ENTREVISTA - Site "Torre de Vigia" de Caíque

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pascoalnaib
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ENTREVISTA - Site "Torre de Vigia" de Caíque

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ENTREVISTAS – SITES DISSIDENTES EM FOCO

Estamos procurando conversar com os pioneiros em sites Ex-TJs da Internet sobre o que os motivaram a expor publicamente os erros de uma denominação religiosa que se dizia santa e verdadeira perante todas as outras existentes no mundo e que se auto-denomina como o único canal visível entre os homens e Deus.

Entrevistas com Dissidentes da Torre: o que as Testemunhas de Jeová não sabem sobre sua religião?
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Re: ENTREVISTA - Site "Torre de Vigia" de Caíque

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SITE EM DESTAQUE:TORRE DE VIGIA de Caíque

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http://kaique-10.sites.uol.com.br/

1)Em que ano você entrou em contato com as Testemunhas de Jeová e o que lhe convenceu que era a verdadeira religião de Deus?

Meu primeiro contato foi quando eu tinha cerca de 9 anos de idade, em 1980, Meus tios e primos eram TJ, eu sempre passava finais de semana na casa dos meus primos, e achava legal ir ao Salão do Reino com eles, ver o meu tio orando na hora de comer, essas coisas... Minha família não tinha religião, meu pai era alcoólatra e havia muita brigas entre meus pais. Na minha mente ingênua, se nós tivéssemos uma religião, como os meus primos, tudo ia mudar. Comecei a ler um livro chamado "Escute o Grande Instrutor", e me "apaixonei" por tudo aquilo. Li depois o "Meu livro de Histórias Bíblicas" e com a influência de minha tia, comecei a "infernizar" minha mãe, para que aceitásssemos um estudo da Bíblia com meus tios. Convenci minha mãe (isso eu tinha entre 11 e 12 anos).

Batizei-me em meados de 1987 (minha mãe, creio que um ano antes), meu pai chegou a estudar, depois que abandonou a bebida (graças ao A.A.), mas depois caiu fora (esperto...rs). Mais ou menos 1 ano após batizar, fui dessassociado por um motivo ridículo. Eu trabalahava como locutor numa rádio local, e os "irmãos" , disseram aos anciãos que vez por outra eu anunciava festas e encontros da igreja católica (era verdade). Os "homens" me intimaram numa "comissão" e me disseram que eu estava "divulgando a apostasia" e que deveria informar ao meu patrão da rádio que não mais anunciaria quaisquer assuntos referentes a religiões. Eu discordei e disse que não havia sentido nisso, pois apenas fazia meu trabalho, a rádio pagava pelo uso da minha voz apenas, então quem estava divulgando não era eu, mas a rádio. Não teve jeito. Eles não aceitaram, e eu também não recuei. Eles me perguntaram, se havia mais alguma coisa dentro da "organização" que eu não concordava. Como na época, eu entendia que mentir era pecado...rs, falei a verdade, eu não concordava que uma criança deveria morrer a aceitar uma transfusão de sangue. Aí o clima ficou tenso. Tentaram argumentar com os velhos textos da bíblia, eu disse que os conhecia "decor" e não era necessário me explicar. Simplesmente eu não achava lógico, embora, caso fosse confrontado com a questão do sangue, tentaria obedecer. Mas enfim, fui desassociado. Aproveitei para me "confessar" e dizer, que apesar de ser solteiro, não era mais "virgem"....rs. Na verdade eu tava doido pra sair mesmo, queria "conhecer" o mundo de "satanás" que as publicações faziam parecer muito atraente. Na época, meu raciocínio era, "como posso odiar as coisas do mundo, se nem as conheço?". E lá fui eu pro mundão...
Como era de se esperar, devido a intensa repressão imposta pela organização, abusei do estilo de vida "mundano" e "hedonista" e logo me bateu aquele "vazio", e mesmo passando anos afastado da Organização sempre encarei as Testemunhas de Jeová como a única religião correta e com explicações lógicas, e baseadas na bíblia. Me sentia pecando e estando "afastado de Jeová". Não conseguia orar, e sabia que ia morrer no armagedom.
Em 1997, decidi retornar. Fiz uma carta, comecei a assistir as reuniões, e com 6 meses fui readmitido. No ano de 1999, fui designado Servo Ministerial e em 2000 casei-me com uma TJ, que eu mal conhecia. Em 2002, mudei de congregação. É sabido que se você chega numa congregação nova, mesmo tendo um cargo na antiga, eles demoram um tempo a lhe designar de novo. No meu caso, demorou demais. Descobri que o motivo era porque eu não tinha um estudo bíblico (era um bairro nobre e o território bem hostil) e minhas "horas" estavam abaixo da média do Brasil. Achei ridículo isso e comecei a me questionar, se na época de Jesus deveria ser assim. Nesse mesmo ano, ingressei na faculdade. Comecei a ler livros de filosofia e aí os questionamentos aumentaram. Foi quando resolvi ler os "sites apóstatas", na internet. Achava que todas as citações deles, de coisas que foram publicadas pela Sociedade eram mentiras, mas foi pra minha decepção que ao pesquisar no CD-ROM da Sociedade, vi que era tudo verdade. As "novas luzes", as "novas datas", e a proibição do "pensamento independente".
Escrevi cartas a Sociedade e nao me responderam de forma coerente. Acabaram mandando os anciãos me procurarem. Disseram que eu estava tendo contato com apóstatas e que eles não responderiam perguntas oriundas de apóstatas. O superintendente de circuito, me disse que eu deveria confiar na organização, assim como Abraão confiou em Jeová a ponto de estar disposto a sacrificar o próprio filho. Ele disse, "quando Jeová mandou Abraão matar Isaque, será que Abraão ficou questionando? Não, pois ele sabia que podia confiar em Jeová. Confie na organização de Jeová." Isto pra mim foi mais do que suficiente pra entender em que tipo de "organização" eu estava.

