Mentiroso (a) ou psicopata

[Debora]

Nunca fui muito chegada a mentiras. Por vezes preferia omitir a mentir. Na profissão que segui, as vezes era inevitável. Mas confesso que sentia-me desconfortável.
De certa fora, tenho dificuldades em entender mentirosos (as) contumazes. Decidi então pesquisar e descobri algo no mínimo curioso.

"Para a psiquiatra Ana Gabriela Hounie, do Instituto de Psquiatria da USP (Universidade de São Paulo), o que diferencia o mitômano de um psicopata, por exemplo, é a necessidade de mentir criada por um descontrole psíquico, diferente do outro que a usa para ganhar vantagem.

A pessoa tem a necessidade psicológica de mentir para ter uma satisfação pessoal, para parecer mais interessante, e para isso passa a contar histórias fantasiosas, mas não o faz para ter uma vantagem, para se safar, como o psicopata.

Pessoas inseguras, carentes e que precisam de atenção são o perfil mais comum. Ainda segundo a psiquiatra do IPQ, as mulheres são a maioria entre os mentirosos compulsivos.

As especialistas explicam que uma das maneiras de descobrir se a pessoa é mitômana é pelo número recorrente de mentiras e pela falta de argumentos para alimentá-las a médio e longo prazo. Segundo a psiquiatra da ABP, o mentiroso compulsivo começa com histórias simples e vai aumentando o tom até crer em sua própria história.

O sintoma típico é uma mentira. Começa com coisas simples, diz que um parente morreu, ou que tem uma doença grave e se enrola todo nesta história. A característica do mitômano é que ele termina acreditando na mentira que conta. A incapacidade de manter a história muitas vezes o faz pedir demissão ou abandonar o trabalho quando percebe a confusão em que se meteu. (r7 com adaptações)
http://routenews.com.br/index/?p=1671

[Lourisvaldo Santana]

Eu prezo muito pela honestidade. Gosto de falar a verdade e nunca tive problemas envolvendo desonestidade. Não, não sou santo; também já menti muitas vezes, e desde pequeno, como conto a seguir um caso.

Fui criado por minha bisavó, como já disse aqui algumas vezes. Ela nasceu em 1896 e foi criada com a disciplina da época, muita rígida, à base da peia mesmo, e assim me criou. Em mim, o chicote cantava quase toda semana. Há quem não concorde que a peia resolva alguma coisa, eu mesmo não criaria um filho meu com o mesmo regime em que fui criado. Mas sou da opinião de que umas boas palmadas ajuda em muito na educação de um filho. Apesar disso, apesar da severa disciplina a que fui submetido, sou muito grato à minha bisavó por ter-me ensinado bem cedo que fazer coisas erradas tem consequências ruins.

Agora o que vou contar a seguir explica porque não sou favorável à disciplina, conforme praticada por minha bisavó. E é, por sinal, a primeira mentira que lembro ter contado.

Uma das coisas que ela muito exigia de mim, lá pela faixa dos 7 a 8 anos de idade, era que eu nunca me afastasse muito de casa. Das vezes que lembro, todas as vezes que me afastava de casa, levava uma surra assim que chegava. Então certa vez, estando longe de casa, escutei minha bisavó me gritar:
- Loooooooouro! - é assim que sou conhecido pelos parentes e na vizinhança: "Louro", uma abreviatura de "Lourisvaldo".
Assim, para evitar uma peia na certa, enquanto ela seguia com os gritos, corri para casa e só a respondi quando estava perto, de modo a poder dizer que estava "bem ali". Ela então questionou, "Então por que não respondeu?" Como sinal de que aquela disciplina era demasiadamente aterrorizante, até nos meus sonhos isso aparecia.


Como eu dormia no mesmo quarto que minha bisavó, certa noite ela foi acordada com um grito meu. Eu sonhava que ela me chamava e que, estando bem longe, eu respondi bem alto para que ela escutasse, mas mesmo em sonho eu respondi audível, acordando a ela e outros da casa. Desse dia em diante, eu ouvi comentários, ela e outros entenderam que eu tinha medo dela, por isso estava tendo pesadelos.

Essa fase de pesadelo passou, mas veio outra: a Torre de Vigia.

Aos 20 anos, quando ingressei nesse movimento religioso, uma das coisas que mais admirei foi o quanto a religião prega a honestidade. E em resultado de ter sido educado a ser honesto, os ensinamentos de honestidade realmente me tocava, eu achava isso brilhante, acreditava cegamente que a Torre era tão honesta quanto pregava.

Mas houve uma época que fiquei inativo por uns quatro anos. Nesse período fiz concurso público e fui aprovado. No exame médico fui questionado se alguma vez na vida havia desmaiado e eu disse (mentido) que não. Eu precisava muito do emprego e falar a verdade naquela hora não me pareceu conveniente. Não sei porque, mas alguma coisa me fez esquecer de toda a honestidade que aprendi desde a infância, inclusive a ensinada pela Torre.

