Será que a Torre está mais tolerante com os "apóstatas"?

Depoimentos de ex-testemunhas de Jeová, cartas de dissociação e depoimentos sobre a vida pós Torre de Vigia. Aqui fala mais alto a sinceridade, o sentimento e muitas vezes os relatos nos impressionam pela falta de algo que mais as Testemunhas de Jeová dizem praticar: o amor ao próximo!
Fique a vontade para contar suas vivências
André Felix
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Re: Será que a Torre está mais tolerante com os "apóstatas "?

Mensagem não lida por André Felix »

Um parente ou amigo pode até pensar que se for gentil com uma ex-testemunha, claro que convenientemente longe dos olhos dos demais, poderá, quem sabe, até amolecer o seu coração. As testemunhas de Jeová acreditam realmente que fazem muita falta na vida da gente. São muito pretensiosas. Até quando observam o tempo que a gente gasta aqui falando sobre elas bem como sobre o mundinho delas ficam convencidas de serem importantes, até insubstituíveis em nossas vidas. Vejam o que elas comentam, e pior que até com razão, sobre o Sebastião Ramos . Segundo elas, ele somente passou a atacar depois de ter sido excluído. Antes viva num aparentemente perene e pegajoso caso de amor com as doutrinas do corpo governante.
Mas eu queria ver a cara delas se a Torre de Vigia mudasse sua política de ostracismo compulsórios aos seus ex-membros. Sei que isso parece praticamente impossível mas o fato é que nenhum grupo religioso tem ex-adeptos tão ruidosos e até ressentidos do que as testemunhas de Jeová. Não por elas representarem a "única religião verdadeira" e, consequentemente, serem alvo de "persequição", mas simplesmente devido ao mecanismo excludente da desassociação. No meu caso, mesmo que ela não adotasse esse mecanismo, ainda assim eu manteria as minhas críticas. Se, numa situação hipotética e pouco provável, ela colocasse isso de não falar com ex-membros de lado, e algumas TeJotas resolvessem falar comigo eu não iria aceitar de jeito nenhum. Eu quem as desassociaria! Aliás, quando eu finalmente resolvi deixar as testemunhas o rompimento foi recípocro.
O pensamento é o ensaio da ação.
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RX
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Re: Será que a Torre está mais tolerante com os "apóstatas "?

Mensagem não lida por RX »

André Felix escreveu:Eu quem as desassociaria!
É isso aí! :11 É dessa forma que eu ajo. Mesmo quando uma TJ conhecida vem falar comigo, nem olho. A meu ver, só estou fazendo o que elas querem que eu faça.
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Nanda Lima
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Re: Será que a Torre está mais tolerante com os "apóstatas "?

Mensagem não lida por Nanda Lima »

RX escreveu:
André Felix escreveu:Eu quem as desassociaria!
É isso aí! :11 É dessa forma que eu ajo. Mesmo quando uma TJ conhecida vem falar comigo, nem olho. A meu ver, só estou fazendo o que elas querem que eu faça.
É, temos que fazer isso mesmo. Eu estava pensando em ir ao salão do Reino só para rever as pessoas, mas a verdade que nós temos que ser duros com eles, assim como são conosco. :11 Por isso eu não vou mais.
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Somos burgueses sem religião
Nós somos o futuro da nação
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Kali
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Re: Será que a Torre está mais tolerante com os "apóstatas "?

Mensagem não lida por Kali »

