André Felix escreveu:
O tempo vai provar que eu estou certo.
1) A justiça não tem poder para mudar esse tipo de doutrina religiosa e por isso não entra no mérito dessas questões.
2) Se acatar a denúncia do MP será uma causa de vitória certa para a Torre pois a tentativa de mudar mesmo esse tipo de doutrina religiosa por força de decisão judicial viola Direitos Humanos, os direitos de religião e de crença.
Numa situação hipotética impossivel de vitória das ex-testemunhas de Jeová tudo seria inútil já que as testemunhas de Jeová, e a história delas tem provas abundantes disso, preferem serem presas, torturadas e até executadas em nome das crenças delas, para obedecer o Corpo Governante. Elas desobedeceriam prontamente a decisão não importando com as consequências. Nenhuma delas voltaria a falar com desassociados porque a justiça determinou.
Mas o tempo vai provar que eu estou certo.
André, você tem alguma razão no que diz. Mas você está esquecendo um pequeno pormenor.
DINHEIRO!!!!
É verdade que as Testemunhas de Jeová em geral, são capazes de abdicar de valores materiais e até mesmo a vida, para cumprir com o que acreditam ser a vontade de Deus. Vemos isso no campo da neutralidade, por exemplo.
Mas a questão é se a
estrutura central em Brooklyn, está disposta a perder DINHEIRO com as possíveis acções que puderão abrir contra ela, caso o MP ganhe este caso. É claro que poderá sempre recorrer para algum tribunal acima.
Mas se perder e se vir confrontada com perdas materais avultadas ou até mesmo o risco de poder publicar alguma literatura no País, ela vai mudar as regras do jogo.
Porquê? Porque a
sobrevivência da Organização está acima da doutrina. Aliás, mudanças doutrinais são apanágio da Organização. Veja o caso do serviço cívico, distribuição gratuita da literatura, etc.
Essas mudanças ocorreram, não apenas porque alguém entendeu melhor algum conceito bíblico. Foram feitos esses ajustes, porque interessavam à Organização que a obra se ampliasse em países que não aceitavam a obra por causa desta posição estranha sobre o serviço cívico e, no caso da literatura, porque nos EUA e em outros países, a literatura vendida seria taxada pelo governo.
É óbvio que a Organização é gerida, não pelos velhinhos CG, mas por uma classe administrativa capaz de fazer td o que estiver ao seu alcance para espandir a obra, mesmo que para isso, tenham de abolir alguns ensinamentos.
Por isso, volto a salientar, se o MP ganhar este caso, a probabilidade de isso se expandir a outros países será maior - será como uma peça de dominó. A Organização está ciente disso. O custo material será bastante avultado.
A Organização já não é uma pequena empresa trabalhando na clandestinidade. É uma multinacional, poderosa e com muitas ramificações - muitas das quais nem conhecemos. O valor material dela ascende a nível mundial a vários bilhões de dólares anuais. Ela terá muito a perder se não fizer os ajustes necessários para sobreviver.
Acredito que ela o fará, como já fez no passado. E é tão simples André, basta sair uma nova luz provando à base da bíblia que a atitude para com os desassociados não deve ser tão dura como tem sido. É fácil usar a Bíblia para provar isso.
Eles vão pesar entre o que podem perder a nível material e por consequência de seguidores no Brasil, e o possível dano causado pela convivência com aqueles que sairam do "rebanho".
Para além disso, se fossem espertos, iriam perceber que se tratarem aqueles que saem com a dignidade que merecem enquanto seres humanos, vão ter muito menos oposição e por consequência, menos pessoas dispostas a estarem em foruns como este a divulgar os seus erros e distorções.