A pregação de casa em casa ainda surte efeitos?

[O investigador]

Ano que vem completa-se 90 anos que as Testemunhas de Jeová pregam de casa em casa aos domingos. Mas ultimamente as pessoas que foram contatadas com este método, aceitaram um estudo, se batizaram e estão firmes na Organização estão ficando raras. Quando comecei a pensar nos meus "ex-irmãos", em como eles entraram para a Organização, quase todos foi por meio de testemunho informal de um colega de serviço ou escola, ou por meio de um familiar. A não ser os bem antigos. Em geral, as pessoas contatadas de casa em casa estudam ou aceitam as publicações mas dar todos os passos até o batismo e hoje ser TJ zelosa é muito difícil. O que acham? Acontece isso em outras regiões do Brasil?

[Dunha]

Sempre suspeitei que o serviço de campo mais afasta que atrai pessoas pra organização.

Talvez, num local menos batido onde as TJs são pouco conhecidas, dê algum fruto devido ao ineditismo do conteúdo, mas onde a obra é freqüente, o resultado é oposto.

Domingo passado mesmo vi uma cena caricata .Um sujeito lavando o carro, ao ver as TJs se aproximarem, deu um migué: Acionou o remoto do portão disfarçadamente e correu pra dentro como se estivesse acontecendo um defeito, aí se trancou lá dentro.
E só os veteranos, porque os jovens são cada vez mais raros.

Claro que o testemunho informal é melhor, pro publicador e ouvinte, quando num momento apropriado.

E tem outro detalhe: Pro serviço sagrado valer, tem de ser de BOA VONTADE, porque "Deus ama o dador animado".

Todo contribuição feita sob ressentimento não só não vale como é pior do que se não tivesse sido feita.
As dádivas israelitas deviam ser do bom da terra, dos pedaços gordos dos rebanhos. Ai daquele que ofertasse reses doentes e inválidas.

Logo, ou vai no campo voluntariamente, ou não vai. Porque só pra cumprir horas é farisaísmo.

[RAPUNZEL ENROLADA]

Lembrando meus antigos tempos de publicadora pioneira, lembro de começar numa quadra residencial juntamente com um grupo de irmãos e os moradores que estavam na calçada lavando seus carros, regando suas plantas, varrendo a frente de suas calçadas ou simplesmente de conversa com seus vizinhos, amigos e visitas mudavam de calçada literalmente para dar a impressão que moravam na casa de frente da sua. Kkkkkk Era uma tática que os moradores usavam! Kkkkkkkkkkk Eu achava muito engraçado! Parecia gato e rato!!!!
Hoje eles devem estar usando técnicas mais apuradas!

[jrdisaster]

Lembrando meus antigos tempos de publicadora pioneira, lembro de começar numa quadra residencial juntamente com um grupo de irmãos e os moradores que estavam na calçada lavando seus carros, regando suas plantas, varrendo a frente de suas calçadas ou simplesmente de conversa com seus vizinhos, amigos e visitas mudavam de calçada literalmente para dar a impressão que moravam na casa de frente da sua. Kkkkkk Era uma tática que os moradores usavam! Kkkkkkkkkkk Eu achava muito engraçado! Parecia gato e rato!!!!
Hoje eles devem estar usando técnicas mais apuradas!

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK SOCORRO
aqui faziam o mesmo. Se trancavam, ou então mandava o filho dizer que não tinha ninguém.
Me lembro também que eu vivia nas negociações com jeová. Quando tinha a época da promoção de pioneiros (só 30 horas o mês) , sempre faltava 5 pra mim. Ai eu ia e fechava, e pagava as outras horas nos outros meses. Tipo um empréstimo sem jurus, pq deus não gosta de jurus <3 <3
Enfim, todo mundo tem seus trambiques. Quem nunca pedia sempre pra sair com aquele irmão que também não queria nada, fingia que estava batendo numa casa que não tinha ninguém só pra passar o tempo? Acho que apesar de ter sido uma péssima fase da minha vida, eu gostava de ser conhecido como irmãozinho rebelde.
E é verdade o que foi citado acima. O que tá valendo mesmo é horas no serviço de campo viu. 10 minutos de pregação e 30 minutos sentado embaixo duma sombra. TJ's são um exemplo de criatividade

[Bruce D.]

