, prefiro ser portador dela até a morte.
Fuçar a vida privada de um intelectual cuja obra tem um valor universal, e que portanto independe de sua vida pessoal, é ocupação de quem não tem nada melhor pra fazer, ou de quem não é capaz de algo melhor. É como se fôssemos desqualificar Sócrates porque ele passava a mão na rapazeada de vez em quando, ou Abelardo porque foi infiel aos votos de castidade, ou Santo Agostinho porque caía na gandaia quando era moleque, ou Heidegger porque apoiou o Partido Nazista, ou Gracialiano Ramos porque era comunista, ou Newton porque era macumbeiro high-brow, etc.
Que a obra do Olavo tenha valor em si se vê pelo seguinte:
- Conceitos pontuais desenvolvidos pelo Olavo:
1) Trauma da emergência da razão
2) As doze camadas da personalidade e a astrocaracterologia
3) Método da confissão, baseado em Santo Agostinho
4) Teoria dos quatro discursos
5) Os fundamentos metafísicos dos gêneros literários
6) Tripla intuição e mundo dos princípios
7) Conhecimento por presença
8) Paralaxe cognitiva
9) Mentalidade revolucionária
10) Fenomenologia do poder
11) Teoria sobre o sujeito da história
12) Definição de filosofia como atividade de unificação entre conhecimento e consciência
Um resumão muito bom de tudo isso aí está nesse artigo do Ronald Robson:
http://www.olavodecarvalho.org/textos/1308ronald.html
Olha, nunca vi nenhum dos críticos do “anti-olavismo” jamais se interessar em estudar esses assuntos - se é que seriam capazes - e eventualmente criticá-los.
- Obras publicadas:
- O Jardim das Aflições: O melhor livro de todos. Um ensaio sobre a ideia de império no ocidente.
- Aristóteles em Nova Perspectiva: aqui ele desenvolve a teoria dos quatro discursos.
- Como vencer um debate sem precisar ter razão: Comentários à “dialética erística” de Arthur Schopenhauer. Estudo sobre erística. Indispensável para entender o discurso político corrente, que é essencialmente erístico.
- A Nova Era e a Revolução Cultural – Um dos primeiros ensaios críticos (se não o primeiro) sobre Gramsci a ser publicado no Brasil quando o novo guru da esquerda já estava sendo disseminado nas universidades desde os anos 60.
- Maquiavel, ou A Confusão Demoníaca: Aplicação do conceito de mentalidade revolucionária ao caso de Maquiavel.
- Estudos sobre Descartes: Ensaios sobre a gênese do pensamento cartesiano a partir de uma série de sonhos relatados pelo próprio Descartes.
- A Filosofia e seu Inverso: Aqui ele expõe seu conceito de filosofia, método filosófico, etc.
- Os EUA e a Nova Ordem Mundial: debate porreta com Alexrande Duguin. Indispensável para entender a articulação dos três projetos imperialistas em disputa no mundo hoje.
- A série Imbecil Coletivo: para perder de vez o respeito pelos intelectuais da mídia e das universidades brasileiras. É leitura para dar muitas risadas também.
- O Imbecil Coletivo: reunião de artigos sobre diversos assuntos.
- Um grande número de artigos de jornal com conteúdo precioso, além das mais de 200 aulas do COF, e de outros cursos.
Enfim, reconhecer o justo valor de todo esse trabalho não é “adorar homens”; é só sinal de senso das proporções (outra ideia do Olavo) e de um mínimo de inteligência. Por outro lado, escandalizar-se com os palavrões do TrueOutspeak, se apegar a frases isoladas desse mesmo programa de rádio (que era no fim das contas um programa humorístico) como se fossem expressões de sua filosofia, e ficar vasculhando os podres reais ou imaginários da vida do Olavo para assim “refutar” a sua filosofia, ou desqualificá-lo como filósofo, é sinal sim de burrice maliciosa.