Ex Testemunhas de Jeová

Quando estou designado para a ler a sentinela já passo mal por antecipação. Fico já imaginando tendo que ler aquelas coisas pra lá de subjetivas, especulativas, apelativas e todos os outros -ivas que vc quiser.

Além do que aquela forma de escrever que adotaram agora é pra lá de infantil. Me dá vergonha ler aquilo da tribuna. Parece que estou lendo pra crianças - talvez esteja afinal de contas.

Fico olhando as faces dos irmãos na assistência, os mais simples parecem devorar cada palavra com reflexão.

Os que tem um pouco mais de estudo ou são mais espertinhos estão ali só de corpo. A mente está longe.... Torcendo pra tortura acabar logo.

O estudo da sentinela é o mesmo desde os tempos de Russel. É o único que não sofreu alteração na forma ainda. Não vejo a hora de reduzirem isso pra 30min.

Acho que é o único momento que uma Tj e me arrisco a dizer hoje que pelo menos ouve a leitura de uma revista

Na realidade meu drama não está em fazer a leitura em si, nem sequer se precisa treinar ou ler com antecedência, meu problema é no que acontece antes, os rituais da tradição: raspar a barba. Eu simplesmente fico péssimo sem barba, não ter nenhum pelo no rosto afeta meu psicológico, me sinto afeminado, não combina com meu rosto, me sinto feio, péssimo, a auto estima vai lá embaixo, por isso eu tenho faltado em dias que tenho parte. Ou dou uma de quem não sabia que tinha parte, e outro substitui. Os anciãos já conversaram comigo na velha sala b por causa disso, mas não tem como; toda vez que raspo a barba digo que vai ser a última vez. Um discípulo livre de Cristo se manter obrigado a cumprir com essas tradições de homens, como se estivesse numa empresa é o fim da picada, mas um dia eu me livro disso.

Uma coisa que ainda não entendo é o porquê de se ter um leitor de carne e osso da revista. Ou seja, com tanta tecnologia empregada nas reuniões, poderiam abolir esse "privilégio". É muito mais simples e fácil usar a leitura gravada que já existe no site. Basta tocar o arquivo de áudio, em vez de ter uma pessoa lendo os parágrafos. Assim como se toca os cânticos gravados, em vez de ter alguém tocando ao vivo num teclado eletrônico... Ah, já estou até prevendo um novo arranjo para usar irmãos talentosos que toquem ao vivo, igual nas "igrejas evangélicas"... Talvez seja isso mesmo, é a questão de se distribuir escravilégios aos fiéis... Eles têm que se sentir importantes!

Samurai Kazuo-San escreveu:Uma coisa que ainda não entendo é o porquê de se ter um leitor de carne e osso da revista. Ou seja, com tanta tecnologia empregada nas reuniões, poderiam abolir esse "privilégio". É muito mais simples e fácil usar a leitura gravada que já existe no site. Basta tocar o arquivo de áudio, em vez de ter uma pessoa lendo os parágrafos. Assim como se toca os cânticos gravados, em vez de ter alguém tocando ao vivo num teclado eletrônico... Ah, já estou até prevendo um novo arranjo para usar irmãos talentosos que toquem ao vivo, igual nas "igrejas evangélicas"... Talvez seja isso mesmo, é a questão de se distribuir escravilégios aos fiéis... Eles têm que se sentir importantes!

Duvido muito! Se acabaram com os "dramas" nos congressos com marionetes locais, acha que vão liberar para os TJs das congregações levarem um pouco de fama? Difícil!

Ah, qual é, CG?
Dá uma força aí!
Usa "nóis" aqui!!!

Altair Rocha escreveu:Na realidade meu drama não está em fazer a leitura em si, nem sequer se precisa treinar ou ler com antecedência, meu problema é no que acontece antes, os rituais da tradição: raspar a barba. Eu simplesmente fico péssimo sem barba, não ter nenhum pelo no rosto afeta meu psicológico, me sinto afeminado, não combina com meu rosto, me sinto feio, péssimo, a auto estima vai lá embaixo, por isso eu tenho faltado em dias que tenho parte. Ou dou uma de quem não sabia que tinha parte, e outro substitui. Os anciãos já conversaram comigo na velha sala b por causa disso, mas não tem como; toda vez que raspo a barba digo que vai ser a última vez. Um discípulo livre de Cristo se manter obrigado a cumprir com essas tradições de homens, como se estivesse numa empresa é o fim da picada, mas um dia eu me livro disso.

HAHAHA Tirar a barba pra mim também é um sacrifício. Tenho raspado só de vez em quando para ir às reuniões. Em geral só passo a máquina e a deixo cerrada. Os anciãos da minha congregação até que não falam nada, mas é nítido ver o desconforto de todos ao me verem barbado. Mas eu cansei de seguir essas regrinhas totalmente humanas e quase que farisáicas. Dias atrás veio um irmão me perguntando com certa inveja se os anciãos da minha congregação não pegavam no meu pé por causa da barba. Ele mesmo admitiu que gostaria de usar. Tenho certa pena dos que se submetem a tudo nessa organização!
É claro que para mim é mais fácil já que abdiquei de realizar qualquer "privilégio" congregacional. Como leitor de A Sentinela, não tinha como. Mas enfim... Viva a 'Liberdade Cristã'.

Cara, certa vez por eu ter sido barrado pelo ajudante de um ancião, na verdade um babão que nem servo era, de ser indicador porque fui com a barba feita na máquina zero, o que é um absurdo, também chamei o ancião responsável e disse que não tinha interesse em ter privilégio nenhum; ele apenas acenou positivamente. Isso foi parar no ancião coordenador, que o aconselhou, dizendo que não era pra ele ter dado a responsabilidade de decidir quem iria cumprir ou não com uma designação ao babão, visto ele ser novo na verdade e eu já estar lá a vida inteira; também aconselhou o babão, e não falou comigo, meus escravilegios continuam, mas hoje tenho relegado bastante. E tenho faltado um bocado também.

Agora, veja o problema que se formou por causa de algo irrelevante..

Engraçado, é farisaísmo isso.. sim. Minha barba estava na máquina zero, mal se daria pra ver, ninguém chamaria aquilo de barba, não faria ninguém tropeçar, não causaria escândalo, sinceramente.. essa é a mais pura definição do que Cristo chamou coar o mosquito.

Pois eu vez por outra vou com barba rala para não darem nada e continuam me pedindo para fazer as coisas. Vá entender..