Evoluir ou Estagnar na vida, o que dói mais?

[Merida]

Em um primeiro momento, estagnar na vida parece passar a impressão de estabilidade, seguir na zona de conforto, ficar ali parece que não irei regredir, só não vou mudar, avançar, está tudo bem, estou respirando, isso me basta, mas isso é uma desculpa, ilusão que criamos para nos auto-sabotar.

Estagnar na vida dói muito, o nível de angústia e falta de propósito que se arrasta é uma tortura, é como arrastar correntes.

Evoluir na vida não é fácil, mas desistir é mais difícil. Evoluir envolve se olhar, se conhecer, buscar novos conhecimentos, envolve errar e aprender com o erro, envolve ser gentil com a gente mesmo e aceitar nossas limitações.

Dói evoluir, porque exige esforço, vai ter pedras no caminho, vamos visitar um dos lugares mais visitados do mundo, "o fundo do poço", alguns chamam de "a noite escura da alma", mas independente do nome, ir pra lá e conseguir sair é desafiador, mas depois que a gente conhece o caminho de volta, dói menos, e a parte boa está logo depois, evolução, umas chaves que viram na nossa mente, consciência, que geram autoconfiança.

Faz bem nos compararmos com nós mesmos, essa auto-análise nos ajuda medir o quanto evoluímos. Quem eu era há dois, trés, quatro anos atrás? Quem sou hoje? Como estava minha vida? Agora, o que melhorou?

Ter a noção das vantagens de evoluirmos, servirá de ânimo para enfrentarmos a dor de evoluir : )

[Mentalista]

A percepção da dor é menos frequente mas, sempre quando vem, é mais intensa ao se estagnar. Até porque é uma dor mascarada, que a gente finge que não está sentindo. E o cérebro tem mil formas de inventar desculpas por não termos feito o que sabemos que deveríamos ter feito.

Do outro lado, a dor da evolução é constante, porque exige sempre um pouco mais de nós mesmos. É também como aquela dor boa que temos ao praticar exercícios e depois sentir melhoras no bem-estar. Além disso, nunca haverá arrependimento por se ter conseguido uma evolução.

[Merida]

A dor é inevitável, já nascemos chorando, é o esperado, se o choro não vem, logo vem uns tapinhas, pra dar uma acordada, o choro faz parte do ser humano, fomos feitas pra sorrir e chorar.

A dor parece sinalizar que algo bom vem aí, assim como acontece com exercícios físicos, mencionado por Mentalista, depois que vemos os bons resultados, a gente supera a dor visando o bem estar.

Mas e quando dói, e agente acha que a dor vem de um local ou pessoas que nada tem a ver com a dor? Dai vem a bagunça mental, imagina, ser agredido por alguém que diz lhe proteger?

Dores com causas mal identificadas geram estagnação, por isso ambientes disfuncionais, como a organização/Seita, relacionamentos tóxicos, famílias disfuncionais, destroem nossa percepção da realidade, pois cremos que o ambiente tóxico é seguro e outros de fora, com ideias diferentes querem nosso mal, dai o tempo vai passando e a dor da estagnação toma conta.

Quando comecei me aventurar na dor da evolução, fui organizando minhas ideias, notando que ir as reuniões era como uma droga, eu sabia que me fazia mal, mas precisava daquela dose semanal de mais do mesmo, era nada com nada, mas era um vício.

Evoluir dói, mas dá significado à vida, a gente se valida, vê nosso potencial, aprende se virar bem na vida, e aos poucos vai saindo da estagnação, é um processo contínuo

A dor da evolução nos obriga sair da zona de conforto, nos obriga fechar ciclos e abrir novos, essa dor está sempre nos jogando para algo novo, seguimos autônomos, ativos, com pensamento crítico tinindo de bom, sermos assim quebra toda a graça para quem nos quer como escravos.

Aos que desejam sair da organização a dica que dou é: Evoluam, sejam fortes, aprendam a dizer não, aprendam a estabelecer limites, sejam bons não bonzinhos e, dificilmente serão vítimas de algo similar a vivência em uma Seita : )

[kyoumal]

Como diz o personagem em Naruto "A dor é inevitável, o sofrimento é opcional." Claro que tem suas controvérsias, mas ilustra bem a dor que sentimos.

