Ex Testemunhas de Jeová

Em algumas conversas com minha família ainda TJ, noto o nítido controle mental que os pais tem sobre os filhos (mesmo que esses nem sejam tjs, mas tenham estudado ou frequentado as reuniões). Chega parecer perseguição com aval de anciãos e servos. Se o pai ou mãe tem algum privilégio então a coisa toda toma maiores proporções.

Caso recente de um rapaz apenas estudante há muito anos mas nunca quis tomar posição (esperto!).Agora resolveu viver a vida: se separou de um casamento infeliz recentemente, não teve filhos, começou fazer faculdade e a sair com amigos com muita frequência. Trabalha e paga as contas, além de morar separado dos pais. Porém nem isso impede dos seus pais deixarem ele em paz. A mãe desesperada acha que ele está arrumando uma namorada, os irmãos dele ficam no pé. Todos em cima, querendo ficar no controle da vida da pessoa. Estamos falando de um adulto,maior de idade, que paga suas contas e não depende de ninguém.

A torre põe aos pais um peso enorme na criação dos filhos, um julgo desumano. Se estes saem da 'linha torreana', tem de ser posto novamente nos eixos custe o que custar. Se os pais não tem sucesso nisso,o peso continua em forma de culpa com a famosa frase: "Onde eu errei na criação do meu filho?" ou "Sempre deu bom exemplo, porque ele não se tornou um cristão fiel a Jeová?".
O sofrimento vem de todos os lados: pais no controle e filhos sendo controlados. Sem contar toda congregação querendo ajudar...Parece um ciclo sem fim. Já pensaram nisso?

A maneira como os filhos são orientados e 'cobrados' dentro da Torre, eclipsa o verdadeiro amor paternal. Os pais TJs já não se preocupam com o desenvolvimento do caráter, equilibro emocional, convívio social, interesse pelo desenvolvimento de uma aptidão, Integridade Intelectual e até mesmo saúde física. A unica preocupação destes pais é fazer dos filhos uma Testemunha de Jeová ativa e fiel, criá-los de acordo com todas as regras nocivas da seita, e pior de tudo, é que raramente percebem o quanto o filho é pressionado e muitas vezes infeliz, sentido-se diferente e aprisionado em relação às outras crianças fora da organização.
Enfim, é um controle abusivo, desequilibrado, desnecessário e prejudicial.

Vine Kun escreveu:A maneira como os filhos são orientados e 'cobrados' dentro da Torre, eclipsa o verdadeiro amor paternal. Os pais TJs já não se preocupam com o desenvolvimento do caráter, equilibro emocional, convívio social, interesse pelo desenvolvimento de uma aptidão, Integridade Intelectual e até mesmo saúde física. A unica preocupação destes pais é fazer dos filhos uma Testemunha de Jeová ativa e fiel, criá-los de acordo com todas as regras nocivas da seita, e pior de tudo, é que raramente percebem o quanto o filho é pressionado e muitas vezes infeliz, sentido-se diferente e aprisionado em relação às outras crianças fora da organização.
Enfim, é um controle abusivo, desequilibrado, desnecessário e prejudicial.

É um desrespeito com o indivíduo. Tudo que ele tem de potencial como pessoa acaba sendo tolhido em nome dos privilégios da torre,o que o torna em sua grande maioria, mais um ser bitolado.
Você disse tudo.

Se os pais não tem sucesso nisso,o peso continua em forma de culpa com a famosa frase: "Onde eu errei na criação do meu filho?" ou "Sempre deu bom exemplo, porque ele não se tornou um cristão fiel a Jeová?".

A maioria dos que nascem num lar TJ e passam por toda esse controle desequilibrado na infância e adolescência, são mais propensos a deixar a seita quando tem a oportunidade, ou quando se consideram maduros o suficiente para assumir sua próprias atitudes e responsabilidades. Porém, a tentativa de controle continua com apelos emocionais... o filho ver e ouve essas queixas como: "Onde eu errei?" e nota como isso atinge os pais os deixando tristes, com um sentimento de fracasso e até mesmo um sentimento pesaroso de perda: "Se meu filho continuar fora da organização de Jeová, nunca mais poderei ter a companhia dele e pior de tudo, não o verei na ressureição".
Tortura emocional na Torre, não falta.

Vine Kun escreveu:

Se os pais não tem sucesso nisso,o peso continua em forma de culpa com a famosa frase: "Onde eu errei na criação do meu filho?" ou "Sempre deu bom exemplo, porque ele não se tornou um cristão fiel a Jeová?".

A maioria dos que nascem num lar TJ e passam por toda esse controle desequilibrado na infância e adolescência, são mais propensos a deixar a seita quando tem a oportunidade, ou quando se consideram maduros o suficiente para assumir sua próprias atitudes e responsabilidades. Porém, a tentativa de controle continua com apelos emocionais... o filho ver e ouve essas queixas como: "Onde eu errei?" e nota como isso atinge os pais os deixando tristes, com um sentimento de fracasso e até mesmo um sentimento pesaroso de perda: "Se meu filho continuar fora da organização de Jeová, nunca mais poderei ter a companhia dele e pior de tudo, não o verei na ressureição".
Tortura emocional na Torre, não falta.

Além do que pais e filhos se tornam parte de uma teia muito ben feita pela torre, onde a liberdade de um pode se transformar na aflição de ambos.

Meus pais sofrem com isso em relação a mim, embora tenha largado tudo bem depois de sair da casa deles, a opressão e culpa sobre eles continua...

Excelente Texto!

uma_aprendiz escreveu:Meus pais sofrem com isso em relação a mim, embora tenha largado tudo bem depois de sair da casa deles, a opressão e culpa sobre eles continua...

Sei bem como sente pois estou no mesmo barco que você...

E isso me revolta.
Ainda possuo respeito por meus pais, afinal são meus pais... mas quando ancião ou algum irmão vem me dá liçãozinha leva uma bela de uma porrada na cara. Já disse na cara de um ancião bem no meio do salão com todos os irmãos em volta que da minha vida pessoal cuido eu. Ora porra...

O mesmo de irmãozinho que vem encher a porra do meu saco. Acéfalos.

Vine Kun escreveu: A unica preocupação destes pais é fazer dos filhos uma Testemunha de Jeová ativa e fiel, criá-los de acordo com todas as regras nocivas da seita, e pior de tudo, é que raramente percebem o quanto o filho é pressionado e muitas vezes infeliz, sentido-se diferente e aprisionado em relação às outras crianças fora da organização.
Enfim, é um controle abusivo, desequilibrado, desnecessário e prejudicial.

Excelente tópico.

E não importa a idade.
Minha irmã que ficou viúva em fevereiro, é afastada do SR faz alguns anos. Com ela, minha mãe pode conversar porque ela é apenas afastada. Mas como colocado no tópico, a cobrança é tão grande que cada vez que minha irmã (65 anos), liga para saber notícias da minha mãe, antes mesmo de perguntar se ela está bem, minha mãe logo indaga se ela já retornou para jeová. E aí começa a cobrança, a velha retórica de que o harmagedom está batendo na porta, que é questão de dias. E imaginem, com o apoio da pioneira regular com a qual ela está morando, a pressão vira um deus que nos acuda.