Casal TJ processado pelo Hospital

Qual é o conceito equilibrado sobre a questão do sangue? Uma análise sobre umas das doutrinas mais polêmicas das TJs.
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SARTRE
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Casal TJ processado pelo Hospital

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Uma bebê nasceu com pouco mais de 28 semanas e pesava apenas 1,2 kg. Estava internado em um leito de UTI neonatal em Goiás. Ainda segundo a fonte de notícias (G1/Globo), “o relatório médico apresentado nos autos mostrou que ela tinha anemia e poderia, a qualquer momento, precisar de uma transfusão [sanguínea], uma vez que outros métodos não foram suficientes para fazê-lo apresentar alguma melhora.

Mas mesmo com toda essa situação delicada envolvendo a vida do recém-nascido, seus pais, que professavam serem Testemunhas de Jeová, estavam resolutos em não permitir que este fosse tratado com uma transfusão de sangue (TS). Alegavam que se o filho recebesse uma TS estariam sendo impedidos de praticar sua liberdade religiosa.

No entanto o Juiz que cuidou deste caso, entendeu com base no estatuto da criança e do adolescente (ECA) que o direito a vida está acima do direito dos pais em praticarem sua fé, em especial, porque o recém-nascido não é capaz responder por si só, e o estado então tem total prerrogativa para intervir em casos assim. A transfusão foi ministrada em prol de se resguardar a saúde e a vida da criança.

Veja na integra a decisão do magistrado: https://www.tjgo.jus.br/images/docs/CCS ... ejeova.pdf

Não são poucos os casos que envolvem as Testemunhas de Jeová em casos parecido. Muitos se perguntam: Como pais podem permitir que seus filhos morram em prol de uma religião ou mesmo de sua “fé”? Por que os seres humanos permanecem tão firmes em suas crenças mesmo quando confrontados com uma evidência esmagadora contrária a sua convicção? A resposta se encontra na maneira ou viéses psicológicos que permeiam os pensamentos das pessoas. É sobre isso que gostaria de escrever. Trarei atenção 3 tipos principais de viéses psicológicos ou de pensamentos: 1) Viés de Confirmação, 2) Dissonância Cognitiva e 3) Raciocínio Motivado. Vejamos o significado dessas formas de pensamentos e como eles tem profunda influência em nossos comportamentos.

1) Viés de Confirmação: Segundo o escritor Sam McNerney, especialista em economia, psicologia e ciência comportamental, em um de seus textos publicado em Scientificamerican.com, o viés de confirmação trata-se de “uma propensão para as pessoas olharem para o que confirma suas crenças e ignorar o que as contradiz, despreocupadas com a verdade”.

Pesquisadores da Universidade de Stanford, organizaram dois grupos de participantes: com apoiadores da pena de morte e outro com opositores da pena de morte. Foi apresentado a cada grupo 2 estudos (fictícios): um em favor e outro em desfavor da pena de morte. Todos os participantes leram ambos os estudos e no final do experimento, os que apoiavam a pena de morte consideraram o estudo que apoiava sua crença com superior, e o mesmo aconteceu com o grupo com crenças contrárias a pena de morte: consideraram o estudo com evidências contra a pena de morte como superior.

Por que essa diferença, se ambos leram os mesmos estudos? A resposta é: Viés de confirmação (ou Tendência Confirmatória). De acordo com a conclusão dos autores do experimento, “pessoas com pontos de vista diferentes encontram cada qual o suporte para suas perspectivas nas mesmas amostras”. O ser humano tem a tendência de valorizar (validar) aspectos que confirmem suas crenças e desconsiderar (invalidar) tudo aquilo que contraria as suas convicções.

Por isso, o casal de Testemunhas de Jeová citado no início do texto desconsiderou as fortes e notórias evidências a favor do tratamento com a transfusão de sangue para seu filho recém-nascido e se prenderam na questão da sua “liberdade religiosa” para validar sua decisão em negar a o tratamento médico com a transfusão sanguínea. O viés de confirmação é uma grande “mola propulsora” para comportamentos radicais, muitas vezes sem nenhuma base ou poucas evidências científicas. Quando a crença (Fé) deles foi confrontada com as evidências (Médicas) que indicava não haver alternativas para o tratamento com recém-nascido, eles optaram por continuar irredutíveis nas suas crenças, aceitando inclusive a possibilidade de que o filho viesse a perder a vida.
"O importante não é aquilo que fazem pra nós, mas o que nós mesmos iremos fazer do que os outros fizeram pra nós". Jean-Paul Sartre.
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SARTRE
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Re: Casal TJ processado pelo Hospital

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2) Dissonância cognitiva: Um segundo viés de pensamento é a dissonância cognitiva. Pode ser descrita como um “estado de tensão que ocorre sempre que uma pessoa se depara como duas ideias opostas (inconsistentes)”. A mente do sujeito entra num estado de tensão pelo fato de estar se deparando com duas ou mais crenças contraditórias. Para manter a harmonia interna, a pessoa evita pensar ou fazer coisas que estejam provocando tal desconforto.

