Presciência

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leandro
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Presciência

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PRESPICAZ (Publicação da torre)
*** it-3 p. 313 Presciência, predeterminação ***

Presciência

A presciência significa conhecimento de algo antes que aconteça ou exista. Na Bíblia, relaciona-se primariamente, embora não de forma exclusiva, com Jeová Deus, o Criador, e seus propósitos. Predeterminação significa a ordenação, decretação ou determinação de algo de antemão; ou a qualidade ou a condição de ser predeterminado.


Fatores a Reconhecer.

Para se entender o assunto da presciência e da predeterminação, conforme relacionado com Deus, é preciso reconhecer certos fatores.

Primeiro, a habilidade de Deus de saber de antemão e de predeterminar é claramente expressa na Bíblia. O próprio Jeová apresenta como prova de sua Divindade esta habilidade de saber de antemão e de predeterminar eventos de salvação e de libertação, bem como atos de julgamento e de punição, e, daí, fazer com que tais eventos se concretizem. Seu povo escolhido é testemunha destes fatos. (Is 44:6-9; 48:3-8) Tal presciência e predeterminação divinas formam a base de toda profecia verdadeira. (Is 42:9; Je 50:45; Am 3:7, 8) Deus desafia as nações que se opõem ao seu povo a fornecer provas da alegada divindade de seus poderosos e de seus deuses-ídolos, convocando-os a fazê-lo por predizerem atos similares de salvação ou de julgamento, e depois fazer com que se cumpram. A impotência deles nesse respeito demonstra que seus ídolos são ‘mero vento e irrealidade’. — Is 41:1-10, 21-29; 43:9-15; 45:20, 21.

Um segundo fator a ser considerado é o livre-arbítrio usufruído pelas criaturas inteligentes de Deus. As Escrituras mostram que Deus estende a tais criaturas o privilégio e a responsabilidade de livre escolha, de exercerem o livre-arbítrio (De 30:19, 20; Jos 24:15), tornando-as assim responsáveis por seus atos. (Gên 2:16, 17; 3:11-19; Ro 14:10-12; He 4:13) Portanto, não são meros autômatos ou robôs. O homem não teria sido realmente criado à “imagem de Deus” se não tivesse livre-arbítrio. (Gên 1:26, 27; veja LIBERDADE.) Logicamente, não devia haver nenhum conflito entre a presciência (bem como a predeterminação) de Deus e o livre-arbítrio de suas criaturas inteligentes.

Um terceiro fator que precisa ser tomado em consideração, e que às vezes é despercebido, é o relativo aos padrões e às qualidades morais de Deus, incluindo a justiça, a honestidade, a imparcialidade, o amor, a misericórdia e a bondade. Portanto, qualquer entendimento do emprego, por parte de Deus, dos poderes de presciência e de predeterminação precisa harmonizar-se não só com alguns desses fatores, mas com todos eles. Evidentemente, seja o que for que Deus saiba de antemão, isso inevitavelmente tem de ocorrer, de modo que Deus é capaz de chamar “as coisas que não são como se fossem”. — Ro 4:17.

Sabe Deus de antemão tudo o que as pessoas farão?

Surge então a pergunta: É o seu exercício da presciência infinito, sem limites? Prevê e sabe ele, de antemão, todas as ações futuras de todas as suas criaturas, espirituais e humanas? E predetermina ele tais ações, ou até mesmo predestina qual será o destino final de todas as suas criaturas, fazendo isso até mesmo antes de elas terem vindo a existir?

Ou é Deus seletivo e criterioso ao exercer a presciência, de modo que, seja o que for que Ele resolva prever e saber de antemão, ele o faz, mas aquilo que ele resolve não prever nem saber de antemão, ele não o faz? E, em vez de preceder à existência de suas criaturas, será que a determinação do destino eterno delas, por parte de Deus, aguarda o julgamento Dele do proceder de vida delas e a atitude comprovada delas sob teste? As respostas a essas perguntas têm necessariamente que proceder das próprias Escrituras e das informações que estas fornecem sobre as ações e os tratos de Deus com suas criaturas, inclusive o que foi revelado por intermédio do seu Filho, Cristo Jesus. — 1Co 2:16.

Conceito predestinacionista.

