TJs e a Percepção dos Seres Místicos: Entre o Imaginário e a Realidade

[GatodasSombras]

Deuses e demônios são descritos na bíblia como inimigos do suposto deus verdadeiro e essa é uma lição que qualquer um que já teve a infelicidade de ser tj aprende sem demora. Pela lógica judaico/cristã, não tem meio termo: ou você come da mesa de deus ou da dos demônios, pois não se pode servir a dois senhores. Até aí, nada novo.

No entanto, todo tj que se depara com um filme ou livro que retrata entidades místicas, sendo essas boas ou mesmo más, se sente, pelo menos, ligeiramente incomodado diante dessa situação, especialmente na companhia de outra testemunha. Aqui está o ponto que qualquer pessoa criada fora de um ambiente extremamente fanático ou religioso questionaria: por que se incomodar com seres que são claramente fictícios?

Salta à mente na hora aqueles trechos presentes em livros de estudo bíblico alertando para os perigos de tal "entretenimento aparentemente inofensivo". Toda e qualquer descrição de um ser que possua poderes/capacidades sobrehumanas que não possam ser explicadas pela ciência se enquadram na hora como algo errado; mesmo que tudo não passe de mera invenção. Caverna do Dragão, O Senhor dos Anéis ou mesmo Sailor Moon e Os Ursinhos Carinhosos são todas obras que se encaixam no que descrevi e, portanto, perigosas para a mente cristã.

Pensando nesse assunto de maneira completamente aleatória, me toquei de que, para a organização, no que diz respeito a representações mágicas/sobrenaturais, não existe separação entre o que é real e o que é imaginário. Não existe uma zona segura e livre na qual a sua mente pode transitar sem correr o perigo de ser tragada por algum "ensino do diabo". Não se pode imaginar que existem seres com poderes que são capazes de curar os outros ou voar; mesmo que (supostamente) servos de deus já tenham feito isso no passado. Vivíamos (E muitos de nós ainda vivem) em um meio que o mero exercício de sonhar já não se distingue da realidade material. Chega a ser difícil explicar para quem não é do meio. Acordar dessa insanidade é tão libertador que acabamos nos vendo livres até mesmo de medos do mundo dos sonhos.

Qual foi o livro/jogo/filme mais inofensivo que você já viu ser condenado dentro do salão?

[Daenerys]

Que tópico legal, GatodasSombras!

Minha geração cresceu vendo Harry Potter e eu lembro de olhar fascinada para os livros na estante da escola.
A vontade de ler era grande, mas ouvia que era um bruxo e que aquilo poderia atrair coisas ruins para dentro de casa.
Depois de alguns anos decidi ler e vi que não tinha absolutamente nada demais.
É uma série bem inofensiva, inclusive, apropriada para pré-adolescentes até.

A saga que eu me apaixonei foi As Brumas de Avalon. Essa nos transporta para um mundo cheio de magia.
Li quando ainda era tj, mas eu sabia o quanto aquele conteúdo era condenado pela religião, que não separa o real do fictício.

Não é apenas a torre que faz isso.
Lembro que tive um professor no ensino médio que pretendia levar minha turma assistir ao filme O Código da Vinci. (2006).Desistiu após alguns pais irem reclamar que o filme profanava a fé deles.

[Spaceman]

Cara, teve uma época que eu era bem bitolado nesse respeito, qualquer coisa que parecia magia já fugia... era uma época que eu queria ser SV, então tinha que me "manter puro" por dois anos sem assistir nenhum filme violento ou com ocultismo. Nessa época tinha várias coisas que eu evitava.

• Qualquer filme de super heróis - por conta de uma sentinela que comparava os super heróis aos nefelins.

• Star Wars - Por conta da força.

• Senhor dos anéis - Antes de ser bitolado tinha lido, quando alguns irmãos souberam ficaram chocados, era como se eu tivesse lido a biblia do diabo.

• Qualquer coisa relacionada a zumbis - Afinal, mortos vivos.

• Qualquer filme ou série que tivesse o ensinamento da alma imortal. (Só depois que sai eu assisti The Good Place, recomendo fortemente, é muito boa a série).

Essas foram as principais coisas que evitava, mas outras tjs mais bitoladas evitavam coisas mais bestas como:

• Smurfs - graças a lenda urbana que parecia piada do ari toledo.

