Depoimentos de ex-testemunhas de Jeová, cartas de dissociação e depoimentos sobre a vida pós Torre de Vigia. Aqui fala mais alto a sinceridade, o sentimento e muitas vezes os relatos nos impressionam pela falta de algo que mais as Testemunhas de Jeová dizem praticar: o amor ao próximo!
kooboo escreveu:Existe uma outra forma de massacrar os outros. A exclusão social ou aquele "tomar nota'.
Fazem festinhas, saem para passeios em turmas e deixam de fora alguém que não consideram da panelinha. TJ tem muito disso, de segregar aqueles que julgam serem fracos na fé.
Ou excluem aqueles que não têm dinheiro, o que é bem mais comum do que "fé fraca".
Tinha uma família na minha congregação que era popular por conta do ancião (que tinha um cargo de gerência em um banco e empregava a família toda lá). Tinha três filhos (dois homens e uma mulher). Ele era muito gente boa, mas os filhos eram um nojo de tão narizes empinados. Não se misturavam com "qualquer um".
Eu sou o dono de meu destino. Eu sou o capitão de minha alma. ("Invictus" - William E Henley)
Já presenciei vários exemplos de bullying na congregação. Os mais cruéis eram invariavelmente feitos por pessoas com altos privilégios.
- Podia falar sobre as piadinhas de um superintende a um irmão negro que chegou atrasado à reunião ("Viu-se negro para cá chegar!!! kkkk") ou a um irmão baixo e magro num grupo para tirar uma foto ("essa amostra de gente não pode ficar atrás do grupo!! kkkkk").
- Podia falar sobre o fato de nunca ter visto certos anciãos ou superintendentes limpando os banheiros sebosos dos congressos, enquanto discursam, com a maior moral do mundo, sobre a necessidade de aceitar trabalhos humildes...
- Podia falar sobre os anciãos que organizavam jogos de futebol e não convidavam metade da congregação. No fim do jogo, ficavam conversando (horas!!!), zombando com alguns irmãos e falando abertamente sobre pedidos de ajuda (que deveriam ser confidenciais!!!)
Tantas situações... tantas, tantas!!!
Alguém acredita que os TJs são um grupo "especial" em matéria de amar os colegas na fé? (eu já nem falo de amar as outras pessoas...)
♫♫ É Deus veraz que tudo prediz, somos seu povo feliz! ♫♫
(repetir até acreditar)
Olha, a própria bíblia induz a idéia de "única religião verdadeira".
Jesus disse que ele é único caminho pro Pai.
Jeová disse que não devemos ter outros deuses além dele.
E a bíblia também ensina pregar o evangelho a toda criatura.
Some todos esses pensamentos e você cria um crente intolerante.
Acho que a Torre de vigia só levou isso mais ao pé da letra. Esse pensamento exclusivista não pode gerar amor.
"Seria Deus desejoso de prevenir o mal mas incapaz? Portanto não é omnipotente. Seria ele capaz, mas sem desejo? Então é malévolo. Seria ele tanto capaz quanto desejoso? Então por que há o mal?"
- Epicuro
A maioria dos exemplos citados acima não são bullyings. Bullyings são coisas cruéis, desumanas e covardes. Boa parte desses exemplos acima citados não passam de "zoações" (execeto o caso do Jamir, sobre anciãos estarem ridicularizando a respeito de assuntos pessoais de irmãos). Com a ressalva do caso contado pelo Jamir, na boa, esses tipos "zoações" citadas por vocês rolam em qualquer lugar círculo social. Estou agora no meu trabalho, e frequentemente estamos zoando um com a cara do outro, sem problemas nenhum. Isso sempre vai ocorrer seja na escola, no trabalho, na faculdade, na turma das peladas do fim de semana, na galera do chopp de sexta de noite....Não é porque o cara é TJ que deve ser um robô (ainda que a Torre queira). Com tanto que as brincadeiras não extrapolem o limite do saudável, não vejo problema.