Um grande pesquisador da Dissonância Cognitiva foi o Psicólogo Leon Festinger. No seu livro A Teoria da Dissonância Cognitiva (A Theory of Cognitive Dissonance), Festinger explicou: “A dissonância cognitiva pode ser vista como uma condição antecedente que leva a atividade orientada para a redução de dissonância assim como a fome leva para a atividade orientada para a redução da fome”. Ou seja, quando temos ativada em nossa mente a dissonância cognitiva iremos fazer de tudo, com a máxima brevidade, para que ela diminua, assim como quando a fome surge, buscamos saciá-la no menor tempo possível – muitas vezes – comendo algo não tão saudável assim.

Em outro livro, chamado de “Quando a profecia falha”, Festinger cita que se infiltrou em uma seita cujos membros acreditavam em OVNIS e que o mundo iria acabar as 24:00h do dia 21 de dezembro de 1954. Quando chegou o dia e horário e nada aconteceu, Festinger percebeu que os membros começaram a buscar explicações e razões para o mundo não ter acabado. Até que por fim a líder da seita, disse que recebeu uma mensagem de “deus” dizendo que o fim do mundo não havia acontecido porque ele decidiu poupar a humanidade. Como os seguidores reagiram? Continuaram acreditando nos preceitos da seita divulgando sua ideologia aos descrentes, e muito possivelmente, mais conectados com esse “deus” misericordioso.

Por que aconteceu isso? “Dissonância Cognitiva”. Quando duas ideias se confrontam, os seres humanos optam por continuar acreditando naquilo que gera menos desconforto. Alguns ali, talvez tivesse dedicado sua vida, abandonado empregos e família, em prol de uma crença apocalíptica. A ideia de que eles estavam equivocados e que tudo não passou de uma grande fraude seria dolorosa demais para ser aceita. Para a mente deles, foi muito mais confortável encontrar desculpas para a não concretização do fim do mundo, do que aceitar que estavam sendo enganados.

Todos nós nos apegamos a crenças inconsistentes e quase sempre ficamos do lado da que é mais confortável ao invés daquela que é verdadeira. Quando isso se trata de algo irrelevante, como optar por um tipo de comida ao invés de outro, ou por torcer por um time de futebol ao invés de outro, os problemas gerados serão bem irrelevantes. Mas quando isso acontece em situações realmente importantes nas nossas vidas, há sérios riscos do comportamento resultante da dissonância cognitiva gerar algo mais sério em nossas vidas. Voltemos a exemplo dos pais Testemunhas de Jeová. Como a dissonância cognitiva pode ter contribuído para que eles ficassem irredutíveis em não aceitar que seu filho recém-nascido recebesse a transfusão de sangue? Vejamos.

Por serem Testemunhas de Jeová, aceitaram seguir os preceitos da religião, acreditando que se tratava de uma “verdade” incontestável. Acreditavam que deixar de seguir essa norma seria uma desobediência ao próprio “criador”. Possivelmente, seguiram as orientações da Torre de Vigia citadas abaixo:

“Por que as Testemunhas de Jeová não aceitam transfusão de sangue? Isso é mais uma questão religiosa do que médica. Tanto o Velho como o Novo Testamento claramente nos ordenam a nos abster de sangue. (Gênesis 9:4; Levítico 17:10; Deuteronômio 12:23; Atos 15:28, 29) Além disso, para Deus, o sangue representa a vida. (Levítico 17:14) Então, nós evitamos tomar sangue por qualquer via não só em obediência a Deus, mas também por respeito a ele como Dador da vida”. Citação na seção “perguntas frequentes” no site oficial das Testemunhas de Jeová”, gerido pela Associação Torre de Vigia.

