(Carta) A quem pertence o Salão do Reino

Um exame crítico sobre as mais diversas publicações da Associação Torre de Vigia, que engloba revistas, livros, folhetos etc.
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Lourisvaldo Santana
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(Carta) A quem pertence o Salão do Reino

Mensagem não lida por Lourisvaldo Santana »

Carta a Todos os Corpos de Anciãos, com data de 1-11-2016
Assunto: Uso e manutenção de Salões do Reino.

Trata-se de uma carta enviada pela filial britânica aos anciãos sob sua jurisdição (Não sei se carta idêntica circula em língua portuguesa).

Ela é composta de 11 páginas e 42 parágrafos, onde aborda uma infinidade de áreas onde as congregações devem dar atenção, como sobre quem é proprietária do Salão do Reino, sobre aluguel, sobre limpeza, manutenção e reparo, despesas, inspeções, segurança, seguro da propriedade, horário das reuniões, serviço de telefone e internet, equipamentos de vídeo, dentre outros assuntos.

Segue abaixo os parágrafos três e quatro, que discorre sobre congregações que pensam que são donas de Salão do Reino.
Propriedade: Cada Salão do Reino é dedicado à adoração de Jeová. Se o título, ou escritura, é mantido em nome de uma corporação local, em um acordo de trustee ou é mantido em nome de uma entidade legal administrada pela filial, nenhuma congregação deve concluir que é "proprietária" do Salão do Reino. No entanto, é responsabilidade das congregações usuárias cuidar da propriedade e providenciar que ele seja usado em harmonia com os interesses do Reino.

Até três ou quatro congregações podem ser designadas pela filial para usar o mesmo auditório do Salão do Reino, a fim de fazer pleno uso da instalação e manter as despesas ao mínimo. Para efeito legal, de propriedade e assuntos relacionados, a filial geralmente lidará apenas com uma congregação como usuária da propriedade. Dependendo das circunstâncias locais, esta pode ser a congregação que detém o título de propriedade do Salão do Reino ou pode ser a congregação em cujo território o Salão do Reino está localizado. Normalmente, esta congregação cuidará dos documentos relacionados com o Salão do Reino e a propriedade em que ele se localiza. Este é um assunto prático e não fornece nenhuma base para esta congregação tomar decisões unilaterais relacionadas com o uso e manutenção do Salão do Reino.
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Detalhe: esta carta não será lida para as congregações nem fixada no quadro de anúncios.

https://drive.google.com/file/d/0B4oXVP ... FRRW8/view
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kooboo
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Re: (Carta) A quem pertence o Salão do Reino

Mensagem não lida por kooboo »

Uma pergunta paralela, mas como as outras religiões tratam as suas propriedades?
Uma igreja católica, por exemplo, é de quem?
[]'s
kooboo

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Lipe
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Re: (Carta) A quem pertence o Salão do Reino

Mensagem não lida por Lipe »

Uma vez eu perguntei ao Superintendente qual o valor ganho por um betelita, ele me disse que Betel não recomenda que seja dito, mas disse que era pouco.

Foi nesse momento que eu percebi que eu não fazia parte de nada nessa Organização, mas que eu era um funcionário dela. Quem já se viu esses segredinhos no verdadeiro cristianismo?

Essa religião é uma empresa isenta de impostos!

Na Igreja Adventista por exemplo, os valores ganhos pelos pastores são disponibilizados para todos saberem. As igrejas evangélicas tem a liberdade de fazer o que quiserem com suas igrejas, desde festas a eventos, pois de fato pertencem a comunidade aqueles prédios.

Por esse e inúmeros outros motivos acredito não só que as Testemunhas são uma religião falsa, como uma das piores dá humanidade.
"A ridícula situação de alguém que critica o que confessa nunca ter lido, já é suficiente para desqualificar a sua crítica."
- Voltaire -
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Lourisvaldo Santana
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Re: (Carta) A quem pertence o Salão do Reino

Mensagem não lida por Lourisvaldo Santana »

Kooboo, pelo que pesquisei há algum tempo, quando escrevia o meu livro, o primeiro passo para se fundar uma igreja é criar uma associação jurídica sem fins lucrativo. Naturalmente que eu posso construir uma grande sala, registrar no meu nome e reunir os fiéis e passar a sacolinha, mas se eu quiser ter isenção de imposto predial ou tiver a pretensão de fazer o "negócio" crescer, então terei que criar uma associação jurídica sem fins lucrativo, que será composta, naturalmente, pelos fiéis mais próximos e/ou mais ativos. Feito isso, é no nome da associação jurídica que se registrará todos os bens adquiridos pela associação, como terrenos, veículos, prédios para igrejas, prédios para escritórios, casa paroquial, residência pastoral, etc.

A Torre de Vigia, no Brasil bem como também em outras partes do mundo (não sei se em todos os países, porque pode variar conforme a legislação de cada pais ou Estado), cria um associação jurídica na qual registra os salões do reino de várias congregações próximas. A Igreja Católica pode registrar os bens no nome da arquidiocese ou diocese. Igrejas evangélicas devem fazer algo parecido.