Resolvi criar um site apenas com trechos de publicações da Sociedade que mostrasse como ela é contraditória e errônea. Após terminar o site, fiz minha carta de dissossiação (em 2004). Também se tornou impossível manter o casamento. Me separei. Como a cidade era pequena, espalhou-se minha fama de ser o maior "apóstata" da cidade. Soube estes dias, através de uma TJ (que está pra virar "apóstata" também), que varios anciãos se reuniram pois souberam que eu estava preparando uma grande manifestação na porta do Congresso. Ri muito disso, pois jamais passou tal coisa pela minha mente e que eu saiba, além do Jerry, que conheci a pouco tempo, eu era o único apóstata da região.
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Re: ENTREVISTA - Site "Torre de Vigia" de Caíque

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2)Dentro da Organização você era uma pessoa atuante, obediente e sempre disposto a defender sua fé?

Sim.Ajudava nas contas, já fiz discursos públicos, fazia muitas coisas de "ancião". Atendia no balcão de literatura e tal. Logo que entrei na internet travava muitos debates com os "apóstatas", defendendo as TJ. Na verdade, alguns ex-TJ, exageram um pouco na "demonização" da organização. Mas com o tempo vi que realmente estavam certos em 90% das coisas. É bom lembrar que quando retornei a organização em 1997, ainda trabalhava no ramo de publicidade, mas me recusava a gravar coisas que envolviam natal, são joão ou qualquer coisa de "Babilônia" e perdi muitos trabalhos por isso. Ainda não concordava, mas entendia que tinha que ser assim , porque tinha e pronto.

3)Qual era sua visão sobre as outras religiões e sobre as pessoas que não eram TJs, inclusive pessoas de sua família.

Tinha pena de uns, desprezo de outros e ódio de alguns. Achava que por mais que fosse difícil entender como eu poderia ser feliz na "Nova Ordem", sem meus parentes não-TJ e amigos "mundanos", pensava que Jeová ia milagrosamente fazer com que esquecêssemos essas pessoas e seríamos felizes assim mesmo. Quanto as pessoas bondosas de outras religiões, achava que Jeová iria ter misericórdia delas e dar uma chance. Sempre desprezei as outras religiões, me sentia realmente superior a eles. Balançava a cabeça e pensava "pobres coitados".

4)Qual foi o momento decisivo que lhe fez pela primeira vez duvidar dos ensinamentos da Torre de Vigia?

Já relatei na pergunta 1. Foi quando o Superintendente de Circuito me disse aquela besteira de Abraão, comparando a Organização ao próprio Jeová e também quando percebi que as citações dos "apóstatas" sobre as publicações eram corretas.

5)Que sentimentos iniciais surgiram no momento em que você passou a duvidar de algo que era considerado como a VERDADE e que você tinha depositado toda a esperança?

