Minha Experiência com o Islam

Depoimentos de ex-testemunhas de Jeová, cartas de dissociação e depoimentos sobre a vida pós Torre de Vigia. Aqui fala mais alto a sinceridade, o sentimento e muitas vezes os relatos nos impressionam pela falta de algo que mais as Testemunhas de Jeová dizem praticar: o amor ao próximo!
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Rafidhi
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Minha Experiência com o Islam

Mensagem não lida por Rafidhi »

Boa tarde, amigos! d:8 Estou criando este tópico a pedido do Lipe. Ontem, alguns de vocês devem ter visto uma "carta de dissociação" que eu deixei no site. Nela, relatei brevemente minha experiência com o Islam. O objetivo deste tópico é mostrar de forma mais detalhada como é que foi essa experiência.
Bom, desde meus 10, 11 anos, eu que adoro livros de História (sou verdadeira fã deles), sempre me agarrava aos livros da 5ª Série, que em geral, são os que contam a História do mundo, desde a Idade da Pedra, passando pelos grandes impérios da Antiguidade e geralmente terminam na ascensão e declínio dos reinos medievais. Eu leio com muito prazer do primeiro ao último capítulo, mas se tem um capítulo que prende a minha atenção, é o que fala sobre o Islam (ou Islamismo, como prefiram). Sempre ficava ali lendo as informações e vendo as imagens e achava simplesmente o máximo! :D1 Tinha um forte interesse, mas não passava disso porque eu não tinha acesso à internet e ficava limitada aos livros didáticos. Como já disse antes, eu também tinha interesse nas TJs, e se levarmos em conta o fator proselitismo, é bem mais fácil alguém se tornar TJ do que se tornar muslim (como os muçulmanos se chamam) rsrs. Eu comecei a estudar a Bíblia da Torre, e consequentemente, meu interesse na religião islâmica ia diminuindo porque afinal de contas, as TJs são as únicas pessoas certas no mundo... Até que um belo dia, uma de minhas instrutoras, comentando sobre o Islam, disse assim: "Alá é o Satanás!". É claro que eu absorvi imediatamente e acreditei naquilo.
Eu sempre fui muito atrasada, comecei a acessar a internet pela primeira vez aos 15 anos, através do celular (que inclusive ainda tenho e uso de vez em quando). Foi com essa idade que eu me lembrei do Islam e decidi pesquisar sobre. Ok. Descobri sites e blogs em português com muito conteúdo para quem é de fora aprender o que quiser sobre a religião. Foi um período muito bom pra mim. Recebi uma cópia do Alcorão e vários livros para estudar. Pra mi que amo ler foi a melhor coisa do mundo. Aos 16 anos, fiz minha shahada (pronuncia-se charrada), que é o testemunho islâmico (ou como as pessoas dizem, a conversão). Assim dizemos: "Ash Hadu an La Ilaha Il'Allah, wa Ash Hadu an'na Muhammad Rassulullah" (Testemunho que não há Deus senão Allah e que Muhammad é o Profeta de Deus).
Ok. Escondi dos meus pais por cerca de 6 meses, porque tinha trauma da minha época de quase TJ e não queria passar por aquilo de novo. Até que por pressão de uma certa pessoa cujo fígado eu quero arrancar até hoje, eu abri o jogo e contei tudo à minha mãe que encarregou-se de dar a notícia ao papi. Na hora ele foi super gente fina, dizendo que não tem problema e que eu não precisava esconder nada. Mas eu o conheço bem e sei que mais cedo ou mais tarde ele solta seu veneno, como faz até hoje. Mas não vou entrar em detalhes sobre esses momentos porque me dá muita raiva.
Bom, vou contar agora como foi de fato a minha experiência. Conheci ótimas pessoas no Islam. Pessoas que eu amo de verdade. Conheci pessoas extremamente desprezíveis também, que me dão nojo só de lembrar. Entre as que eu amo,está uma moça que é guitarrista. Ela é sunita e usa niqab, um tipo de véu que deixa apenas os olhos à mostra. Sério, quando a conheci eu pensei: uma guitarrista muçulmana! Isso é tão... METAL! KKKK. Ela é uma pessoa "muito fofa", como ela mesmo diz. Muito gentil e simplesmente demais ^^ Eu abracei no Islam porque acreditei sem reservas em todas as doutrinas que aprendia. Vou deixar alguns exemplos aqui:
