Eu sou mais real do que teus devaneios
Um sonho lúcido
Num mar de espelhos
Eu sou você
E você nunca percebeu
Eu sou a vontade de viver
De ser mais
De vencer a dor
A morte
De vencer todos os monstros que te assolam à noite
Eu sou o amor vencendo
Dominando-te aos poucos
Em meio a pensamentos loucos
Uma insânia à parte
Eu sou a arte que pinta as paredes da tua mente
Eu sou a cura pro doente que está aí dentro
Corroendo-te
E você nem percebeu
Que você
Sou eu
De um outro jeito
Em uma outra dimensão
Eu sou a mais pura paixão
A paixão de viver
De sentir o sangue bombeando todas as minhas forças
Pra você
E aos poucos seremos
Um só
Como a sombra da terra
Encontra a lua
E formam juntas
O mais belo espetáculo que existe
O eclipse
Editado pela última vez por Nanda Lima em 27 Mai 2009 16:50, em um total de 3 vezes.
"Somos os filhos da revolução
Somos burgueses sem religião
Nós somos o futuro da nação
Geração Coca-Cola." - Legião Urbana
O universo não é uma idéia minha.
A minha idéia do Universo é que é uma idéia minha.
A noite não anoitece pelos meus olhos,
A minha idéia da noite é que anoitece por meus olhos.
Fora de eu pensar e de haver quaisquer pensamentos
A noite anoitece concretamente
E o fulgor das estrelas existe como se tivesse peso.
Olha, meu bem,
Voltarei a te tratar pela alcunha de Constança,
Pois que tens no meio de tuas pernas um fogo que não se apaga jamais.
E mais:
Há em tua pele qualquer tostado de árabe,
Qualquer barbárie ibérica em teus braços,
Em tua voz qualquer subversão de basco,
E em tua língua qualquer profanação de mouro...
Estamos na arena – e eu sou o touro tombado, quase morto!,
Enquanto o povo, quase louco, ovaciona tua dança ante minha danação.
Olha, Constança, por quatro vezes te amei:
Da primeira, vieste embebida de fúria vermelha e carícia vã;
Da segunda, teu hálito desprendia folguedos, amendoins e afetações;
Da terceira, meu bem, vestias meias e lembranças velhas,
Mas da quarta vez não vieste me ver, e ainda assim te amei.
A verdade, Constança, a verdade não te posso esconder.
A verdade é que me ganhaste com teus beijos em minhas costas.
Sei que gostas quando falo assim.
Talvez seja eu apenas mais um troféu, estático, em tua estante,
Ou, antes! Um trapo que vestias quando o vinho ainda galopava em tuas veias...
Mas quem quereria um troféu trajado de velhice?
De mais a mais, recusaste o vinho que te ofertei.
A verdade, Constança, a verdade não te posso esconder.
A verdade é que, sem rubor, roubaste-me os sentidos e me devolveste virilidade.
Tornaste-me homem de mim para mim;
Quando duelamos na cama que julgavam ter dono,
E quando velaste meu sono, com suor, sem pressa e sem posse.
Volto agora para não vacilar depois.
Vim pôr mais uma vez minha vista na tua,
Mirar teus olhos pretos e matar o vulcão que despertaste em meu peito.
Visto só por esta vez tua pelves preta, crepitante...
Cante, Constança, cante para mim,
Pois tua voz vesperal é claridade frouxa,
É folha de rosto falsa, preâmbulo de sossego.
Finda a trama e Constança é conspiração de fogo.
É consternação.
É correão de medo.
Jerry Guimarães
Vitória da Conquista, Bahia, agosto de 2003.
"Quando chegará, Senhor, o dia em que virás a nós para reconheceres os teus erros perante os homens?" - Saramago
Jerry,
Teu poema é demais.
O que eu postei é meu e eu fiz ontem mesmo.
Amo escrever. Também tenho três músicas que eu fiz. Aí eu junto duas paixões: a letra e a melodia.
Abs
AH! Posta outro aí.
"Somos os filhos da revolução
Somos burgueses sem religião
Nós somos o futuro da nação
Geração Coca-Cola." - Legião Urbana
Ou se tem chuva ou não se tem sol,
ou se tem sol ou não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
Quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!
Ou guardo dinheiro e não compro doce,
ou compro doce e não guardo dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo
QUE MEU CORPO SEJA CREMADO E QUE MINHAS CINZAS ALIMENTEM A ERVA, E QUE A ERVA ALIMENTE OUTRO HOMEM COMO EU, PORQUE EU CONTINUAREI NESTE HOMEM"