Ex Testemunhas de Jeová

Caros amigos foristas,

Sei que muitos aqui ao se tornarem TJs sofreram alguma surra por parte dos pais, no congresso que teve esse ano um jovem foi entrevistado e disse que sua mãe dava surras nele quando ele voltava do serviço de pregação. Até aí tudo bem né, ele acredita está sofrendo por fazer o que é certo, mas e se algum dia ele vier a descobrir os podres da torre e não querer mais ser TJ, imagina o arrependimento por ter levado essas surras hein.

Eu sei também que muitos aqui foram criados por pais TJs e a cena era diferente, apanhava pra ir ao campo, as reuniões, pra se comportar direitinho e tudo mais.

Graças a Deus nenhum desses foi o meu caso, mas eu gostaria de saber das experiencias de vocês, se apanhavam dos pais pra pregar e depois deixou de ser TJ e se arrependeu por ter se sacrificado ou se não queria ser TJ e os pais obrigavam, me contem pessoal, estou curioso.

Minha vida toda foi assim, minha mãe faz um show.

Com o meu irmão mais velho foi a mesma coisa, ela abria a janela do quarto, tirava a coberta dele e fala que filho dela não ia ficar em casa na hora do campo.

E mesmo eu tendo quase 30 anos, ela ainda faz isso. Eu odeio, odeio isso, vou com cara de [PALAVRAO], pq vou obrigado.

Ela acha que fazendo isso vai me salvar, coitada.

Eu já apanhei no SR por ficar dando risada na hora da reunião. Às vezes aconteciam coisas engraçadas, ou eu me lembrava de coisas engraçadas.

Vigi.... como eu era muito inquieta, apanhava depois de quase todas as reuniões.

No salão que eu frequentava na zona norte/sp (no início, V.N. Cachoeirinha e depois Jardim Pery), tinha uns anciãos que já ficavam de olho em tudo o que eu fazia durante as reuniões. No final, não dava outra. Reclamavam para minha mãe. Eu ia tomando uns tapas logo que saia. As vezes ainda chegava em casa e apanhava mais. Minha mãe batia com qualquer coisa: chinelo, sapato, fio de ferro, cabo de vassoura.
Até pouco tempo atrás eu tinha um galo na cabeça porque minha mãe batia com o punho fechado. Fiz um pequeno procedimento cirúrgico e retirei mas ainda tenho a cicatriz.

Amo....amo....amo...morro de saudades do tempo em que eu era testemunha de jeová.

Debora escreveu:Vigi.... como eu era muito inquieta, apanhava depois de quase todas as reuniões.

No salão que eu frequentava na zona norte/sp (no início, V.N. Cachoeirinha e depois Jardim Pery), tinha uns anciãos que já ficavam de olho em tudo o que eu fazia durante as reuniões. No final, não dava outra. Reclamavam para minha mãe. Eu ia tomando uns tapas logo que saia. As vezes ainda chegava em casa e apanhava mais. Minha mãe batia com qualquer coisa: chinelo, sapato, fio de ferro, cabo de vassoura.
Até pouco tempo atrás eu tinha um galo na cabeça porque minha mãe batia com o punho fechado. Fiz um pequeno procedimento cirúrgico e retirei mas ainda tenho a cicatriz.

Amo....amo....amo...morro de saudades do tempo em que eu era testemunha de jeová.

Deus me livre Débora! Com certeza você não tem um pingo de saldade pelo que você sofreu, até com cicatrizes ficou, além do trauma psicológico. O que eu mais me admiro é que em uma religião não deveria haver esse tipo de coisa e fico com pena das crianças que hoje sofrem nas mãos desse pais TJs, que até incentivam a meter a vara. E o pior de tudo é que isso não é só na torre, fui evangélico e já vi muita criança apanhando e sempre no fim do culto o pastor falava aos pais para aplicarem o corretivo porque lá em provérbios diz que é pra meter a vara. O maior absurdo isso! Odeio gente que fica tentando obrigar os filhos a seguirem sua religião e bate nos filhos por causa disso, por isso que estou com ódio de todas as religiões. Mas eu também odeio quem não é de religião e massacram os filhos para não fazerem parte da religião a qual tem vontade ou porque é de religião oposta, na minha opinião isso deve ser respeitado, mas não algo imposto aos filhos como obrigatório. Pois uma coisa é certa, conforme diz o ditado: "religião é igual a fiofó, cada um tem o seu e ninguém deve ficar metendo o dedo."

Nunca levei uma surra física. Mas sempre sofro uma surra mental para ir ao campo.

Meu pai me forçava a ir no campo quando era criança. Não esqueço de um dia quando tinha 10 ou 12 anos que amanheceu chovendo e ai eu nem levantei e ele chegou e deu um tapão na porta e falou que não estava mais chovendo, ai eu comecei a arrumar e a chuva voltou, e com chuva não tem jeito de ir no campo então voltei pra cama, e logo depois a chuva diminuiu e ele passou pelo meu quarto dizendo: Mas você deitou de novo!! Pode levantar dai e arrumar!! Ai la foi eu arrumar de novo e ir pro campo com o tempo fechado e chuviscando...

Apanhar nunca ,mais já fui obrigado a ir, era muito ruim,pior era nos dias de chuva ou frio.

Eu não porque por sorte não tenho pais tjs mas conheci pais que faziam isso com os filhos quando era tj me lembro de uma irmã que deu uns tapas no filho pequeno de dois aninhos no banheiro por ele se comportar mau na reunião .

como eu me identifico com o seu caso. Querido amigo a isto as tjs chamam de amor cristão, mas o mais engraçado e que a minha mãe também me bateu quando eu ainda frequentava a igreja católica, cheguei a levar surra só por não querer ir a missa. Quando isto foi comentado no meu estudo pessoal com a tjs ela disse "isso e violência". pois levar surra por não querer ir a igreja e violência e levar surra por não querer ir ao SR ou sair a pregação e amor cristão.
Afinal não e surra na mesma?