- Jesus NÃO é Deus, e nem filho de Deus, mas sim um Profeta. No Islam, ensina-se que existem os Profetas e os Mensageiros. Os Profetas foram enviados para um povo específico com uma mensagem específica, e os Mensageiros foram enviados com uma mensagem universal que se aplica todos os povos e nações. Apesar de chamarmos Jesus de Profeta, na verdade ele se encaixa na categoria de Mensageiro.
- Jesus não foi morto, em vez disso vou tirado vivo da Terra para que não fosse assassinado pelos inimigos. Aprendemos que não combina com a Justiça de Deus enviar um inocente para morrer por um bando de rebeldes ingratos... Aprendemos que não precisamos de nenhum sacrifício para sermos salvos por Deus, porque o Amor d'Ele está acima disso.
- Jesus de fato retornará no fim dos tempos, e sua volta será a melhor coisa para nós, pois ele acabará com o governo do Anticristo e nós veremos um governo de paz e justiça, onde ninguém terá tretas. Também acreditamos que o motivo da sua volta será para terminar a missão que ele teve antes e que foi interrompida, e ele por fim acabará com as contendas entre cristãos, judeus e muçulmanos, para que todos vivam como priminhos que são.
- É possível amar Maria sem idolatrá-la. Somos ensinados que Maria foi a mais pura das mulheres e que ela tem um lugar de destaque entre as pessoas do Paraíso. No Alcorão tem um capítulo inteiro dedicado a ela e tem algumas mesquitas feitas em homenagem a ela também.
- Existe vida após a morte, Juízo Final, Paraíso e Inferno. Pessoas condenadas ao Inferno poderão ser perdoadas após cumprir suas "penas", já que o castigo é equivalente ao tempo em que a pessoa praticou seu pecado (exemplo: se uma pessoa viveu 65 anos, não tem sentido ela ser punida por milhões e milhões de anos).
- Na Outra vida, não seremos Gasparzinhos, mas todos terão corpos físicos, roupas, alimentos, etc. Só que com qualidade, não envelheceremos mais, não ficaremos doentes, etc (acho que as TJs pegaram carona aqui, mas só acho...).
- A religião não pode e nem deve se opor à Ciência, porque isso traz atraso à humanidade.
- Os muçulmanos são ENCORAJADOS a cursar o Ensino Superior, para desenvolverem completamente seu aprendizado e para poder ajudar melhor as pessoas, seja como médicos, professores, advogados, cientístas, etc. Detalhe que gostaria de observar: Como eu tornei-me xiita, eu tinha um Marja, que é tipo o bam bam bam das paradas. Marja é o título máximo que um estudioso do Islam pode alcançar (sheikh > ayatollah > Marja). O Marja que escolhi seguir foi o Ayatollah Ali Sistani. Apesar disso, eu sempre pesquisava sobre os outros e ficaca de queixo caído ao ver as qualificações deles: astrônomos, físicos, matemáticos, etc. E vc pensando que aqueles velhinhos barbudos só entendem de religião, né? ¬¬
- O proselitismo é proibido no Islam. Não se pode fazer pregações de casa em casa, nem oferecer "estudos alcorânicos", nada do tipo. O que se pode fazer é dizer que é muçulmano e explicar para a pessoa como é a religião, se ela pedir. Quando se trata de pessoas que já conhecemos e conversamos naturalmente, podemos convidá-las a conhecer o Islam. Outro modo é criando sites e blogs, já que você não vai atrás de ninguém, as pessoas é que vão atrás do site, e funciona. Também, quando tem eventos literários, os muçulmanos armam suas banquinhas e distribuem livros gratuitamente. Só não se pode ficar enchendo o saco das pessoas que não tem interesse. Tem um versículo do Alcorão que diz: "a mim, minha religião e a vós, vossa religião." Num bom português, seria: "cada um no seu quadrado".
- Muçulmanos não "desassociam" os que saem. É claro que tem uns fanáticos que dizem que se uma pessoa é sunita e vira xiita (meu caso), não devemos falar com ela, pelo contrário, devemos nos tornar inimigos dela. Ou mesmo se ela sair definitivamente do Islam. Mas não há base para esse ensinamento no Alcorão.
- Doação de sangue é considerada caridade e é bastante incentivada. Muçulmanos consideram um grande pecado ingerir sangue. Mas receber transfusão é outra coisa beeem diferente.

