Torre local divulga fake news em resposta ao artigo da folha de São Paulo sobre trato com desassociados

[Atlas]

Chega a ser constrangedor quando ela fala que os membros podem escolher cortar relações com quem lhes traz 'dor emocional'. A primeira vista, a organização tenta suavizar o tema, pois, de fato, qualquer um teria o direito de encerrar relações que lhe fazem mal, no entanto, o que não é dito é que essa 'dor emocional' a qual ela se refere não se deve ao sentimento natural das testemunhas, mas algo implantado pelas normas e diretrizes da desassociação e aplicadas pela organização.

É uma afirmação ambígua, velada, mas que tenta lançar a carga para os membros individuais, quando todos sabem que isso não é verdade. A Torre de Vigia finge responder a pergunta colocando um boneco de espantalho.

Não é de forma reticente que a organização se pronuncia internamente:

(1) Contato desnecessário com desassociados ou dissociados: Quando uma pessoa, mesmo depois de receber vários conselhos, continua se associando sem necessidade e de propósito com desassociados ou dissociados que não são seus parentes, uma comissão judicativa deve ser formada. — Mat. 18:17b; 1 Cor. 5:11, 13; 2 João 10, 11; lvs pp. 39-40. - Livro Pastoreiem o Rebanho de Deus

Obviamente, não é nem preciso dizer que a verdade não precisa usar desses meios perante os outros, é só a mentira e o erro que precisam se camuflar, usar expressões veladas e ambíguas.

Se é verdade o que estão fazendo, então porque não dizer sem rodeios?

[jurado8]

Já prevejo a mudança na norma da desassociação (como já foi muito debatido aqui) e a Torre dizendo: "No passado, alguns irmãos iam além das orientações e escolhiam nem mesmo dirigir a palavra a desassociados. O Corpo Governante nunca foi a favor disso. Por isso se tornou necessário vir aqui e escolherecer o assunto."

[gleisson]

Lembrando que é comum que saiam anúncios na saída de campo ou até em reuniões AVISANDO de materia que sai na mídia

"O escritório tomou conhecimento de matérias na mídia propagando mentiras sobre as Testemunhas de Jeová em relação ao procedimento bíblico da desassociação. Já estamos cientes e recomendamos que os irmãos não se envolvam em debates quer presencialmente quer nas redes sociais sobre esse assunto"

Ou seja, apenas se certificam de apertar mais a venda que cobre os olhos dos fieis. Mas a gente sabe que é só pesquisar e ja vamos ter dezenas de exaltados na rede social - que ficam mais exaltados do que os que falam sobre o que sofreram ao sair da religiao

[Atlas]

Já prevejo a mudança na norma da desassociação (como já foi muito debatido aqui) e a Torre dizendo: "No passado, alguns irmãos iam além das orientações e escolhiam nem mesmo dirigir a palavra a desassociados. O Corpo Governante nunca foi a favor disso. Por isso se tornou necessário vir aqui e escolherecer o assunto."

Vou fazer uma pergunta inocente:

Será que até nisso eles seriam capazes de colocar a culpa nos membros? Seria um absurdo sem precedentes.

Esse tipo de subterfúgio funciona bem em questões como o uso de barba, mas, a política da desassociação? Teriam de ter muita falta de escrúpulos fazer uma coisa dessas.

Todos sabem e foi publicado durante décadas a fio, desde os primórdios da era Rutherford sobre a desassociação. Quantas matérias, artigos, discursos, orientações, cartas foram feitas para endossar essa política?

Eu não sei o que seria mais absurdo: O corpo governante se pronunciar dessa forma ou seus seguidores aceitarem passivamente. Creio que eu ficaria muito mais chocado com a última, é sério, mas não duvido.

Sabe quando você se depara com algumas coisas que você preferiria não saber, por causa do choque? É claro que quero o fim da desassociação, mas o que me surpreenderia é a aceitação passiva dos membros em receber a culpa e achar que é só mais um assunto rotineiro que foi revisado.

