A História de Um Ex-TJ não Batizado
A História de Um Ex-TJ não Batizado
Bem:
Nunca antes havia escrito mais diretamente minha vida dentro da “Dungeon” da Torre. Sempre havia sido superficial na descrição da minha experiência lá dentro, até porque nada muito dramático aconteceu.
Antes de mais nada, acho importante descrever o que é uma dungeon: trata-se de um lugar normalmente fechado, onde há perigos em toda a parte. O laboratório subterrâneo do filme Residente Evil é um bom exemplo de dungeon. Este nome é americano e o equivalente em português seria “masmorra” embora um edifício moderno cheio de perigos, também possa ser categorizado como dungeon
O Clássico desenho “Caverna do Dragão” tem como nome original “Dungeon and Dragons” um clássico RPG de mesa.
Para mim, a STV e um salão do reino é com certeza uma dungeon.
Então vou contar minha vida na Dungeon de Vigia.
Meu primeiro contato com os ensinamentos da dungeon foi aos 8 anos de idade. Eu era um tanto religioso já desde cedo, tinha um medo anormal do diabo devido à histórias que os adultos contavam na “volta da mesa” de casa.
Uma vez, numa reunião de família, eu ainda criança contei que eu havia tido um pesadelo com o tinhoso. Uma tia convidou-me para fazer um estudo bíblico sobre isso e por fim, todas as quartas feiras, lá ia eu numa inocência total, na parte da manhã estudar com ela um livro com capa cor de merda chamado: Meu Livro de Histórias Bíblicas: Praticamente um Clássico da alienação infanto-juvenil.
Bem como eu estudava muito, e lia a bíblia (Tradução do Novo Mundo de 1984) mesmo sem entender porcaria nenhuma eu começava a falar para todo mundo sobre fim do mundo, diabo e estas coisas medonhas.
Após apavorar um primo meu , minha mãe achou que era hora de eu parar de ter estudos, pois isto não estava me fazendo bem ( e nem as pessoas que conversavam comigo).
Minha tia chegou a me levar para a Dungeon do Reino umas 2 vezes e adquiri um livro que muito gostei: Evolução ou Criação. Gostava mais pela questão científica do livro: a célula enorme que aparecia numa das páginas desenvolveu meu interesse por biologia.
Bem, segui uma vida de adolescente CDF normal dali por diante, um pouco aos "trancos e barrancos" por causa da descoberta de uma epilepsia cujo gatilho era hiperventilação: Bocejar para mim era um perigo... Assim foi, até o dia que eu resolvi, no alje da minha "aburressência", voltar para lá com 16 anos.
Minha mãe e pai tinham uma assinatura da Despertai, pois achavam que certos assuntos eram propícios para trabalhos escolares e eu como ávido leitor de tudo, lia aquilo sem perceber a influência por trás das revistas.
Uma senhora muito simpática (hoje falecida, morreu de câncer de mama infelizmente) me ofereceu um estudo bíblico e eu aceitei...
Bom de início um “emocionalismo” barato se abateu sobre mim, afinal era muito interessante aquela história toda de paraíso, e fazia para mim muito sentido. O Estudo de inicio era com esta senhora, e depois um servo ministerial (gente finíssima) a substituiu porque havia uma provisão do Corpo Governante da Dungeon, que o estudo bíblico não poderia ser dado por pessoas de sexos diferentes. De início achei isso ruim, mas devido ao já debilitado estado de saúde daquela senhora, achei adequado.
Bom, lá pelos 16 anos, consegui encontrar o amor da minha vida. Após uma batalha ferrenha de Timidez VS Rogério, Rogério conseguiu vencer a timidez e conseguiu a oportunidade de ouro de estar com a moça...
E numa crise de consciência eu a deixei numa festa sozinha, pois festa com mundanos, assim como namorar mundanas é coisa do capeta e os chefes da dungeon não permitem este tipo de coisa...