Bom, vou parar por aí para não ficar muito extenso. Eu sinceramente não tenho nenhuma mágoa em relação ao Islam. Não me sinto enganada e nem acho que foi um tempo perdido. Eu podia questionar livremente e fazia isso com frequência. Ninguém é visto como "espiritualmente fraco" por ter dúvidas bem cabulosas. Isso é considerado algo normal. O que acontece é que pelos motivos que mencionei na "carta de dissociação", creio que nenhuma religião vai me beneficiar realmente, ou acabar com as infinitas dúvidas que eu tenho. Tenho um grande carinho pelos meus livros islâmicos, não porque são a "prova do crime", como no caso das publicações TJ, mas porque eles contém ensinamentos que eu acredito, embora hoje eu tenha minhas dúvidas e reservas. Não fiquei com raiva e nem me sentindo liberta, nada do tipo. Eu apenas acho que religião não é mais para mim.
Bom, termino aqui meu relato. Se alguma coisa não ficou clara, perguntem aí que quando minha net permitir eu respondo.

Um grande abraço a todos ^^ :fr1end:
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Lipe
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Re: Minha Experiência com o Islam

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Muito interessante! Eu sabia que no alcorão há uma grande repetição de que Alá é misericordioso, mas, não conhecia esse lado humano dá Crença.

Gostaria de fazer umas perguntas, em que se baseia a ideia dos homens serem recompensados com virgens no paraíso? Isso é realmente ensinado no Alcorão?

Maomé se casou com uma criança e tinha relações sexuais com ela desde que ela completou 9 anos, essa informação é verdadeira? Se for, como ela afeta o conceito islâmico sobre a pedofilia?

É verdade que o Alcorão fala de forma negativa do cristianismo e do Judaísmo?

Você não se sentia oprimida por ser mulher em um sistema religioso que valoriza a autoridade masculina?
"A ridícula situação de alguém que critica o que confessa nunca ter lido, já é suficiente para desqualificar a sua crítica."
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Rafidhi
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Re: Minha Experiência com o Islam

Mensagem não lida por Rafidhi »

Lipe escreveu: Respondo com prazer!

Gostaria de fazer umas perguntas, em que se baseia a ideia dos homens serem recompensados com virgens no paraíso? Isso é realmente ensinado no Alcorão? Eu não sei em que se baseia, até porque nunca li isso no Alcorão. Nele há referência aos Houris, que são jovens (criaturas espirituais, e não pessoas de carne e osso) que estarão no Paraíso para servir aos habitantes de lá, e ajudá-los com toda e qualquer necessidade que possam vir a ter. Creio que daí surgiu a crença das virgens, já que o sexo é uma necessidade física...

