Acho que seu comentário sintetizou perfeitamente o que acontece lá dentro. Quero comentar apenas para deixar exemplos dessas situações.Caronte Vitalzole escreveu:O entendimento que tenho é parecido com o seu. O voto de pobreza é cumprido a risca pelo autointitulado escravo e sendo que foram eles que escreveram, estão cientes de tudo o que o voto de pobreza e obediência proíbe e, especialmente, as lacunas interpretativas destas normas.
O voto proíbe solicitar presentes mas não proíbe de aceita-los. E na hora de presentear alguém, as pessoas preferem agradar quem tem poder.
Proíbe comprar um carro para ele mas permite que a Torre tenha um carro para uso exclusivo dele.
Normas de Betel garantem moradia para todos os "funcionários" com privilégios para os mais antigos tanto na escolha da localização como no tamanho.
Tudo é feito de forma a beneficiar quem já está no poder.
Na questão de lacunas interpretativas, é assim que a liderança da organização faz para se beneficiar nas mais diversas situações legais, usando da forma mais conveniente. Um exemplo é que apelam pra uma certa interpretação da liberdade religiosa para não serem proscritos, ao mesmo tempo que ignoram essa interpretação quando afasta as famílias dos desa/dissociados deles. Se processados por esse motivo, apelam pra outras interpretações, ignorando o que defenderam no caso anterior.
Na questão de agradar quem tem poder, é exatamente o que vemos quando, por exemplo, o superintendente está chegando. Os anciãos começam a ficar agitados, procurando achar as melhores possibilidades para agradar os superintendentes. Tentam manter tudo perfeito e agem até de forma incomum durante as reuniões. Já vi casos em que os anciãos ficavam no fundo da congregação perto dos indicadores e do sistema sonoro para ver se tudo corria certinho e, no menor problema que houvesse com o som, eles já se intrometiam desesperados para arrumar, querendo evitar a frustração do "superman".
Dinheiro não seria nada se não fosse representação de poder. É por isso que, mesmo que os membros do CG não tenham tanto dinheiro à disposição para gastar da forma que desejarem, eles não precisam disso para viver muito bem materialmente, porque eles podem se aproveitar como ninguém da sua situação na liderança, além de receberem presentes e não terem despesas que a maioria das TJs têm, como contas de luz, água, telefone, segurança, alimentação, IPTU etc. O Lett quer tomar um uísque daqueles bem caros? É só ele ligar pro "Carl" da congregação e se convidar para ir na casa dele. Quer ir numa mega piscina e ficar tranquilo? É só ligar pro "Peter" da comissão X. E esses provavelmente estarão contando com isso.