Mentalista escreveu:Vine Kun escreveu:Colibri escreveu:O que eu constato é que não há melhor maneira de uma pessoa se tornar ateia, agnóstica, apateísta, ou descrente, do que ter pertencido á ORG das TJ e ser orientada pelo Corpo Desgovernado delas.
Elas produzem uma multidão de pessoas indiferentes, para com a religião e também para com Deus e as coisas espirituais de tão enganadas e traumatizadas que ficam.
Sim porque ter sido TJ é como ser marcado com um ferro em brasa, como se faz ao gado, fica-se com uma cicatriz para a vida inteira. Por mais que a pessoa queira esquecer nunca irá conseguir, é um estigma.
Colibri
Eis uma verdade absoluta...
Já pensou que o contrário também pode ser verdadeiro? Que os que acreditam em Deus podem ter sido marcados com um ferro em brasa pela Torre, de forma que, não importando argumentos contrários, eles nunca deixarão de acreditar em Deus? E que, visto que deixaram a Torre, seja lá quais foram seus motivos, deixaram de acreditar no "Deus" que a Torre ensinava, colocando outro em seu lugar?
O conceito de que todos aqueles que não acreditam em Deus o fazem por mágoa ou traumas é uma falácia. Quem afirma isso o faz meramente por ter opinião oposta. Eu não tive nenhuma amargura para com Deus, nem antes nem depois de analisar sua existência. Simplesmente não vejo evidências para continuar acreditando na existência dele. Pelo contrário, apenas contradições e paradoxos. Se existe um deus, eu sei que ele não é o das TJ's porque, a menos que o universo (ou o que o "transcende") permita paradoxos lógicos, isso não seria possível. Não se trata então se ele foi um deus malvado ou não no VT. Não seria por isso que eu deixaria de acreditar nele. Nem por causa de eventuais problemas na congregação. Ou por não senti-lo na minha vida. (Na realidade, eu "sentia" Deus. Por isso entendo quando as pessoas dizem que o sentem na vida.) Enfim, é uma questão de argumentação.
Eu não sou contra "Deus"; sou contra os fundamentalismos da Torre.
Concordo em absoluto com os teus argumentos.
No entanto a questão mantém-se "o que faço" com o "vazio de Deus" que tenho agora? E não tive durante 40 anos. A alegria de servi-lo? A certeza de que o "meu" Deus é que era o verdadeiro. Que devotar-lhe a minha vida era o melhor modo de vida?
Que as TJ e o seu CG é que tinham a verdade e as respostas para tudo?
E depois em poucos dias este castelo cor de rosa de cartas cai.
O que faço agora para preencher esse vazio?
Vou dizer que não o sinto na minha vida só para parecer bonito, que está tudo na mesma?
Para fazer crer que os meus problemas são só com a ORG e a minha relação com Deus não foi afectada? Lamento mas a minha relação com Deus foi fortemente abalada. Porque uma vez liberta das restrições mentais da ORG, eu pude questionar honestamente a existência de um Deus.
Mas também não sou de ficar a chorar o leite derramado a vida inteira. Que se dane a ORG mais as suas mentiras.
Se no futuro conseguir reunir evidências da existência de um Deus tudo bem, senão tudo bem na mesma.
Estou fazendo novas amizades e levando a minha vida para a frente com a minha família.
Um abraço
Colibri