Maomé se casou com uma criança e tinha relações sexuais com ela desde que ela completou 9 anos, essa informação é verdadeira? Se for, como ela afeta o conceito islâmico sobre a pedofilia? Xiitas (meu caso) não acreditam nessa história, por dois motivos: 1º Existem alguns registros que afirmam que ela tinha entre seus 15 e 18 anos. 2º A tal moça, Aisha, é muito querida pelos sunitas, eles inclusive a chamam de Mãe dos crentes. Mas os xiitas não vão com a cara dela porque ela tinha um caráter duvidoso. Tinha treta com as outras esposas, criticava a primeira delas que por estar morta não tinha como se defender, é filha do cara que usurpou o califado e dizem que ela comemorou a morte de um dos netos do Profeta. Além disso, tem muita coisa bem cabulosa sobre ela, por exemplo, ter afirmado que um versículo do Alcorão se perdeu porque estava escrito em um pedaço de pergaminho sobre a cama dela, mas uma cabra entrou na casa e comeu o papéu. Isso é ridículo. Xiitas acreditam que essa história de casamento aos 9 anos foi um "arrumadinho" da família dela para denegrir o Profeta Muhammad. Embora eu ache essa versão mais condizente com os fatos, não tenho como afirmar com plena certeza.

É verdade que o Alcorão fala de forma negativa do cristianismo e do Judaísmo? Embora haja críticas às crenças cristãs e judaicas, o Alcorão ensina que temos o mesmo Deus, e que todos (os que se acharem dignos) estarão juntos em paz no Paraíso. O versículo 62 do segundo capítulo, diz: "Os crentes (muçulmanos), os judeus, os cristãos e os sabeus, enfim, todos os que creem em Allah, no Dia do Juízo Final, e praticam o bem, receberão a sua recompensa do seu senhor, e não serão presas do temor, nem se angustiarão." Então a crítica fica em torno das crenças, mas não se ensina a odiá-los, nem nada do tipo.

Você não se sentia oprimida por ser mulher em um sistema religioso que valoriza a autoridade masculina?
Não, nunca me aconteceu nada. De fato, eu fico chateada com a questão da poligamia, pelos seguintes motivos: É explicado que a poligamia é permitida porque na época da escrita do Alcorão morriam muitos homens em batalhas, ou em acidentes (caçadas, por exemplo), e as viúvas ficavam sem ter quem as sustentasse. Mas eu respondo: hoje em dia que as próprias mulheres ingressam nas forças armadas e que tem independência suficiente para estudar, trabalhar e fazer o que quiserem da vida, isso ainda faz sentido? Faria sentido no Ocidente até o século passado, mas não mais. Outro detalhe: acompanho a situação dos sírios, palestinos e outros povos árabes que estão sendo massacrados. Tem muitos homens que ficam viúvos e criam seus filhos sozinhos, mesmo podendo casar-se novamente, mas porque não o fazem? Creio que também achem meio incoerente nos dias atuais. Fora isso, a grande maioria dos homens que conheci no Islam eram super gente fina, amáveis e levávamos conversas longas numa boa, no maior clima de amizade e respeito. Nunca me senti uma pessoa inferior.

Uma pequena observação que eu queria fazer: O Islam não tem sacerdotes, apenas professores/teólogos. E veja só que coincidência: Sheik= Idoso. Ancião= Idoso.
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sscoss
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Re: Minha Experiência com o Islam

Mensagem não lida por sscoss »

Essa religião está crescendo, viajando por uma cidadezinha do Goiás, vi pela 1ª vez uma mesquita no Brasil, no teto tinha uma lua e na porta umas escritas em árabe.

Uma duvida, esse povinho gente boa aqui segue o lslã? Ou é uma derivação do islã?

phpBB [video]
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Rafidhi
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Re: Minha Experiência com o Islam

Mensagem não lida por Rafidhi »

sscoss escreveu:Essa religião está crescendo, viajando por uma cidadezinha do Goiás, vi pela 1ª vez uma mesquita no Brasil, no teto tinha uma lua e na porta umas escritas em árabe.