O efeito hoje é muito pouco, até porque com a correria do dia a dia a maioria das casas não atendem porque a esmagadora maioria está trabalhando, estudando, acho que é até por isso que a torre implantou aqui no Brasil o carrinho de publicações. E quando chega no fim de semana as casas continuam fechadas pois ou estão curtindo a folga tendo lazer com a familia, ou aquelas que tem sua religião vão aos seus locais de adoração ou estão usufruindo seu merecido descanso. Acredito que os que adrentam a torre hoje se deve mais ao testemunho informal do que a pregação de casa em casa.

[Professora]

Nesse sentido, eu achei os carrinhos mais legais. Vai e pega quem quer.
Achei até que com carrinhos iam parar o de casa em casa, mas não...
Aqui na minha cidade, na rua onde moro (só prédio) não tem ninguém que atenda. Ninguém (eu fico acompanhando da janela)

[Peanuts]

Há um investimento em testemunho por telefone. Para alcançar prédios e condomínios fechados.Os jovens gostam de ir mais nessa modalidade, porque é uma oportunidade para se reunirem.

O campo no meu SR só serve a PR profissional tagarelar. Ainda mais com o calor aqui do RJ, a reclamação é geral.

[Lilypi]

Penso que, atualmente, surte pouco efeito. A verdade é que a maioria das pessoas detesta ser incomodada pelas TJ logo pela manhã. Existe uma cultura de ridicularização das TJ pelo seu hábito de pregar de casa em casa. Cansei de ver gente se escondendo para não receber as visitas. E eu faço o mesmo, fecho as janelas e deixo pensar que não tem ninguém em casa. Já conheço toda a ladainha e não tenho mais paciência para argumentar com quem não tem capacidade de enxergar o óbvio ao seu redor.

Como elas têm um discurso pronto, os moradores já sabem do que se trata e não têm mais interesse em ouvir. Aqueles que têm religião não querem saber das doutrinas de outra, quem é ateu muito menos.

Não sei como era no território de vocês, mas na congregação que eu pertencia percorríamos as mesmas áreas toda semana. Sempre as mesmas casas, os moradores já não aguentavam mais. Há uns anos atrás até funcionava (funcionou comigo e minha família pelo menos), mas hoje o pessoal já tá de saco cheio. Eles querem ganhar na insistência, mas não cola mais.

[Caronte Vitalzole]

Qual efeito esperado? Conseguir adeptos? Recolher donativos?
Eu penso que os métodos usados pelas Testemunhas de Jeová são formas altamente eficazes de divulgação de quase todo produto mas sobretudo a "pregação" de casa em casa não foi aproveitada em todo seu potencial pelas TJ. A preocupação maior é fazer horas, não encontrar pessoas.
Quem olha de fora acha que é difícil entrar numa religião que "não aceita" sangue mas ir de casa em casa é pior ainda. O treinamento é pífio. O produto tem pouco apelo e atrativo. O assunto é repetitivo. A situação incomoda.

Onde moro são 1800 apartamentos e quase 10% deles ocupados por chineses e poucos falam português. Não há um carrinho com publicações em mandarim. As TJ não procuraram oferecer aulas de português a eles. Outros o fizeram.
Resumindo, também há uma grande falta de interesse entre as TJ em "salvar vidas".

[Adriano Wake Up]

Os casos que vejo, de pessoas chegarem ao batismo, estão sendo apenas de filhos e parentes de TJs.
Me lembro da ultima vez que sai no trabalho de casa em casa, em setembro do ano passado, quando fui atendido apenas por uma senhorinha, de uns 80 anos, que na realidade queria conversar com alguém. Ficava muito tempo sozinha em casa...

Em todos esses mais de 30 anos, prisioneiro da Watchtower, eu iniciei vários estudos nesse trabalho. Não me lembro de nenhum que tenha chegado ao batismo (ufa !! Pelo menos não tenho esse peso na consciência). Aqueles para quem dirigi "estudos" (tradução: doutrinação torreana) e que chegaram ao batismo, eram pessoas já "encaminhadas", ou seja, parentes de TJs.

Vejo aqui na minha região que o trabalho de casa em casa, assim como o trabalho com os carrinhos, é inútil, pois ninguém está mais interessado.
Espero que essa "apatia" das pessoas em geral seja um sinal do fim. Do fim da Watchtower !!!!!