https://www.jw.org/pt/testemunhas-de-je ... ao-sangue/

Imagine o conflito que aconteceu na mente deste casal? Imagine o quanto este casal deve ter sido pressionado por familiares TJ, anciãos congregacionais, membros da COLIH (Comissão de Ligação com Hospitais), etc. De um lado a sua fé religiosa que impõe total abstinência ao uso medicinal do sangue, mesmo que a vida da pessoa esteja em risco e não haja alternativas para o tratamento. De outro lado, uma equipe médica, que já havia tentando tratar a recém nascida com outras técnicas, mas sem resultado, e que os orientavam que seria necessária a realização de uma transfusão sanguínea, pela gravidade do estado do bebê. Lembremos da definição de dissonância cognitiva: “Quando duas ideias se confrontam, os seres humanos optam por continuar acreditando naquilo que gera menos desconforto”. E justamente por isso, eles optaram e se mantiveram radicalmente contrários ao tratamento indicado pelo hospital, seguindo suas crenças religiosas, não havendo outra alternativa que não fosse o hospital entrar na justiça com um processo de tutela cautelar antecedente. Felizmente a vida da bebê recém nascida foi preservada.
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SARTRE
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Re: Casal TJ processado pelo Hospital

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3) Raciocínio motivado: E por fim quero citar o viés de pensamento chamado de “Raciocínio Motivado”. Podemos dizer que o “Raciocínio Motivado” é uma consequência natural do viés de confirmação e da dissonância cognitiva no sentido de que ele motiva a pessoa a buscar mais informações sobre o assunto da qual ela crê (viés de confirmação) e que gera menos desconforto (dissonância cognitiva), aceitando com muito mais facilidade o que queremos acreditar do que analisar aquilo que não queremos acreditar. Segundo o Psicólogo Gary Marcus da Universidade de Nova Iorque, “enquanto o Viés de confirmação é um viés automático de perceber os dados que se encaixam em nossas crenças, o Raciocínio Motivado é o viés complementar de examinar com mais cuidado as ideias de que gostamos do que as ideias de que não gostamos”.

É muito provável que o casal Testemunha de Jeová tenha dedicado mais tempo a leitura de publicações da Torre de Vigia que abordassem o tema da abstenção do sangue, tenha tido diversas reuniões com os ancião congregacionais e membros da COLIH, do que com a equipe médica do hospital ou artigos científicos que amparassem a recomendação do Hospital. O Raciocínio Motivado fez com que os mesmos examinassem com mais cuidado as ideias a favor das suas crenças, valorizando as mesmas, e imaginando cenas e situações que estivessem de acordo com tais crenças. Alguns pensamentos com viés do Raciocínio Motivado podem ter sido: “se minha filha morrer fiel a “deus” ela vai se ressuscitada”, “vou me encontrar novamente com ela no novo mundo”, etc. Ao invés de imaginar que perderiam a mesma para sempre.

Finalizando essa breve consideração dos vieses de pensamentos, percebemos que devemos ampliar nossas pesquisas para fatos que divergem nossas crenças (viés de confirmação), mesmo que possamos nos sentir desconfortáveis (dissonância cognitiva), evitando priorizar em nossa pesquisa apenas assuntos que sejam de nosso agrado (raciocínio motivado), para que possamos conhecer o contraditório, questionar nossas crenças e motivações, a fim de validá-las e torna-las mais confiáveis.



Fontes de pesquisa sugerida:



Livro: “Cérebro e Crença” do Psicólogo e Doutor Michael Shermer.
Disponível em: http://lelivros.love/book/download-cere ... obi-e-pdf/
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Re: Casal TJ processado pelo Hospital

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Excelente Sartre! Como gosto dos seus tópicos, excelente conteúdo!
E muito didático, obrigado e parabéns!
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Re: Casal TJ processado pelo Hospital

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Amigo Sartre, ainda tenho um qué de pânico latente em mim. Não consigo ler até o fim dramas semelhantes envolvendo crianças sem me colocar no lugar dos pais e ver um filho meu morrer para atender aos caprichos de uma seita. Eu passaria por cima de tudo por um filho meu.
Mas me recordo que desde 2015 a Torre não poderia mais se intrometer ou exigir que os pais exijam a não utilização de transfusões em crianças, justamente pelo fato de serem consideradas incapazes pelas leis civis e na maioria das vezes nem mesmo serem batizadas ou terem a certeza de que um dia serão ou continuarão a ser tejotas como seus pais.
Por se tratar de um direito indisponível atinente a incapazes e também por envolver o direito à vida, que é indubitavelmente de envergadura constitucional, não imagino como casos assim ainda sejam motivo de polémica.
Obrigado por nos brindar com um texto que sei ser de inquestionável importância pelo simples fato de ser seu. Mas, como disse, não consigo ler certas notícias sem que aquilo me afete.
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sabrepoderoso*
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Re: Casal TJ processado pelo Hospital

