Qual é o sentido da existência?

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Sherazade
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Re: Qual é o sentido da existência?

Mensagem não lida por Sherazade »

cleandro escreveu:Acredito que o sentido da vida humana é o mesmo das outras espécies: nascer, viver, reproduzir, morrer. O restante das nossas ações são resultado do fato de sermos seres sociáveis e animais racionais.
Mas, o sentido é o mesmo.
Se de fato for só isto, é um tanto sem sentido.
Por outro lado, se eu acreditar na criação, também acho sem sentido.
Crer que Deus tenha criado tudo para seu louvor, me faz ver a vida sem sentido nenhum, ao menos para nós as criações.
Não me vejo feito fera, muito menos anjo_Zé Ramalho
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Ben
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Re: Qual é o sentido da existência?

Mensagem não lida por Ben »

Amigão,

Tenho um pensamento igual ao seu. Penso que o Manda Chuva dá a liberdade do cabrunco escolher, mas nada de inferno, purgatório, etc...

Pensando no exemplo do Sid, sobre ele não querer conhecer a "criatura" (na verdade é o Criador), me veio a mente o exemplo da maioria dos filhos adotados. O cabrunco é tratado com todo carinho, amor, atenção, respeito, dignidade, etc..., mas quando descobre que é adotado e os motivos porque isso aconteceu, ele fica querendo conhecer de qualquer maneira o tal pai e mãe filhos da mãe. Penso realmente que é assim. Somos atraídos a procurar e ir em direção ao Manda Chuva, quer queira, quer não, é algo irresistível.

Regards

Ben

P.s. -> Ok, Manda Chuva, depois de todo o esforço teocrático em apresentá-lo e explicar isso pros caras de dura cerviz pode separar o meu canto no céu, com as tais 72 virgens, mas me deixa do lado do Stephen Lett, e me coloca longe do Russel e do Rutherford.
Mr. House escreveu:
sidhiresus escreveu:
Mr. House escreveu:
sidhiresus escreveu:Ou posso escolher simplesmente não acreditar em nada e simplesmente viver minha vida.
Claro, e pode morrer e simplesmente não acontecer mais nada... vc some no pó do Universo... sem sentido.
Ou vc pode ter vivido uma vida, mesmo não acreditando em nada, e ser selecionado como "ovelha" ou "cabrito".
No meu ponto de vista, Deus é tão justo, mas tão justo, que até nos dá a liberdade de não acreditar Nele, sem que isso interfira no julgamento das nossas escolhas de vida, mas somente na motivação.
Nos dá liberdade? Você coloca isso como se fosse uma verdade Universal, quando na verdade é uma verdade individual. Verdade Universal para mim é que o Sol existe e todos nós podemos ver e sentir seus efeitos e por meio do complexo sistema no qual ele está inserido, nós existimos.

Agora, se qualquer deus for me julgar por simplesmente não acreditar nele, eu tenho é pena de uma criatura assim e não merece nada do meu respeito. Eu acredito naquilo que posso ver, ouvir e sentir, embora essas sensações não deixem de passar pelo minha avaliação crítica.

Agora eu tenho um pai, que nunca se apresentou, nunca mandou presentes, nunca mandou nem se quer um abraço, nunca esteve presente quando mais eu precisei, nunca esteve perto para que eu pudesse ouvir sua voz. Nunca me consolou nos momentos de choro, de desespero, nunca deixou uma única evidência de onde esteve todo esse tempo, nem se quer deixou um número de telefone para que eu pudesse encontra-lo, e depois de tantos anos, volta e diz que eu sou o culpado porque nunca eu o procurei? Isso para mim é patético, não quero ver um pai desse nem pintando de azul.
Se vc reparar eu disse que Ele até nos dá a liberdade de não acreditar Nele sem nos punir. Mas isso é só um palpite meu.
Não sei bem, mas acho que vc tem estado desatento aos gestos desse seu Pai. Talvez Ele tenha enviado alguém para lhe entregar presentes, lhe dar um abraço, te consolar... talvez vc não tenha percebido que Ele se manifestou em tantos momentos de felicidade e consolo que vc viveu por meio de outros humanos. Talvez vc esteja sendo ingrato com um Pai que tem te protegido de tragédias como as de Teresópolis. A razão porque aconteceu com outros terá outras respostas. A forma como eles sobrevivem e continuam, mostra como eles receberam o "milagre". Para outros a morte pode ter sido uma benção. Como suportar a morte dum filho?
Eu penso muitas coisas. Mas agora vou descansar.
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Re: Qual é o sentido da existência?

