Livro 1984

[Jefferson Maia]

Olá!

Abri este post para comentar sobre a obra 1984 de George Orwell e o filme de mesmo nome. Alguém já leu o livro ou assistiu ao filme? O que acharam?

Certa vez li num site que há muitas similaridades entre o mundo criado por Orwell e o mundo das TJ. Um poder controlador centrado na figura de alguém temido e inascessível, mas que te observa em todos os lugares em que você está; a criação de uma nova língua...
O que mais me chama à atenção nessa obra é o fato das alterações das notícias com o passar do tempo. Fatos eram alterados e aceitos sem qualquer rejeição por parte do povo. Isso me fez lembrar das constantes mudanças doutrinais que induziram muitos de nós a deixar de nos associar com essa organização. Até mesmo o fato de que no livro e no filme é demonstrado um esforço intenso para bloquear as manifestações de uma resistência que não se sabe ao certo se existe ou não. Isso me fez lembrar o fato de que quando alguém se recusa a aceitar determinado ensino do CG, ele é desassociado e esquecido, ou em outras palavras é como se ele nunca tivesse existido.
Abaixo alguns trechos interessantes que são mencionados nas obras:

A mentira torna-se verdade e logo vira mentira de novo.

Nem o passado, nem o presente, nem o futuro existem por si só.
A realidade está na mente humana não na mente individual que comete erros e imperícias, mas na mente do Partido que é coletiva e imortal.

Como um homem pode exercer poder sobre outro homem? Fazendo-o sofrer. Só obediencia não é suficente.

Poder é desfazer a mente humana e recompo-la dando-lhe novas formas de seleção.

O passado está proibido. Porquê? Porque quando podemos separar um homem de seu passado, podemos separá-lo de sua família, seus filhos, de outras pessoas. Não existe lealdade, só lealdade ao Partido. não existe amor, só amor ao Grande Irmão.

Se já leram o livro ou assistiram o filme, comentem suas impressões.

Quando li o livro, fiquei com duas perguntas na cabeça: Até que ponto a liberdade de ideias vale a pena? Quando sofrer até à morte é o único modo de defender um pensamento que provavelmente morrerá com você, será que é válido ser mártir?

Até mais!

PS: Como conselho, leiam primeiro o livro, pois o filme é muito resumido. O filme pode ser encontrado na internet para download.

[ELZA ARROIO]

OI Jefferson, li este livro há muitos anos e o tenho em minha biblioteca particular, voltei a ler o resumo para me lembra um pouco mais na internet, e voltou a mesma indignação de quando li há muito tempo....

SINOPSE
'1984' não é apenas mais um livro sobre política, mas uma metáfora do mundo que estamos inexoravelmente construindo. Invasão de privacidade, avanços tecnológicos que propiciam o controle total dos indivíduos, destruição ou manipulação da memória histórica dos povos e guerras para assegurar a paz já fazem parte da realidade. Se essa realidade caminhar para o cenário antevisto em '1984', o indivíduo não terá qualquer defesa. Aí reside a importância de se ler Orwell, porque seus escritos são capazes de alertar as gerações presentes e futuras do perigo que correm e de mobilizá-las pela humanização do mundo.

[chamusca]

Olá!

Abri este post para comentar sobre a obra 1984 de George Orwell e o filme de mesmo nome. Alguém já leu o livro ou assistiu ao filme? O que acharam?


Se já leram o livro ou assistiram o filme, comentem suas impressões.

Quando li o livro, fiquei com duas perguntas na cabeça: Até que ponto a liberdade de ideias vale a pena? Quando sofrer até à morte é o único modo de defender um pensamento que provavelmente morrerá com você, será que é válido ser mártir?

Até mais!

PS: Como conselho, leiam primeiro o livro, pois o filme é muito resumido. O filme pode ser encontrado na internet para download.

Jefferson, assim como seu professor, Aldous Huxley, Eric Arthur Blair, cujo pseudônimo era George Orwell, escreveu não para o seu tempo, mas para a posteridade. Quem leu Admirável Mundo Novo, de Huxley sabe do que falo. Além de 1984 outro livro muito interessante de Orwell foi A Revolução dos Bichos, se puder leia; é muito bom. Seu primeiro livro foi Na Pior em Paris e Londres, período em que viveu em extrema pobreza, chegando mesmo a passar fome.

Um abraço.

[ELZA ARROIO]

Outro livro sensacional, que tambem li a muito tempo, recomendo.....

George Orwell, escritor, jornalista e militante político, participou da Guerra Civil Espanhola na milícia marxista/trotskista e foi perseguido junto aos anarquistas e outros comunistas pelos stalinistas. Desencantado com o governo de Stalin, escreveu “A Revolução dos Bichos” em 1944. Nenhum editor aceitou publicar a sátira política, pois, na época, Stalin era aliado da Inglaterra e dos Estados Unidos. Só após o término da guerra, em 1945, é que o livro foi publicado e se tornou um sucesso editorial.

[Jefferson Maia]

Li a Revolução dos Bichos quando estava no colégio. Foi para a aula de Filosofia. Pena que na época ele não pode ser muito discutido. E tenho o livro Admirável Mundo Novo que vou ler em breve.

[Fátima]

Eu li 1984, pela primeira vez, há uns 15 anos... na época eu era uma jovem TJ e super ativa. Lembro-me que minha professora de história (que veio a se tornar minha amiga depois) fez um amplo debate em sala de aula sobre esse livro e fez um parelelo com as religiões de um modo geral. Eu fiquei meio revoltada, pq me parecia mais uma artimanha do 'mundo' para desviar minha atenção do reino - coisa de gente paranóica, eu sei - mas ainda assim, eu comecei a pensar se as palavras de minha querida professora não faziam sentido.

1984 é um livro muito denso e merece ser lido mais de uma vez. A criação do termo 'duplipensar' é fantástica:

"Saber e não saber, ter consciência de completa veracidade ao exprimir mentiras cuidadosamente arquitetadas, defender simultaneamente duas opiniões opostas, sabendo-as contraditórias e ainda assim acreditando em ambas; usar a lógica contra a lógica, repudiar a moralidade em nome da moralidade, crer na impossibilidade da Democracia e que o Partido era o guardião da Democracia; esquecer tudo quanto fosse necessário esquecer, trazê-lo à memória prontamente no momento preciso, e depois torná-lo a esquecer; e acima de tudo, aplicar o próprio processo ao processo. Essa era a sutileza derradeira: induzir conscientemente a inconsciência, e então, tornar-se inconsciente do ato de hipnose que se acabava de realizar. Até para compreender a palavra "duplipensar" era necessário usar o duplipensar."

[Errado]

opa! li ele a pouco tempo, a achei excelente a historia, embora arrastada em alguns momentos...
MAS automaticamente foram surgindo inúmeras analogias com a associação, como ja foi dito ai em cima, o modo como as ideias eram
alteradas, o Ministerio do amor, a conversao para o partido, ou vc aceita a conversao ou morre, se falar contra ou discordar do partido,
tu é torturado, sofre lavagem cerebral e até morte. A vigilancia que sofrem os q abrem os olhos, ou os que estao sob suspeita de alguma coisa...
toda a estrutura do partido e da associacao.. muitas semelhanças... mera coincidencia?