Até que minha congregação não era tão bitolada

Depoimentos de ex-testemunhas de Jeová, cartas de dissociação e depoimentos sobre a vida pós Torre de Vigia. Aqui fala mais alto a sinceridade, o sentimento e muitas vezes os relatos nos impressionam pela falta de algo que mais as Testemunhas de Jeová dizem praticar: o amor ao próximo!
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Dunha
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Até que minha congregação não era tão bitolada

Mensagem não lida por Dunha »

Na medida do possível, até onde se pode ser coerente, acho que o salão do reino que freqüentei não era tão sistemático em lidar com determinadas situações.

Os procedimentos tinham padrões mais flexíveis dos que tenho lido nos relatos, conforme segue:

DESASSOCIADOS/DISSOCIADOS: Familiares podiam conversar, à exceção de assuntos espirituais. Medida estendida a parentes que não compartilhavam residência, bem como a colegas de trabalho, ou quem por algum motivo era obrigado a conviver com desassociados.Em alguns casos, quando a expulsão tinha muitos anos, meio que consideravam o sujeito um mundano comum e não mais o evitavam. No campo, tínhamos ciência de ex-TJs e não pulávamos suas casas.

FACULDADE: Era incentivado. Membros da dianteira faziam, seus filhos e filhos de irmãos de destaque cursavam, eram elogiados por isso.Não da tribuna, mas nos contatos informais.

RELACIONAMENTO COM MUNDANOS: Era tolerado, embora a preferência era por enlaces na Sociedade, "casar-se somente no Senhor".Se filhos de anciãos ou servos namorassem fora, os pais permaneciam com cargos. Se alguém ingressasse na Sociedade com cônjuge descrente, ou seja, casamento anterior ao batismo, podia chegar a SM. Ancião,só convertendo a esposa.

Em tempo: Meu SR só tinha 2 anciãos, hoje já falecidos, sexagenários na segunda metade dos 90's e 4 servos. A famosa expressão tejotista "conceito equilibrado" era bem aplicada aqui.
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Lizz
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Re: Até que minha congregação não era tão bitolada

Mensagem não lida por Lizz »

Exceção, com certeza! A maioria prefere continuar a ser rígida em todos aspectos :twisted: .
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Vine Kun
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Re: Até que minha congregação não era tão bitolada

Mensagem não lida por Vine Kun »

É uma congregação que leva "a cara de seus anciãos"... essa é uma grande exceção, quando os da dianteira são bem tranquilos e sem exageros... a congregação imita. Porém, quando esses anciãos morrem e outros entram, seguem o padrão "bitolado" das demais congregações.
"Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente"
- Érico Veríssimo

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sabrepoderoso
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Re: Até que minha congregação não era tão bitolada

Mensagem não lida por sabrepoderoso »

Dunha escreveu:Na medida do possível, até onde se pode ser coerente, acho que o salão do reino que freqüentei não era tão sistemático em lidar com determinadas situações.

Os procedimentos tinham padrões mais flexíveis dos que tenho lido nos relatos, conforme segue:

DESASSOCIADOS/DISSOCIADOS: Familiares podiam conversar, à exceção de assuntos espirituais. Medida estendida a parentes que não compartilhavam residência, bem como a colegas de trabalho, ou quem por algum motivo era obrigado a conviver com desassociados.Em alguns casos, quando a expulsão tinha muitos anos, meio que consideravam o sujeito um mundano comum e não mais o evitavam. No campo, tínhamos ciência de ex-TJs e não pulávamos suas casas.

nos SR em que frequentei as normas eram bem rigidas conversa com DSS só sendo membro da familia e assuntos triviais , pular as casas era obrigatório
FACULDADE: Era incentivado. Membros da dianteira faziam, seus filhos e filhos de irmãos de destaque cursavam, eram elogiados por isso.Não da tribuna, mas nos contatos informais.

o incentivo era termina o ensino médio e fazer curso técnico , faculdade era mal visto podia até perder os ''privilégios '' como diz o HEERGE APRISIONADO '' '' ESCRAVILÉGIOS ''
RELACIONAMENTO COM MUNDANOS: Era tolerado, embora a preferência era por enlaces na Sociedade, "casar-se somente no Senhor".Se filhos de anciãos ou servos namorassem fora, os pais permaneciam com cargos. Se alguém ingressasse na Sociedade com cônjuge descrente, ou seja, casamento anterior ao batismo, podia chegar a SM. Ancião,só convertendo a esposa.

