O tópico de teologia cristã

Espaço ideal para discussões sobre qualquer religião, crença e teologia.
Gustavo
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O tópico de teologia cristã

Mensagem não lida por Gustavo »

Olá para todos!

Como eu tinha dito em outro tópico, eu estava um pouco afastado daqui... Muita correria... Mas resolvi ficar mais um pouco, embora eu ainda esteja com problemas de tempo, hehehehehe...
Sempre achei que faltava algo neste fórum, e depois de tanto tempo fora, ao voltar, percebo que o tipo dos tópicos continuam os mesmos. Eu então descobri o que falta: um tópico informativo. Sim, pois o que temos é apenas tópicos críticos ou de ataque a alguma religião, geralmente o cristianismo.
Pois então, resolvi criar um tópico onde pudéssemos informar. Eu pelo menos pretendo informar o máximo possível sobre a teologia cristã, inclusive nos pontos que não concordo. Espero não criar um estereótipo destes pontos, mas não vou aprofundar muito neles, pois em alguns casos eu não os conheço a fundo. Irei retratar aquilo que conheço destes pontos.
Já havia dito isto antes de "sumir", mas é sempre bom informar. Eu sou cristão da linha reformada, mas precisamente, sou presbiteriano. Assim, minhas explicações serão dadas em função desta linha de teologia. Encorajo outros cristãos de vertentes diferentes, a expor aqui também seus pontos de vista, para que o tópico seja realmente informativo.

E como tópico informativo, gostaria de dizer algumas coisas. Eu não vou me deter muito tempo discutindo alguma crítica que talvez seja feita ao que vou expor. Assim, o tópico não fica extenso demais, perdendo seu propósito inicial. Gostaria de pedir a todos, que se houver qualquer crítica, que se crie um tópico à parte para discutir. Bem, é só um pedido, já que eu não determino as regras aqui. Mas eu acho que o tópico será produtivo para todos, cristãos ou não. E por isto, eu também encorajo quem não é cristão a fazer o mesmo: explique para todos aquilo que você defende. Isto é muito produtivo, pois temos a tendência de acreditar em estereótipos. Acho que é vital em uma discussão, entender o outro lado. Por isto, acho que o tópico aqui será instrutivo aos cristãos, mas também aos não-cristãos. Eles terão a oportunidade de pelo menos aprender o que o outro lado defende.
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Rogério
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Re: O tópico de teologia cristã

Mensagem não lida por Rogério »

E como tópico informativo, gostaria de dizer algumas coisas. Eu não vou me deter muito tempo discutindo alguma crítica que talvez seja feita ao que vou expor. Assim, o tópico não fica extenso demais, perdendo seu propósito inicial.
Bom, acho que é um pedido razoável, afinal, como já especificado, o que não falta aqui são tópicos de malhação ao cristianismo, ou que começam com um dado assunto e termina com críticas muitas vezes desviando o foco da idéia original.

Um debate onde já se parte de um ponto de vista da existência de Deus e bem embasado seria uma novidade nestas terras.

(ou seriam nesses pixels? ow bem, vocês entenderam não é?) :mrgreen:

Inté
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ELZA ARROIO
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Re: O tópico de teologia cristã

Mensagem não lida por ELZA ARROIO »

Boa noite Gustavo, achei ótima ideia seu tópico, tambem sou presbiteriana.....
Acredito que a crença em DEUS é mais que uma válvula de escape, é a CRIATURA PROCURANDO SEU CRIADOR....




Visitem meu blog:

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Gustavo
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Re: O tópico de teologia cristã

Mensagem não lida por Gustavo »

Muito bem, vamos iniciar?

Vou começar a discussão com uma área da teologia cristã que é visivelmente controversa neste fórum: a Bibliologia. Acho importante começar por aqui, pois ela é a fonte de revelação cristã, e muito do que vou colocar será baseado nela...
O que os cristãos crêem a respeito da Bíblia?

Bem, como eu tinha dito, é uma área bem controversa neste fórum. De fato, todos possuem a idéia de que se a inerrância bíblica for refutada, todo o cristianismo irá ruir. Acredito pessoalmente que esta idéia seja bastante precipitada. De fato, o ramo da teologia liberal não liga muito para esta doutrina. Há muitas pessoas que se dizem cristãs, e que não crêem na inspiração ou inerrância bíblica. Seus motivos são bastante variados, e eu pessoalmente não compartilho da opinião deles. Mas achei importante comentar isto aqui, para desfazer justamente desta idéia de que refutar a inerrância seja igual a refutar o cristianismo.
O que cremos sobre a inerrância? Cremos que os autógrafos são inerrantes. Autógrafos são os documentos originais. Portanto, cópias dos manuscritos não são inerrantes, e nem poderiam: afinal, há sempre alguma diferença entre eles (na maioria, ordem de palavras ou uso de sinônimos). E estas diferenças não são problemáticas para o cristão: antes, são prova suficiente que não houve uma grande edição das Escrituras em um ponto de tempo (como por exemplo no reino de Constantino). Ninguém pode argumentar que alguém tenha pego todas as cópias das Escrituras, e alterado elas. Isto por que um eventual erro de cópia seria repassado aos textos que fossem copiados dele... Gerando uma espécie de árvores genealógicas de manuscritos. Assim, não temos cópias unificadas, mas uma boa variedade de textos.