• turma do penadinho da turma da monica - Fantasmas e afins.

• A noite do terror/hora do horror do playcenter / hopi hari.

[Tyrrhena]

Eu sei que minha resposta não tem exatamente a ver com pergunta do tópico, mas, se relaciona de certa forma.

Nessa questão de condenar qualquer coisa mística eu me lembro de uma pessoa que disse que queimou uma peça de roupa que era de uma marca ou tinha alguma coisa escrita com a palavra esotérica - embora nunca ouvi essa marca de roupa -, mas, segundo essa pessoa, disse que queimou tal peça e que na ocasião, relatou que a roupa não pegava fogo.

[Bisbilhoteira]

Hahahaha quantas recordações!

Não podia assistir/ler Harry Potter, senhor dos anéis..... Mas o mais inofensivo de longe era: Gasparzinho, fantasminha camarada!
Que ridículo kkkkk vou ser obrigada a procurar depois de velha pra assistir pra saber do que se trata.

[LoganZ4]

Bem, acredito que na minha geração o que mais pegou foram os animes e desenhos animados, e dai posso citar vários:

Dragon Ball (tinha o Satan), Naruto (as bijus eram chamadas de demônio), One Piece (Tinha as frutas do diabo), Pokemon (Até hoje não sei da onde tiraram que eram demônios de bolso, ouvi isso da minha mãe que me fez desinstalar pokemonGo), As aventuras de Billy e Mendy (Tinha o Puro osso, que era literalmente a morte) entre diversos outros que tinham magia.

Embora preciso dizer que os animes não se ajudavam com esses nomes que faziam referencia a serpente que enganou Eva . Enfim, hoje em dia eu estou nem ai e assisto muito anime que esses sim se alguém souber dava uma sala B da boa, como jujutsu kaisen e Demon Slayer.

Por incrível que pareça eu nunca tive problemas com Star Wars (série que eu amo de paixão, passei até a comprar livros do universo expandido para ler), e embora nunca tenha lido ou assistido, parte da minha família assistiu sem reclamar Senhor dos anéis.

Um extra: eu consegui fazer uma conhecida PIMI a gostar de animes e eventualmente ela se deparou com animes que poderiam dar uma sala B legal por envolver reencarnação e magia, mas mesmo assim ela assistiu, gostou e ainda me recomendou, até Demon Slayer assistiu e leu o mangá. Só não assistiu jujutsu kaisen porque acho que ali passa um pouco dos limites de qualquer PIMI

[GatodasSombras]

Eu sei que minha resposta não tem exatamente a ver com pergunta do tópico, mas, se relaciona de certa forma.

Nessa questão de condenar qualquer coisa mística eu me lembro de uma pessoa que disse que queimou uma peça de roupa que era de uma marca ou tinha alguma coisa escrita com a palavra esotérica - embora nunca ouvi essa marca de roupa -, mas, segundo essa pessoa, disse que queimou tal peça e que na ocasião, relatou que a roupa não pegava fogo.

Tyrrhena, o mais doido é que tem tudo a ver com o tópico e só prova ainda mais que não existe NADA para as tjs que esteja longe da possibilidade de ter "espiritismo" por trás; nem mesmo uma simples peça de roupa.

[GatodasSombras]

A saga que eu me apaixonei foi As Brumas de Avalon. Essa nos transporta para um mundo cheio de magia.
Li quando ainda era tj, mas eu sabia o quanto aquele conteúdo era condenado pela religião, que não separa o real do fictício.

Esse era um exemplo que buscava: a lenda do rei Artur é uma obra que é claramente um mito, uma história popular; no entanto, mesmo assim, perante às crenças tjs, acaba representando um perigo real.

[Bauhaus]

Queriam q eu jogasse fora minha coleção de gibis do Tio Patinhas e Pato Donald.

Era pra eu ler só a Sentinela.

8 anos

[Tyrrhena]

Tyrrhena, o mais doido é que tem tudo a ver com o tópico e só prova ainda mais que não existe NADA para as tjs que esteja longe da possibilidade de ter "espiritismo" por trás; nem mesmo uma simples peça de roupa.

Gato das Sombras, verdade mesmo, tudo é motivo de colocar algo de "demoníaco" nas coisas. Vivem assombrados com espiritismo, magia e afins.