Testemunhas de Jeová negaram tratamento com plasma em meio à pandemia de coronavírus
As Testemunhas de Jeová foram instruídas a proibir a terapia com plasma convalescente, um novo tratamento que parece oferecer esperança para os pacientes acometidos por coronavírus.
Um memorando vazado de um superintendente de circuito das Testemunhas de Jeová instrui os anciãos em seu circuito de que aceitar tratamentos com plasma para combater o COVID-19 é "inaceitável".
Embora essas instruções estejam em harmonia com os atuais ensinamentos das Testemunhas de Jeová sobre o sangue e sejam disseminadas entre um número limitado de congregações, o material enfatiza a disposição da organização em colocar sua teologia acima da necessidade de preservar a vida.
A carta de duas páginas, recebida sob condições de anonimato, cita o anúncio da FDA (Food and Drug Administration) dos Estados Unidos de 24 de março, de que certos pacientes podem ser elegíveis para receber plasma coletado de indivíduos que se recuperaram do COVID-19.
As evidências reunidas pelos pesquisadores sugerem que os anticorpos presentes no plasma de pacientes recuperados podem ajudar a neutralizar o vírus COVID-19.
O uso de plasma, no entanto, é estritamente proibido pelas Testemunhas de Jeová, que aderem a uma proibição controversa de tratamentos com sangue desde 1945.
Vários relatórios se concentraram na implementação e sucesso deste novo tratamento, que foi aprovado para testes no estado de Nova York. As Testemunhas de Jeová, com sede em Nova York, aproveitaram prontamente a oportunidade de impor a sua proibição de sangue total, incluindo glóbulos vermelhos e brancos, plaquetas e plasma.
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