tratos com mundanos era tolerado se não houvesse problemas casar-se só com TJS namorar fora pais tinham seus cargos ameaçados , mas se se tornase TJ já sendo casado com descrente dependia do SR para chegar a ancioso

Em tempo: Meu SR só tinha 2 anciãos, hoje já falecidos, sexagenários na segunda metade dos 90's e 4 servos. A famosa expressão tejotista "conceito equilibrado" era bem aplicada aqui.
e detalhe , o que menos vi nestes anos foram coerência , bom senso e conceito equilibrado da parte destes SENHORES , tenha certeza o SR onde vc esteve é uma tremenda excessão mano !!! podes crer !!! :D1
que a luz que há dentro de cada um de nós ilumine nosso caminho quando todas as outras luzes se apagarem
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Dunha
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Re: Até que minha congregação não era tão bitolada

Mensagem não lida por Dunha »

Pode ser mesmo, amigos. A congregação era a cara dos anciãos. Suas intervenções eram pontuais, não afeitos a controlar a vida dos co-irmãos, até nas comissões judicativas. Deixavam o seu "sim significar sim e não, não". Perguntavam pro cabra se sua acusação procedia e ficava a critério da vítima admitir, sem muita especulação.
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ValentineGebbran
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Re: Até que minha congregação não era tão bitolada

Mensagem não lida por ValentineGebbran »

SE eu estivesse na sua congregação JAMAIS teria sido desassociada.
O fruto proibido sempre foi o conhecimento.
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gerom
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Re: Até que minha congregação não era tão bitolada

Mensagem não lida por gerom »

Dunha escreveu:Na medida do possível, até onde se pode ser coerente, acho que o salão do reino que freqüentei não era tão sistemático em lidar com determinadas situações.

Os procedimentos tinham padrões mais flexíveis dos que tenho lido nos relatos, conforme segue:

DESASSOCIADOS/DISSOCIADOS: Familiares podiam conversar, à exceção de assuntos espirituais. Medida estendida a parentes que não compartilhavam residência, bem como a colegas de trabalho, ou quem por algum motivo era obrigado a conviver com desassociados.Em alguns casos, quando a expulsão tinha muitos anos, meio que consideravam o sujeito um mundano comum e não mais o evitavam. No campo, tínhamos ciência de ex-TJs e não pulávamos suas casas.

FACULDADE: Era incentivado. Membros da dianteira faziam, seus filhos e filhos de irmãos de destaque cursavam, eram elogiados por isso.Não da tribuna, mas nos contatos informais.

RELACIONAMENTO COM MUNDANOS: Era tolerado, embora a preferência era por enlaces na Sociedade, "casar-se somente no Senhor".Se filhos de anciãos ou servos namorassem fora, os pais permaneciam com cargos. Se alguém ingressasse na Sociedade com cônjuge descrente, ou seja, casamento anterior ao batismo, podia chegar a SM. Ancião,só convertendo a esposa.

Em tempo: Meu SR só tinha 2 anciãos, hoje já falecidos, sexagenários na segunda metade dos 90's e 4 servos. A famosa expressão tejotista "conceito equilibrado" era bem aplicada aqui.
Vejo que, pelos padrões Torreanos, sua congregação seria considerada por diversos anciãos e SCs antigos como: FRACA.

Outra coisa bastante discutida aqui no fórum: a falta de padronização entre as diversas congregações (nem que o KS descreva em mínimos detalhes os procedimentos). Em várias coisas, algumas permitem ou fecham os olhos, já em outras, a coisa é levada no chicote espiritual.
"Se não está explicitamente indicado, está implicitamente excluído"
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Alexei Karamazov
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Re: Até que minha congregação não era tão bitolada

Mensagem não lida por Alexei Karamazov »

Na Torre, houve uma época de flexibilização, no final do Século e início do atual.
Só que tudo tresandou, e um fundamentalismo muito obtuso tomou conta de tudo, com uma espécie de "gestão empresarial" de resultados.
As pessoas se desumanizaram-se e se transformaram em placas publicitárias...
Tú que consideras al hombre tanto dios como oveja—,
desgarrar al dios en el hombre como a la oveja en el hombre
y desgarrando reír— ¡ésa, ésa es tu felicidad!
Ditirambos Dionisíacos - F.Nietzsche
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