Nós somos como maquinas, porém estamos sempre aprendendo e evoluindo, até de situações ruins conseguimos aprender algo, ou o que não fazer. Acho que a pessoa arriscar para algo novo é muito mais desafiador que simplesmente ficar na zona de conforto, mas é somente assim que ampliamos nossos horizontes.

Confesso que sempre levo zona de conforto com o trabalho por exemplo, mas nem sempre precisamos mudar de trabalho para evoluir. Podemos tentar um novo esporte, um novo jogo, um novo restaurante ou um outro lugar para ir. Tinha uma época que cansado da rotina, comecei a ir no cinema para distrair, mas em algum momento, aquilo também virou uma espécie de rotina para sair da rotina, no fim saber se estamos nadando ou seguindo a corrente é complicado.

Não acho de todo ruim a pessoa ter uma vida "parada", claro, ela tem que estar satisfeita com o que tem, Ao mesmo tempo não é ruim alguém que vai atrás de mais na vida.

Meu trabalho mesmo, amaria sair dele, mas percebi oq poderia fazer enquanto estou aqui, por isso comecei uma faculdade para justamente ir atrás de algo melhor. No fim todos decidimos o que é melhor para a gente e com uma sorte, podemos conseguir.

[Atlas]

Em um primeiro momento, estagnar na vida parece passar a impressão de estabilidade, seguir na zona de conforto, ficar ali parece que não irei regredir, só não vou mudar, avançar, está tudo bem, estou respirando, isso me basta, mas isso é uma desculpa, ilusão que criamos para nos auto-sabotar.

Estagnar na vida dói muito, o nível de angústia e falta de propósito que se arrasta é uma tortura, é como arrastar correntes.

Senti isso consideravelmente.

Creio que nós, que viemos de um sistema religioso fechado e exclusivista, tivemos a capacidade apurada de refletir na vida e do quão curta ela é. Começamos a perceber que, à medida que o tempo avança, menos queremos errar e mais queremos aproveitar a vida de forma sábia e significativa.

A dor da estagnação é torturante, leva ao enfado da vida e numa sensação de despropósito em que nada acontece. Se isso não for revertido, a pessoa adoece emocionalmente com consequências imprevisíveis. Isso acontece porque temos a noção do tempo e que a vida não para esperando que consertemos o nosso caminho.

[Merida]

Fico grata pelos comentários, me ajudaram ter uma reflexão: Sendo o sofrimento opcional, cada um vai decidir se prefere seguir se lamentando, remoendo a dor passada, ou se vira a página, sacode a poeira e vida que segue.

Porém isso só vai ocorrer se nossa mente estiver saudável, digo isso porque quem vive um quadro de depressão, ansiedade, sindrome do pânico, ou tem algum transtorno de personalidade, em diferentes níveis, por si só nem sempre consegue sair do sofrimento sozinho.

Ás vezes pode parecer positividade tôxica, aos olhos de quem não entende essa fala, "o sofrimento é opcional" por isso é tão importante entender a mente humana.

Faz bem observar se após uma dor grande, é difícil se modular, talvez seja hora de buscar ajuda profissional, fazer terapia, individual, em grupo, online, presencial, seja como for, pode ser uma virada de chave na vida, porque a gente se conhece também apartir do olhar do outro.

Quando a gente vive em um ambiente disfuncional, ou algum relacionamento tóxico, isso gera dependência emocional, até financeira, dai podemos estar estagnados achando que estamos evoluindo, ou podemos estar evoluindo achando que estamos estagnados, parece confuso, mas a confusão mental faz parte do jogo de abusos, isso ocorre quando perdemos a confiança em nós, seria uma tentativa de nos enlouquecer, dai pra segurar no ambiente abusivo fica mais fácil.

Sempre acredite em você, o outro mal intencionado vai farejar fragilidade muito facilmente, e vai aos poucos tentar testar seus limites, sendo invasivo, invalidando seus talentos,, a tal agressividade passivo-agressiva é comum, é como se fossemos hipnotizados, daí fazemos as coisas sem sentir, a dor vem de onde acreditamos que está o antídoto.

A pior prisão é quando a pessoa nem sabe que está presa.