O processo de cópia na antiguidade era bem complicado. Não havia como se fazer uma cópia sem erros. No entanto, estudando os manuscritos que dispomos, temos que a qualidade das cópias não é nem um pouco ruim. De fato, todo o texto do Novo Testamento por exemplo pode ser recuperado de seus manuscritos, sem necessidade de encaixar textos onde está se faltando. Não existe outro documento antigo com tal qualidade de cópias, muito menos com a quantidade de manuscritos disponíveis. Por outro lado, temos manuscritos de até 100 anos depois da data de escrita do original. É um tempo muito curto para um documento antigo. Outros documentos podem ter cópias depois de 500 anos!

Assim, não temos os textos originais, que consideramos inerrantes. Mas temos muitas cópias de qualidade, e por isto podemos ter certeza que podemos recuperar o texto original. Todas as variações não são suficientes, no entanto, para prejudicar qualquer doutrina cristã de importância vital para a salvação. Isto é muito importante: a salvação cristã não é prejudicada por variações em manuscritos. Talvez informações históricas ou números sejam prejudicados, mas não as doutrinas essenciais.

O que é então, inerrância?

Inerrância é a propriedade do texto bíblico, onde se defende que ele não diz nenhuma falsidade. As informações ali são verdadeiras. O importante lembrar aqui é que inerrância não está necessariamente vinculado à inspiração. Quando eu digo uma verdade, estou dizendo algo inerrante. Mas não inspirado.
É sempre bom esclarecer este ponto, pois percebo que há uma grande confusão entre os dois termos.

E o que é inspiração?

Inspiração é o processo pelo qual o texto bíblico foi produzido, onde Deus se torna autor do texto. Dizemos que a inspiração é verbal, quando queremos destacar que cada palavra escrita foi inspirada por Deus. O contrário seria a inspiração de idéias, não de palavras: neste caso, o escritor faria o melhor de si para escrever as idéias inspiradas por Deus. Eu defendo a inspiração verbal, e neste ponto, há duas teorias de inspiração em vigor hoje. Uma é a do ditado: Deus "dita" as palavras ao escritor. E há a teoria defendida por B.B. Warfield, definida por concursus: Deus prepara os escritores de forma que eles, de sua livre vontade, escrevam aquilo que Deus queria que fosse escrito. Esta última é a teoria que defendo.

Como seria esta preparação? Deus estaria colocando estas pessoas em situações específicas, de forma que elas desenvolvem sozinhas a vontade de escrever aquilo que Deus deseja. Desta forma, o texto não é só de Deus, é também o texto de homens.

Eu defendo o concursus, por que de todas as teorias descritas, é a que melhor se encaixa no que temos sobre as Escrituras. Ali, temos escritos realmente humanos: temos narrativa, temos poesia, temos cânticos. Tudo isto é usado para descrever teologia, e isto dentro da perspectiva daquela época. No entanto, como é também um texto de Deus, podemos garantir que tudo que foi escrito foi inerrante.

Temos ainda mais conclusões sobre tudo isto: Deus valoriza muito todas estas formas de expressão literária. Podemos dizer que Deus gosta de poesia e narração, de Salmos e provérbios. Deus não vê problemas em usar a linguagem humana, de usar nossa própria linguagem ou limitação, para deixar claro os mistérios divinos.

Bem, acho que tudo isto que escrevi foi um bom resumo... Talvez tenha me esquecido de mais alguma coisa... Mas tudo bem. Eu tratarei no próximo post sobre a Hermenêutica, uma área que todos deveriam saber bastante, já que é a conhecida ciência da interpretação de textos.

