Ex Testemunhas de Jeová

Esclarecido92 escreveu:Eu nunca me batizei de fato. Foi tudo encenação aos 19 anos por espontânea pressão. Não teve oração de dedicação nem nada. Só dei o mergulho e aceitei os parabéns.

Eu também tenho esse pensamento porque não fiz oração de dedicação também. Mas estou desassociado fazem 6 anos e não tenho interesse nenhum em voltar ou ter qualquer contato para uma possibilidade de anulação de batismo. A questão é que minha família me trata exatamente como um desassociado e infelizmente ainda moro no mesmo teto ......mas também não sei se haveria alguma diferença caso não tivesse me batizado. Acredito que o tratamento deles comigo seria basicamente o mesmo!

Eu creio que eu também poderia ter a anulação do meu batismo. Quando me batizei, estava ''vivendo em pecado'', só pensava em sair, curtir...tinha 18 anos. Mas me fazia de boa moça, irmã zelosa no dia do meu batismo mesmo, chegando em casa da assembléia eu saí, bebi e cheguei ruim em casa...meus pais não falaram nada, meu pai apenas me abraçou e me colocou pra dormir (ele não é TJ), minha mãe se batizou junto comigo e não disse nada também. Depois desse dia eu mudei, segui tudo certinho por 03 anos...aí desandou de novo. Levei uma vida dupla por 03 anos e parei de frequentar as reuniões, estou inativa tem 05 anos.


Um dos meus clicks é o tal do amor cristão.
Desde que fiquei inativa, recebi 01 visita de pastoreio, que foi feita no SR ainda, alguns meses após eu ter deixado de frequentar as reuniões. Depois disso, nunca mais!!! E os queridos irmãos que me encontram na rua, mal olham pra mim kkkkkkk alguns irmãos (homens) ainda cumprimentam, mas a maioria (mulheres) atravessam a rua. Chega a ser engraçado, parece que tenho alguma doença contagiosa kkkkkk

Meu click foi quando resolvi sair como pioneiro auxiliar, os regulares então todos felizes se ofereciam pra me ajudar a cumprir as horas e de quebra tentar me fazer ser regular também, foi nessa época que quase decido abandonar os estudos para virar pioneiro regular. Foi quando percebi que os pioneiros pouco estavam preocupados em ajudar alguém, a unica preocupação era cumprir horas e colocar no relatório, independente de ter ou não ajudado alguém. Certo pioneiro me aconselhou: "Você fica no campo até certo horário, ai você depois pode resolver qualquer assunto seu, quando você for voltar pra casa você deixa um ou outro folheto com quem você encontrar no caminho de volta, assim você pode contar que ficou trabalhando desde cedo".

Depois disso soube de um caso de uma pessoa da congregação que tentou abusar da filha de outro irmão (na época ela tinha 7 anos), felizmente ele não conseguiu e quase apanhou do pai da criança que conseguiu proteger a filha dele. Mas apesar de tudo, ele não possuía privilégio algum e por isso não recebeu nenhum tipo de punição e o caso foi jogado embaixo do tapete.

Esses foram os que começaram a me acordar. Com o tempo fui vendo mais coisas, depois fui alertado por um familiar que começou a estudar as doutrinas a fundo, e por ultimo um superintendente viajante (sim, ele provavelmente é um dissidente) me avisou para ter cuidado, pois assim como os Judeus do passado a torre poderia perder a aprovação de Deus, se é que algum dia teve (palavras dele).

O meu click foi quando eu tive uma estudante (sim, uma mulher) e isso gerou uma polêmica na congregação. Ela só queria estudar se fosse comigo e a partir disso os anciãos deixaram. Isso me abalou um pouco, mas tudo bem.
Depois essa mesma estudante, que sempre me fazia perguntas desafiadoras, me perguntou por que a torre era a religião verdadeira e se alguém poderia ser salvo mesmo fora da torre.
Eu fui na bíblia e disse que sim, que poderia acontecer de pessoas serem salvas mesmo fora da torre, mas aí bateu de frente com os dogmas. Esse choque de bíblia com dogmas me fez despertar aos poucos, pois não são nem um nem dois , são inúmeros dogmas da torre que vão de encontro com a bíblia.
A partir disso eu acordei.

JuniorxD escreveu:O meu click foi quando eu tive uma estudante (sim, uma mulher) e isso gerou uma polêmica na congregação. Ela só queria estudar se fosse comigo e a partir disso os anciãos deixaram. Isso me abalou um pouco, mas tudo bem.
Depois essa mesma estudante, que sempre me fazia perguntas desafiadoras, me perguntou por que a torre era a religião verdadeira e se alguém poderia ser salvo mesmo fora da torre.
Eu fui na bíblia e disse que sim, que poderia acontecer de pessoas serem salvas mesmo fora da torre, mas aí bateu de frente com os dogmas. Esse choque de bíblia com dogmas me fez despertar aos poucos, pois não são nem um nem dois , são inúmeros dogmas da torre que vão de encontro com a bíblia.
A partir disso eu acordei.

Parabéns, realmente são muitos dogmas bem nada a ver e muitos são até mesmo contraditórios por si só. Uma coisa que sempre questionei, se o serviço de pregação é voluntário, porque me criticam se eu deixo de ir um domingo?

