Os textos com aspas foram retirados oo livro “Em que crêem os que não crêem? uma diálogo interessante entre um ateu (Umberto Eco) e um católico(Carlo Maria).
Com certeza vão existir discórdias entre um crente e um ateu quando o assunto for a existência de Deus, porém a boa convivência entre seres humanos não é ditada por crenças e sim por atitudes que ambos pensamentos tanto abraçam: a ética na vida como forma de crescimento do ser humano. O diálogo como forma de extirpar um mal maior que é a desigualdade social e toda forma de alienação que vise prejudicar o ser humano.“A idéia liberal da tolerância afirma o princípio de uma possível convivência com aquilo que não é compartilhado. É um conceito moral flexível, mas não frouxo: exprime a idéia do reconhecimento da existência e da legitimidade da diversidade, mas também do sofrimento por sua presença”.
É colocado também no livro:
É uma pergunta bem simples: Vamos continuar nas discussões banais ou partir para uma tentativa real de melhorar as condições do ser humano?“O fundamentalismo está também nos ateus. O confronto não é entre crentes e ateus, mas entre modo de crer e modo de não crer. O ponto principal da ética está nesta diferenciação: é negação do outro ou é, ao contrário, convivência e busca comum?”
Só se consegue igualdade na diversidade! Como Gandhi disse: Não existe caminho para o amor, o amor é o caminho!“Qual é, portanto, o fundamento da moral no qual todos, crentes e ateus, podemos nos reconhecer? Normas e comportamentos só podem ser definidos morais na medida em que superarem de algum modo o horizonte individual e agirem para realizar o bem do próximo”.