Diferente de muitos não fiquei triste. Era como se uma imensa luz, clareasse minha mente. Novos horizontes se abririam pra mim. Pensar por si mesmo, foi a coisa mais deliciosa que jamais havia experimentado. Claro que me senti traído, decepcionado. Mas senti muita raiva desta seita americana, e por um tempo tive a ilusão de que poderia ajudar muitas pessoas boas lá de dentro a ver as incoerências e quem sabe provocar uma grande mudança dentro da Organização, e até pensava em retornar, quando tais mudanças fossem efetivadas. Depois vi, que isso era uma utopia minha. Passei a ficar indiferente. Eu não nasci "na verdade", e mesmo quando era TJ, sempre fui questionador. Não sofri muito não, apenas com o lance de "amigos" de 20 anos passarem por mim e virarem a cara. Confesso que isso no começo, machucava um pouco, mas fortalecia minha certeza de que aquilo alí não era "coisa de Deus".
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Re: ENTREVISTA - Site "Torre de Vigia" de Caíque

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6)O que lhe motivou a continuar pesquisando sobre a Torre de Vigia e seus erros? Você comentou isso com alguém?

Acho que respondi na questão anterior. Eu queria ajudar outros a ver o que eu vi, e quem sabe provocar uma grande mudança na Organização. Não pude comentar com ninguem próximo, pois minha irmã e mãe minha esposa deixavam evidente que não queriam saber, apenas diziam que nada iria mudar em nosso relacionamento. Então era uma espécie de acordo tácito. Eu não falaria das minhas idéias "apóstatas" e eles não me tratariam diferente como manda a Sociedade.

7)Quando surgiu a Internet para você e se você fez uso dela para pesquisas sobre erros da Torre de Vigia?

Em 2002 por aí, já lia de relance algumas coisas, mas não terminava as leituras. Tinha muito medo. Em 2003, foi que meti a cara mesmo. A leitura do livro "CRISE DE CONSCIÊNCIA" foi definitiva pra mim.

8)Já havia alguma informação na língua portuguesa sobre os desmandos da Torre de Vigia na Internet? Você se lembra qual site? E qual a importância do mesmo nas suas novas idéias sobre a Torre?

Havia muita coisa em portugues, mas eu também lia razoavelmente em ingles. O site do Cid http://www.testemunha.com.br/ e do Osarsif, http://www.geocities.com/osarsif/, foram marcantes pra mim. Por incrível que pareça, nenhum site teve tanta influência sobre mim, do que reler as próprias publicações com a mente aberta e com outra perspectiva. Qualquer pessoa que fizer isso, entenderá como esta seita manipula através de palavras, falácias e raciocínios circulares. Acho que o CD ROM da Sociedade é a publicação mais apóstata que pode existir, basta ler com atenção.

9)Como foi sua saída da Torre de Vigia? O que foi falado sobre você nos bastidores da Congregação? Mais pessoas saíram com você? Conseguiu algum contato com TJs mais próximas para tentar mostrar suas descobertas? Sua família de alguma forma foi influenciada por tudo isso?

Já respondi algumas dessas questãos nas anteriores. Mas resumindo, minha saída foi tranquila, já tinha muitos amigos "mundanos", não me senti solitário, ninguem saiu comigo, não influenciei ninguem (não que eu saiba). Depois minha irma, e outra TJ amiga dela, vieram me procurar, me pediu o livro CRISE, ambas já leram e estão em processo de afastamento da Organização. Mas nunca fui de ir atras de ninguem pra "tirar da verdade". Como já disse, dizem que sou um grande "apóstata" e "perigoso". Minha mãe é muito respeitada lá dentro, então acho que ela não sofre represálias. Eu sei é que não batem na minha porta, já morei em vários bairros. Parece que eles sempre sabem onde o "apostatão" está morando e orientam os TJ a não baterem na minha casa. Claro que eu tendo tempo, os receberia numa boa, pra trocarmos umas idéias....rs. Meu relacionamento com minha família até melhorou. Passei a repeitar mais meu pai que não é TJ e fiquei mais humilde e tolerante com as falhas dos outros.

10)Por quê resolveu criar um site na Internet para expor os erros da Torre de Vigia? Qual ano da criação de seu site? Já existiam outros sites em português de dissidentes da Torre na época, e se sim, quais? Você entrou em contato pela Internet com Ex-TJs? Seu contato com donos de sites dissidentes é regular ou não tem intimidade com nenhum?