Mas então voltei à ativa na organização e, segundo li no livro "Achegue-se", para se obter o perdão de Deus, é preciso tentar consertar todos os erros cometidos; caso contrário, Deus não perdoa. Assim, dentre outras coisas, lá fui eu tentar consertar a mentira do exame médico (nesse tempo, eu já era funcionário público havia uns dois ou três anos). Voltei ao médico do exame, muito conhecido na cidade, e lembrei a ele que um dia tal e tal e tal. Até expliquei por que estava fazendo aquilo. O resultado da decisão dele, caso ele decidisse rever a aprovação do exame, é que eu poderia perder o emprego. Como eu disse, era algo que eu muito precisava, mas a honestidade pregada pela Torre, o medo de não ter a aprovação de Deus, tudo isso me afetava tanto que perder o emprego me parceia muito mais fácil de tolerar.

Mas felizmente o médico não achou necessário rever sua decisão. Ele apenas me perguntou qual a minha função, pois pessoas que desmaia não pode exercer profissões como motorista, que põe em risco a vida de outras pessoas. Como não era o meu caso, ele deixou sua decisão como estava.

Hoje, conhecendo melhor a Torre de Vigia, eu sinto um nojo enorme a cada evidente desonestidade nas suas atividades, nos seus ensinos, em cada palavra dissimulada em sua literatura. Pois isso destoa completamente do modo como fui educado desde a infância, bem como destoa de sua tão propagada política de honestidade, que, na verdade, é cobrada dos outros, mas consigo mesma, nada, nadinha; com ela, tudo pode, tudo é legal.

Comparado aos pesadelos causados pela severa disciplina de minha bisavó, a Torre de Vigia com certeza me fez um mal bem maior, o qual me fará sangrar por muitos anos,talvez décadas. Mas não faz mal; por hora, é minha decisão que enquanto eu viver, procurarei expor para quantas pessoas for possível, quem de fato é a Torre de Vigia.

E isso é um compromisso de honestidade comigo mesmo.

[Herege Aprisionado]

Pessoalmente eu não gosto de mentir, e logicamente não gosto quando mentem pra mim. As únicas vezes que minto, geralmente é pra me safar de algo comprometedor. Por exemplo, se alguém me perguntasse se eu sou apóstata, no momento diria que não. Acho que por ser confiante quando digo algo, sou um bom mentiroso rs. Mas algo que eu não consigo fazer é criar mentiras só por criar. Eu não vejo a menor razão pra construir uma história totalmente falsa sobre mim ou algo que fiz. Quando eu digo algo que não é verdade, eu desminto em cerca de cinco segundos depois, dizendo a clássica frase: "Tô só brincando!"

Na minha opinião, a pessoa que mente só por mentir, ou só pra parecer algo que não é, sofre de muitas necessidades mentais e sentimentais.

[The Lord]

Se eu encontrar 1 Testemunha de Jeová VERDADEIRA, que nao tenha VIDA DUPLA, que o seu SIM seja SIM e seu NÃO seja NÃO... Eu JURO que volto....

[Debora]

Se eu encontrar 1 Testemunha de Jeová VERDADEIRA, que nao tenha VIDA DUPLA, que o seu SIM seja SIM e seu NÃO seja NÃO... Eu JURO que volto....

Será que podemos considerar isto como mentira ?
Ou será uma necessidade ?

As mentiras motivo do estudo são claras:


Para a psiquiatra Ana Gabriela Hounie, do Instituto de Psquiatria da USP (Universidade de São Paulo), o que diferencia o mitômano de um psicopata, por exemplo, é a necessidade de mentir criada por um descontrole psíquico, diferente do outro que a usa para ganhar vantagem.

A pessoa tem a necessidade psicológica de mentir para ter uma satisfação pessoal, para parecer mais interessante, e para isso passa a contar histórias fantasiosas, mas não o faz para ter uma vantagem, para se safar, como o psicopata.

O psicopata viaja nas mentiras, nas estórias, cria personagens, inventa. Não tem limites.

Involuntário ou não, ambos necessitam tratamento especializado.

[The Lord]

Se eu encontrar 1 Testemunha de Jeová VERDADEIRA, que nao tenha VIDA DUPLA, que o seu SIM seja SIM e seu NÃO seja NÃO... Eu JURO que volto....

Será que podemos considerar isto como mentira ?
Ou será uma necessidade ?

As mentiras motivo do estudo são claras:


Para a psiquiatra Ana Gabriela Hounie, do Instituto de Psquiatria da USP (Universidade de São Paulo), o que diferencia o mitômano de um psicopata, por exemplo, é a necessidade de mentir criada por um descontrole psíquico, diferente do outro que a usa para ganhar vantagem.