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quem deveria manter-ele vivo se negou a isso baseado nas questionaveis crenças torreanas , que bom ter alguém
que usou as leis humanas e assim ''salvou'' a vida deste pequeno brasileirinho . :D2 :D2 ao sr Juiz . :D1
Editado pela última vez por sabrepoderoso* em 25 Mai 2020 07:55, em um total de 1 vez.
que a luz que há dentro de nós ilumine nosso caminho se as outras luzes se apagarem
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sabrepoderoso*
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Re: Casal TJ processado pelo Hospital

Mensagem não lida por sabrepoderoso* »

quando meu caçula tinha 1 ano de vida , teve um grave problema respiratório , cheguei a uma emergência quase
sem ele respirar , sem saber que a falecida mãe dele estava sem se alimentar durante durante o dia td , ela saiu
da emergência me olhou e teve um desmaio sem saber da sua fraqueza gelei de medo de meu filho ter morrido .

este susto me passou a ideia do que é perder um filho , é de gelar o sangue , recordando isso me pergunto como
permitir que um filho , uma parte da gente morra por negarmos o atendimento necessário para manter ele vivo ?

só quem perde uma criança para a morte sabe o quando dói , perdi um a mais de 13 anos e dói até hj , que amor é esse
que permite um filho morrer ao lado do que pode salva-lo ?
é o amor ensinado na torre a seus escravos . amor condicionado . seita nojenta . :x
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Cinderela
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Re: Casal TJ processado pelo Hospital

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Excelente texto ,nos leva a reflexão,infelizmente o processo de lavagem cerebral feito pela Torre é muito profundo,isso explica como é possível pais friamente permitirem seu filho correr o risco de morrer ,pensando profundamente , eu fico lembrando quantos pais eu via deixando seus filhos pequenos sem supervisão nenhuma no campo ,em revisitas ,indo fazer estudo ,saindo sozinhos com todos em uma confiança cega ,essa lavagem cerebral faz muitos se sentirem especiais ,acham que todos são santos , vejo casos de abusos sexuais durar anos ,o problema da Torre vai além do imaginável,mesmo mudando regras de combate à pedofilia , ainda faltará mudar essa imagem fantasiosa que Testemunha de Jeová tem umas das outras, isso facilita o aumento de abusos , ainda sei que esses pais em seu devaneio ficam se imaginando sendo entrevistados em um Congresso falando como foram fiéis em deixar o filho morrer ,escutam as palmas, e sentem alegria. Lavagem cerebral muito bem feita e difícil de desfazer,mas não impossível.
Muito prazer ,eu sou Cinderela !
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Daenerys
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Re: Casal TJ processado pelo Hospital

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d:4

Obrigada, SARTRE
O conteúdo que você traz ao fórum é extremamente importante.
Eu não entendo muito de psicologia, psicanálise, mas, como paciente, aprendi um pouco. São anos de terapia, muito esforço para fazer mudanças na minha vida. Eu entendia um pouco na teoria, mas aplicar na vida é difícil. São anos de leituras, busca por autoconhecimento, reconhecer em mim coisas que não enxergamos em nós mesmos. Desenvolver autoestima (eu me sentia o pior ser humano do mundo) Lidar com tudo isso ainda é desafiador. Mas aos poucos eu estou conseguindo observar muita coisa positiva.

O seu conteúdo é muito necessário no fórum porque, entender como a nossa mente reage diante de tais doutrinas faz toda a diferença para se libertar.
Por isso, noto que muitos foristas, ao terem contato com conteúdos relacionados à psicologia, compreendem a manipulação que a seita faz. Compreender é o primeiro passo para mudar.

A crença a respeito das transfusões de sangue e a maneira como as tjs se comportam diante disso diz muito.
Quando entendemos que isso não é uma "verdade" e portanto, não estamos presos à ela, percebemos o quanto é absurdo e prejudicial se submeter a isso. Somos seres humanos livres e não temos que nos submeter ao que uma organização diz ser verdade.

E sobre o ocorrido, que bom que a vida da recém nascida foi preservada! Ainda bem que por aqui, o direito á vida se sobrepõe às crenças religiosas prejudiciais.
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"É preciso sair da ilha para ver a ilha. Não nos vemos se não saímos de nós".
José Saramago
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