Acredito que seu caso foi apenas uma exceção...A torre não mudou nada com relação a isso, inclusive o último estudo de livro desta semana q se passou, falou um pouco mais sobre como deve ser tratado um desassociado:
Como tratar uma pessoa desassociada
Poucas coisas podem nos deixar tão tristes quanto ver um parente ou um amigo achegado ser expulso da congregação por ter cometido um pecado e não ter se arrependido. O modo como encaramos a orientação da Bíblia sobre esse assunto pode revelar a profundidade de nosso amor a Deus e quanto somos leais aos seus princípios. Considere algumas perguntas que surgem sobre esse assunto.
Como devemos tratar uma pessoa desassociada? A Bíblia diz: “Cesseis de ter convivência com qualquer que se chame irmão, que for fornicador, ou ganancioso, ou idólatra, ou injuriador, ou beberrão, ou extorsor, nem sequer comendo com tal homem.” (1 Coríntios 5:11) Com respeito a qualquer pessoa que “não permanece no ensino do Cristo”, lemos: “Nunca o recebais nos vossos lares, nem o cumprimenteis. Pois, quem o cumprimenta é partícipe das suas obras iníquas.” (2 João 9-11) Nós não nos associamos com desassociados, quer para atividades espirituais, quer sociais. A Sentinela de 15 de dezembro de 1981, página 21, disse: “Um simples ‘Oi’ dito a alguém pode ser o primeiro passo para uma conversa ou mesmo para amizade. Queremos dar este primeiro passo com alguém desassociado?”
É realmente necessário evitar todo e qualquer contato com a pessoa? Sim, por várias razões. Primeiro, é uma questão de lealdade a Deus e à sua Palavra. Obedecemos a Jeová não apenas quando é conveniente, mas também quando envolve grandes desafios. O amor a Deus nos motiva a obedecer todos os seus mandamentos, reconhecendo que ele é justo e amoroso, e que suas leis visam o bem dos que o servem. (Isaías 48:17; 1 João 5:3) Segundo, cortar o contato com o pecador não-arrependido evita que nós e a congregação sejamos corrompidos em sentido espiritual e moral, e preserva a boa reputação da congregação. (1 Coríntios 5:6, 7) Terceiro, nossa firme posição a favor dos princípios bíblicos pode até mesmo beneficiar o desassociado. Por apoiarmos a decisão da comissão judicativa, talvez contribuamos para tocar o coração de um pecador que até então não correspondeu aos esforços dos anciãos para ajudá-lo. Perder a preciosa associação com pessoas amadas talvez o ajude a ‘cair em si’, a ver a seriedade de seu erro e a tomar os passos necessários para retornar a Jeová. — Lucas 15:17.
E quando o desassociado é um parente? Nesse caso, os laços achegados entre familiares podem ser um verdadeiro teste à lealdade. Como devemos tratar um parente desassociado? Não podemos incluir aqui toda e qualquer situação que possa surgir nesse sentido, mas vamos nos concentrar em duas situações básicas.
Em alguns casos, o parente desassociado talvez faça parte da família imediata e ainda more na mesma casa. A desassociação não põe fim aos laços familiares, por isso as atividades e os tratos normais do dia-a-dia da família podem continuar. Contudo, pelo seu proceder, o desassociado escolheu romper o vínculo espiritual que tinha com a família. Sendo assim, os membros leais da família não podem mais ter associação espiritual com ele. Por exemplo, caso o desassociado esteja presente quando a família se reunir para estudar a Bíblia, ele não deve participar do estudo. Mas, se o desassociado é um filho menor, os pais ainda são os responsáveis pela sua instrução e disciplina. Por isso eles, como pais amorosos, podem dirigir um estudo bíblico com o filho. — Provérbios 6:20-22; 29:17.
Em outros casos, o parente desassociado talvez não faça parte da família imediata ou seja um membro da família imediata que não mora na mesma casa. Embora em raras ocasiões talvez se precise cuidar de um assunto familiar com um parente desassociado, tal contato deve restringir-se ao mínimo possível. Membros leais de uma família cristã não procuram desculpas para ter tratos com um parente desassociado que não more na mesma casa. Em vez disso, a lealdade a Jeová e à sua organização os faz seguir os princípios bíblicos relacionados com a desassociação. Seu proceder leal visa o bem do desassociado e pode ajudá-lo a se beneficiar da disciplina recebida. — Hebreus 12:11.
[Nota(s) de rodapé]
Os princípios bíblicos sobre esse assunto aplicam-se da mesma forma aos que se dissociam da congregação.
Para mais informações sobre filhos desassociados menores que moram com os pais, veja A Sentinela de 1.° de outubro de 2001, páginas 16-17, e de 15 de novembro de 1988, página 20.
Para mais informações a respeito de como tratar parentes desassociados, veja os conselhos bíblicos considerados em A Sentinela de 15 de abril de 1988, páginas 26-31, e de 15 de dezembro de 1981, páginas 22-27.
Uma das partes que eu achei um pouco irônica foi esta:
Perder a preciosa associação com pessoas amadas talvez o ajude a ‘cair em si’, a ver a seriedade de seu erro e a tomar os passos necessários para retornar a Jeová. — Lucas 15:17.
Eles falam isso pensando só nos que se apartaram, mas não levam em consideração os sentimentos das tjs que ficam, pq boa parte delas tb sofrem bastante com a separação de um familiar ou um amigo que era bem achegado...como se só as tjs que ficaram fossem as "pessoas amadas", e os que deixaram-nas, não são mais "amados" "queridos" etc...Forçam as tjs a adotarem sentimentos de repulsa pelos que saíram do meio delas.
A Torre abusa com relação aos modos de como se deve tratar uma pessoa que abandona a Organização, até pq, muitos dos que se dissociaram muitas vezes nem se quer entram nas características descritas em coríntios como: fornicadores, gananciosos, idólatras, injuriadores, beberrões, ou extorsores...
Muitas ex-tjs continuam Cristãs ou religiosas...sem vícios ou sem "pecados graves", e são obrigadas a virar "farinha do mesmo saco" quando se trata dos julgamentos aplicados pelo Corpo Governante e seus seguidores. Isso sinceramente não é bíblico!
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Re: Será que a Torre está mais tolerante com os "apóstatas "?

