A opinião dos conhecedores do grego sobre a TNM

Um exame crítico sobre as mais diversas publicações da Associação Torre de Vigia, que engloba revistas, livros, folhetos etc.
Gerson Dorneles
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A opinião dos conhecedores do grego sobre a TNM

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O que é que os críticos têm a dizer a respeito da New World Translation of the Holy Scriptures [Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas] ?
· Edmund C. Gruss, Professor de História e Apologética no Los Angeles Baptist College, critica cinco aspectos principais da tradução:
(i) O uso de paráfrases, em contradição com o propósito anunciado dos tradutores;
(ii) A inserção injustificada de palavras que não se encontram no Grego.
(iii) Tradução errada de palavras Gregas.
(iv) Notas de fim de página e apêndice enganadores.
(v) Uso e abuso de maiúsculas ao tratar do nome divino. (Para detalhes acerca das críticas, veja a nota.)
Gruss conclui que a New World Translation Of The Christian Greek Scriptures [Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristãs], “embora à primeira vista pareça um trabalho de peritos, em muitos aspectos é exatamente o contrário. A intenção é trazer os erros das Testemunhas para a Palavra de Deus. Esta tradução não tem nenhuma autoridade, exceto para os que a fizeram e para os seus fiéis seguidores, e deve ser rejeitada como uma perversão da Palavra de Deus.”
· Ray C. Stedman, autor internacionalmente conhecido, docente da Bíblia, pastor, evangelista.
“Um exame detido, que vá além da aparência superficial de exegese, revela uma verdadeira trapalhada de fanatismo, preconceito e predisposição tendenciosa que viola todas as regras de criticismo bíblico e todos os padrões de integridade académica.”
· Anthony Hoekema:
“A New World Translation [Tradução do Novo Mundo] da Bíblia não é de modo nenhum uma tradução objetiva do texto sagrado para Inglês moderno, mas é em vez disso uma tradução tendenciosa na qual muitos dos ensinos peculiares da Watchtower Society são introduzidos sorrateiramente no texto da própria Bíblia.”
O Dr. Hoekma foi Professor of Systematic Theology, Calvin Theological Seminary, Grand Rapids, E.U.A., e autor de um dos mais respeitados trabalhos de referência acerca das Testemunhas de Jeová.
· H. H. Rowley, um eminente perito Inglês do Velho Testamento, escreveu a respeito do primeiro volume da New World Translation of the Hebrew Scriptures [Tradução do Novo Mundo das Escrituras Hebraicas]. Os comentários dele devem ser contrastados com os do Dr. Goodspeed, citados atrás:
“A tradução é marcada por um literalismo empedernido que só vai exasperar qualquer leitor inteligente – se é que algum dos seus leitores é inteligente – e em vez de mostrar a reverência que os tradutores dizem ter pela Bíblia, é um insulto à palavra de Deus… este volume é um exemplo brilhante de como a Bíblia não deve ser traduzida.”
Os comentários acima são apenas uma amostra dos muitos que têm sido feitos ao longo dos anos. Existem muitos outros criticando pontos específicos da tradução e especialmente a frase “…e a palavra era um deus” que aparece em João 1:1 na Tradução do Novo Mundo das Escrituras Gregas Cristãs. Vejamos agora mais alguns comentários de peritos em relação ao prólogo de João.
O que dizem os conhecedores de Grego sobre João 1:1 na TNM?
A Bíblia usada pelas Testemunhas de Jeová é a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas. Mas por que a STV teve de publicar uma Bíblia própria? Isso se deve ao fato de que o texto original não suporta as doutrinas da seita, a qual mudou a tradução dos versículos a fim de fundamentar suas heresias. Veja o seguinte exemplo:
Tradução do Novo Mundo – TNM (Testemunhas de Jeová)
“No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com o Deus, e a Palavra era [um deus].”
João Ferreira de Almeida – (Evangélica)
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.”
Monges de Marednous – (Católica)
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus.”
Mas qual a opinião dos conhecedores de Grego sobre a tradução de João 1:1 para “a Palavra era [um] deus” na Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas?:
· Dr. J. R. Mantey (o qual é citado nas paginas 1158-1159 da Kingdom interlinear Translation das próprias Testemunhas) “Uma chocante falha de tradução” “Obsoleta e incorreta.” “Nenhuma pessoa com conhecimentos razoáveis iria traduzir João 1:1 para “O Verbo era um deus”