Mensagem não lida por ELZA ARROIO »

Olhos abertos disse:disse: O futuro espera-nos com os seus males, mas enquanto houver a lua e a música, e amor e romance, escute a música e dance.
Irving Berlin, 1888-1989, compositor norte-americano, Follow the Fleet
Adorei d:8
Acredito que a crença em DEUS é mais que uma válvula de escape, é a CRIATURA PROCURANDO SEU CRIADOR....




Visitem meu blog:

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Ben
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Re: Qual é o sentido da existência?

Mensagem não lida por Ben »

Relendo alguns textos achei que esse diz algo dentro do contexto do tópico (visão judaíca do assunto)


http://www.chabad.org.br/ciclodavida/in ... _luto.html

A vida após a morte é fundamental na crença judaica. A criação do homem atesta a vida eterna da alma.

A Torá diz: "E o Todo Poderoso formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas a alma da vida". Neste versículo, o Zôhar declara que "aquele que sopra, sopra de dentro de si mesmo," indicando que a alma é na verdade parte da essência de D'us. Como Sua essência é completamente espiritual, e não-física, é impossível que a alma possa morrer. Esta é a idéia que o Rei Salomão queria transmitir quando escreveu: "O pó retornará ao solo como antes, e o espírito retornará a D'us que o concedeu." (Cohêlet 12:17).

Na morte, a alma e o corpo, que formavam uma entidade, se separam. O corpo é enterrado e volta à matéria perdendo toda sua conexão com a Vitalidade. Já a alma é eterna, e se transfere deste mundo para o próximo, um mundo totalmente espiritual. Essa transferência se dá por etapas: enquanto o corpo passa por um processo lento de decomposição essencial para a separação gradual entre corpo e alma, a alma judaica passa por vários estágios se desligando gradualmente deste mundo: primeiro a morte, depois o enterro, 3 dias após a morte, uma semana após a morte, 30 dias após a morte, 3 meses após a morte, 11 meses após a morte, e finalmente um ano após a morte.


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A idéia do judaísmo sobre a vida após a morte é bem diferente das tradições ocidentais.

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Obviamente existe um lugar onde as pessoas boas recebem uma recompensa e os maus são punidos. (veja Maimônides, 13 Princípios da Fé).

A alma precisa passar por uma série de purificações para poder entrar no Gan Éden (conhecido como paraíso). Muitos chamam esta fase de inferno ou purgatório, mas o judaísmo acredita que o inferno não é uma punição, mas um sofrimento espiritual, um processo de refinamento pelo qual a alma precisa passar para se purificar dos pecados cometidos e elevar-se nos diferentes reinos espirituais. Só então a alma vai para o Gan Éden, onde estuda os segredos mais profundos da Torá e é envolvida pela presença Divina.

Para qualquer pessoa que acredita em um D'us justo e amoroso, a existência de uma sobrevida faz sentido lógico. É possível que este mundo seja apenas um parque de diversões sem maiores conseqüências?

Há uma conexão direta, e o "filme da vida", não tem pré-estréia nem "bis", roda uma vez e pronto! Sem mesa de edição. Os bons atos de sabedoria que a alma ganhou em sua missão aqui em baixo servem como uma proteção, uma roupa espacial para sua jornada nos altos. Qualquer um deseja para si uma que lhe sirva a contento, realmente confortável e útil ao empreender esta viagem.


Quando a pessoa morre e vai para o céu, o julgamento não é arbitrário e imposto externamente.
Ao contrário, a alma assiste à dois filmes: o primeiro é chamado "Esta é a sua vida!" Cada decisão e cada pensamento, todas as boas ações, e todas as coisas constrangedoras que a pessoa fez em particular são passados sem nenhum embelezamento. É a verdade nua e crua para todos assistirem. Eis porque o próximo mundo é chamado Olam HaEmet – "O Mundo da Verdade," porque lá reconhecemos claramente nossa força pessoal e nossas falhas, e o verdadeiro propósito da vida. Para resumir, o inferno não é o diabo atiçando as chamas com um tridente.