O conceito de que o exercício da presciência, por parte de Deus, é infinito e de que ele deveras predetermina o proceder e o destino de todas as pessoas é conhecido como predestinacionismo. Seus proponentes arrazoam que a divindade e a perfeição de Deus exigem que Ele seja onisciente (que saiba de tudo), não apenas com respeito ao passado e ao presente, mas também com respeito ao futuro. Segundo este conceito, não ter ele presciência de todos os assuntos, em seus mínimos detalhes, evidenciaria imperfeição. Exemplos tais como o caso dos dois filhos gêmeos de Isaque, Esaú e Jacó, são apresentados como evidência de que Deus predetermina as criaturas antes do nascimento delas (Ro 9:10-13); e textos tais como Efésios 1:4, 5 são citados como evidência de que Deus sabia de antemão e predeterminou o futuro de todas as suas criaturas, antes mesmo do início da criação.

Para ser correto, este conceito teria, naturalmente, de harmonizar-se com todos os fatores já mencionados, inclusive com a apresentação bíblica das qualidades, das normas e dos propósitos de Deus, bem como com seus modos justos ao lidar com suas criaturas. (Re 15:3, 4) Podemos então considerar apropriadamente as implicações de tal conceito predestinacionista.

Este conceito significaria que, antes de criar os anjos e o homem terreno, Deus exerceu seus poderes de presciência, previu e soube de antemão tudo o que resultaria de tal criação, inclusive a rebelião de um de seus filhos espirituais, a subseqüente rebelião do primeiro casal humano no Éden (Gên 3:1-6; Jo 8:44), e todas as conseqüências funestas de tal rebelião até o presente e mais além. Isto significaria necessariamente que toda a iniqüidade registrada pela História (o crime e a imoralidade, a opressão e o resultante sofrimento, as mentiras e a hipocrisia, a adoração falsa e a idolatria) já existia, antes do início da criação, apenas na mente de Deus, na forma de sua presciência quanto ao futuro, em todos os mínimos detalhes.

Se o Criador da humanidade tivesse realmente exercido Seu poder para saber de antemão tudo o que a História presenciou desde a criação do homem, então o pleno peso de toda a iniqüidade que disso resultou foi deliberadamente acionado por Deus, quando ele proferiu as palavras: “Façamos o homem.” (Gên 1:26) Estes fatos põem em dúvida a razoabilidade e a coerência do conceito predestinacionista; especialmente em vista de que o discípulo Tiago mostra que a desordem e outras coisas vis não se originam da presença celestial de Deus, mas são de origem “terrena, animalesca, demoníaca”. — Tg 3:14-18.

Exercício infinito da presciência?

O argumento de que não saber Deus de antemão todos os eventos e circunstâncias futuras, em todos os pormenores, evidenciaria imperfeição de Sua parte é, na realidade, um conceito arbitrário sobre perfeição. A perfeição, corretamente definida, não exige tal extensão absoluta, toda abrangente, uma vez que a perfeição de algo depende realmente de se enquadrar por completo nos padrões de excelência fixados por aquele que está habilitado a julgar os seus méritos. (Veja PERFEIÇÃO.) Em última análise, a vontade e o bel-prazer do próprio Deus, não opiniões ou conceitos humanos, são os fatores decisivos quanto a se algo é ou não perfeito. — De 32:4; 2Sa 22:31; Is 46:10.

Para ilustrar isso, a onipotência de Deus é inegavelmente perfeita e infinita em capacidade. (1Cr 29:11, 12; Jó 36:22; 37:23) Todavia, sua perfeição em força não demanda que ele use seu poder ao máximo da capacidade de sua onipotência em todo e qualquer caso. É evidente que ele não fez isso; se o tivesse feito, não só certas cidades e nações antigas teriam sido destruídas, mas a terra e tudo nela há muito já teriam sido obliterados por execuções do julgamento de Deus, acompanhadas de poderosas expressões de desaprovação e fúria, assim como no Dilúvio e em outras ocasiões. (Gên 6:5-8; 19:23-25, 29; compare isso com Êx 9:13-16; Je 30:23, 24.) Portanto, o exercício por parte de Deus de seu poder não é o simples desencadear de poder sem limites, mas é governado constantemente por seu propósito, e, quando merecido, moderado por sua misericórdia. — Ne 9:31; Sal 78:38, 39; Je 30:11; La 3:22; Ez 20:17.

