No estudo de A Sentinela desse fim de semana os jovens serão incentivados a imitar o exemplo de fé e coragem do profeta Daniel. Esse estudo já foi analisado aqui no fórum, mas relendo novamente o artigo me lembrei de um caso ocorrido no século XX que demonstra o abismo entre o que "Escravo" diz e o que eles realmente fazem.
O parágrafo 11 do artigo diz : A lealdade de Daniel a Jeová foi testada durante toda a sua vida. Mas um dos maiores testes aconteceu quando ele tinha uns 90 anos. Nessa época, Babilônia tinha sido conquistada pelos medos e os persas e era governada pelo rei Dario. Os oficiais que serviam o rei não gostavam de Daniel e não respeitavam a Jeová. Então eles criaram um plano para que Daniel fosse morto. Eles fizeram o rei assinar uma lei que proibia as pessoas de orar a qualquer deus ou homem que não fosse o próprio rei. Tudo o que Daniel precisava fazer era parar de orar a Jeová por 30 dias. Assim, ele ia mostrar que era leal ao rei e passaria despercebido. Só que Daniel se recusou a fazer isso. Por causa disso, ele foi jogado na cova dos leões. Mas Jeová recompensou a lealdade de Daniel e o salvou da boca dos leões. (Dan. 6:12-15, 20-22) Como podemos ter uma lealdade a Jeová tão forte como a de Daniel?
O livro Preste Atenção a Profecia de Daniel já havia feito uma abordagem mais detalhada sobre o exemplo do profeta, no capítulo 8 parágrafos 25-26 :
Alguns talvez digam que Daniel poderia ter evitado a perseguição por orar a Jeová em secreto durante os 30 dias. Afinal, não se requer nenhuma postura ou ambiente específico para se ser ouvido por Deus. Ele pode até mesmo discernir as meditações do coração. (Salmo 19:14) No entanto, Daniel considerava que qualquer mudança na sua rotina equivaleria a uma transigência. Por quê?
Visto que o costume de Daniel orar era bem conhecido, que mensagem transmitiria se de repente descontinuasse com ele? Os observadores poderiam concluir que Daniel tinha medo do homem e que o decreto do rei se sobrepunha à lei de Jeová. (Salmo 118:6) Mas Daniel mostrou pelas suas ações que dava devoção exclusiva a Jeová. (Deuteronômio 6:14, 15; Isaías 42:8) Naturalmente, por agir assim, Daniel não desrespeitou a lei do rei. Mas tampouco transigiu por covardia. Daniel simplesmente continuou a orar no seu quarto de terraço, “assim como havia feito regularmente” antes do edito do rei.
Mas será que o "Escravo" sempre foi exemplar nesse sentido como Daniel ?
O Anuário de 1995 ao contar a história das TJ no México mostra que quando as propriedades estão em risco, a coragem pode dar lugar a covardia. Veja o que o Anuário diz na página 212 :
Deve lembrar-se de que, lá em 1932, La Torre del Vigía de México tinha sido autorizada pelo governo. No entanto, havia obstáculos por causa das restrições impostas por lei a todas as religiões. Havia objeções à atividade de casa em casa das Testemunhas, visto que a lei estipulava que ‘todos os atos religiosos de adoração pública têm de ser realizados dentro de templos’. Pelo mesmo motivo, havia objeções aos nossos congressos em lugares públicos. Isto era um problema, porque esses congressos ficavam cada vez maiores. A posse de propriedades também constituía problema, porque a lei exigia que todo prédio usado para fins religiosos tinha de tornar-se propriedade federal.
Por estes e outros motivos, a Sociedade decidiu que seria sábio reorganizar-se, visando dar maior ênfase à natureza educativa de nossa obra. Portanto, em 10 de junho de 1943, fez-se um requerimento à Secretaria de Relações Exteriores, pedindo o registro de La Torre del Vigía como associação civil, e isto foi aprovado em 15 de junho de 1943.
Com este remanejamento foi descontinuado o cantar nas reuniões, e os locais de reunião passaram a ser conhecidos como Salões de Estudos Culturais. Não se faziam orações audíveis nas reuniões, embora nada impedisse que a pessoa fizesse calada uma oração sincera no coração. Evitava-se toda aparência de serviço religioso, e nossas reuniões são mesmo destinadas à educação.
Esses homens covardes, que tremem na base ao defender suas crenças diante das autoridades, ou que abandonam seus princípios para não perder os bens da organização, agora querem ensinar os jovens sobre coragem. Coragem essa que envolve defender o fundamentalismo religioso no ambiente escolar. Liberdade religiosa não inclui dar a sua opinião sobre um assunto em que a sua fé é irrelevante , ou usar as suas crenças e convicções para ofender outros grupos.
Mas esse estudo basicamente incentiva o jovem TJ a defender a criação ( uma crença religiosa apenas ) contestando a autoridade dos professores de ciências/biologia , ou ainda defender suas convicções morais sobre sexualidade, o que inclui basicamente ser homofóbico.
O exemplo de Daniel x Caso México
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O exemplo de Daniel x Caso México
Editado pela última vez por Jacamerops em 13 Out 2023 16:11, em um total de 1 vez.