As questões a serem feitas nesses casos são: Se a propriedade precisar ser vendida, quem fica com o dinheiro? Quem autoriza a venda?
Seguindo o bom senso, posso concluir que os fiéis responsáveis pela construção (ou compra) da propriedade deveriam ser consultados sobre o assunto, sobre se autorizam a venda (talvez com o fim de adquirir uma propriedade menos dispendiosa ou em um local mais apropriado). Se a propriedade está registrada em nome de uma associação formada apenas pelos que frequentam aquela igreja, naturalmente que eles serão consultados, e poderão influenciar diretamente a decisão da diretoria quanto a que destino darão à propriedade. Não posso falar pelo que acontece em outras igrejas, em razão de desconhecer completamente os fatos, mas sei exatamente o que acontece com os Salões do Reino das Testemunhas de Jeová. Como dito anteriormente, eles são registrados em nome de uma associação jurídica, que legalmente se torna proprietária das propriedades de várias congregações, e a Torre estabeleceu no estatuto dessa associação que apenas anciãos podem fazer parte da diretoria. Se um ancião for removido de seu privilégio na congregação, ele é automaticamente removido de seu cargo na diretoria. Dessa forma, a Torre de Vigia passa a deter controle absoluto sobre os Salões do Reino, podendo vendê-los tantos quantos quiser, e quais desejar. Basta que o SC decida vender uma determinada propriedade e comunicar à associação jurídica, que os diretores votarão todos de acordo com a vontade dele, e quem votar contra terá que dar boas explicações a seus pares. É dessa forma que talvez centenas de Salões do Reino têm sido vendidos ultimamente, com as congregações tendo que se juntar duas, três ou quatro num mesmo Salão central, talvez forçando muitas Testemunhas, idosas, gestantes e crianças, a caminharem vários quilômetros até o Salão central. Agora perguntemos-nos: será que as congregações fariam esse sacrifício se as próprias TJs formassem uma associação jurídica e fossem donas do seu próprio Salão? (A lei nada fala sobre uma associação ampla, apenas fala sobre uma associação; quem instituiu o atual modelo de gestão dos Salões do Reino foi a própria Torre de Vigia). Creio que seria muito improvável. Quem derramou muito suor ou gastou muito dinheiro para ver de pé o seu Salão dificilmente votaria para vendê-lo e doar o dinheiro para a Torre de Vigia investir em Warwick. Mas do jeito que está, elas jamais são consultadas sobre o assunto, mas apenas informadas.
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Debora
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Re: (Carta) A quem pertence o Salão do Reino

Mensagem não lida por Debora »

Lourisvaldo Santana escreveu: Detalhe: esta carta não será lida para as congregações nem fixada no quadro de anúncios.
Gostei deste pequeno detalhe. Traduzindo em bom português: Eu construo, tú constróis mas a proprietária é a torre. E, novamente traduzindo: oito malucos sugando o suor de quase oito milhões de fiéis. :sa8: :sa8: :sa8: :sa8:
Sabe de denúncias de abuso sexual infantil dentro da organização das Testemunhas de Jeová? Envie dicas investigativas, informações e documentos sobre este tópico para o Ministério Público de São Paulo: avarc@mpsp.mp.br
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TJCalado
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Re: (Carta) A quem pertence o Salão do Reino

Mensagem não lida por TJCalado »

Debora escreveu:
Lourisvaldo Santana escreveu: Detalhe: esta carta não será lida para as congregações nem fixada no quadro de anúncios.
Gostei deste pequeno detalhe. Traduzindo em bom português: Eu construo, tú constróis mas a proprietária é a torre. E, novamente traduzindo: oito malucos sugando o suor de quase oito milhões de fiéis. :sa8: :sa8: :sa8: :sa8:
"Eu carreguei, Apolo rebocou, mas a torre é que pode vender". - 1 Coríntios 171
"Invejo a burrice, porque é eterna."
- Nelson Rodrigues
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Cinderela
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Re: (Carta) A quem pertence o Salão do Reino

Mensagem não lida por Cinderela »

A Torre é dona dos salões
A Torre se acha dona dos seus membros
A Torre vai cair ,estou de camarote pra ver...
Muito prazer & Eu sou Cinderela ✓
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Absinto
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Re: (Carta) A quem pertence o Salão do Reino

Mensagem não lida por Absinto »

Cinderela escreveu:A Torre é dona dos salões
A Torre se acha dona dos seus membros
A Torre vai cair ,estou de camarote pra ver...
Pior é a maracutaia que ela faz com o gado por ocasião da construção de um salão.
Os ermãos pedem dinheiro "emprestado" a Betel; constroem o salão; pagam por um bom tempo as prestações do empréstimo; e ao final dedicam o salão a Xeofá!
Ou seja, pedem um empréstimo para fazer algo que será da própria Betel!
Fico me perguntando como as pessoas podem ser tão cegas a esse ponto!
E o que é revoltante é que a carta acima apenas concedeu o usufruto do salão às congregações, assegurando a propriedade futura destes a Betel, ainda que os imóveis estejam em nome da associação jurídica local.
É muita esperteza dessa empresa americana!
Lembra muito o filme "Fome de Poder", que conta a história do fundador da rede de lanchonetes McDonalds, onde os imóveis eram adquiridos pelos franqueados mediante financiamento, mas a propriedade ficava em nome da rede de lanchonetes, restando apenas o usufruto do imóvel àqueles. Se o franqueado não cumprisse com as determinações da Franqueadora, perderia o imóvel a esta e o direito de explorar a marca.
Muitas similaridades, não?
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