Se o corpo governante realizar um anúncio como esse, colocando a culpa nos membros e eles aceitarem, seria a constatação suprema de que não há fundo do poço para a subserviência da consciência pessoal das testemunhas.

Seria a constatação de que as testemunhas de Jeová, quanto menos entendem, menos entendem (ad infinitum)

[jurado8]

Vou fazer uma pergunta inocente:

Será que até nisso eles seriam capazes de colocar a culpa nos membros? Seria um absurdo sem precedentes.

Esse tipo de subterfúgio funciona bem em questões como o uso de barba, mas, a política da desassociação? Teriam de ter muita falta de escrúpulos fazer uma coisa dessas.

Todos sabem e foi publicado durante décadas a fio, desde os primórdios da era Rutherford sobre a desassociação. Quantas matérias, artigos, discursos, orientações, cartas foram feitas para endossar essa política?

Eu não sei o que seria mais absurdo: O corpo governante se pronunciar dessa forma ou seus seguidores aceitarem passivamente. Creio que eu ficaria muito mais chocado com a última, é sério, mas não duvido.

Sabe quando você se depara com algumas coisas que você preferiria não saber, por causa do choque? É claro que quero o fim da desassociação, mas o que me surpreenderia é a aceitação passiva dos membros em receber a culpa e achar que é só mais um assunto rotineiro que foi revisado.

Se o corpo governante realizar um anúncio como esse, colocando a culpa nos membros e eles aceitarem, seria a constatação suprema de que não há fundo do poço para a subserviência da consciência pessoal das testemunhas.

Seria a constatação de que as testemunhas de Jeová, quanto menos entendem, menos entendem (ad infinitum)

Ah meu querido. Não duvide dos escrúpulos da organização.

Veja 1975. Veio e passou e hoje, quando tem demonstrações a respeito a culpa é de quem?
Vide: https://www.jw.org/pt/biblioteca/videos ... 05_4_VIDEO

Talvez eles não falem necessariamente com essa cara de pau que escrevi (somente daqui uns 20, 30 anos), mas creio que a ideia geral vai ser essa.

[Atlas]

Ah meu querido. Não duvide dos escrúpulos da organização.

Veja 1975. Veio e passou e hoje, quando tem demonstrações a respeito a culpa é de quem?
Vide: https://www.jw.org/pt/biblioteca/videos ... 05_4_VIDEO

Talvez eles não falem necessariamente com essa cara de pau que escrevi (somente daqui uns 20, 30 anos), mas creio que a ideia geral vai ser essa.

Está aí uma grande verdade: 1975.

Hoje, é sem escrúpulo nenhum que a organização diz: "Naquela época, alguns irmãos achavam que o fim viria em 1975".

A passagem do tempo torna essa mentira numa verdade, pois, a velha geração que viveu esse período dá lugar a nova, que tem repetido a falácia acima.

Numa comunidade estritamente fechada como são as testemunhas de Jeová, em que o pensar, a leitura e a pesquisa têm sido cada vez mais relegado ao que o corpo governante autoriza, torna-se fácil perpetrar uma mentira como essa.

Vai chegar o ponto em que nem será mais preciso dizer que "alguns irmãos naquela época achavam que o fim viria em 1975, pois, me recordo de uma vez que um irmão no campo, disse que não se preocupava com aquelas pessoas que apontavam esse erro na história das testemunhas de Jeová, pois, segundo esse irmão, isso nunca aconteceu, nunca foi verdade.

Lembro que fiquei com raiva por dentro, não do irmão, mas da mentalidade mostrada. Com muito tato, eu mostrei livros e matérias antigas em que claramente a organização havia se pronunciado sobre 1975. Eu disfarcei dizendo que ele teria de averiguar os fatos antes de dizer as coisas, pois, poderia ser um morador ou alguém do trabalho dele mostrando as evidências.