De modo similar, se em certos sentidos Deus resolver exercer sua infinita habilidade de presciência de forma seletiva e no grau que lhe agrade, então seguramente nenhum homem ou anjo pode, de direito, dizer: “Que estás fazendo?” (Jó 9:12; Is 45:9; Da 4:35) Portanto, não se trata duma questão de habilidade, do que Deus possa prever, saber de antemão e predeterminar, pois “a Deus todas as coisas são possíveis”. (Mt 19:26) A questão é o que Deus julga apropriado prever, saber de antemão e predeterminar, pois “fez tudo o que se agradou em fazer”. — Sal 115:3.

O exercício seletivo da presciência.


A alternativa ao predestinacionismo, o exercício seletivo ou criterioso dos poderes de presciência de Deus, teria de harmonizar-se com as normas justas do próprio Deus e ser coerente com o que ele revela sobre si mesmo em Sua Palavra. Em contraste com a teoria do predestinacionismo, diversos textos apontam para um exame, por parte de Deus, de dada situação então existente e para uma decisão feita à base de tal exame.

Assim, em Gênesis 11:5-8 Deus é descrito como voltando sua atenção em direção à terra, examinando a situação em Babel, e, naquele tempo, determinando a ação a ser tomada para interromper o projeto injusto em andamento ali. Depois que a iniqüidade se desenvolveu em Sodoma e Gomorra, Jeová informou Abraão de sua decisão de investigar (por meio de seus anjos) para “ver se de fato agem segundo o clamor sobre isso, que tem chegado a mim, e se não for assim, ficarei sabendo disso”. (Gên 18:20-22; 19:1) Deus falou de ‘familiarizar-se com Abraão’, e, quando Abraão foi ao ponto de tentar sacrificar Isaque, Jeová disse: “Pois agora sei deveras que temes a Deus, visto que não me negaste o teu filho, teu único.” — Gên 18:19; 22:11, 12; compare isso com Ne 9:7, 8; Gál 4:9.

A presciência seletiva significa que Deus podia preferir não conhecer previamente, de forma indiscriminada, todas as ações futuras de suas criaturas. Isto significa que, em vez de toda a história a partir da criação ser apenas uma simples reprise do que já tinha sido previsto e predeterminado, Deus podia, com toda a sinceridade, colocar diante do primeiro casal humano a perspectiva de vida eterna numa terra livre de iniqüidade. As instruções que Ele deu ao seu primeiro filho humano e à sua primeira filha humana para agirem como Seus agentes perfeitos e sem pecado ao encherem a terra com seus descendentes e a transformarem num paraíso, bem como ao exercerem controle sobre a criação animal, podiam ser assim expressas como a concessão de um privilégio realmente amoroso e como seu desejo genuíno para com eles — não apenas de dar-lhes uma comissão que, da parte deles, já estivesse fadada ao fracasso. Promover Deus uma prova, por meio da “árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau”, e ter Ele criado a “árvore da vida” no jardim do Éden também não seriam atos sem sentido ou cínicos, transformados nisso por Ele ter presciência de que o casal humano pecaria e jamais poderia comer da “árvore da vida”. — Gên 1:28; 2:7-9, 15-17; 3:22-24.

Reconhece-se que seria tanto hipócrita como cruel oferecer algo muitíssimo desejável a outra pessoa em condições que se sabe, de antemão, serem inatingíveis. A Palavra de Deus apresenta a perspectiva de vida eterna como alvo para todos, um alvo que é possível alcançar. Depois de exortar seus ouvintes a ‘persistir em pedir e buscar’ coisas boas junto a Deus, Jesus salientou que um pai não dá uma pedra ou uma serpente ao filho que pede pão ou peixe. Revelando o conceito de seu Pai no que tange a frustrar as esperanças legítimas duma pessoa, Jesus disse a seguir: “Portanto, se vós, embora iníquos, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais o vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem!” — Mt 7:7-11.