Vai dizer que eu não mereço o prêmio sorvete na testa?
Bem, bem: segui pela estrada afora na dungeon jeovita percebendo a cada novo dia, como era difícil e tediante a vida de uma Tj. Mas acreditava que no novo mundo isso ia ser compensado... Então eu pregava bizarramente para todo mundo, perdi até uma ótima oportunidade de emprego para não faltar à pregação! Enfim era uma TJ exemplar:
Minha meta: ser Superintendente de Circuito...
Agora vamos a alguns pontos mais negativos disso tudo:
Eu era um pregador pedante. Um dia cheguei a chamar minha vizinha (que era beata católica) as 10h da noite mais ou menos para debater sobre bíblia, afinal eu devia salva-la do deus que eu adorava! E tinha plena convicção de que o que eu fazia era importante.
Passei a isolar-me da minha família, amigos mundanos e aos pouco deixar de lado as minhas poucas diversões mundanas nérdicas: RPG, Vídeo Game, Masturbação e essas coisas do demônio...
Eu, que nem era batizado, era um exemplo para ser seguido: não faltava uma única reunião, comentava, preparava estudos, não olhava para a bunda da gostosíssima filha do Ancião Presidente no salão do reino (só no salão do reino! ). Enfim encarnei o idealismo TJ.
Durante 5 anos foi assim, mas nunca me batizei porque eu não me considerava digno. Eu entendia o sentido dos textos bíblicos, mas nunca os decorava e achava isso um absurdo para alguém que tem a “verdade”.
Evitava até mesmo o contato com as moças para não “cair em tentação” e acabar perdendo o foco, o paraíso e a virgindade!
Bem, em 2001 foi convidado pela minha empresa para trabalhar a noite e isso me daria uma ótima oportunidade de, ao chegar em casa pela manhã, ir para pregação (blerg). Mas não consegui manter o rítmo e aos poucos fui “enfraquecendo espiritualmente”, mas fazia o melhor que eu podia.
Ocorreu então que eu parei de seguir a dungeon e por quase 5 anos eu voltava a frequentar, ficava um tempo e saía. Mesmo fora da dungeon, eu ainda mantinha um padrão de vida TJ: Não mentia (cheguei a quase apanhar uma vez por causa disso ), nunca falava um palavrão qualquer, enfim continuava sendo TJ... E alienado do mundo circundante...
Na “reta final para minha saída da dungeon torreana” , em 2004, minha mãe foi vítima de um derrame e tentava equilibrar trabalho e o cuidar dela: dava banho, vestia, dava comida, enfim foi minha filha por algum tempo...
Isso me ajudou a mudar um pouco minha visão da torre e me fez ter contato com a filosofia oriental através de livros da seisho-no-yê e auto-ajuda (estes livros possuem muitas citações budistas e taoistas). Precisava buscar forças em mim para poder “tocar” minha vida adiante.
Em 2005 já com um “pé fora da maluquice da dungeon” me apaixonei por uma garota que era estudante e quase voltei a freqüentar as reuniões por causa dela. Não fiquei com ela porque ela recém havia se separado e descobri que elas estava grávida do ex...
Bom, isso me arrasou, mas continuei indo em frente. Em 2006, já com uma visão mais bem formada sobre a filosofia oriental, ainda ficou aquela pontinha de “mas eu acho que eles ainda estão certos”. Foi então que resolvi ler sobre o outro lado, o lado da apostasia Tj... quando li o caso ONU na internet, fiquei estarrecido...
Foi uma noite bem perturbadora, eu me lembro. Fiquei uma noite inteira sem dormir olhando a carta assinada pelo corpo governante e outras insanidades da dungeon torreana.
Na manhã seguinte, em meio a uma crise de choro, catei cada folhinha que tinha sobre as Tjs coloquei numa lata de lixo e espero que o catador tenha recebido um bom trocado por isso, pois ali estava indo 10 anos jogados fora e uma porção de literatura inútil! Tenho pena das árvores cortadas para tão desonroso fim...