Uma duvida, esse povinho gente boa aqui segue o lslã? Ou é uma derivação do islã?

phpBB [video]
Gente boa, esses filhos da gruta... Não seguem o Islam, porque para seguir o Islam tem que obedecer o Alcorão, entende? O Alcorão diz que perseguição é um crime mais grave que o Homicídio. Homicídio geralmente é contra uma pessoa, mas a perseguição tira a vida de milhares. Também diz que quem mata uma pessoa é como se tivesse matado a humanidade inteira. Então essas pragas lazarentas estão com os pecados da humanidade inteira nas costas...
Uma vez um cara veio ao meu perfil no Face e me mandou uma mensagem, perguntando se eu queria viajar para a Síria para me juntar aos "rebeldes". Ele disse que é do Estado Islâmico e eu respondi que sou do Corpo Governante das TJs. Ele nunca mais me incomodou ♥
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Re: Minha Experiência com o Islam

Mensagem não lida por hobbit »

Você chegou a seguir alguma tariqa de tassawuf quando era sunita? Ouvi dizer que entre os xiitas não há tassawuf. Como é a espiritualidade deles?
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Rafidhi
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Re: Minha Experiência com o Islam

Mensagem não lida por Rafidhi »

hobbit escreveu:Você chegou a seguir alguma tariqa de tassawuf quando era sunita? Ouvi dizer que entre os xiitas não há tassawuf. Como é a espiritualidade deles?
Não segui nenhuma tariqa. O sufismo (tassawuf) é mal visto no Islam mais ortodoxo. Isso porque existe uma mistura de crenças de outras religiões. Eu não tenho raiva dos sufis, só não concordo que pratiquem seus rituais estranhos dizendo que se trata do Islam. Acho bonita a dança dos derviches, e os poemas de outras tariqas, mas seria mais "recional" se o sufismo se declarasse como uma religião independente. Imagina só se vc um dia descobre que tem uma seita católica que não acredita que Jesus morreu, que não aceita transfusões de sangue e que "desassocia" quem discorda dela? Nada a ver, né?

Quanto à espiritualidade xiita, de fato não há tassawuf. No entanto, tem xiitas que praticam o sufismo, e pelo que eu ouvi dizer, é bem mais estranho que o sufismo normal, dos "sunitas". Não posso afirmar, porque não conheço nenhum xiita sufi, mas li de amigos que eles praticam projeção astral entre outros rituais familiares à fraternidades esotéricas. Os xiitas acreditam que o 12º Imam (líder) dos muçulmanos após o Profeta Muhammad ainda vive e está oculto dos olhares das pessoas comuns, e que ele retornará junto com Jesus. Será mais ou menos assim: O Imam Mahdi será o líder político, e Jesus o líder religioso. Acredita-se que ambos trabalharão juntos para combater os males do mundo: guerras, fome, injustiça, etc. Os sunitas consideram essa crença no 12º Imam ridícula e sem fundamento. Mas levando em conta que os sunitas acreditam que Muhammad recebeu as revelações divinas na base da porrada, eu prefiro defender as crenças xiitas.
Você já deve ter lido ou ouvido falar na Ashura, que é a época que os xiitas relembram o martírio do Imam Hussein, o 3º Imam xiita, e neto do Profeta Muhammad. Ele foi assassinado junto com grande parte da família (incluindo um bebê) e muitos amigos, pelo exército do califa sunita. O motivo é que o califa era o satanás encarnado, no maior estilo Rutherford. Só que ele não se fazia de bonzinho, eis a diferença. Hussein não aceitava a tirania, os altos impostos e a corrupção principalmente religiosa. Muitos xiitas relembram esse martírio com auto flagelação, eles se cortam mesmo, pra valer. Conheço um sheik que tem várias espadas e chicotes com correntes em casa. Mas posso garantir que são pessoas muito boas e amáveis, e totalmente contra a violência (sei que você não vai acreditar nisso, rsrs). Outros xiitas acreditam que isso é um exagero, 100% desnecessário e em vez de se torturar, eles fazem grandes campanhas de doação de sangue. E também doam água, alimentos e agasalhos para moradores de rua.
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Rafidhi
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Re: Minha Experiência com o Islam

Mensagem não lida por Rafidhi »

Perspicaz, ainda não perdoei a queima dos livros ¬¬
Perspicaz
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Re: Minha Experiência com o Islam

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Rafidhi escreveu:Perspicaz, ainda não perdoei a queima dos livros ¬¬
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