Assim, os convites e as oportunidades que Deus coloca diante de todos os homens, de receberem benefícios e bênçãos eternas, foram feitos de boa-fé. (Mt 21:22; Tg 1:5, 6) Ele pode, com toda a sinceridade, instar com os homens a ‘recuar da transgressão e continuar a viver’, como fez com o povo de Israel. (Ez 18:23, 30-32; compare isso com Je 29:11, 12.) Logicamente, Ele não poderia fazer isso se já soubesse de antemão que tais pessoas estavam individualmente fadadas a morrer em iniqüidade. (Veja At 17:30, 31; 1Ti 2:3, 4.) Como disse Jeová a Israel: “Nem disse eu à descendência de Jacó: ‘Procurai-me simplesmente para nada.’ Eu sou Jeová, falando o que é justo, contando o que é reto. . . . Virai-vos para mim e sede salvos, todos vós nos confins da terra.” — Is 45:19-22.

De modo similar, o apóstolo Pedro escreve: “Jeová não é vagaroso com respeito à sua promessa [a respeito do vindouro dia de prestação de contas], conforme alguns consideram a vagarosidade, mas ele é paciente convosco, porque não deseja que alguém seja destruído, mas deseja que todos alcancem o arrependimento.” (2Pe 3:9) Caso Deus já soubesse de antemão e predeterminasse, milênios antes, precisamente que pessoas receberiam a salvação eterna e que pessoas receberiam a destruição eterna, bem que se poderia perguntar quão significativa seria tal ‘paciência’ de Deus, e quão genuíno seria o Seu desejo de que ‘todos alcançassem o arrependimento’. O inspirado apóstolo João escreveu que “Deus é amor”, e o apóstolo Paulo declara que o amor “espera todas as coisas”. (1Jo 4:8; 1Co 13:4, 7) Em harmonia com esta notável qualidade divina, Deus tem de mostrar uma atitude genuinamente aberta e bondosa para com todas as pessoas, desejoso de que elas obtenham a salvação, até que elas se provem indignas, além de esperança. (Veja 2Pe 3:9; He 6:4-12.) Assim, o apóstolo Paulo fala da “qualidade benévola de Deus [que] está tentando levar-te ao arrependimento”. — Ro 2:4-6.

Por último, se por meio da presciência de Deus a oportunidade de receber os benefícios do sacrifício resgatador de Cristo Jesus já estivesse irrevogavelmente fechada para alguns, talvez para milhões de pessoas mesmo antes de nascerem, de modo que tais jamais conseguiriam provar-se dignas de tais benefícios, não se poderia dizer verazmente que o resgate foi colocado à disposição de todos os homens. (2Co 5:14, 15; 1Ti 2:5, 6; He 2:9) A imparcialidade de Deus não é, evidentemente, uma simples figura de linguagem. “Em cada nação, o homem que . . . teme [a Deus] e que faz a justiça lhe é aceitável.” (At 10:34, 35; De 10:17; Ro 2:11) Tal opção se acha real e genuinamente aberta a todos os homens para ‘buscarem a Deus, se tatearem por ele e realmente o acharem, embora, de fato, não esteja longe de cada um de nós’. (At 17:26, 27) Portanto, não existe nenhuma vã esperança ou promessa oca expressa na exortação divina contida no fim do livro de Revelação (Apocalipse), que convida: “Quem ouve diga: ‘Vem!’ E quem tem sede venha; quem quiser tome de graça a água da vida.” — Re 22:17.

O que vocês acham da presciência ou o que não acham,

Qual a vossa opiniam?

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Fabio
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Re: Presciência

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Uma das perguntas que eu sempre me fiz foi que se jeová é capaz tem o poder de presciência, então ele sabia desde o início que seria Judas que trairia Jesus, porque isso estava predito.
A ciência não explica tudo. A religião não explica nada.
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leandro
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Re: Presciência

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Fabio escreveu:Uma das perguntas que eu sempre me fiz foi que se jeová é capaz tem o poder de presciência, então ele sabia desde o início que seria Judas que trairia Jesus, porque isso estava predito.
Eis a resposta da torre no livro PRESPICAZ
*** it-3 p. 319 Presciência, predeterminação ***

Predestinou Deus a Judas para trair Jesus, a fim de cumprir profecias?