Dormi o dia inteiro, e de noite: minha compensação!
Recém havia ganho o dinheiro da minha rescisão então catei a grana e fui para o puteiro treinar um pouco!
Minha mãe, infelizmente veio a falecer de ataque cardíaco no mesmo ano (2006). Ano este em que eu ia comemorar pela primeira vez o ano novo com ela sem crise de consciência, pois era a festa que ela mais gostava. Ela era umbandista e desta vez eu poderia abrir a champanhe para ela como era tradição antes de eu virar Tj, mas infelizmente não chegou a tanto, ela veio a falecer em 21/11/2006.
Ao menos consegui comemorar o aniversário dela, meu, do meu irmão e o dia das mães.
Depois de tudo isso e um final de ano que por questões consciência não comemorei. Voltei a ter uma vida normal... Nérdica mas normal!
A Nível espiritual, continuei seguindo o budismo.
A Nível profissional trabalho na área de eletrônica na engenharia e em suporte ao cliente.
A nível apostático estou desde o dia que os 2 fóruns foram fundados, na verdade, o Pascoal trocou na época alguns e-mails comigo onde trocamos idéias sobre a existência de um fórum. Não sou um dos pais do fórum, mas a idéia foi compartilhada comigo quando a idéia do fórum estava começando. Havia conhecido o Pascoal ainda no Orkut, assim como outras “figuras” que por aqui “andam”.
Havia na época, inclusive, uma seção dedicada ao budismo, a religiões cristãs e outro(não lembro agora) e eu era moderador do “Sub-fórum Budismo” no antigo fórum.
Infelizmente tive de ficar longe da apostasia um tempo e os sub- fóruns que tratavam separadamente sobre religiões uniram-se sob um único dedicado aos estudos de todas as religiões, algo excelente, uma vez que o foco do fórum era outro.
A nível pessoal, bem, não é da tua conta mano!
E hoje eu estou aqui!
Gasshô
Nunca antes havia escrito mais diretamente minha vida dentro da “Dungeon” da Torre. Sempre havia sido superficial na descrição da minha experiência lá dentro, até porque nada muito dramático aconteceu.
Antes de mais nada, acho importante descrever o que é uma dungeon: trata-se de um lugar normalmente fechado, onde há perigos em toda a parte. O laboratório subterrâneo do filme Residente Evil é um bom exemplo de dungeon. Este nome é americano e o equivalente em português seria “masmorra” embora um edifício moderno cheio de perigos, também possa ser categorizado como dungeon
O Clássico desenho “Caverna do Dragão” tem como nome original “Dungeon and Dragons” um clássico RPG de mesa.
Para mim, a STV e um salão do reino é com certeza uma dungeon.
Então vou contar minha vida na Dungeon de Vigia.
Meu primeiro contato com os ensinamentos da dungeon foi aos 8 anos de idade. Eu era um tanto religioso já desde cedo, tinha um medo anormal do diabo devido à histórias que os adultos contavam na “volta da mesa” de casa.
Uma vez, numa reunião de família, eu ainda criança contei que eu havia tido um pesadelo com o tinhoso. Uma tia convidou-me para fazer um estudo bíblico sobre isso e por fim, todas as quartas feiras, lá ia eu numa inocência total, na parte da manhã estudar com ela um livro com capa cor de merda chamado: Meu Livro de Histórias Bíblicas: Praticamente um Clássico da alienação infanto-juvenil.
Bem como eu estudava muito, e lia a bíblia (Tradução do Novo Mundo de 1984) mesmo sem entender porcaria nenhuma eu começava a falar para todo mundo sobre fim do mundo, diabo e estas coisas medonhas.
Após apavorar um primo meu , minha mãe achou que era hora de eu parar de ter estudos, pois isto não estava me fazendo bem ( e nem as pessoas que conversavam comigo).