O segundo filme mostra como a vida da pessoa "poderia ter sido…" se as escolhas certas tivessem sido feitas, se as oportunidades tivessem sido aproveitadas, se o potencial fosse utilizado. Este vídeo – a dor do potencial desperdiçado – é muito mais difícil de suportar. Mas ao mesmo tempo, também purifica a alma. O sofrimento provoca o arrependimento, que remove as barreiras e possibilita à alma conectar-se completamente com D'us.


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Quando a alma deixa o corpo, continua a ter outras experiências.

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Quando a alma deixa o corpo, continua a ter outras experiências. Uma parte disso talvez seja receber as recompensas pela sua obra neste mundo: apreciar a Divindade, ver os frutos de seu trabalho nesta vida, passear pelo "paraíso", acompanhar o crescimento de seus filhos e passos de seus amigs e familiares, sentar e respirar o ar rodeado de um infinito azul longe das "tempestades" … mas qualquer que seja o cenário nas Alturas, o corpo voltará à vida após todos os fatos previstos que ocorrerão na era de Mashiach, quando então virá a Ressurreição dos Mortos.

Mas enquanto isto ainda não ocorre, há uma vantagem para a existência sem um corpo, também. O corpo está muito ligado a assuntos deste mundo e pode limitar nossa avaliação das coisas espirituais. A alma, por si só, é mais sensível à Divindade. O céu é onde a alma vive os maiores prazeres possíveis – o sentimento de proximidade a D'us. É claro que nem todas as almas a experimentam no mesmo grau. É como ir a um concerto sinfônico. Alguns ingressos são para as cadeiras centrais na frente, outros ficam atrás, nas arquibancadas. A localização de seu assento está diretamente conectada ao mérito de suas boas ações – como por exemplo fazer caridade ou cuidar e amar ao próximo, ou rezar com intenção e sinceridade, entre tantas outras.

Outro fator que deve ser considerado no céu é que uma pessoa pode ter ótimos assentos, mas pode não saber apreciar o que está acontecendo. Se a pessoa passa toda a vida elevando a alma e tornando-se sensível às realidades espirituais (através do estudo de Torá), então isso constituirá um prazer inimaginável no céu. Por outro lado, se a vida se resumiu a pizza e futebol, bem, isso pode ser bem entediante para a eternidade.

Quando uma pessoa é capaz de amar e estender-se até outro ser humano, então esta pessoa experimentou o céu nesta terra.

A existência de uma vida após a vida não é declarada explicitamente na própria Torá, porque como seres humanos temos de nos concentrar em nossa missão neste mundo, agir sem pensar na recompensa, embora a consciência dela possa se constituir em uma motivação eficaz.

Chegamos à conclusão que na verdade não há nada após a vida, porque a vida nunca termina.

É como um ciclo constante, onde a alma desprende-se do corpo e enquanto este decompõem-se lentamente neste processo, ela eleva-se gradualmente às alturas até ficar cada vez mais próxima de sua verdadeira fonte. Talvez sua jornada tenha acabado, talvez mais uma vez mais ela será convocada a descer e habitar um novo corpo, e assim sucessivamente sob o comando do Criador do Universo e de todas as almas, `Aquele que esteve, está e sempre estará no comando: D’us.
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Questionador TJ
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Re: Qual é o sentido da existência?

Mensagem não lida por Questionador TJ »

Sentido de toda a existencia...

Será q existe? tem um porque?

Sinceramente não sei.

Pq acreditar no sentido que o isla, cristianismo ou judaismo dá é o correto?

Pq acreditar no que cada uma das outras religioes dá é o correto?

Me parece mais provavel que o sentido esta na aquisicao do conhecimento, nao existe preservação do indivíduo.

E como ja comentaram, daqui um tempo o SOL (aquela bola de fogo la em cima) ja era, mas o conhecimento vai ser preservado. Como? com o proprio conhecimento +evoluido, que é o sentido, que a meu ver faz mais sentido (-;.
se isto vai nos levar ao INICIADOR, quem sabe, e nao estou afirmando QUE tal 'coisa' existe.

O que nao podemos, é ficar nos 'conhecimentos' que ja se mostraram mentirosos.

Grande Sr. House, quero lhe fazer uma pergunta:

Ja conversou com seu amigo imaginario hoje?
Questione sempre...

MAGOE-ME COM A PIOR VERDADE...
... MAS NÃO ME ILUDA COM A MELHOR MENTIRA!

(Não consegui confirmar o autor.)
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Questionador TJ
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Re: Qual é o sentido da existência?