O proceder traiçoeiro de Judas Iscariotes cumpriu profecias divinas e demonstrou a presciência de Jeová, bem como a de seu Filho. (Sal 41:9; 55:12, 13; 109:8; At 1:16-20) Todavia, não se pode dizer que Deus predeterminou ou predestinou o próprio Judas a seguir tal proceder. As profecias prediziam que algum associado íntimo de Jesus seria seu traidor, mas não especificavam quem dentre os que partilhavam de tal associação seria este. Além disso, seria contrário aos princípios bíblicos Deus predeterminar as ações de Judas. A norma divina declarada pelo apóstolo é: “Nunca ponhas as mãos apressadamente sobre nenhum homem; tampouco sejas partícipe dos pecados de outros; mantém-te casto.” (1Ti 5:22; compare isso com 3:6.) Jesus, evidenciando preocupação no sentido de que a escolha dos 12 apóstolos fosse feita de maneira sábia e correta, passou a noite orando ao seu Pai antes de tornar conhecida sua decisão. (Lu 6:12-16) Se Judas já estivesse divinamente predeterminado para ser traidor, isto resultaria em incoerência na direção e na orientação de Deus, e, segundo a regra, o tornaria partícipe dos pecados que ele cometeu.

Assim, parece evidente que, quando Judas foi escolhido qual apóstolo, seu coração não apresentava nenhuma evidência definida de uma atitude traiçoeira. Ele permitiu que uma ‘raiz venenosa brotasse’ e o aviltasse, resultando em seu desvio e em ele aceitar, não a orientação de Deus, mas a direção do Diabo para um proceder de roubo e de traição. (He 12:14, 15; Jo 13:2; At 1:24, 25; Tg 1:14, 15; veja JUDAS N.° 4.) Quando tal desvio já atingira certo ponto, o próprio Jesus podia ler o coração de Judas e predizer a traição dele. — Jo 13:10, 11.

É verdade que no relato de João 6:64, na ocasião em que alguns discípulos tropeçaram devido a certos ensinos de Jesus, lemos que “Jesus sabia desde o princípio [“desde o começo”, BMD] quem eram os que não criam e quem era o que o havia de trair”. Ao passo que a palavra “princípio” (gr.: ar‧khé) é empregada em 2 Pedro 3:4 para referir-se ao início da criação, pode referir-se também a outras épocas. (Lu 1:2; Jo 15:27) Por exemplo, quando o apóstolo Pedro falou de o espírito santo cair sobre os gentios “assim como tinha caído também sobre nós, no princípio”, ele obviamente não se referia ao princípio de seu discipulado ou apostolado, mas, a um ponto importante de seu ministério, o dia de Pentecostes, de 33 EC, o “princípio” do derramamento do espírito santo para determinado propósito. (At 11:15; 2:1-4) Portanto, é interessante notar o seguinte comentário sobre João 6:64 no Commentary on the Holy Scriptures (Comentário Sobre as Escrituras Sagradas), de Lange (p. 227): “Princípio . . . não significa, metafisicamente, desde o princípio de todas as coisas, . . . nem desde o princípio de Sua familiarização [a de Jesus] com cada um, . . . nem desde o princípio de Seu ajuntamento dos discípulos em torno de Si, ou desde o princípio do Seu ministério messiânico, . . . mas desde os primeiros germes secretos da descrença [que causou o tropeço de alguns discípulos]. Assim também Ele conhecia Seu traidor desde o princípio.” — Traduzido para o inglês e editado por P. Schaff, 1976; veja 1Jo 3:8, 11, 12.

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Re: Presciência

Mensagem não lida por Seqüelado Pela Torre »

Fabio escreveu:Uma das perguntas que eu sempre me fiz foi que se jeová é capaz tem o poder de presciência, então ele sabia desde o início que seria Judas que trairia Jesus, porque isso estava predito.

Concordo com o Fabio, Apostolakis.
Para mim, é tudo um jogo de carta marcadas.
Não é possível o "manda-chuva" segundo o "Bem", não saber de tudo. Ora, até nós sabíamos que o vasco iría para a 2° divisão e o Brasil iría enfiar de 6x2 na ignóbel e nefasta seleção de Portugal, mesmo tendo brazukas jogando nela. :5 :5 :5 :5 :5
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Fabio
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Re: Presciência

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apostolakis escreveu:
Fabio escreveu:Uma das perguntas que eu sempre me fiz foi que se jeová é capaz tem o poder de presciência, então ele sabia desde o início que seria Judas que trairia Jesus, porque isso estava predito.
Eis a resposta da torre no livro PRESPICAZ
*** it-3 p. 319 Presciência, predeterminação ***

Predestinou Deus a Judas para trair Jesus, a fim de cumprir profecias?