Minha tia chegou a me levar para a Dungeon do Reino umas 2 vezes e adquiri um livro que muito gostei: Evolução ou Criação. Gostava mais pela questão científica do livro: a célula enorme que aparecia numa das páginas desenvolveu meu interesse por biologia.
Bem, segui uma vida de adolescente CDF normal dali por diante, um pouco aos "trancos e barrancos" por causa da descoberta de uma epilepsia cujo gatilho era hiperventilação: Bocejar para mim era um perigo... Assim foi, até o dia que eu resolvi, no alje da minha "aburressência", voltar para lá com 16 anos.
Minha mãe e pai tinham uma assinatura da Despertai, pois achavam que certos assuntos eram propícios para trabalhos escolares e eu como ávido leitor de tudo, lia aquilo sem perceber a influência por trás das revistas.
Uma senhora muito simpática (hoje falecida, morreu de câncer de mama infelizmente) me ofereceu um estudo bíblico e eu aceitei...
Bom de início um “emocionalismo” barato se abateu sobre mim, afinal era muito interessante aquela história toda de paraíso, e fazia para mim muito sentido. O Estudo de inicio era com esta senhora, e depois um servo ministerial (gente finíssima) a substituiu porque havia uma provisão do Corpo Governante da Dungeon, que o estudo bíblico não poderia ser dado por pessoas de sexos diferentes. De início achei isso ruim, mas devido ao já debilitado estado de saúde daquela senhora, achei adequado.
Bom, lá pelos 16 anos, consegui encontrar o amor da minha vida. Após uma batalha ferrenha de Timidez VS Rogério, Rogério conseguiu vencer a timidez e conseguiu a oportunidade de ouro de estar com a moça...
E numa crise de consciência eu a deixei numa festa sozinha, pois festa com mundanos, assim como namorar mundanas é coisa do capeta e os chefes da dungeon não permitem este tipo de coisa...
Vai dizer que eu não mereço o prêmio sorvete na testa?
Bem, bem: segui pela estrada afora na dungeon jeovita percebendo a cada novo dia, como era difícil e tediante a vida de uma Tj. Mas acreditava que no novo mundo isso ia ser compensado... Então eu pregava bizarramente para todo mundo, perdi até uma ótima oportunidade de emprego para não faltar à pregação! Enfim era uma TJ exemplar:
Minha meta: ser Superintendente de Circuito...
Agora vamos a alguns pontos mais negativos disso tudo:
Eu era um pregador pedante. Um dia cheguei a chamar minha vizinha (que era beata católica) as 10h da noite mais ou menos para debater sobre bíblia, afinal eu devia salva-la do deus que eu adorava! E tinha plena convicção de que o que eu fazia era importante.
Passei a isolar-me da minha família, amigos mundanos e aos pouco deixar de lado as minhas poucas diversões mundanas nérdicas: RPG, Vídeo Game, Masturbação e essas coisas do demônio...
Eu, que nem era batizado, era um exemplo para ser seguido: não faltava uma única reunião, comentava, preparava estudos, não olhava para a bunda da gostosíssima filha do Ancião Presidente no salão do reino (só no salão do reino! ). Enfim encarnei o idealismo TJ.
Durante 5 anos foi assim, mas nunca me batizei porque eu não me considerava digno. Eu entendia o sentido dos textos bíblicos, mas nunca os decorava e achava isso um absurdo para alguém que tem a “verdade”.
Evitava até mesmo o contato com as moças para não “cair em tentação” e acabar perdendo o foco, o paraíso e a virgindade!
Bem, em 2001 foi convidado pela minha empresa para trabalhar a noite e isso me daria uma ótima oportunidade de, ao chegar em casa pela manhã, ir para pregação (blerg). Mas não consegui manter o rítmo e aos poucos fui “enfraquecendo espiritualmente”, mas fazia o melhor que eu podia.