Criei o site em 2004. Não sabia como fazer Home Page, meti a cara e fiz assim mesmo.Eu queria ajudar algumas pessoas e queria fazer um site que fosse mais amistoso com as TJ. Também foi meio que uma "terapia", servia pra que desabafasse tudo que queria dizer. Existiam outros sites sim, uns 10. Tive contato através do Forum do CID (que me parece que acabou). Depois me afastei desse assunto e nao tive mais contato com ninguem. Achava o assunto muito entendiante e não via sentido em perder meu tempo com isto. Não tenho muito contato com nenhum ex-TJ.

11)O que você diria sobre a atuação dos dissidentes da Torre na Internet no tempo em que você começou e agora em 2009: quais pontos positivos e negativos na sua visão?

Acho que a proliferação de sites "apóstatas" tem ajudado não apenas as TJ, mas principalmente as pessoas que não as conhecem bem. Daqui um tempo os "apóstatas" não serão apenas a gente (ex-TJ), mas qualquer simples morador. Eu me pergunto como a Sociedade vai lidar com isto? Como fazer quando uma TJ bater numa casa, o morador convidá-la a entrar e fazer um monte de perguntas constrangedoras retiradas da internet?
Acho que os sites apóstatas devem ser mais delicados com a questão. Muitos sites são agressivos, e isso nao adianta, lembrem-se que fomos de lá e falar da organização é como falar de Jeová. Tem que por "tempero" nas palavras. O meu site mesmo, até hoje tem gente que se confunde e pensa que é um site de uma TJ que tem sinceras dúvidas. O que eu acho negativo é fazer um site usando palavras desrespeitosas para com as TJ e a própria organização, isso afasta as pessoas mais sensíveis. Não tenho lido novos sites. Não sei se mudou, mas antes, eu achava a maioria agressivo e assustador.


12)Até quando você pensa em atuar como dissidente da Torre? Nunca cansou desse assunto e pensou em parar tudo e viver sua vida longe de tudo isso? Independente de sua resposta anterior: o que o motiva a continuar mostrando as inverdades da Torre de Vigia?

Já cansei sim. Não me considero atuante. Se alguem vem a mim, não nego informações e até pergunto "voce tem certeza que quer mesmo saber?". Hoje entendo que tem pessoas que não conseguem viver sem a ilusão TJ, (minha mãe, por exemplo) e temo por essas pessoas. Entendo também que a questão do sangue deve ser bem trabalhada. Não vejo uma dissidência "atuante". Se houvesse, seria interessante confeccionar cartilhas direcionadas a enfermeiros e médicos sobre a questão do sangue , ensinando-os a argumentar com os "sabichões" da COLIH e com os pacientes TJ. Também deveria ser feitas outras cartilhas mais simples pra distribuir nas casas, ensinando o povo a questionar as TJ. Isso sim seria produtivo, salvaria vidas (no caso das transfusões) e seria uma forma de "acordar" muitas TJ´s usando os moradores como ponte. Além de impedir que pessoas com vazio espiritual caiam nas garras da Sociedade e tenham suas vidas arruinadas, como muitos já tiveram.

Sou a favor de uma ONG não para combater as TJ´s mas que tenha o objetivo de dar as pessoas informações que lhe são negadas pela Watchtower e então elas possam realmente decedir por elas mesmas. É bom lembrar que qualquer movimento que pareça ser motivado por intolerãncia religiosa é mau visto por todos. E se fizerem a coisa de forma errada, eles (TJ) sairão de pobres vítimas de perseguição.


Acho uma boa idéia, criar um fundo e arrecadar dinheiro pra criarmos um site oficial e unificado de EX-TJ do Brasil, e criar as publicações para distribuir em todo o Brasil.
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Re: ENTREVISTA - Site "Torre de Vigia" de Caíque

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13)Qual sua atual posição sobre religião, espiritualidade e Deus? E qual mensagem você gostaria de passar para TJs e Ex-TJs que estarão lendo essa sua entrevista?