A pessoa tem a necessidade psicológica de mentir para ter uma satisfação pessoal, para parecer mais interessante, e para isso passa a contar histórias fantasiosas, mas não o faz para ter uma vantagem, para se safar, como o psicopata.

O psicopata viaja nas mentiras, nas estórias, cria personagens, inventa. Não tem limites.

Involuntário ou não, ambos necessitam tratamento especializado.

Voce gosta de charada? né?, gosta de instigar... Vou te responder... DEPENDE... A setença pode ser verdadeira ou mentirosa...

Ela é VERDADEIRA, se a analise for a seguinte: Ele quer voltar, basta só um empurrãozinho... E TEM MUITOS AQUI QUE SÃO ASSIM...
Mas ela é MENTIROSA, se a analisarmos que o forista quis dizer: NÃO HÁ NENHUMA TJ VERDADEIRA, não há salvação... TODOS OS TJS ESTÃO AFETADOS no seu interior, NÃO SABE NEM O QUE ELES SÃO...

conclusão: Quando uma TJ se torna VERDADEIRA, ela saí da TORRE... ou seja, meu post era só uma piada, da nossa realidade... UMA SENTENÇA MATEMATICA, ONDE A RESPOSTA É SEMPRE ZERO.

[Debora]

Voce gosta de charada? né?, gosta de instigar... Vou te responder... DEPENDE... A setença pode ser verdadeira ou mentirosa...

Sem charada. Sem instigação. Sem amarras religiosas.

O estudo aqui citado aborda a questão psíquica do mentiroso (a) contumaz.

E, convenhamos quem de nós não conheceu alguém assim ?

Só para citar um exemplo. Uma pessoa que me é quase familiar, que atualmente reside lá pertinho do Loury, foi minha colega de escola. Ela faltava muito nas aulas. Jamais esquecerei, o dia que ela perdeu uma prova e quando compareceu no dia seguinte, contou que a mãe tinha sido atropelada e estava no hospital. Obviamente, foi descoberta a mentira e levou um belo zero.

[Lourisvaldo Santana]

Só para citar um exemplo. Uma pessoa que me é quase familiar, que atualmente reside lá pertinho do Loury, foi minha colega de escola. Ela faltava muito nas aulas. Jamais esquecerei, o dia que ela perdeu uma prova e quando compareceu no dia seguinte, contou que a mãe tinha sido atropelada e estava no hospital. Obviamente, foi descoberta a mentira e levou um belo zero.

OLha, tem alguém lembrando de mim! Presumo que se trata da moça de São Raimundo Nonato, aquela de quem você tanto fala.

Dulci, quando é que você vem a São Raimundo Nonato? Veja, vou te dar bons motivos para você fazer um visita a essa cidade maravilhosa.

Imagens da Serra da Capivara, que fica em suas proximidades:

Spoiler!

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[Laura de Oliveira]

Se eu encontrar 1 Testemunha de Jeová VERDADEIRA, que nao tenha VIDA DUPLA, que o seu SIM seja SIM e seu NÃO seja NÃO... Eu JURO que volto....

Eiiiii, PODE VOLTAR... meu sim, é sim, e não é não.

[mayhra]

Todos nós mentimos de vez em quando, mentimos inclusive para nós mesmos. Desde que me lembro, sempre gostei de ser sincera, porém, ironicamente, nos últimos recentes anos aprendi a ser uma mentirosa contumaz graças à Torre que vigia. Ocorre que me envolvi num assunto não aprovado pela Torre, mas tal assunto não prejudica à ninguém e só me faz bem, porém jamais, ou muito dificilmente, vai ser aprovado pelas TJ's. Então, não tive escolha. Como posso compartilhar minha vida particular com meus familiares TJ's sabendo que eles certamente me condenarão e que não haverá diálogo, não haverá um olhar compreensivo e nem um gesto de compaixão? Não tive escolha, salvo proteger a relação que tenho com minha família e a mim mesma do julgamento alheio. Gostaria de enfatizar que o tal assunto secreto é tão somente uma relação de amor que as TJ's não aceitam de jeito nenhum.

Foi a primeira vez na vida que tive que mentir de forma planejada e reiterada. Mentir até a morte, jamais admitir. Nunca tinha feito isso antes, dessa forma. Não foi fácil agir assim, mas realmente não vi alternativa. Se eu dissesse a verdade estaria rompendo com meus familiares, provalvelmente de forma definitiva, então não tive saída. Mentindo preservei o amor familiar e preservei a mim mesma. Não me deram outra opção. Obrigada Torre por deixar as pessoas sem saída, de tal forma que só a mentira mantém a comunicação em muitas famílias associadas ao teu redil.