Abraços.
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Gustavo
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Re: O tópico de teologia cristã

Mensagem não lida por Gustavo »

Rogério escreveu:Um debate onde já se parte de um ponto de vista da existência de Deus e bem embasado seria uma novidade nestas terras.
Bem, Rogério, acho que não vou iniciar por aí, hehehehe... Talvez eu dê uma pincelada sobre este assunto quando tratar da doutrina de Deus... É que defender a existência de Deus é algo meio provocativo ainda, hehehehe, e estou estudando uma forma de expor isto sem deixar este tom...
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Rogério
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Re: O tópico de teologia cristã

Mensagem não lida por Rogério »

Gustavo escreveu:
Rogério escreveu:Um debate onde já se parte de um ponto de vista da existência de Deus e bem embasado seria uma novidade nestas terras.
Bem, Rogério, acho que não vou iniciar por aí, hehehehe... Talvez eu dê uma pincelada sobre este assunto quando tratar da doutrina de Deus... É que defender a existência de Deus é algo meio provocativo ainda, hehehehe, e estou estudando uma forma de expor isto sem deixar este tom...
Beleza! Tenha um bom tópico! :D1
(^_^)
Gustavo
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Re: O tópico de teologia cristã

Mensagem não lida por Gustavo »

Olá para todos!!

Eu dei um certo tempo para todo mundo postar qualquer dúvida que pudesse ter sobre o que eu já escrevi... Bem, até agora ninguém postou nada, mas vamos seguir em frente... Quaisquer dúvidas, só perguntar...
Como eu disse, eu iria falar sobre hermenêutica... Mas o que é isto? (O famoso "é de comer ou de passar no cabelo?")


Bem, nos nossos dias, estamos muito acostumados com a metodologia científica... Toda pesquisa científica tem que obedecer a esta metodologia, do contrário, será considerada... digamos, não-científica. A determinação desta metodologia é importante pois assim nós podemos repetir todos os procedimentos usados pelos cientistas e atestar nós mesmos que a descoberta é válida. Da mesma forma, podemos também discutir se o cientista agiu de forma profissional, ou se ele agiu de má-fé.
Eu trouxe o exemplo da metodologia científica apenas para mostrar o quanto uma metodologia é importante e necessária. Uma pessoa que não segue esta metodologia poderia "descobrir" coisas muito diferentes do que temos hoje.
A interpretação de textos não é diferente disto. Ela também possui uma metodologia, que visa diminuir erros de interpretação. É importante destacar este fato, pois hoje em dia temos diversas interpretações do texto bíblico. Isto dá a impressão que o texto pode ser interpretado de qualquer forma, ou que ele é vago. O que acontece é que há várias metodologias empregadas na interpretação de textos. E a "ciência" que estuda a interpretação de um texto é a hermenêutica.

Como eu disse, há várias metodologias. Eu vou colocar aqui as duas principais, mais como uma forma de comparação.

A escola de interpretação mais criticada é certamente a escola alegórica. Esta foi inaugurada por Orígenes em Alexandria, e ensinava que o texto bíblico possui um significado "oculto". Bem, Orígenes na verdade era o menos problemático desta escola, pois ele pelo menos buscava criar um "dicionário" de alegorias, onde ele colocava o termo bíblico e depois, o que ele significava. Acho que todos aqui vão identificar bem esta escola hermenêutica com a Torre de Vigia.

Certa vez li um texto deles que dizia que sempre que a Bíblia falava de "céus e terra", ela estava falando de governos. Então, toda referência a "novos céus e nova terra" era interpretado como uma renovação de governo. Ou seja, a Torre de Vigia determina o significado de um termo, e então este significado é aplicado ao texto. A alegoria então passa a ser uma ótima ferramenta para aproveitadores inserirem no texto uma interpretação que não está lá. Tenho certeza que todo mundo pode se lembrar de algum texto alegorizado pela Torre, para fazer ele dizer outra coisa.

A forma de interpretação bíblica que eu acho mais correta é a histórico-gramatical. O que ela ensina é que o texto possui uma só mensagem, mas com várias aplicações. Por exemplo, Jesus com sua parábola do Bom Samaritano queria dizer apenas uma coisa (amor ao próximo), mas a lição desta parábola se aplica a vários pontos de nossa vida. A escola histórico-gramatical também ensina que para obtermos este significado único do texto, nós temos que estudar primeiro a gramática do idioma empregado na elaboração do texto, e verificar o contexto histórico do texto, para sabermos o que o texto significou para seu público original.
Isto é muito importante, pois os nossos conceitos podem ser muito diferentes dos conceitos do público original. O início do evangelho de João é sempre disputado com testemunhas de Jeová: João chama Jesus de Deus ou de um deus? Gramaticalmente, a tradução um deus não é uma tradução com grande suporte por parte de estudiosos, e mesmo os que a suportam são pessoas de credenciais duvidosas. Mas mesmo assim, o que o contexto poderia nos dizer? Para nós, é bastante comum entender que algo é feito em nome de outra pessoa. Mas o que um judeu que sempre conferiu a seu único Deus a atividade de criar o mundo poderia pensar sobre outro ser recebendo a mesma honra?