Quanto à questão das festinhas e passeios, na boa, não sejamos hipocritas ! Ninguém é obrigado a chamar quem não gosta para um evento social, e isso na minha opinião independe se o contexto analisado é dentro ou fora dos domínios da Torre. Tem gente que com quem você simplesmente não se bate e pronto ! Para que forçar a barra ? A Torre quer impor essa coisa da imparcialidade, de convidar pessoas que você mal conhece para um passeio ou festinha, mas se eu chamasse, seria por pura hipocrisia, meramente para tentar obedecer a Torre ou para evitar ser criticado. Acho que por vontade própria ninguém faria. Sendo ou não TJ.
" Just because you feel good, it doesn't mean you're right."
LOST escreveu:
Quanto à questão das festinhas e passeios, na boa, não sejamos hipocritas ! Ninguém é obrigado a chamar quem não gosta para um evento social, e isso na minha opinião independe se o contexto analisado é dentro ou fora dos domínios da Torre. Tem gente que com quem você simplesmente não se bate e pronto ! Para que forçar a barra ? A Torre quer impor essa coisa da imparcialidade, de convidar pessoas que você mal conhece para um passeio ou festinha, mas se eu chamasse, seria por pura hipocrisia, meramente para tentar obedecer a Torre ou para evitar ser criticado. Acho que por vontade própria ninguém faria. Sendo ou não TJ.
Concordo com você. Tinha muito TJ no meu meio que "não me descia" de jeito nenhum. Tanto é que sempre ouvia nos discursos a tal necessidade de se amar a todos os irmãos, mas nunca consegui fazer isso. E duvido que haja alguém que consiga.
Mas que tem gente que faz divisão por classe social e/ou privilégios, isso tem mesmo. Isso na verdade existe em qualquer circulo social e com as TJ´s não seria diferente. O problema é a hipocrisia que ronda a "religião verdadeira" que diz que todos seríamos iguais e que preconceitos não existem lá. Eu mesma tinha pouquíssimos amigos pelo fato de não ter família direta TJ e não ter grana também, mesmo possuindo muitas qualidades e valores (e defeitos como qualquer mortal).
Eu sou o dono de meu destino. Eu sou o capitão de minha alma. ("Invictus" - William E Henley)
LOST escreveu:A maioria dos exemplos citados acima não são bullyings. Bullyings são coisas cruéis, desumanas e covardes. Boa parte desses exemplos acima citados não passam de "zoações" (execeto o caso do Jamir, sobre anciãos estarem ridicularizando a respeito de assuntos pessoais de irmãos). Com a ressalva do caso contado pelo Jamir, na boa, esses tipos "zoações" citadas por vocês rolam em qualquer lugar círculo social. Estou agora no meu trabalho, e frequentemente estamos zoando um com a cara do outro, sem problemas nenhum. Isso sempre vai ocorrer seja na escola, no trabalho, na faculdade, na turma das peladas do fim de semana, na galera do chopp de sexta de noite....Não é porque o cara é TJ que deve ser um robô (ainda que a Torre queira). Com tanto que as brincadeiras não extrapolem o limite do saudável, não vejo problema.
O que eu presenciava era bullying sim, infelizmente. Bullying sempre parte de alguém relativamente mais forte ou favorecido de alguma maneira (por força ou por integrar uma maioria) contra alguém em posição mais frágil. E o que é um garoto de 10/12 anos contra marmanjões de 25, 30 anos, líderes de uma congregação?
A mentira teme a verdade. Afinal, você já viu "apóstatas" desassociando uma Testemunha de Jeová?
Estão só imitando o Corpo Governante. Afinal, eles praticam bullying contra quem sai de lá.
E também colocam apelidos depreciativos: Chamam de doentes mentais. (Isso só pode ser um apelido no nosso caso!)
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Apenas as Testemunhas de Jeová não conhecem as Testemunhas de Jeová.