Mensagem não lida por Questionador TJ »

André Felix escreveu:
cleandro escreveu:Acredito que o sentido da vida humana é o mesmo das outras espécies: nascer, viver, reproduzir, morrer. O restante das nossas ações são resultado do fato de sermos seres sociáveis e animais racionais.
Mas, o sentido é o mesmo.
Tão simples!

O sentido da vida humana é dar prosseguimento à espécie, garantir a sua continuidade com qualidade de vida, o que envolve hoje em dia preocupação com o meio ambiente. E mesmo os que resolvem não ter filhos podem estar nisso com as suas ações, exemplos inspiradores de vida ou ao menos não atrapalhando.
Nascer, viver, reproduzir, ou mesmo sem reproduzir garantir por ações e exemplos pessoais um mundo melhor para as gerações seguintes e, por fim, morrer, constituem a essência do sentido da vida. A cultura, que aí engloba a religião, as artes, os esportes, o entretenimento, a filosofia são acessórios importantes mas não obrigatórios para todos. Se para ter forças para continuar a pessoa necessite das respostas religiosas, que seja! Existe nesse campo religioso uma extensa gama de possibilidades. Uma visão de mundo não precisa diminuir ou subestimar a outra.

Concordo com quase tudo, no entanto, "Se para ter forças para continuar a pessoa necessite das respostas religiosas"; o problema é quando as respostas sao com base em 'verdades' que ja se mostraram falsas. E tudo o que vem desta forma...
As Fantasias devem ficar onde elas estao.

Qual a diferença entre Mito e Religiao? existe?

Mito é uma religiao que nao se pratica mais. Religiao é um mito em prática.


Se a pessoa quer ir buscar la suas respostas, ela tem q estar apar do que realmente envolve as tais verdades. Nao pode ser enganada/levada ao engano. Tem que saber/conhecer bem onde esta entrando.
Questione sempre...

MAGOE-ME COM A PIOR VERDADE...
... MAS NÃO ME ILUDA COM A MELHOR MENTIRA!

(Não consegui confirmar o autor.)
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kooboo
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Re: Qual é o sentido da existência?

Mensagem não lida por kooboo »

Pergunta super pessoal, afinal, o que faz ' Sentido ' para voce?

Um crente poderia dizer que sua vida se resume em louvar ao seu criador, uma mae poderia dizer que cuidar e amar seus filhos, para um aventureiro o sentido esta em descobrir o mundo, para outros se resume em simplesmente tocar a vida.
Para alguns a vida nao necessita um sentido ou maiores explicações, basta estar vivo e sentir isso.
Dificil tentar impor um sentido unico que resuma as necessidades e aspirações de todos os seres vivos. Seria bom se todos fossem conscientes de que fazem parte de um unico se sistema, e estão complexamente interligados.
O sentido disso tudo - não sei. Não quero nem arriscar um palpite.
Mas gosto de imaginar que em todos os universos, somos uma especie evoluida, com aspirações e desejos e quem sabe um dia, conquistaremos outros planetas... vai saber...
sera que isso respondera o Sentido de tudo?
[]'s
kooboo

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Mr. House
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Re: Qual é o sentido da existência?

Mensagem não lida por Mr. House »

Ben escreveu:Obviamente existe um lugar onde as pessoas boas recebem uma recompensa e os maus são punidos. (veja Maimônides, 13 Princípios da Fé).

A alma precisa passar por uma série de purificações para poder entrar no Gan Éden (conhecido como paraíso). Muitos chamam esta fase de inferno ou purgatório, mas o judaísmo acredita que o inferno não é uma punição, mas um sofrimento espiritual, um processo de refinamento pelo qual a alma precisa passar para se purificar dos pecados cometidos e elevar-se nos diferentes reinos espirituais. Só então a alma vai para o Gan Éden, onde estuda os segredos mais profundos da Torá e é envolvida pela presença Divina.

Quando a pessoa morre e vai para o céu, o julgamento não é arbitrário e imposto externamente.

O segundo filme mostra como a vida da pessoa "poderia ter sido…" se as escolhas certas tivessem sido feitas, se as oportunidades tivessem sido aproveitadas, se o potencial fosse utilizado. Este vídeo – a dor do potencial desperdiçado – é muito mais difícil de suportar. Mas ao mesmo tempo, também purifica a alma. O sofrimento provoca o arrependimento, que remove as barreiras e possibilita à alma conectar-se completamente com D'us.


