Ex Testemunhas de Jeová

O que mais anseio é o dia que eu puder dizer com todas as letras que não sou mais uma testemunha de Jeová. Por enquanto levo o fardo de ser infiltrada e estou de saco cheio, mas ainda preciso continuar assim por motivos pessoais. Enquanto isso, só de ler os relatos postados aqui já renova minhas esperanças de ser livre. Por isso, gostaria de saber como você se sente agora que não está mais preso à Torre e os que ainda estão assim como eu, como fazem pra se sentir melhor e levar uma vida normal? Sou nova na dissidência e preciso de dicas pra saber lidar com essa situação. Lembrando que sou casada com tj e tenho alguns outros parentes na seita. Obrigada desde já. Abraço e força a todos.

Olha Amiga , estou há 5 anos fora da torre, porém mesmo tendo saído da torre continuava com pensamentos torreanos.
Assim que saí , perdi todos os meus "colegas" de religião, acreditava que eram meus amigos, me sentia parte de uma família.
Quando fora da torre passamos a encara a vida como ela é , diferente da quando estamos dentro da torre, um mundo de ilusão.
Quebrei muito a cara, me dei muito mal, LEVANTEI, LUTEI , APRENDI, com meus erros, entendi que sou humano e que errar faz parte.
Não fico atribuindo meus problemas a satanás pelo fato de estar fora da org, encaro tudo com naturalidade e o que acontece comigo pode acontecer a qualquer um.
Mudanças pós torre
1-Iniciei a faculdade
2-Procurei novos amigos
3-frequentei novos ambientes
4-quebrei o preconceito ( não me associava com gays ) hoje vejo que as pessoas são mais do que imaginamos ( minha noiva tem um(a) prima trans, e nós saímos para todo lugar , bebemos juntos , e vejo que é uma pessoa alegre e mantem qualquer ambiente com ar de felicidade.

Infelizmente não saímos ilesos da torre, acredito que minha personalidade foi drasticamente abalada, gosto de ficar só, não exponho muito meus sentimentos, e tenho vergonha de faze-lo, e isso me traz sérios problemas na vida pessoal.

Apesar de tudo me sinto livre, posso dormir até tarde no meu domingo, falar com quem eu quiser, estar no ambiente que eu quiser , não sinto mais os grilhões da torre e nem me dói a consciência dos meus atos , sejam eles quais forem.
Como diz um amigo do fórum "só quem sabe o que é liberdade quem um dia foi escravo"
ENFIM LIBERTO.

Espero que um dia possa aproveitar essa sensação maravilhosa.

Sou dissociada a mais de três décadas. Resumo da seguinte forma: Sou uma pessoa normal, cumpridora das minhas responsabilidades, cidadã que defende e luta pelos seus direitos. Dentro das minhas possibilidades procuro fazer algo pelo próximo.
Problemas sempre existem mas os meus são pequeninos quando comparados a tantos dramas que conheço.

Deixei de ser tj aos 28 anos de idade. Acho que não apanhei da vida pois tive o privilégio de estar nos lugares certos, na hora certa e ter cruzado com pessoas magnificas no meu caminho. Destas pessoas adquiri muitos dos hábitos que tenho. Serei eternamente grata por isto.

Os abusos sexuais cometidos por um cunhado ancião já falecido e que narrei no livro do Loury, não tem mais nenhum significado para mim. Eles estão apenas na minha memória.

A liberdade quando utilizada de forma responsável proporciona uma leveza impagável. JAMAIS eu retornaria às mentiras nojentas e oportunistas das testemunhas de Jeová.

Oxalá, muitos que frequentam este espaço, possam contar suas experiências que certamente serão gratificantes.

Há 4 anos sou completamente livre! Posso dizer que foi a melhor decisão que tomei.
Sou muito mais humana, porque hoje não sinto raiva das pessoas no campo.
Se joga, não deixe que seus parentes a impeça de viver.

Uma das melhores descrições sobre como é ser ex TJ foi a Malévola quem fez em um tópico.... Que não achei aqui.

Falando em Malévola, como será que ela está? O mulher para mecher com a cabeça dá gente. A maneira dá escrita dela, revela uma mente poderosa. Tive uma ex namorada assim. Até hj me toca lembrar das cartas que nós trocavamos (sim sou dá época em que emails estavam ainda no projeto apenas) kkkk

Agnardo escreveu:Uma das melhores descrições sobre como é ser ex TJ foi a Malévola quem fez em um tópico.... Que não achei aqui.

Falando em Malévola, como será que ela está? O mulher para mecher com a cabeça dá gente. A maneira dá escrita dela, revela uma mente poderosa. Tive uma ex namorada assim. Até hj me toca lembrar das cartas que nós trocavamos (sim sou dá época em que emails estavam ainda no projeto apenas) kkkk

Seria este tópico: http://extestemunhasdejeova.net/forum/v ... &sk=t&sd=a

Estou afastada há 1 ano.
Minha vida é muito melhor hoje.
Sou muito feliz. Como a Débora disse, há problemas, mas nem são comparados com os da torre.
Porém a dona torre ainda me persegue. Amigos? Fiz novos, e tenho outros que são dissidentes ou desasocidos. Pois todos viraram a cara para mim, e outros quando me encontram olham torto. Mas tirando a parte da dona torre, vivo bem. Belém mesmoooo

Aaaaaaaa um conselho, nunca confie num amigo TJ para contar certas coisas, certas atitudes. Confie numa Tj, e ela está agindo como uma traíra. Isso porque ela não sabe nem 1/3 da minha vida.

Debora escreveu:

Agnardo escreveu:Uma das melhores descrições sobre como é ser ex TJ foi a Malévola quem fez em um tópico.... Que não achei aqui.

Falando em Malévola, como será que ela está? O mulher para mecher com a cabeça dá gente. A maneira dá escrita dela, revela uma mente poderosa. Tive uma ex namorada assim. Até hj me toca lembrar das cartas que nós trocavamos (sim sou dá época em que emails estavam ainda no projeto apenas) kkkk

Seria este tópico: http://extestemunhasdejeova.net/forum/v ... &sk=t&sd=a

Eu tinha pensado exatamente nesse tópico mas não lembrava onde localizá-lo. Esse tópico traduz bem os sentimentos de um infiltrado dentro da torre.

Assim como você eu também sou um infiltrado.

A principio eu sentia medo e culpa por não conseguir me encaixar nos padrões da torre.

Mas depois que conheci o fórum passei a enxergar as coisas sobre outra ótica pois percebi que havia vida além da torre mesmo ainda estando dentro dela por razões familiares. Sendo assim comecei a rever minhas crenças, passei a fazer amizades com pessoas fora da torre, a ser mais sociável no trabalho, fazer coisas que me dão prazer como ler livros seculares, ver filmes, ouvir musica, frequentar outros ambientes sem a preocupação que antes me atormentava.

Só ainda não sou totalmente livre por duas razões. Tenho grande parte da minha família e não posso assumir minha homossexualidade. Mas mesmo como infiltrado posso dizer que a libertação mental e me permitir viver da melhor forma possível, além do apoio que encontro aqui no fórum me dão forças para prosseguir e me dão esperança de um dia não mais fazer parte da torre.