Ocorreu então que eu parei de seguir a dungeon e por quase 5 anos eu voltava a frequentar, ficava um tempo e saía. Mesmo fora da dungeon, eu ainda mantinha um padrão de vida TJ: Não mentia (cheguei a quase apanhar uma vez por causa disso ), nunca falava um palavrão qualquer, enfim continuava sendo TJ... E alienado do mundo circundante...
Na “reta final para minha saída da dungeon torreana” , em 2004, minha mãe foi vítima de um derrame e tentava equilibrar trabalho e o cuidar dela: dava banho, vestia, dava comida, enfim foi minha filha por algum tempo...
Isso me ajudou a mudar um pouco minha visão da torre e me fez ter contato com a filosofia oriental através de livros da seisho-no-yê e auto-ajuda (estes livros possuem muitas citações budistas e taoistas). Precisava buscar forças em mim para poder “tocar” minha vida adiante.
Em 2005 já com um “pé fora da maluquice da dungeon” me apaixonei por uma garota que era estudante e quase voltei a freqüentar as reuniões por causa dela. Não fiquei com ela porque ela recém havia se separado e descobri que elas estava grávida do ex...
Bom, isso me arrasou, mas continuei indo em frente. Em 2006, já com uma visão mais bem formada sobre a filosofia oriental, ainda ficou aquela pontinha de “mas eu acho que eles ainda estão certos”. Foi então que resolvi ler sobre o outro lado, o lado da apostasia Tj... quando li o caso ONU na internet, fiquei estarrecido...
Foi uma noite bem perturbadora, eu me lembro. Fiquei uma noite inteira sem dormir olhando a carta assinada pelo corpo governante e outras insanidades da dungeon torreana.
Na manhã seguinte, em meio a uma crise de choro, catei cada folhinha que tinha sobre as Tjs coloquei numa lata de lixo e espero que o catador tenha recebido um bom trocado por isso, pois ali estava indo 10 anos jogados fora e uma porção de literatura inútil! Tenho pena das árvores cortadas para tão desonroso fim...
Dormi o dia inteiro, e de noite: minha compensação!
Recém havia ganho o dinheiro da minha rescisão então catei a grana e fui para o puteiro treinar um pouco!
Minha mãe, infelizmente veio a falecer de ataque cardíaco no mesmo ano (2006). Ano este em que eu ia comemorar pela primeira vez o ano novo com ela sem crise de consciência, pois era a festa que ela mais gostava. Ela era umbandista e desta vez eu poderia abrir a champanhe para ela como era tradição antes de eu virar Tj, mas infelizmente não chegou a tanto, ela veio a falecer em 21/11/2006.
Ao menos consegui comemorar o aniversário dela, meu, do meu irmão e o dia das mães.
Depois de tudo isso e um final de ano que por questões consciência não comemorei. Voltei a ter uma vida normal... Nérdica mas normal!
A Nível espiritual, continuei seguindo o budismo.
A Nível profissional trabalho na área de eletrônica na engenharia e em suporte ao cliente.
A nível apostático estou desde o dia que os 2 fóruns foram fundados, na verdade, o Pascoal trocou na época alguns e-mails comigo onde trocamos idéias sobre a existência de um fórum. Não sou um dos pais do fórum, mas a idéia foi compartilhada comigo quando a idéia do fórum estava começando. Havia conhecido o Pascoal ainda no Orkut, assim como outras “figuras” que por aqui “andam”.
Havia na época, inclusive, uma seção dedicada ao budismo, a religiões cristãs e outro(não lembro agora) e eu era moderador do “Sub-fórum Budismo” no antigo fórum.
Infelizmente tive de ficar longe da apostasia um tempo e os sub- fóruns que tratavam separadamente sobre religiões uniram-se sob um único dedicado aos estudos de todas as religiões, algo excelente, uma vez que o foco do fórum era outro.
A nível pessoal, bem, não é da tua conta mano!
E hoje eu estou aqui!
