O ks, conhecido por nós como "manual dos anciãos", diz o seguinte nas páginas 75 e 76:
46. Ao lidar com transgressores, os anciãos não devem questionar se o batismo da pessoa foi válido. Se a pessoa levantar a questão, os anciãos podem sugerir que ela leia A Sentinela de 15 de fevereiro de 2010, página 22. Mais informações sobre a realização de um novo batismo podem ser encontradas em A Sentinela de 1.° de agosto de 1964, páginas 473-477, e A Sentinela de 1.° de janeiro de 1961, páginas 31-32. Batizar-se novamente é um assunto pessoal.
47. Pode acontecer de um transgressor dizer que seu batismo não foi válido e que não tem de prestar contas perante uma comissão judicativa, visto que pouco antes de se batizar estava envolvido secretamente em conduta errada. Se os anciãos tivessem sabido dessa conduta grave, provavelmente não o teriam aprovado para o batismo. Mas isso não significa que a dedicação não tenha sido válida. Alguns se dedicam bem antes do batismo; outros fazem sua dedicação pouco antes. Os anciãos não leem corações e não podem saber ao certo como Jeová encarava a pessoa quando foi batizada. Se os anciãos ficarem sabendo que um cristão batizado se envolveu secretamente em grave conduta errada quando era publicador não batizado, mas que abandonou essa conduta antes do batismo, eles devem dar conselhos e encorajamento. Não se deve formar uma comissão judicativa por causa de pecados cometidos antes do batismo. (1 Cor. 6:9-11) No entanto, se a pessoa voltou a se envolver em grave conduta errada após o batismo, em geral, os anciãos cuidarão do caso à base do que a pessoa professava ser, um cristão dedicado e batizado, e se reunirão judicativamente com ela. Se depois disso ela achar que deve se batizar de novo, isso é uma decisão pessoal. No entanto, uma pessoa não deve ser batizada de novo só porque desenvolveu maior apreço pela verdade ou por alguma doutrina bíblica, ou porque obteve maior entendimento. — Pro. 4:18.
48. Há raras ocasiões em que fica óbvio que o batismo foi inválido porque a grave conduta errada não parou antes do batismo, nem mesmo por um curto período. Por exemplo, pode ser que na época do batismo a pessoa estivesse vivendo imoralmente com alguém do sexo oposto ou do mesmo sexo, fosse membro de uma organização política, ou algo similar. Em caso de dúvidas, o Escritório deve ser consultado.
No "
Correspondence Guidelines", página 13, há também algo sobre o assunto:
However, if it is discovered that the very situation now giving rise to action by the congregation existed at the time of his baptism (such as using tobacco) and he nevertheless got baptized, then his baptism is not valid and he should be dealt with as an unbaptized wrongdoer.—Acts 19:1-5.
Em português, se for descoberto que você praticava na época do seu batismo o mesmo pecado pelo qual está sendo acusado agora (por exemplo, sempre fumou), então seu batismo não é válido e seu caso será tratado como se fosse um pecador não batizado.
A Sentinela de 15 de fevereiro de 2010, página 22
Sob que circunstâncias pode se considerar um novo batismo?
Sob certas circunstâncias, uma pessoa batizada talvez queira considerar a validade de seu batismo e pensar na possibilidade de um novo batismo. Por ocasião do batismo, por exemplo, ela talvez estivesse praticando algo em secreto ou vivendo numa condição que poderia resultar em desassociação caso já fosse legitimamente batizada. Como poderia ter feito uma dedicação a Deus nessas circunstâncias? Ela só poderia ter feito uma dedicação válida a Jeová se nessa ocasião já tivesse descontinuado a sua conduta não bíblica. Portanto, quem foi batizado mesmo quando havia esse sério impedimento, pode apropriadamente considerar a necessidade de um novo batismo.
Que dizer de uma pessoa que não vivia em pecado na época do batismo, mas, depois, comete uma transgressão que exige a formação de uma comissão judicativa? Digamos que ela afirme agora que na ocasião do batismo não entendia bem o que estava fazendo e, por isso, seu batismo realmente não valeu. Ao se reunirem com um transgressor, os anciãos não devem levantar dúvidas sobre seu batismo ou perguntar o que ele acha sobre a validade de sua dedicação e batismo. Afinal, ele ouviu um discurso bíblico sobre o significado do batismo. Respondeu de modo afirmativo a perguntas sobre dedicação e batismo. Daí trocou de roupa e foi literalmente imerso em água. Portanto, é razoável crer que ele estava bem ciente da seriedade do que fazia. De modo que os anciãos o tratarão como pessoa batizada.
Se a pessoa levantar a questão da validade de seu batismo, os anciãos poderão indicar-lhe A Sentinela de 1.° de janeiro de 1961, páginas 31-32, e a de 1.° de agosto de 1964, páginas 474-477, que tratam em detalhes da possibilidade de um novo batismo. Um novo batismo sob certas circunstâncias (como insuficiente conhecimento bíblico quando a pessoa foi batizada) é assunto pessoal.