Mensagem não lida por Pássaro »

E quem disse que pra tjs desassociados têm sentimentos! Se uma tj, tem um familiar desassociado ou dissociado que dá no mesmo, e ele estiver numa recpção de casamento do parente, quem disse que os tjs ficam? Eles não querem nem saber, dizem que a pessoa deveria procurar o seu lugar e não estáar ali e não importam com o grau de parentesco!
O barco da torre tá afundando?
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Re: Será que a Torre está mais tolerante com os "apóstatas "?

Mensagem não lida por pascoalnaib »

Kali cita:
A Torre abusa com relação aos modos de como se deve tratar uma pessoa que abandona a Organização...
Abusa e faz disso uma questão maniqueísta...quem sai é porque não merece ficar ali e que ama mais o seu ego do que a Deus e quem fica é leal e tem compromisso com Deus...agora o detalhe: Deus é entendito como se fosse a própria Torre de Vigia e "demonizar" quem ver os excessos dessa corporação é o único modo de manter o controle.
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Re: Será que a Torre está mais tolerante com os "apóstatas "?

Mensagem não lida por Pássaro »

A torre anda tendo problemas com pessoas que se afastam ou são afastadas pelos seus dogmas! Vemos mudanças de capas de livros, mudança de videos e etc. Até os mais exemplares tão pulando fora!
O barco da torre tá afundando?
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Jamir
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Re: Será que a Torre está mais tolerante com os "apóstatas "?

Mensagem não lida por Jamir »

É verdade!!!

Qualquer contato com desassociado (não necessáriamente apostata) é PROIBIDO.

O que muitas TJs fazem é nem ligar... E isso tah sendo um grande problema para muitos superintendentes.

Muito boa gente tem perdido os privilégios pcausa desse tipo de associação.
A meu ver, tem sido principalmente dificil para AVÓS TJs deixarem de falar com seus netos, principalmente... Mais dificil que pais e filhos.
♫♫ É Deus veraz que tudo prediz, somos seu povo feliz! ♫♫
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Re: Será que a Torre está mais tolerante com os "apóstatas "?

Mensagem não lida por Jamir »

Amigos... sejamos verdadeiros.

Não podemos sair aí criticando a prática da desassociação, em determinados contextos!
Desassociação tem precedente bíblico, SIM! E pode ser CORRETA!

Aí.... a vossa critica pode ser, não contra uma regra organizacional, mas contra um mandamento bíblico.

Agora o principal texto de apoio invocado pela sociedade (1 Cor. 5:11, 13)
“[Cessai] de ter convivência com qualquer que se chame irmão, que for fornicador, ou ganancioso, ou idólatra, ou injuriador, ou beberrão, ou extorsor, nem sequer comendo com tal homem. . . . Removei o homem iníquo de entre vós.”

O abuso se dá quando se desassocia uma pessoa por outro motivo, que não os indicados: "fornicador, ganancioso, idólatra, injuriador, beberrão, extorsor"...

(minha modesta opinião)
♫♫ É Deus veraz que tudo prediz, somos seu povo feliz! ♫♫
(repetir até acreditar)
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Re: Será que a Torre está mais tolerante com os "apóstatas "?

Mensagem não lida por gerom »

Jamir escreveu:Amigos... sejamos verdadeiros.

Não podemos sair aí criticando a prática da desassociação, em determinados contextos!
Desassociação tem precedente bíblico, SIM! E pode ser CORRETA!

Aí.... a vossa critica pode ser, não contra uma regra organizacional, mas contra um mandamento bíblico.

Agora o principal texto de apoio invocado pela sociedade (1 Cor. 5:11, 13)
“[Cessai] de ter convivência com qualquer que se chame irmão, que for fornicador, ou ganancioso, ou idólatra, ou injuriador, ou beberrão, ou extorsor, nem sequer comendo com tal homem. . . . Removei o homem iníquo de entre vós.”

O abuso se dá quando se desassocia uma pessoa por outro motivo, que não os indicados: "fornicador, ganancioso, idólatra, injuriador, beberrão, extorsor"...

(minha modesta opinião)
O abuso está em que, aquele expulso, não possa mais se comunicar-se com niguém TJ e vice-versa...

Realmente excomungar (desassociar) até a religião católica pratica. O problema é a morte social do indíduo!

Mas não basta ler apenas esses versículos. É necessário ler o contexto. Por que Paulo disse essas palavras. Veja início do cap. 5: Realmente, relata-se entre vós fornicação, e fornicação tal como nem há entre as nações, que certo [homem] tenha por esposa [a] de [seu] pai.

Por isso Paulo disse mais adiante "removei tal homem dentre vós!"

Paulo também diz no cap. 5 ~deve ser removido o homem dentre vós e que deve ser tratado como homem das nações. Por um acaso as TJs deixam de falar, cumprimentar (pregar) "homens das nações"? Então pq tratam um desa/dissociado da forma como tratam?
"Se não está explicitamente indicado, está implicitamente excluído"
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