· Dr. Bruce M. Metzger of Princeton (Professor de linguagem do Novo Testamento e Literatura): “Um espantoso erro de tradução.” “Errôneo” e “pernicioso” “criticavel” ” Se as Testemunhas de Jeová levam essa tradução a sério, elas são politeístas.”
· Dr. Samuel J. Mikolaski of Zurich, Switzerland: “É monstruoso traduzir a frase para ´o Verbo era um deus.’”
· Dr. Paul L. Kaufman, de Portland, Oregon: “Com seu erro de tradução em João 1:1, as Testemunhas de Jeová demonstram um abismal desconhecimento das regras básicas da gramática grega.”
· Dr. Charles L. Feinberg, de La Mirada, California: “eu posso assegurar a vocês que a interpretação a qual as Testemunhas de Jeová dão em João 1:1 não é aceita por nenhum honrado conhecedor de Grego.”
· Dr. James L. Boyer, de Winona Lake, Indiana: “Eu nunca ouvi, ou li sobre qualquer estudioso de Grego que tenha aceito a interpretação insistentemente defendida pelas Testemunhas de Jeová” … “nunca encontrei uma delas que tenha qualquer conhecimento da linguagem grega.”
· Dr. Walter R. Martin (não é professor de Grego, mas estudou a lingua): “A tradução …’um deus’ em lugar de ‘Deus’ é errônea e não é apoiada por qualquer conhecimento de Grego, antigo ou contemporâneo e é uma tradução rejeitada por todos conhecedores reconhecidos de Grego, muitos dos quais não são cristãos, e assim não defendem tal posição em favor de um ou outro.”
· Dr. William Barclay of the University of Glasgow, Scotland: “A deliberada distorção da verdade por esta seita é observada na sua tradução do Novo Testamento. João 1:1 é traduzido: …’o Verbo era um deus’, a qual é uma tradução gramaticalmente impossível. É altamente claro que uma seita que traduz o Novo Testamento assim, é intelectualmente desonesta.”
· Dr. Ernest C. Colwell da Universidade de Chicago: “O predicado definido nominativo tem artigo quando ele segue o verbo; e não tem o artigo quando ele precede o verbo … esta declaração não pode ser considerada como estranha no prólogo do evangelho, o qual atinge seu clímax com a confissão de Tomé: ‘Senhor meu e Deus meu’ – João 20:28″
· Dr. J. Johnson da Universidade do Estado da California, Long Beach: “Não há qualquer justificação para traduzir THEOS EN HO LOGOS para ‘o Verbo era um deus’. Não há um paralelo sintático com Atos 28:6, onde há uma declaração em discurso indireto, e João 1:1 é direto … Eu não sou cristão, muito menos trinitariano”
· Dr. Eugene A. Nida, chefe do Departamento de Traduções, American Bible Society: “Com respeito a João 1:1, há é claro uma absoluta confusão por que a Tradução do Novo Mundo foi aparentemente feita por pessoas que não levam a sério a sintaxe do Grego”
· Dr. B. F. Wescott (cujo texto Grego – Não a parte em Inglês – é usado na Kingdom Interlinear Translation): “O predicado (Deus) estando enfaticamente primeiro, como em IV.24. É necessariamente sem o artigo. Não há idéia de inferioridade de natureza sugestionada pela expressão, a qual simplesmente afirma a verdadeira deidade do Verbo” Robert M. McCoy O Sr. McCoy, à data da escrita da sua recensão crítica, era graduado pelo Andover Newton Seminary (associado com a Baptist Church [Igreja Baptista] e United Churches of Christ [Igrejas Unidas de Cristo]) sendo possuidor dos graus de Bachelor of Divinity (1955) pela Boston University School of Theology e Master of Sacred Theology pela Andover Newton.
Ele critica vários pontos na tradução:
a) Ao discutir a tradução de Mateus 5:9, ele diz, “Poder-se-ía questionar porque é que os tradutores não seguiram mais de perto o significado original, como fazem a maioria dos tradutores.” (ênfase acrescentada)
b) A respeito da alegação dos tradutores de terem evitado “a influência enganadora de tradições religiosas que têm as suas origens no paganismo,” ou seja, procuraram evitar preconceitos doutrinais que acham serem evidentes noutras traduções, McCoy escreve, “Não são poucas as passagens da New World Translation [Tradução do Novo Mundo] que têm de ser consideradas ‘traduções teológicas.’ Este facto é especialmente evidente naquelas passagens que expressam ou deixam implícita a divindade de Cristo.” Como exemplo, ele menciona a tradução “I have been” [“Tenho sido”] em João 8:58, indicando que “do ponto de vista gramatical, não existe justificação para a tradução” e ele também mostra que o contexto desautoriza a visão “anti-divindade” [de Cristo] que essa tradução introduz.
. De fato, a quantidade de opiniões de peritos contra a New World Translation [Tradução do Novo Mundo] parece ultrapassar em muito as que a apóiam.