Mas o fato aterrador, Jurado8 é que cada vez mais percebo de forma assustada, como a mente das testemunhas de Jeová é uma página em branco diante do corpo governante. Quem é que pode contra uma lavagem dessas?

Por isso, vemos que no caso da desassociação, eles prontamente assimilariam, estariam prontos para dizer que realmente, "alguns irmãos foram além do que o corpo governante dizia", etc. . .

Impressionante. . .

[AntonioMadaleno]

O facebook da Folha de São Paulo já tem uma postagem sobre a notícia. Aproveitem para ir lá comentar!

[AntonioMadaleno]

O facebook da Folha de São Paulo já tem uma postagem sobre a notícia. Aproveitem para ir lá comentar!

[Jacamerops]

Há um padrão de duplo discurso na JW, com uma versão para membros doutrinados e outra para relações públicas. Mesmo um TJ comum sabe que a verdadeira face da religião não é palatável para todos, por isso evitam abordar questões polêmicas com conhecidos descrentes nas primeiras visitas ou início de um estudo. Essa lógica só funciona com os doutrinados; ao falar com uma pessoa comum, é necessário usar as mesmas mentiras e meias-verdades de sempre: 'Não deixamos nossos filhos morrer, apenas escolhemos o melhor tratamento para eles', 'Não evitamos ex-membros; são eles que escolhem se afastar da organização', 'Somente Deus pode julgar e não achamos que seremos os únicos a ser salvos', e assim por diante. Essas são mentiras sagradas para manter o nome de Jeová limpo, protegendo-o de sua própria organização, o que soa irônico e hipócrita. No caso da Noruega, por exemplo, o advogado da Watchtower pediu que as publicações e vídeos não fossem incluídos no julgamento. Parece que a própria organização tem vergonha de si mesma e de sua forma de pensar e interpretar a Bíblia.

[Atlas]

Há um padrão de duplo discurso na JW, com uma versão para membros doutrinados e outra para relações públicas. Mesmo um TJ comum sabe que a verdadeira face da religião não é palatável para todos, por isso evitam abordar questões polêmicas com conhecidos descrentes nas primeiras visitas ou início de um estudo. Essa lógica só funciona com os doutrinados; ao falar com uma pessoa comum, é necessário usar as mesmas mentiras e meias-verdades de sempre: 'Não deixamos nossos filhos morrer, apenas escolhemos o melhor tratamento para eles', 'Não evitamos ex-membros; são eles que escolhem se afastar da organização', 'Somente Deus pode julgar e não achamos que seremos os únicos a ser salvos', e assim por diante. Essas são mentiras sagradas para manter o nome de Jeová limpo, protegendo-o de sua própria organização, o que soa irônico e hipócrita. No caso da Noruega, por exemplo, o advogado da Watchtower pediu que as publicações e vídeos não fossem incluídos no julgamento. Parece que a própria organização tem vergonha de si mesma e de sua forma de pensar e interpretar a Bíblia.

Bom texto que escreveu Jacamerops,

Acho que você sintetizou muito bem o que acontece:

"Há um padrão de duplo discurso na JW, com uma versão para membros doutrinados e outra para relações públicas. Mesmo um TJ comum sabe que a verdadeira face da religião não é palatável para todos".

"Essas são mentiras sagradas para manter o nome de Jeová limpo, protegendo-o de sua própria organização, o que soa irônico e hipócrita."

É por isso, que não existe desconforto em se aderir a essas mentira ou meias verdades, pois, a própria consciência moldada pela organização, absolve a pessoa.

O seguinte ponto achei ainda mais relevante: "Parece que a própria organização tem vergonha de si mesma e de sua forma de pensar e interpretar a Bíblia".

Eu percebo isso. Nos pronunciamentos dela através de seu corpo governante e seus ajudantes eu consigo perceber que eles sabem que não estão sendo tão sinceros; que há um disfarce que é mantido a todo custo com a vontade de que seja verdade.