ahahahahahahRobert Orwell escreveu:Meu momento mais deprimente foi quando eu fui largado em um Congresso, no Sol de um domingo árido de inverno brasileiro, com todos os amorosos irmãos passando por mim e dizendo: "Que lindo Congresso, né, irmão. A gente sai até melhor do que entrou". Os "amorosos", incluindo meu instrutor, anciãos, servos ministeriais, etc, simplesmente entraram em seus carros e partiram rumo aos seus planos para a noite pós-Congresso e quanto a mim, que havia ido de ônibus (4 ônibus para conseguir chegar naquele buraco), tive que contar com a carona de um estudante e sua esposa, até chegar no Centro, onde peguei o ônibus para ir para a casa. Ver a imensa indiferença deles para comigo, um jovem sozinho naquela seita e sem habilitação nem carro, me doeu muito e depois me fez ficar puto. Eu sei que a primeira coisa que eu fiz foi jogar, na primeira lata de lixo do Centro, o crachá e as anotações do Congresso, devidamente rasgadas ou amassadas. Cheguei em casa com o choro a ponto de explodir, raiva e mágoa ao mesmo tempo.
Foi meu último Congresso.
Cheguei a ir na Assembleia de dois dias daquele ano, quando eu já estava habilitado e havíamos comprado um carro, só para esfrega na fuça deles. Um ancião ousou me pedir que levasse uma irmã idosa em casa, mas o meu olhar de ódio fez ele voltar atrás - sobrou para ele levar aquela velha chata e ingrata.
Foi minha última Assembleia.
Boa, Orwell. Às vezes ´bom pagar na mesma moeda. Amor é o que menos se encontra alí