Deixei de me importar

[SilviaLeticia]

Estou orgulhosa de você Mhayra! Você chorou o que tinha que chorar e agora se recompôs. É isso aí, agora é bola pra frente, vida que segue...

É muito triste tudo isso, mas, mais do que triste é revoltante!
Não consigo entender como um dia pude achar isso normal, me envergonho por já ter praticado esse ostracismo impiedoso! É lendo relatos como o seu, já com olhos bem abertos que me dou conta do quão criminoso e amoral é esse ato!

Mas fico feliz em ver o quanto você é forte! Pôde concluir que a escolha, apesar de influenciada, foi da sua mãe, só dela, e que infelizmente não há nada que você possa fazer! Isso que você está sentindo agora, minha querida, essa paz, essa sensação de tarefa cumprida apesar de tudo, não tem preço! Você não a deixou, ela te deixou porque a mandaram fazer isso e ela fez!

Conte conosco sempre que quiser desabafar, de um jeito ou de outro, estamos aqui!!!!

[mayhra]

Obrigada Scarlet Ohara e Debora, estou mais calma e confiante agora. A dor está diminuindo, pois realmente não tenho o que fazer. Jamais serei Testemunha de Jeová por coação, chantagem e sob ameaças. Não tenho condições de ser Testemunha de Jeová, pois não gosto de obediência cega, ainda mais a obediência a líderes tão caolhos como a liderança das Testemunhas de Jeová, que vive recauchutando profecias e diz-que-não-disse, mente, e brinca de Deus.

Sigo a minha vida. Infelizmente sinto que o amor que dediquei a minha mãe e a minha irmã tende a diminuir, esfriar. Não vou deixar de amá-las, mas no momento em que o BANIMENTO do convívio ocorre de forma realmente estabelecida e tal banimento é ato voluntário delas, impossível não ocorrer distanciamento a medida em que o tempo passa. Até para não sofrer tanto, somos obrigados a nos proteger e por um véu sobre o amor, que fica ali adormecido. Já sinto isso ocorrendo, pois desta vez sei que o BANIMENTO realmente ocorreu, não tem volta.

Também, me magoa saber que a minha irmã só vai me procurar em situação de necessidade prática. Por exemplo: temos um terreno à venda, quando o terreno for vendido, para assinar os papéis, ela vai me contatar. Então não tenho mais vontade de vê-la, nem mesmo nessa situação, pois é tão somente para assinar um papel. Dói isso. De certa forma é uma morte mesmo. É como assassinar um amor, um vínculo de amor. Talvez eu não vá nessa situação do terreno e em outras parecidas, entregando uma procuração para alguém assinar pra mim, não quero ver nem minha mãe e nem minha irmã assim. Se não posso mais ter convívio normal, não quero vê-las dessa forma mecânica, fria e "prática".

É um adeus muito triste, mas eu não me vendo, não serei Testemunha de Jeová nunca mais.

[Rafidhi]

É um adeus muito triste, mas eu não me vendo, não serei Testemunha de Jeová nunca mais.

Com essa última frase você demonstrou ser uma pessoa extremamente honrada. Não vou usar mais palavras porque não sou boa nisso: acabaria estragando o elogio

[mayhra]

Obrigada Rafidhi, é que não sei ser o que não sou, fico doente. A única saída pra mim é me libertar dessas imposições e chantagens emocionais.