O texto original está aqui --> http://soullisa.com/blog/objetivos/
Há outros textos em que eu falo sobre prejuízos pessoais que a Torre me deu, mas tudo bem maquiado claro mas que não convém citar aqui já que o foco principal dos textos não é a Torre e sim eu mesma.
Enfim, o texto é o seguinte:
Em nossa vida, durante nosso desenvolvimento somos inevitavelmente apresentados ao mundo que nos cerca de forma bem seletiva. Degustamos o mundo não como um buffet, mas sim à lá carte onde somos apresentados a pessoas, cultura, ambientes, educação, estudos e principalmente religião que se encaixam num certo perfil.
O que influencia também em tal degustação são as projeções que nossos pais nos impõem. Querem que nos comportemos como bons cristãos, seguimos uma carreira teocrática, tudo baseado na religião e com isso nos colocam filtros para que enxerguemos apenas aquilo que nos é “proveitoso”.
E por termos este filtro, fazemos nossas escolhas do que queremos ser na vida de acordo com o que vemos, que no caso já é bem limitado. Claro que isso tem suas exceções, mas no geral o padrão é esse mesmo.
Por exemplo: em uma família de médicos a criança pode crescer pensando se vai ser ortopedista ou oncologista. Em uma família de músicos a criança cresce pensando se vai ser cantor ou baterista.
Na minha família eu cresci pensando se cresceria sendo pioneira, comiltre, trabalharia no CRC ou se mudaria para alguma cidadezinha onde havia “necessidade” de pregação.
Eu percebi certo padrão de comportamento em pessoas de diferentes formações. Tal comportamento em que a pessoa não se empenha tanto em seus objetivos teocráticos como se empenha em coisas banais ou hobby. Isso me deixou bem confusa e comecei a raciocinar sobre o fato.
Não entendia como a pessoa pode deixar um desejo ou sonho de tal carreira espiritual em segundo plano enquanto, por vezes, gasta tempo com hobbies ou simplesmente não fazendo nada. (Sim eu também fazia isso).
No geral não há nada que impeça o comprometimento com tal meta. O que eu penso sobre isso é que a pessoa não tem esse sonho no intimo, é apenas fruto de se viver no meio TJ.
Vejo familiares e amigos dizendo que querem fazer o mesmo que eu queria, pregar, dar o melhor para
Vejo também recursos que poderiam ser gastos em uma possível viagem, para o Amazonas ou outro lugar que haja necessidade, sendo gastos em gibis, maquiagem, roupas. Nada disso é errado, pelo contrário, tudo isso é o açúcar de nossa vida. O problema aqui está em dizer uma coisa e agir contra isso.
Pense numa pessoa que seu sonho é ser um grande artista, por mais que queira gastar seu dinheiro e tempo em outras coisas ele usa para treinar cada vez mais e o dinheiro usa para comprar materiais mais profissionais.
No meu caso, assim que comecei a ver outros caminhos como possibilidade, eu vi que aqueles sonhos não eram meus. Passei a dar mais atenção a hobbys, vendo neles também o meu futuro profissional.
Agora eu vejo que consigo gastar meus recursos e tempo em alguma meta minha. Não tenho mais aquela preguiça de fazer algo e se me disserem “Gaste menos tempos em filmes e séries e leia e escreva mais” não vou guardar este conselho na gaveta como fazia, vou aplica-lo já!
Creio que todos deveríamos analisar se estamos realmente seguindo nossos sonhos ou estamos apenas engolindo sem degustar os frutos de nosso meio (TJ ou não). Temos o tesão de fazer o que fazemos ou será que dá preguiça de levantar domingo de manhã para pregar?
Alguém se identifica?