“Sempre que a moralidade baseia-se na teologia, sempre que o correto torna-se dependente da autoridade divina, as coisas mais imorais, injustas e infames podem ser justificadas e impostas.”
(Ludwig Feuerbach)
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Re: O exemplo de Daniel x Caso México
É um dos piores artigos do ano porque agora o alvo não é mais apenas o Ensino Superior, mas também a Educação Básica porque as escolas não seguem "os padrões do Xofá", levando as TJs a quererem ensinar os professores a darem aula.
Querem se diferenciar de Babilônia a Grande mas já pode fazer companhia as igrejas neopentec por essa atitude
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OCUPAR e RECONSTRUIR o Fórum...
E BANIR os:
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Re: O exemplo de Daniel x Caso México
Já tá virando Testemunhas de Jeová da Lagoinha. Ultimamente estão propagando pânico moral e desprezo pela educação. Acho que é essa galera que eles querem salvar durante a grande tribulação.Saran escreveu: ↑13 Out 2023 16:11 É um dos piores artigos do ano porque agora o alvo não é mais apenas o Ensino Superior, mas também a Educação Básica porque as escolas não seguem "os padrões do Xofá", levando as TJs a quererem ensinar os professores a darem aula.
Querem se diferenciar de Babilônia a Grande mas já pode fazer companhia as igrejas neopentec por essa atitude
“Sempre que a moralidade baseia-se na teologia, sempre que o correto torna-se dependente da autoridade divina, as coisas mais imorais, injustas e infames podem ser justificadas e impostas.”
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Re: O exemplo de Daniel x Caso México
Não duvido nada que em breve vão começar a incentivar o homeschooling, fechando ainda mais a bolha TJ...
Recriminam os professores como se fossem doutrinar a criança TJ a ser ateu, e homossexual.
Recriminam os professores como se fossem doutrinar a criança TJ a ser ateu, e homossexual.
"When you are young, they assume you know nothing" - Taylor Swift
Re: O exemplo de Daniel x Caso México
A história das TJ no méxico é muito escrota, fiquei chocado quando descobri.
O motivo deles não orarem nas reuniões, não usarem a biblia na pregação foi puramente financeiro. O governo simplesmente dizia que a propriedade da organização religiosa deveria ser do estado. Se a organização aceitasse isso, mesmo com os prejuízos financeiros, ela poderia exercer seus direitos religiosos normalmente.
Porém, a torre como uma ótima empresa imobiliária não aceitou isso e mudou toda sua forma de "adorar" só pra não perder seus prédios, claramente seguindo o exemplo de Daniel, kkkkkkkkkk.
Isso sem contar a "mordida", ou seja, a propina que os irmãos pagavam pra não servir no exército. Enquanto isso, no Malauí milhares foram mortos, mulheres estupradas por conta da "neutralidade".
Sinceramente, com um histórico desse, não sei como existem tantos TJs no México.
Me lembrei também do Chile, onde a bandeira do país ficava estendida nas janelas do salão do reino, mostrando a total neutralidade da organização kkkkkkkkkkk.
**********
E mostrando como é um ambiente machista, só vi isso acontecer com irmãs jovens, porque os pais tinham medo delas "ficarem" com os meninos nas escolas. Falo isso com propriedade porque aconteceu com minha cunhada. Os pais dela a tiraram da escola para ela não ter "problemas".
A coitada até hoje não terminou o ensino médio, aí tem dificuldade de achar emprego e meu irmão tem que ralar para manter a família dele.
O motivo deles não orarem nas reuniões, não usarem a biblia na pregação foi puramente financeiro. O governo simplesmente dizia que a propriedade da organização religiosa deveria ser do estado. Se a organização aceitasse isso, mesmo com os prejuízos financeiros, ela poderia exercer seus direitos religiosos normalmente.
Porém, a torre como uma ótima empresa imobiliária não aceitou isso e mudou toda sua forma de "adorar" só pra não perder seus prédios, claramente seguindo o exemplo de Daniel, kkkkkkkkkk.
Isso sem contar a "mordida", ou seja, a propina que os irmãos pagavam pra não servir no exército. Enquanto isso, no Malauí milhares foram mortos, mulheres estupradas por conta da "neutralidade".
Sinceramente, com um histórico desse, não sei como existem tantos TJs no México.
Me lembrei também do Chile, onde a bandeira do país ficava estendida nas janelas do salão do reino, mostrando a total neutralidade da organização kkkkkkkkkkk.
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Se incentivarem o homeschooling é até melhor do que faziam antes. Antigamente eles simplesmente tiravam os filhos da escola quando acabava o ensino fundamental. Até 2013 o ensino médio não era obrigatório, então os país TJ podiam fazer essa maldade.
E mostrando como é um ambiente machista, só vi isso acontecer com irmãs jovens, porque os pais tinham medo delas "ficarem" com os meninos nas escolas. Falo isso com propriedade porque aconteceu com minha cunhada. Os pais dela a tiraram da escola para ela não ter "problemas".
A coitada até hoje não terminou o ensino médio, aí tem dificuldade de achar emprego e meu irmão tem que ralar para manter a família dele.
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