Uma curiosidade se me permite: qual o motivo dela só querer estudar com você? Sem querer ser intrometido, mas fiquei curioso.

Eu acho que já nasci com o click crickado kkkkkk sempre tive dúvidas sobre ensinamentos, mas passava por cima delas, pois 'geová' iria ligar o pisca pisca e eu iria entender tudo no tempo certo sem contar que meu pai falava: cuidado com questionamentos, voce pode estar indo contra o C.G e pecar contra o espirito santo.....pensa numa pessoa que bambeava as perna de medo Porém a flagrante FALTA, AUSÊNCIA, INEXISTÊNCIA do amor foi o que mais me decepcionou e me chamou atenção na seita do satan. Fez com que eu indagasse: Como a única religião verdadeira do universo, identificada pelo amor cristão, fraternidade mundial e blablabla podia ter membros tão mesquinhos, falsos e egoístas?!?!?!? Este foi meu maior despertar.... Grória!!!!!

Meu click foi quando passei a estudar lógica argumentativa e raciocínio lógico pra concurso. Aí pesquisando no YouTube achei uns vídeos do Paulo Savio falando sobre "técnicas falaciosas da Torre". Como eu já me sentia confiante em analisar se um argumento é válido ou falacioso, assisti os vídeos pra ver se era verdade. Até pq eu já estava farto com a autoridade intelectual q a Torre impõe, coisa q é bem criticada na lógica argumentativa. Como assim pra entender a Bíblia é só com a interpretaçâo deles? Tá escrito em português e eu não sou nenhum retardado, não passei fome na infância. Como assim não sou capaz de entende la sozinho?

Descobri que exitiu um tal de Raymond Franz que saiu do corpo governante ! Li seu livro CRISE DE CONSCIÊNCIA, ai ..........

Abramovich escreveu:

JuniorxD escreveu:O meu click foi quando eu tive uma estudante (sim, uma mulher) e isso gerou uma polêmica na congregação. Ela só queria estudar se fosse comigo e a partir disso os anciãos deixaram. Isso me abalou um pouco, mas tudo bem.
Depois essa mesma estudante, que sempre me fazia perguntas desafiadoras, me perguntou por que a torre era a religião verdadeira e se alguém poderia ser salvo mesmo fora da torre.
Eu fui na bíblia e disse que sim, que poderia acontecer de pessoas serem salvas mesmo fora da torre, mas aí bateu de frente com os dogmas. Esse choque de bíblia com dogmas me fez despertar aos poucos, pois não são nem um nem dois , são inúmeros dogmas da torre que vão de encontro com a bíblia.
A partir disso eu acordei.

Parabéns, realmente são muitos dogmas bem nada a ver e muitos são até mesmo contraditórios por si só. Uma coisa que sempre questionei, se o serviço de pregação é voluntário, porque me criticam se eu deixo de ir um domingo?

Uma curiosidade se me permite: qual o motivo dela só querer estudar com você? Sem querer ser intrometido, mas fiquei curioso.

Ela namorava um rapaz de família TJ, ele não era batizado, mas tinha aquele convívio. A mãe dele já tinha tentado, a irmã e várias pessoas, mas ela não suportava ninguém. Como eu era uma Tj diferente, mais lúcido e mais moderno, ela acabou aceitando, já que eu era mais flexível.

Parafraseando a amiga @amoragolpe, eu Tb acho que nasci com o click. Desde pequena não queria ir pra reunião, mas e gente antigamente era pior ainda pois não tinha reunião de semana no salão. Tinha estudo de livro de congregação na casa de alguém, e reunião propriamente dita era sábado e domingo! Era um inferno. Estudo família eu fugia que nem diabo da cruz. Estudo pessoal? Não sei o que é isso. Odiava ler as coisas da torre.
Mas chega-se numa idade em que vc sente a necessidade de fazer parte de um grupo. Tive mtos amigos tjs, tentava ser que nem eles, em sua grande maioria tudo certinho... Isso durou um tempo.
Em conversa com familiares que não são tjs, longas conversas diga-se de passagem, meu click foi tomando uma proporção que não cabia mais dentro de mim e parei de ir pro salão. Nunca concordei com os relatórios (ter de fazer horas e relatar quantas, como, onde e por que), a atividade de casa e a casa também nunca concordei (sempre achei que estavam fazendo errado, que o caminho não era esse), o preconceito que a torre sempre fez questão de demonstrar com quem é não era de lá (sobre outras denominações religiosas, filosóficas, e etc).
Fui refletindo e ainda reflito. Quem já foi de lá, durante mto tempo como eu, não é fácil. Parece que por um bom tempo vc ainda vive coagido pelos pensamentos da torre. Demora a torre sair da cabeça. Eu me esforço.
Me sinto livre, meus filhos são livres e isso não tem preço.
Existe um mundo fora das tjs que não é o que elas pintam. Que vc vai sair e se lascar na vida, que não dá pra confiar em ninguém, que a verdadeira felicidade só está lá. Mentira gente.
Só não saí fora com a dessassociacao por conta de família lá. O contato já não é grande mas não quero cortar esse pouco contato dos avós e meus filhos. Por amor aos meus filhos. Eles não merecem passar pelo desprezo deles por minha causa.