Ex Testemunhas de Jeová

Eu fico muito triste de ver meus amigos de infância não falando comigo, eu stalkeio eles no facebook e a tristeza que bate é grande, mas nada se compara à perda da minha mãe. É um absurdo na minha cabeça pensar que a gente pode morrer sem que ela fale comigo nem mesmo um oi. Aí me bateu a ideia: voltar pra torre e depois ser um afastado, eu teria que ter muito cuidado na minha vida dupla de bissexual, e ao mesmo tempo eu vou estar de novo na igreja que destruiu minha adolescência. Peço a vocês conselhos. O que eu devo ou poso fazer?

Isso é algo que só diz respeito a você!
Se você sente a falta, volte por eles.

Só quem vive na pele , pode avaliar e fazer sua decisão. E não cabe a ninguém julgar.

RodrigoPrado escreveu:Eu fico muito triste de ver meus amigos de infância não falando comigo, eu stalkeio eles no facebook e a tristeza que bate é grande, mas nada se compara à perda da minha mãe. É um absurdo na minha cabeça pensar que a gente pode morrer sem que ela fale comigo nem mesmo um oi. Aí me bateu a ideia: voltar pra torre e depois ser um afastado, eu teria que ter muito cuidado na minha vida dupla de bissexual, e ao mesmo tempo eu vou estar de novo na igreja que destruiu minha adolescência. Peço a vocês conselhos. O que eu devo ou poso fazer?

São pesos muito grandes a ponderar.
Pelos amigos eu diria que não vale a pena. Você mudou, tem outra visão do mundo, experiência, assuntos... e eles continuam sendo as mesmas TJs de sempre. Vá, mate a saudade e veja o quanto estagnaram. Acredito que você não dará conta de voltar por eles.

Já pela mãe o peso é outro.

Voltar para a organização envolve ser cobrado em presença nas reuniões, usar terno, fazer campo e o pior - ser vigiado.

Tem que pesar muito para ver se vale a pena. Pelos amigos eu diria que sai mais barato fazer novas amizades no mundo.

kooboo escreveu:

RodrigoPrado escreveu:Eu fico muito triste de ver meus amigos de infância não falando comigo, eu stalkeio eles no facebook e a tristeza que bate é grande, mas nada se compara à perda da minha mãe. É um absurdo na minha cabeça pensar que a gente pode morrer sem que ela fale comigo nem mesmo um oi. Aí me bateu a ideia: voltar pra torre e depois ser um afastado, eu teria que ter muito cuidado na minha vida dupla de bissexual, e ao mesmo tempo eu vou estar de novo na igreja que destruiu minha adolescência. Peço a vocês conselhos. O que eu devo ou poso fazer?

São pesos muito grandes a ponderar.
Pelos amigos eu diria que não vale a pena. Você mudou, tem outra visão do mundo, experiência, assuntos... e eles continuam sendo as mesmas TJs de sempre. Vá, mate a saudade e veja o quanto estagnaram. Acredito que você não dará conta de voltar por eles.

Já pela mãe o peso é outro.

Voltar para a organização envolve ser cobrado em presença nas reuniões, usar terno, fazer campo e o pior - ser vigiado.

Tem que pesar muito para ver se vale a pena. Pelos amigos eu diria que sai mais barato fazer novas amizades no mundo.

Obrigado pelo conselho amigo, eu acho que não aguentaria a vida de TJ de novo, e sim, eu fiz muitas amizades no mundo, só a saudade da minha mãe que aperta, ela está no estado do rio e eu estou
em recife. Eu quero voltar ao rio, quem sabe ela não desobedece e fala um pouco comigo, pelo menos um oi, mas minha mãe é uma TJ muito fanática, por isso talvez nem role isso.

Então está decidido: não vou fazer essa loucura jamais.

O que fiz foi me distanciar o máximo que pude da minha "vida anterior". Bloqueei todo mundo que conhecia e reduzi o contato ao máximo com os que precisava manter.
Mudei de cidade, de vida, de círculo social.

Se você ainda é jovem o que posso dizer é: aproveite pra dar um restart na sua vida.
Voltar pra uma prisão só porque alguns conhecidos permanecem lá, pra mim, é um preço muito alto pra pagar. Tem muitos que percebem os podres da organização e não conseguem se livrar por estarem afogados demais e impossibilitados de reiniciar a própria vida.

Eu prefiro manter o máximo de distância possível daquele mundo. Posso te dizer que tem me feito um bem enorme.

Vou contar o caso de uma amiga. Ela foi desassociada, descobriu a vdd. Não suportava estar dentro do salão. Mas voltou apenas para ter o contado com mãe, pai e irmãos. Pois eram muito apegados.
Ela voltou, foi a algumas reuniões, foi em algumas comemorações e depois parou tudo.
Hoje não vai a mais nada, tem avisa dela é contato com a família.
Ela faz as coisas dela de modo discreto, e mora em uma cidade vizinha. É uma boa alternativa para quem precisa estar com a família. Eu penso q viver como tj por alguém, tem q ser nada tão pesado para te fazer feliz e a outra pessoa tbm. Mas qd é pesado demais esse cargo, mas vc sente muita falta das pessoas q ama, apenas volte para ter convivência, seja discreto.

Mas essa decisão é somente sua. Eu faria como essa minha amiga.

Uma segunda alternativa é -
Seis meses de reunião, é readmitido e nunca mais volta. Muita gente faz isso.

O que vale para as TJs é o que anunciado na tribuna. Anunciou readmissão, então tá tudo certo.
De repente, algum ancião 'infiltrado´pode dar uma força no processo.

kooboo escreveu:Uma segunda alternativa é -
Seis meses de reunião, é readmitido e nunca mais volta. Muita gente faz isso.

O que vale para as TJs é o que anunciado na tribuna. Anunciou readmissão, então tá tudo certo.
De repente, algum ancião 'infiltrado´pode dar uma força no processo.

Nossa seria uma ótima ideia! Vou pesar aqui e quando eu voltar pro rio eu talvez faça isso.