Será que eles punirão Brett pela desassociação dele em seu retorno ao Reino Unido por desafiar os ensinamentos organizacionais, de modo a fazer dele um exemplo? Eles de alguma forma irão coagi-lo a se retratar de sua heresia publicamente? Ou será que eles cederão ao bom senso e usarão esse episódio como um catalisador para a introdução de reformas urgentemente necessárias relacionadas ao uso do sangue em terapias e tratamentos médicos?
Eu não vejo isto acontecer, Soares. Há não muito tempo atrás, a Torre orgulhava-se de ser a única 'religião' a "respeitar a devida santidade do sangue por recusar tratamento médico com o mesmo", publicando artigos e mais artigos a respeito dos 'malefícios' da hemoterapia, quer físicos, quer espirituais. A Organização chegou ao ponto de dedicar o artigo de capa de uma Despertai! - em 1986 ou 1994, eu não me lembro - honrando o 'sacrifício' de crianças que 'puseram Jeová em primeiro lugar' e decidiram, para 'agradá-lo' (a Ele ou aos pais? ou à Torre?), recusar transfusões de sangue que os teriam salvo da morte.
Se a Organização revogar a proibição do uso do sangue, ela vai:
1) ser enterrada em páginas e páginas de fortes processos penais por negligência, obstrução do direito à vida, alienação e coisas semelhantes, o que vai lhes comer praticamente todos os bilhões que eles possuem, processos estes que serão movidos por dissidentes do movimento, organizações anti-sectárias, organizações de preservação à vida... e por membros ainda ativos que tenham perdido filhos e outros parentes desta forma, por conta desta indoutrinação.
2) produzir uma verdadeira rebelião interna, que poderá levá-la ao colapso.
Olá.
Sim, Robert,quando comentei tinha em mente esse poder absurdo que eles ainda detém de mentir ali, enganar aqui, aterrorizar acolá e por aí vai. Concordo, com as suas palavras iniciais, com o ônus que a Torre teria que assumir caso se contradissesse publicamente. Ela pode se omitir sobre esse único caso talvez.
Ponderando a segunda parte do que vc escreveu, acho que uma rebelião interna tem/teria dois sentidos: 1º> já aconteceu, com Raymond Franz e por isso a dissidência mundial ganhou força ou nasceu de maneira fundamentada e com repercussão somada a relativa credibilidade mundial. Essa segunda que mencionastes, rebelião interna, eu concordo, mas como haver uma cisão? Todos tem medo se "tomar o primeiro tiro".
Teria que ser algo em massa, conjugados com algo bem exposto na mídia, e infelizmente com algum tipo de vítima(s).
No alto escalão expulsarão um. E esse um, deu um primeiro golpe que 'jorrou' tanta indignação, que eles mudaram o perfil de religião, abandonaram o "amor" de Jesus, e assumiram o legalismo, antes velado quase imperceptível.
2º>Na grande multidão de TJ's, ainda em termos de uma rebelião em massa, que eu acho que seria uma segunda e quase letal pancada, teriam que todos criarem dúvidas simultaneamente, quebrarem o medo de consultar internet e outras fontes, perguntarem para o mundo: gente o que está acontecendo aí fora? Isso seria um caminho. Mas muitos são cegados ainda pelo medo de uma desassociação e o pior, perderem a suposta vida eterna. Mas vejo isso como uma forma bem eficaz, desde que ocorra associada com outros fatores. Eles não tem mais muita margem para erros, isso é fato.
Abrçs
MAIS UM TIJOLO NO MURO. "[...]eu não entendi como a solidão de quem tem alguém, pode ser maior a de quem não tem ninguém[...]"