O proceder traiçoeiro de Judas Iscariotes cumpriu profecias divinas e demonstrou a presciência de Jeová, bem como a de seu Filho. (Sal 41:9; 55:12, 13; 109:8; At 1:16-20) Todavia, não se pode dizer que Deus predeterminou ou predestinou o próprio Judas a seguir tal proceder. As profecias prediziam que algum associado íntimo de Jesus seria seu traidor, mas não especificavam quem dentre os que partilhavam de tal associação seria este. Além disso, seria contrário aos princípios bíblicos Deus predeterminar as ações de Judas. A norma divina declarada pelo apóstolo é: “Nunca ponhas as mãos apressadamente sobre nenhum homem; tampouco sejas partícipe dos pecados de outros; mantém-te casto.” (1Ti 5:22; compare isso com 3:6.) Jesus, evidenciando preocupação no sentido de que a escolha dos 12 apóstolos fosse feita de maneira sábia e correta, passou a noite orando ao seu Pai antes de tornar conhecida sua decisão. (Lu 6:12-16) Se Judas já estivesse divinamente predeterminado para ser traidor, isto resultaria em incoerência na direção e na orientação de Deus, e, segundo a regra, o tornaria partícipe dos pecados que ele cometeu.

Assim, parece evidente que, quando Judas foi escolhido qual apóstolo, seu coração não apresentava nenhuma evidência definida de uma atitude traiçoeira. Ele permitiu que uma ‘raiz venenosa brotasse’ e o aviltasse, resultando em seu desvio e em ele aceitar, não a orientação de Deus, mas a direção do Diabo para um proceder de roubo e de traição. (He 12:14, 15; Jo 13:2; At 1:24, 25; Tg 1:14, 15; veja JUDAS N.° 4.) Quando tal desvio já atingira certo ponto, o próprio Jesus podia ler o coração de Judas e predizer a traição dele. — Jo 13:10, 11.

É verdade que no relato de João 6:64, na ocasião em que alguns discípulos tropeçaram devido a certos ensinos de Jesus, lemos que “Jesus sabia desde o princípio [“desde o começo”, BMD] quem eram os que não criam e quem era o que o havia de trair”. Ao passo que a palavra “princípio” (gr.: ar‧khé) é empregada em 2 Pedro 3:4 para referir-se ao início da criação, pode referir-se também a outras épocas. (Lu 1:2; Jo 15:27) Por exemplo, quando o apóstolo Pedro falou de o espírito santo cair sobre os gentios “assim como tinha caído também sobre nós, no princípio”, ele obviamente não se referia ao princípio de seu discipulado ou apostolado, mas, a um ponto importante de seu ministério, o dia de Pentecostes, de 33 EC, o “princípio” do derramamento do espírito santo para determinado propósito. (At 11:15; 2:1-4) Portanto, é interessante notar o seguinte comentário sobre João 6:64 no Commentary on the Holy Scriptures (Comentário Sobre as Escrituras Sagradas), de Lange (p. 227): “Princípio . . . não significa, metafisicamente, desde o princípio de todas as coisas, . . . nem desde o princípio de Sua familiarização [a de Jesus] com cada um, . . . nem desde o princípio de Seu ajuntamento dos discípulos em torno de Si, ou desde o princípio do Seu ministério messiânico, . . . mas desde os primeiros germes secretos da descrença [que causou o tropeço de alguns discípulos]. Assim também Ele conhecia Seu traidor desde o princípio.” — Traduzido para o inglês e editado por P. Schaff, 1976; veja 1Jo 3:8, 11, 12.

Apostolakis o Portuga :)
Seria esse um dos exemplos da presciência seletiva? Acho que a Torre meio que forçou a barra nessa explicação. Você sabe o que outras religiões falam sobre o assunto?
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Seqüelado Pela Torre
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Re: Presciência

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Ah Fabio essa é boa, não seria uma "presciência seletiva natural", onde o óbvio mais forte sobrevive e, o improvavel se vai?
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leandro
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Re: Presciência

Mensagem não lida por leandro »

Fabio escreveu:
apostolakis escreveu:
Fabio escreveu:Uma das perguntas que eu sempre me fiz foi que se jeová é capaz tem o poder de presciência, então ele sabia desde o início que seria Judas que trairia Jesus, porque isso estava predito.
Eis a resposta da torre no livro PRESPICAZ
*** it-3 p. 319 Presciência, predeterminação ***

Predestinou Deus a Judas para trair Jesus, a fim de cumprir profecias?