Sabe de denúncias de abuso sexual infantil dentro da organização das Testemunhas de Jeová? Envie dicas investigativas, informações e documentos sobre este tópico para o Ministério Público de São Paulo: avarc@mpsp.mp.br
O que ocorre nos Salões do Reino pode e deve ser corretamente chamado de bullying. Eu já o presenciei várias vezes e não são só os jovens que o cometem não, viu?! Uma vez, uma irmã idosa da minha ex-congregação começou a comentar o seguinte, no Estudo de Livro de Congregação - à época, estudávamos, pela n-ésima vez, o livro Revelação - Seu Grandioso Clímax está Próximo!: ''Lembro-me de quando eu ainda era menina, que mamãe falava...'' Daí o ancioso solta essa: ''Irmã Fulana, se for para relembrar toda a sua genealogia, vamos voltar lá na época do Dilúvio!". Todos se acabaram em risos, inclusive meu instrutor fariseu que estava presente... todos, menos eu e, principalmente, a irmã, que ficou visivelmente ofendida e chateada. Lembro-me do dia em que ela faleceu, ela morreu sozinha em casa, dormindo. O corpo dela estava muito mais duro do que o rigor mortis usual e ela estava abraçada à Bíblia. Os legistas precisaram quebrar os braços dela para conseguir retirar a Bíblia de perto dela e poderem, assim, levar o corpo para a autópsia. Soube depois que, pela rigidez cadavérica constatada, o laudo disse que ela sentira muita dor antes de falecer, mas que morreu dormindo - ela era, de fato, muito doente, com vários problemas nos ossos e articulações e uma depressão terrível que a acompanhou desde quando ela se tornara Testemunha de Jeová até o fim da vida dela. A família opositora - os filhos, principalmente - não permitiu que o corpo dela fosse velado pela congregação; ela foi velada e sepultada no Nordeste, de onde ela viera. Felizmente, pois nada seria mais indigno do que ela ser velada por aqueles que zombavam dela. Algum tempo depois, num encontro na casa de um casal da congregação, eu lembrei a este ancião da sua piada desgraçada sobre a irmã falecida, na frente de alguns outros irmãos, visto que estavam falando nela. Ele ficou cabisbaixo até o fim da reunião social - depois, a esposa dele me disse que ele chorou muito quando chegou em casa.
''Somos feitos de carne, mas temos de viver como se fôssemos de ferro.'' - Sigmund Freud
Carlos Felipe escreveu:O que ocorre nos Salões do Reino pode e deve ser corretamente chamado de bullying. Eu já o presenciei várias vezes e não são só os jovens que o cometem não, viu?! Uma vez, uma irmã idosa da minha ex-congregação começou a comentar o seguinte, no Estudo de Livro de Congregação - à época, estudávamos, pela n-ésima vez, o livro Revelação - Seu Grandioso Clímax está Próximo!: ''Lembro-me de quando eu ainda era menina, que mamãe falava...'' Daí o ancioso solta essa: ''Irmã Fulana, se for para relembrar toda a sua genealogia, vamos voltar lá na época do Dilúvio!". Todos se acabaram em risos, inclusive meu instrutor fariseu que estava presente... todos, menos eu e, principalmente, a irmã, que ficou visivelmente ofendida e chateada. Lembro-me do dia em que ela faleceu, ela morreu sozinha em casa, dormindo. O corpo dela estava muito mais duro do que o rigor mortis usual e ela estava abraçada à Bíblia. Os legistas precisaram quebrar os braços dela para conseguir retirar a Bíblia de perto dela e poderem, assim, levar o corpo para a autópsia. Soube depois que, pela rigidez cadavérica constatada, o laudo disse que ela sentira muita dor antes de falecer, mas que morreu dormindo - ela era, de fato, muito doente, com vários problemas nos ossos e articulações e uma depressão terrível que a acompanhou desde quando ela se tornara Testemunha de Jeová até o fim da vida dela. A família opositora - os filhos, principalmente - não permitiu que o corpo dela fosse velado pela congregação; ela foi velada e sepultada no Nordeste, de onde ela viera. Felizmente, pois nada seria mais indigno do que ela ser velada por aqueles que zombavam dela. Algum tempo depois, num encontro na casa de um casal da congregação, eu lembrei a este ancião da sua piada desgraçada sobre a irmã falecida, na frente de alguns outros irmãos, visto que estavam falando nela. Ele ficou cabisbaixo até o fim da reunião social - depois, a esposa dele me disse que ele chorou muito quando chegou em casa.
Idiota, grosso, fdp... nem tenho mais adjetivos para classificar essa criatura.
Com certeza a esposa dele te disse isso pra você ficar com dozinha dele. Ah me poupe!
Eu sou o dono de meu destino. Eu sou o capitão de minha alma. ("Invictus" - William E Henley)