Sim, pensei e o impacto seria muito baixo. Uma coisa que aprendi por ler tantos relatos aqui no fórum e pela experiência pessoal é que o modo de tratar certos assuntos difere muito de congregação para congregação, ou região ou mesmo país.kooboo escreveu:Excetuando o fato de você ainda ir ao campo, diria que a negociação está aceitável.Dr. Schultz escreveu:....
PS. Essa é a minha situação, a minha esposa e meus sentimentos. Obviamente, sei que nem toda relação é como a minha então não, isso não é um guia definitivo, rsrs.
A compreensão da sua esposa difere da maioria dos cenários que encontramos entre os dissidentes, muitos cônjuges se sentem na obrigação de salvar ou abandonar o descrente. E o pior, os anciãos endossam que é melhor separar que ficar com um apóstata.
De repente, se você parasse de fazer campo, sua situação poderia se complicar ligeiramente na congregação, mas, já pensou no impacto disso?
Dois pontos aí no que flw kooboo, que pelo que compreendi você fez uma relação (me corrija se entendi errado):
1- Se eu parar de ir no campo não serei automaticamente um apóstata, então não haveria sequer a sugestão de separação. Ninguém sabe das minhas opiniões claras sobre a seita, exceto minha esposa e eu sei que ela nunca me exporia de tal forma, me caguetando ou algo do tipo. Meu nível de confiança nela é esse e nunca tive motivo pra duvidar.
2- Nem todo ancião endossa a separação por apostasia. Após aquele fatídico artigo da Sentinela que claramente abria margem para essa aplicação, conversei com diversos anciãos de forma informal e, pelo menos aqui na região que moro, ninguém entendeu que se deva aplicar isso como sugestão para o casal. Via de regra, os anciãos aqui não se metem nesse vespeiro no sentido de sugerir a separação. Até porque isso contradiz outras orientações que dizem claramente que "cada um levará sua própria carga", e os anciãos não devem dizer aos outros o que fazer ou não.
E o Kosta tocou num ponto muito interessante sobre o campo. Eu ODEIO ir no campo, sério... me irrita profundamente. Mas sabe qtas vezes eu fui esse mês? 0! E quantas horas vou entregar no relatório? Sei lá, umas 7. E é assim que se leva.
Mês passado fui uma vez e trabalhei com minha esposa e falamos de assuntos aleatórios, e não entregamos um papelzinho...
Aprendi a enrolar, ludibriar e dar risada da situação.
Então, eu entendo que é muito difícil manter um relacionamento justamente porque no início nós levamos tudo isso muito a sério. No sentido de que estamos sufocados, privados de liberdade, isso é muito latente logo que descobrimos a Verdade.
Mas se soubermos ter sangue frio, se aplicarmos a tolerância na prática, se formos empáticos e principalmente (e porque não dizer essencialmente), se amarmos verdadeiramente quem está do nosso lado, sim é possível permanecer juntos.
Será pra sempre? Ninguém tem como saber. Mas na minha situação eu digo que vale a pena tentar.