O proceder traiçoeiro de Judas Iscariotes cumpriu profecias divinas e demonstrou a presciência de Jeová, bem como a de seu Filho. (Sal 41:9; 55:12, 13; 109:8; At 1:16-20) Todavia, não se pode dizer que Deus predeterminou ou predestinou o próprio Judas a seguir tal proceder. As profecias prediziam que algum associado íntimo de Jesus seria seu traidor, mas não especificavam quem dentre os que partilhavam de tal associação seria este. Além disso, seria contrário aos princípios bíblicos Deus predeterminar as ações de Judas. A norma divina declarada pelo apóstolo é: “Nunca ponhas as mãos apressadamente sobre nenhum homem; tampouco sejas partícipe dos pecados de outros; mantém-te casto.” (1Ti 5:22; compare isso com 3:6.) Jesus, evidenciando preocupação no sentido de que a escolha dos 12 apóstolos fosse feita de maneira sábia e correta, passou a noite orando ao seu Pai antes de tornar conhecida sua decisão. (Lu 6:12-16) Se Judas já estivesse divinamente predeterminado para ser traidor, isto resultaria em incoerência na direção e na orientação de Deus, e, segundo a regra, o tornaria partícipe dos pecados que ele cometeu.

Assim, parece evidente que, quando Judas foi escolhido qual apóstolo, seu coração não apresentava nenhuma evidência definida de uma atitude traiçoeira. Ele permitiu que uma ‘raiz venenosa brotasse’ e o aviltasse, resultando em seu desvio e em ele aceitar, não a orientação de Deus, mas a direção do Diabo para um proceder de roubo e de traição. (He 12:14, 15; Jo 13:2; At 1:24, 25; Tg 1:14, 15; veja JUDAS N.° 4.) Quando tal desvio já atingira certo ponto, o próprio Jesus podia ler o coração de Judas e predizer a traição dele. — Jo 13:10, 11.

É verdade que no relato de João 6:64, na ocasião em que alguns discípulos tropeçaram devido a certos ensinos de Jesus, lemos que “Jesus sabia desde o princípio [“desde o começo”, BMD] quem eram os que não criam e quem era o que o havia de trair”. Ao passo que a palavra “princípio” (gr.: ar‧khé) é empregada em 2 Pedro 3:4 para referir-se ao início da criação, pode referir-se também a outras épocas. (Lu 1:2; Jo 15:27) Por exemplo, quando o apóstolo Pedro falou de o espírito santo cair sobre os gentios “assim como tinha caído também sobre nós, no princípio”, ele obviamente não se referia ao princípio de seu discipulado ou apostolado, mas, a um ponto importante de seu ministério, o dia de Pentecostes, de 33 EC, o “princípio” do derramamento do espírito santo para determinado propósito. (At 11:15; 2:1-4) Portanto, é interessante notar o seguinte comentário sobre João 6:64 no Commentary on the Holy Scriptures (Comentário Sobre as Escrituras Sagradas), de Lange (p. 227): “Princípio . . . não significa, metafisicamente, desde o princípio de todas as coisas, . . . nem desde o princípio de Sua familiarização [a de Jesus] com cada um, . . . nem desde o princípio de Seu ajuntamento dos discípulos em torno de Si, ou desde o princípio do Seu ministério messiânico, . . . mas desde os primeiros germes secretos da descrença [que causou o tropeço de alguns discípulos]. Assim também Ele conhecia Seu traidor desde o princípio.” — Traduzido para o inglês e editado por P. Schaff, 1976; veja 1Jo 3:8, 11, 12.

Apostolakis o Portuga :)
Seria esse um dos exemplos da presciência seletiva? Acho que a Torre meio que forçou a barra nessa explicação. Você sabe o que outras religiões falam sobre o assunto?
Não faço a minima ideia.

Mas quem souber que post aqui.


Apostolakis o Portuga :4
A felicidade é o Supremo Bem e o propósito da vida, o completo desígnio e finalidade da existência humana.

**Aristóteles**
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