Gasshô
(^_^)
Re: A História de Um Ex-TJ não Batizado
Legal, Rogério. Nunca tinha lido com detalhes sua vida dentro dos muros da torre, q bom vc não chegou a se batizar e nem ficou muito tempo por lá. Quem dera eu tivesse tido essa sorte, teria tido uma adolescência e início de juventude mais normal e feliz, e teria namorado mais. E vc conheceu o mundo tejotano mais ou menos com a mesma idade que eu aos 8 anos, quando minha mãe teve então os primeiros contatos imediatos com aqueles seres de pasta e bíblias na mão.
Editado pela última vez por alam_cruz em 31 Ago 2009 09:40, em um total de 1 vez.
Abaixo a Torre de Vigia, por nos ter roubado tanto tempo de nossas vidas e nos ter enchido de falsas utopias! Como é doce o sabor da liberdade e da verdadeira felicidade!
- Dinoha Arantes
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- Registrado em: 05 Dez 2008 00:08
Re: A História de Um Ex-TJ não Batizado
amigo, que historia nefasta (como muitas outras aqui). É triste que tenha perdido sua adolescencia, mas, fico feliz que tenha recobrado a consciencia. Continue sua luta para salvar mais vidas de la.
abs
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- pascoalnaib
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- Registrado em: 31 Out 2008 16:34
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Re: A História de Um Ex-TJ não Batizado
Grande Rogério...legal saber desses detalhes a mais. Muito parecido a sua atitude de TJ comigo. Eu fui chamado de gay porque nos congressos só trabalhava e não ia atrás das irmãzinhas (em nenhum sentido mesmo ).
Bem...eu tinha uma linda garota apaixonada por mim e eu decidi me batizar e deixar ela de lado...pouco antes do batismo me arrependi e fui atrás dela...tomei um belo e merecido chute...aí virei TJ!E numa crise de consciência eu a deixei numa festa sozinha, pois festa com mundanos, assim como namorar mundanas é coisa do capeta e os chefes da dungeon não permitem este tipo de coisa...
Vai dizer que eu não mereço o prêmio sorvete na testa?
Re: A História de Um Ex-TJ não Batizado
Rogerio,
ainda bem que existe reciclagem de papel!
Tomara que seus 10 de publicaçoes tenham sido usados para algum fim mais nobre rsrs
Confesso que em alguns pontos da sua historia, senti uma pontada de nostalgia, dos meus tempos de salão... mas passou rapidinho rsrsrs
Grande abraço!
ainda bem que existe reciclagem de papel!
Tomara que seus 10 de publicaçoes tenham sido usados para algum fim mais nobre rsrs
Confesso que em alguns pontos da sua historia, senti uma pontada de nostalgia, dos meus tempos de salão... mas passou rapidinho rsrsrs
Grande abraço!
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- Nanda Lima
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Re: A História de Um Ex-TJ não Batizado
É muito interessante ler as experiências dos foristas, especialmente quando é de alguém que admiramos. É como se conhecêssemos mais de perto a pessoa. Sai um pouquinho do 'campo virtual' - nem que seja virtualmente.Rogério escreveu:Bem:
Nunca antes havia escrito mais diretamente minha vida dentro da “Dungeon” da Torre. Sempre havia sido superficial na descrição da minha experiência lá dentro, até porque nada muito dramático aconteceu.
Eita, eu também! Apesar de não ter nascido em uma família religiosa, eu lia a Bíblia sozinha quando era bem novinha, rezava e questionava algumas doutrinas católicas. CDF religiosa!Rogério escreveu:Meu primeiro contato com os ensinamentos da dungeon foi aos 8 anos de idade. Eu era um tanto religioso já desde cedo, tinha um medo anormal do diabo devido à histórias que os adultos contavam na “volta da mesa” de casa.