Sou anti-religião. Não sou a favor de que "todas as religiões devem ser respeitadas". Tem religião que não merece respeito e deveria ser combatidas sim. É como se dissessem "cada um tem seu gosto sexual e devemos aceitar", então o cara gosta de fazer sexo com crianças, e deveremos tolerar? Considero uns dos maiores atrasos da nossa era moderna. Assim como muitos costumes medievais tiveram seus propósitos e foram aceitos pela sociedade, mas com o passar do tempo foram abandonados (escravidão,por exemplo), acho que o conceito de religiões é obsoleto, inócuo e atrasado. Não cumpre nenhuma função para a sociedade. Muito pelo contrário, tem sido responsável por muita desordem, matanças, depressão, abusos sexuais, extorsão e o "custo x benefício" da existência das religiões não compensa. Espiritualidade não tem tanto a ver com religião como as pessoas pensam. A chave para a espiritualidade, que imagino ser algo bem pessoal, está no auto-conhecimento e a religião impede isso, uma vez que procura fazer todos "tijolos da mesma parede".

Não sou ateu (ainda), mas não aceito o conceito do Deus-pessoa, que sabe tudo, (mas não "quis" saber que Seu "paraíso perfeito" ia virar essa "zona" que é o mundo hoje) pode tudo (mas não impede que uma criança morra esquartejada), criou todos e nao foi criado por ninguém. Assumo minha ignorância neste assunto, mas não posso orar para um Ser que me é estranho, que ainda não O conheço plenamente. O conceito do Deus ensinado pela religião judaica-cristã, é muito confuso, contraditório e cheio de lacunas. Existe uma super força no Universo, está óbvio. Mas tentarei entender isso, antes que eu morra.

Digo aos ex-TJ´s, que encarem essa pequena religião, como uma dentre milhões. Saiba que o mesmo que ocorreu conosco aconteceu com pessoas de outras denominações (Mórmons, Padres, Pastores, Espíritas, Maçons, até vendedores da "Herbalife"...rs). Não somos os primeiros nem os últimos a sermos enganados por doutrinas e falácias de homens. Não se sintam desiludidos com a vida ou fiquem procurando outra religião melhor, que tenha as "respostas". Leiam muito, veja sempre os dois lados da moeda e talvez um dia optem por uma caminho, uma crença, ou até aceitem que talvez a vida seja isso mesmo, uma série de dúvidas sem respostas. É melhor não ter a resposta do que aceitar uma pronta, goela abaixo. Se um dia irão ingressar noutra religião ou "inventar" a sua própria, só o tempo vai dizer, mas não apressem as coisas. Um passo a cada vez. Entendam seus parentes TJ, e amigos. Alguns sofrem por não poderem falar mais com você. Aproveitem que sua mente foi "devolvida" ou "retirada" do poder da Watchtower e use-a pra fazer a coisa melhor, mais gostosa e também arriscada que podemos realizar: pensar por nós mesmos.

Abraços!
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Re: ENTREVISTA - Site "Torre de Vigia" de Caíque

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Parabéns, mais uma vez Pascoal! Prabéns ao Caique, que conheço de vista, de muitas ocasiões tjs, antigas! Gostaria de dizer que especialmente a mim, o site ajudou a ver o outro lado da torre e também a algumas pessoas que conheço! E que a coragem de expor a torre, ajuda muita gente, que mesmo que não sai das garras dlea, tenha uma relação mais zen, com essa coisa de ser tj o tempo todo! Parabéns!
O barco da torre tá afundando?
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Re: ENTREVISTA - Site "Torre de Vigia" de Caíque

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Também gostaria de parabenizar o Caíque por ter feito um excelente site com uma diversidade de informações. Usei muito o site na minha segunda onda apóstata (tinha me afastado por 3 anos de assuntos sobre TJs) e com certeza vários temas novos me chamaram atenção.
Jack
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Re: ENTREVISTA - Site "Torre de Vigia" de Caíque

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Show... Voltei a ler o crise, pena que ando meio sem tempo pra fazer uma leitura mais rapida..
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Julios
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Re: ENTREVISTA - Site "Torre de Vigia" de Caíque

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O caique ,não tem mais nem um ´assuntinho ´ para nos no seu site ? to com saudade...
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Re: ENTREVISTA - Site "Torre de Vigia" de Caíque

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Julios escreveu:O caique ,não tem mais nem um ´assuntinho ´ para nos no seu site ? to com saudade...
O bom desse tópico é que ele é cadastrado aqui no Fórum e com certeza quem quiser perguntar alguma coisa a mais ele mesmo responderá! :4
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