O texto bíblico, como já dissemos, é composto de vários estilos. E uma boa hermenêutica leva em conta estes estilos. Uma poesia não deveria ser interpretada da mesma forma que uma narrativa, pois a poesia emprega frequentemente figuras de linguagem. A narrativa pode até empregá-las, mas é sempre em menor escala. Uma parábola não pode ser confundida com uma profecia, como a Torre faz no caso do Escravo fiel e discreto. Vamos observar este texto?

(Mt 24:45) Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o senhor pôs sobre os seus serviçais, para a tempo dar-lhes o sustento?
(Mt 24:46) Bem-aventurado aquele servo a quem o seu senhor, quando vier, achar assim fazendo.
(Mt 24:47) Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens.
(Mt 24:48) Mas se aquele outro, o mau servo, disser no seu coração: Meu senhor tarda em vir,
(Mt 24:49) e começar a espancar os seus conservos, e a comer e beber com os ébrios,
(Mt 24:50) virá o senhor daquele servo, num dia em que não o espera, e numa hora de que não sabe,
(Mt 24:51) e cortá-lo-á pelo meio, e lhe dará a sua parte com os hipócritas; ali haverá choro e ranger de dentes.


Observem que destaquei dois elementos neste texto. O primeiro é um "pois". Como eu disse, a gramática vem em primeiro lugar, e este elemento "pois" nos diz que este texto possui ligação com o texto anterior. O que diz o texto anterior?

(Mt 24:42) Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor;
(Mt 24:43) sabei, porém, isto: se o dono da casa soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa.
(Mt 24:44) Por isso ficai também vós apercebidos; porque numa hora em que não penseis, virá o Filho do homem.


Observem como há sempre uma conexão entre os versículos. Há sempre um pois, um porém... O tema principal é "Vigiai", e Jesus está orientando seus discípulos (os ouvintes) que eles devem estar sempre vigilantes. Esta idéia está presente até o momento que Jesus menciona o escravo fiel e discreto, parábola usada para ilustrar como a vigilância ou a falta dela é recompensada.

É tarefa da hermenêutica fazer uma boa exegese de um texto. Exegese é o ato de tirar do texto seu significado. Contrário a isto é a eisegese, que é o ato de inserir no texto os conceitos da pessoa que o interpreta. Este último é prática constante da Torre de Vigia.
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CIPRIANO
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Re: O tópico de teologia cristã

Mensagem não lida por CIPRIANO »

Só uma pergunta: você acredita no batismo pelo "Espírito Santo"?
“Foram uma vez as árvores a ungir para si um rei, e disseram à oliveira: Reina tu sobre nós. Porém a oliveira lhes disse: O jardineiro é Jesus, e as árveres somos nozes...” (Juízes 9:8,9)
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Gustavo
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Re: O tópico de teologia cristã

Mensagem não lida por Gustavo »

Cipriano escreveu:Só uma pergunta: você acredita no batismo pelo "Espírito Santo"?
Olá, Cipriano!

Bem, o batismo no Espírito na verdade é um ensino de toda a igreja cristã. O que acontece na verdade é que há discussão sobre o que é o batismo no Espírito Santo. Podemos primeiro considerar que o batismo no Espírito Santo é uma verdade bíblica, como é relatado em alguns textos. O mais claro é este:

(1Co 12:13) Pois em um só Espírito fomos todos nós batizados em um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos quer livres; e a todos nós foi dado beber de um só Espírito.

Isto por que é o Espírito Santo que santifica o crente, Ele renova a vida desta pessoa cada dia mais e mais. Por isto, não seria certo dentro da teologia cristã dizer que não há batismo no Espírito Santo.

Mas penso que você esteja se referindo ao entendimento comum do meio neo-pentecostal, que diz que o batismo no Espírito Santo é acompanhado pelo dom de línguas. Eu discordo desta visão, pois o único momento onde isto acontece é no relato de Atos 2. Por outro lado, se continuarmos a leitura do capítulo da carta aos Coríntios que acabei de citar, encontraremos uma série de perguntas do apóstolo. Entre elas, temos:

(1Co 12:30) Todos têm dons de curar? falam todos em línguas? interpretam todos?

Obviamente a resposta é não. Ou seja, nem todos tem dons de línguas. Portanto, no meu entender, o dom de línguas (que é o dom de falar idiomas conhecidos, não expressões de êxtase) não é algo obrigatório, na verdade, acontece em raras excessões.

Abraços.
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CIPRIANO
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Re: O tópico de teologia cristã

Mensagem não lida por CIPRIANO »

E se eu te disser que o tal "Espírito Santo", não passa de um, dos muitos Exús (demônios) da Umbanda.

:twisted: :twisted: :twisted:
“Foram uma vez as árvores a ungir para si um rei, e disseram à oliveira: Reina tu sobre nós. Porém a oliveira lhes disse: O jardineiro é Jesus, e as árveres somos nozes...” (Juízes 9:8,9)
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