Nobre Endividada escreveu:Eu diria que mesmo aquelas pessoas que acreditam em Deus e na Bíblia, deveriam considerar como totalmente alegórico a descrição da Criação feita por Moisés. Acho que mesmo que Deus de fato existisse, ele não revelaria toda essa complexidade da criação do universo e da Terra, para Deus isso é um arquivo morto que não cabe ao homem conhecer. Por isso, não é necessário para aqueles que acreditam em Deus ficar analisando tentando entender o que Moisés disse, decifrando códigos, tetando entender o que são "dias criativos", tentando intercalar com a ciência entre outras coisas. Moisés escreveu o que ele sabia pela tradição oral dos hebreus, misturada com que leu nos livros egípcios e sua linguagem narrativa poética. Moisés por exemplo diz que no começo só havia um grande mar sobre toda a terra - Na sua época, os Egípcios também acreditavam nisto. Segundo eles, no início do mundo nada existia além de um enorme oceano chamado Nun. Desse oceano surgiu 'Atum'. Deste deus, surgiram outros que representavam a Terra, Céu e etc.
O que Moisés narrou não deve ser entendido nem como revelação divina e muito menos como algo científico, mas sim como uma narração poética em que ele dá o mérito correto a Deus como o criador originador de tudo.
Todas essas firulas que o Escravo fez sobre a Criação nada mais é do que a tentativa de manipular, confundindo a mente das pessoas que acham que a Bíblia é um "poço de complexidade". Fazer com que as pessoas pensem assim, torna mais fácil para disseminar teorias apocalípticas , e foi exatamente isso que a organização fez e faz desde os dias de Russell. Depois que essas teorias fracassam, eles tem a cara de pau de Simplificar as questões e colocar a culpa pelos estragos, naqueles que por ter entendido mal criaram expectativas erradas.
Eu não diria totalmente alegórico Nobre Endividada. Mas que há alguma alegoria em algumas partes. Como por exemplo sobre a Árvore da Vida. Eu acredito que havia duas árvores, como descrito. Mas acredito que elas continham um simbolismo da mesma maneira que a Arca do Pacto simbolizava a presença de Deus, ou o Trono de Deus.(Trono de Deus, expressão simbólica também, acredito). Acredito que a Árvore da Vida simbolizava o direito do homem de viver eternamente, mediante a benevolência de Deus. Não que seus frutos dariam vida eterna à alguém que se alimentasse dele. Idéia, no meu entender absurda! Aqueles que conhecem bem o relato bíblico sabem o quanto Deus zela pelo sagrado. Por isso que Deus os proibiu de consumir tais frutos.
Quanto à narrativa da criação em si, o que acho é que houve algo como uma super simplificação. Imagine um engenheiro explicando para um colono que passou a vida toda plantando cebola como ele projetou um tanque de guerra! O mais sensato seria ele dizer: "Como você vê, eu fiz de ferro!" Mas até esta afirmação está cientificamente errada, já que ferro é o elemento puro da tabela periódica. Tudo que nós vemos e chamamos de ferro é na verdade aço, que é uma liga metálica que contém ferro como elemento principal e outros materiais, dependendo da característica que se quer dar. Mas, de que adiantaria ele explicar como projetou? Você falou desta desnecessidade de Deus explicar como fez as coisas. Porém, olhando para o objeto, o colono já sabe para que serve! Acho até engraçado as pessoas ficarem indignadas de lerem na Bíblia que o homem foi feito do pó do solo! Duvido que tal pessoa realmente entenderia se Deus resolvesse explicar tudo sobre a criação do homem!
Então o relato ensina basicamente que houve criação. Que houveram duas pessoas, as primeiras, chamadas Adão e Eva. E que eles transgrediram as leis do Criador, trazendo sofrimento para a posteridade e uma necessidade de redenção. Comparar este relato com alguns contos de povos antigos no sentido de dar o mesmo peso e credibilidade é para mim uma insensatez sem tamanho (Não estou dizendo que você faz isto, digo isto porque sei que é costume de muitos o fazerem). Principalmente porque tal relato continua, em muitos trechos detalhadamente; até o ano 100 depois de Cristo.
A base do Cristianismo verdadeiro, aprovado por Cristo, é o amor de Deus.
A vida e a morte de Jesus Cristo é a confirmação deste amor.
C14.