É, merece... Mas também, quem de nós não fez algo parecido quando éramos TJs? Eu não perdi o homem da minha vida, mas perdi algumas oportunidades.Rogério escreveu:Bom, lá pelos 16 anos, consegui encontrar o amor da minha vida. Após uma batalha ferrenha de Timidez VS Rogério, Rogério conseguiu vencer a timidez e conseguiu a oportunidade de ouro de estar com a moça...
E numa crise de consciência eu a deixei numa festa sozinha, pois festa com mundanos, assim como namorar mundanas é coisa do capeta e os chefes da dungeon não permitem este tipo de coisa...
Vai dizer que eu não mereço o prêmio sorvete na testa?
As Tjs são mesmo malucas. Os jovens TJs não podem namorar, sair, assistir os melhores filmes, ouvir as melhores músicas. Enfim, não podem viver. Eu também passei por isso. Não saía, não namorava, não ia às festas da família, da escola e do trabalho e ainda diziam que eu teria que ouvir as músicas que gosto, assistir aos filmes que gosto, ler os livros de ficção... Acho que ia acabar me matando...Rogério escreveu:Passei a isolar-me da minha família, amigos mundanos e aos pouco deixar de lado as minhas poucas diversões mundanas nérdicas: RPG, Vídeo Game, Masturbação e essas coisas do demônio...
E viva ao Supremo Monstro do Espaguete Voador, por libertar nosso irmão Rogério das artimanhas de Regimius, nosso inimigo!!! Ramém...
"Somos os filhos da revolução
Somos burgueses sem religião
Nós somos o futuro da nação
Geração Coca-Cola." - Legião Urbana
Somos burgueses sem religião
Nós somos o futuro da nação
Geração Coca-Cola." - Legião Urbana
Re: A História de Um Ex-TJ não Batizado
Interessante teu depoimento Rogério....
Me fez relembrar meu tempo de TJ fanática. Eu também era um pé no saco....
Me fez relembrar meu tempo de TJ fanática. Eu também era um pé no saco....
Canto para mim qualquer coisa assim sobre você
que explique a minha paz
Tristeza nunca mais...
que explique a minha paz
Tristeza nunca mais...
- mulhermaravilha
- Forista
- Mensagens: 104
- Registrado em: 29 Ago 2009 17:58
Re: A História de Um Ex-TJ não Batizado
Se, eu tivesi ficado, lá ; minha filha e meu filho terião esta mesma vida .E com certeza irião se frustrar muito no futuro. porque meu filho é muito namorador. Eu e o pai nunca proibimos mesmo estando lá dentro, ele não era batizado e nós não o forçavmos a nada , só davamos conselho.
- Abenildo
- Administrador
- Mensagens: 4503
- Registrado em: 01 Nov 2008 07:37
- Localização: Caruaru-PE
- Contato:
Re: A História de Um Ex-TJ não Batizado
Rogério, meu grande!
Que história meu compadre!
Eu já fui cascudão também, teve um tempo que ...
Perdi garotas, trabalhos, tempo! Aff!!!
Meu querido, tenho um imenso prazer em contar contigo como colega de fórum!
Um grande cheiro e ... GASSHÔ!!!
Que história meu compadre!
Eu já fui cascudão também, teve um tempo que ...
Perdi garotas, trabalhos, tempo! Aff!!!
Meu querido, tenho um imenso prazer em contar contigo como colega de fórum!
Um grande cheiro e ... GASSHÔ!!!
Nós somos madeira de lei que cupim não rói!!!! Ariano Suassuna, Capiba.
-
- Novo (a) Forista
- Mensagens: 6
- Registrado em: 23 Ago 2009 20:52
Re: A História de Um Ex-TJ não Batizado
caro amigo,
que ótimo que não teve muito envolvimento com eles vc não imagina como sofro ainda hoje depois de 06 anos com que passi dentro da torre.
Bjs
que ótimo que não teve muito envolvimento com eles vc não imagina como sofro ainda hoje depois de 06 anos com que passi dentro da torre.
Bjs
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