FONTE: CACP
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Pássaro
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Re: A opinião dos conhecedores do grego sobre a TNM

Mensagem não lida por Pássaro »

Os "tradutores" da seita já foram questionados sobre essas manipulações até mesmo em tribunal se não estou enganado.
O barco da torre tá afundando?
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Alexei Karamazov
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Re: A opinião dos conhecedores do grego sobre a TNM

Mensagem não lida por Alexei Karamazov »

Evito participar em tópicos muito específicos de doutrina, mas não me contive.
Realmente, um monte enorme de críticas. Até mesmo à inteligência dos discordantes, a exemplo do que a Torre mesma faz.
Um dos requisitos da excelência de qualquer crítica, é sua objetividade. Esta aqui não é.
Neste caso, o tópico é traiçoeiro, pois visa unicamente (re)suscitar a discussão doutrinária sobre a trindade e a identidade de Cristo com seu Pai. Agora, diante da abundância de argumentos contrários apresentados, o autor suscita um critério:
De fato, a quantidade de opiniões de peritos contra a New World Translation [Tradução do Novo Mundo] parece ultrapassar em muito as que a apóiam.
Qual é a questão? Pretende-se ganhar a discussão por número de defensores de um ou de outro ponto de vista? Que tal repetir o massacre dos Arianos, do Século IV, e matar todos os unitaristas? Assim se poderia ganhar o argumento! Ou então, o contrário, matar todos os trinitarianos? Mas nós não abdicamos de guerras religiosas? Ou não?
Uma religião venera a trindade, outra não! Quem quer achar razão na trindade, que ache. Seja feliz. Quem não quer, não o faça. Seja feliz...
Nesse sentido, os muçulmanos têm toda razão. Oram a Deus:
Al Fatiha, 1ª Surata:
Guia-nos à senda reta,
À senda dos que agraciaste, não à dos abominados, nem
à dos extraviados.
Esse versículo se refere aos judeus (abominados) e aos cristãos (extraviados). Ao passo que os judeus não viram a grandeza de Jesus de Nazaré, os cristãos perderam o foco... não importa a denominação.

Começei a ler, e gostava, até o ponto em que o autor passa a discutir doutrina. De fato, sempre notei o excesso de interpolações entre colchetes, e como essas interpolações ALTERAVAM O SENTIDO das idéias. Mas sempre comparei traduções, e cada uma tendia para a crença de seus tradutores.
Por essa e por outras coisas é que minhas certezas caíram, por perceber que tudo é uma questão de lógica argumentativa. Não importa a verdade das coisas, mas a (aparente) coerência de minha argumentação.
Tú que consideras al hombre tanto dios como oveja—,
desgarrar al dios en el hombre como a la oveja en el hombre
y desgarrando reír— ¡ésa, ésa es tu felicidad!
Ditirambos Dionisíacos - F.Nietzsche
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