Quando a alma deixa o corpo, continua a ter outras experiências. Uma parte disso talvez seja receber as recompensas pela sua obra neste mundo: apreciar a Divindade, ver os frutos de seu trabalho nesta vida, passear pelo "paraíso", acompanhar o crescimento de seus filhos e passos de seus amigs e familiares, sentar e respirar o ar rodeado de um infinito azul longe das "tempestades" … mas qualquer que seja o cenário nas Alturas, o corpo voltará à vida após todos os fatos previstos que ocorrerão na era de Mashiach, quando então virá a Ressurreição dos Mortos.

Outro fator que deve ser considerado no céu é que uma pessoa pode ter ótimos assentos, mas pode não saber apreciar o que está acontecendo. Se a pessoa passa toda a vida elevando a alma e tornando-se sensível às realidades espirituais (através do estudo de Torá), então isso constituirá um prazer inimaginável no céu. Por outro lado, se a vida se resumiu a pizza e futebol, bem, isso pode ser bem entediante para a eternidade. (Aí parece que precisará voltar à terra para elevar a alma, certo?)

A existência de uma vida após a vida não é declarada explicitamente na própria Torá, porque como seres humanos temos de nos concentrar em nossa missão neste mundo, agir sem pensar na recompensa, embora a consciência dela possa se constituir em uma motivação eficaz.
Chegamos à conclusão que na verdade não há nada após a vida, porque a vida nunca termina.

É como um ciclo constante, onde a alma desprende-se do corpo e enquanto este decompõem-se lentamente neste processo, ela eleva-se gradualmente(o que pode significar diversas etapas... diversas vidas) às alturas até ficar cada vez mais próxima de sua verdadeira fonte. Talvez sua jornada tenha acabado, talvez mais uma vez mais ela será convocada a descer e habitar um novo corpo, e assim sucessivamente sob o comando do Criador do Universo e de todas as almas, `Aquele que esteve, está e sempre estará no comando: D’us.
Ben,

Gostei muito do texto que vc postou, e me faz pensar que na essência todas as crenças têm algo em comum, aspectos religiosos em que as leis religiosas acabam abafando os principios Universais.

O texto que vc postou me fez pensar muito na vida após a morte, não apenas no céu, ou em qualquer outro plano, mas aqui na terra mesmo. Veja as partes que selecionei. Podem indicar isso. O que está a roxo são comentários meus, mas observe bem a frase que está a vermelho, que subentende claramente a volta duma alma espiritual a um novo corpo. Isso pode subentender reencarnação e não ressureição. Não segundo os principios Kardecistas, mas segundo principios da Kaballa que possam estar ocultos. Suponho que só mesmo alguns mestres (rabinos) tenham acesso a eles, caso existam.
Isso explicaria a pergunta deste tópico, e a outra constantemente repetida por tópicos sem fim: do porquê do sofrimento.
É nisso que acredito agora. Já tive uma fase que me interessei muito pelo estudo da Kaballa, mas o que está disponível na internet é muito pouco ou restrito, mas este texto me redespertou o interesse. Até porque ele combina com todas as minhas crenças sem cariz religioso, autódidatas. (Não me canso de usar esta palavra: "autódidata" = mestre de si mesmo.)
Você não acha que se eu estivesse errado eu saberia?

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Re: Qual é o sentido da existência?

Mensagem não lida por Mr. House »

Ben,

Ao meu raciocínio gostaria de acrescentar este trexo, que retirei da fonte que indico no final:

" Outras fontes citam os tratados do Rabino Simen Ben Jochai, que foram compilados por seu filho o Rabino Eleazar. A partir desses escritos, surgiu o "Zohar", ou "O Livro do Esplendor" . O Zohar explica que o desenvolvimento humano ocorre em 6000 anos, durante este tempo as almas seguem um contínuo processo de desenvolvimento, a cada geração. No fim do processo, todas as almas alcançam a posição chamada (Tikun) o fim da correção, o mais alto nível de espiritualidade e completude. Somente no século XIII é que estes textos, complementados por Moisés de Leon, vieram à luz e foram publicados na Espanha por volta de 1285. O "Zohar", o "Sefer Yetzirah" , juntamente com a "Torah", são os mais importantes textos da Cabala."

http://www.magiadourada.com.br/cabala.html
Você não acha que se eu estivesse errado eu saberia?

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Re: Qual é o sentido da existência?

Mensagem não lida por sidhiresus »

Video do Carl Sagan que tem a ver com o tópico:

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